Dibuk - O Demônio

1972

Caso Especial: Dibuk - o Demônio

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salvando

O episódio tem início com a definição do termo dibuk, que é o nome que designa, no folclore judaico, almas errantes, mas também significa “demônio” ou “espírito”. Segundo a crença popular, o dibuk pode penetrar em seres humanos, falando por sua voz e tendo consciência de tudo que a pessoa sabia.

A história começa no interior de uma sinagoga, onde Hannan (José Wilker) é um brilhante estudioso do Talmude (uma compilação de leis e tradições judaicas, datada de 499 d.C. e consistindo de 63 tratados de assuntos legais, éticos e históricos dos judeus), que tem em seu destino a constante busca de algo que nem mesmo ele sabe exatamente o que é, vivendo a angústia de constantes crises existenciais. Aprofunda-se nas artes místicas da Cabala (uma vertente mística do judaísmo que investiga a natureza divina), procurando respostas para suas indagações, além de viajar por inúmeros lugares. Sua rotina inclui um jejum de seis dias por semana, fazendo refeições somente no sábado.

Em uma visita à sinagoga durante a noite, Hannan revê Leah (Regina Duarte), a filha de Sender ben Henie (Fábio Sabag), um rico comerciante judeu que procura um bom casamento para a filha. Tempos atrás, Hannan fizera algumas refeições na casa de Sender e conhecera Leah, de quem não conseguia tirar os olhos.
Passado algum tempo, após muita procura, Sender volta à sinagoga entusiasmado, contando que finalmente havia achado um noivo para a filha. Ao ouvir, Hannan parece cair em uma espécie de transe, morrendo sobre o altar.

No dia do casamento, já vestida de noiva, Leah vai até o túmulo da mãe e se questiona sobre a vida e a morte. Lá, ela se depara com o túmulo de Hannan. Ela segue para o casamento e, na hora de aceitar o pedido, fala em voz grave e se joga no chão, dizendo que não vai se casar e que havia voltado para a noiva, a quem fora destinado, além de afirmar que não sairia dela. Ela estava possuída pelo “dibuk” de Hannan.

Sender ben Henie recorre à ajuda espiritual do rabino Azrael ben Hodos (Ítalo Rossi), que tenta exorcizar Leah e cai em sono profundo. Em um sonho, Nison ben Rifke – pai de Hannan – diz que ele tem coisas importantes a falar sobre seu filho e sobre um acordo seu com Sender, o pai da noiva.

Assim que desperta, Azrael convova uma corte rabinical, onde o espírito poderá dizer o que está por trás da possessão da jovem. O rabino chama o noivo para que se concretize o casamento, dizendo que mesmo que “outros mundos” tenham decretado o contrário, a união seria realizada. Armada a corte, Sender senta-se de um lado, o rabino fica em pé ditando as regras, e três outros rabinos participam da sessão. Após fazer um círculo no chão, Azrael chama a presença de Nison, usando como porta-voz somente um dos presentes. Assim, ele lembra o pacto que fizera com Sender em sua juventude, enquanto este recorda e chora. Os amigos, que casaram-se em datas próximas, fizeram a promessa de que seus filhos, se nascessem de sexos diferentes, teriam de se casar. E Sender quebrou o pacto ao perceber que Hannan era pobre.

Após ouvirem as acusações do espírito, os rabinos decidem a pena de Sender, que deveria distribuir metade de sua fortuna entre os pobres, acender uma vela todos os anos em memória desses espíritos e rezar por eles como se fossem seus próprios filhos. A corte determina ainda que Nison dê a Sender o perdão incondicional, pedindo que seu filho deixe o corpo de Leah. Azrael, então, desfaz o círculo e ordena que Nison volte para cumprir sua parte no trato. Os rabinos presentes cochicham o fato de o espírito não ter dito “amém” à sentença ou feito algo que o mostrasse satisfeito com o veredicto.

Azrael manda chamar Leah e ordena ao dibuk que a deixe. O espírito não acata as ordens e resiste até onde consegue. Ao fim, ele sai e promete não voltar. Leah acorda e se diz muito cansada. Ao ficar sozinha na sala, ouve a voz de Hannan. Ele conversa com ela, dizendo que somente um círculo encantado o separa de sua amada e que já havia superado muito antes de deixá-la. Leah, então, o convida para voltar, mas não consegue vê-lo. Ao virar-se, vê Hannan de branco e de braços estendidos, caminha em sua direção e deixa a segurança do círculo. Ela o abraça e cai no chão, morta. A voz de Leah é ouvida ao final, dizendo estar envolvida em uma grande luz.

Estreia Mundial:
1972
Outras datas

Elenco de Dibuk - O Demônio

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