"Suspiria" de Dario Argento é um filme que divide opiniões. É do tipo gosto ou odeio, não admitindo um meio termo. Eu vi "Suspiria" várias vezes, a última em versão em alta definição lançada para a Versátil. Desta vez, eu encarei o filme como uma experiência sensorial, ele funcionou melhor do que quando o vi e me concentrei em sua história. Assistir "Suspira" dessa forma foi bem interessante. A trilha sonora de sons dissonantes da banda Globin - que e as imagens berrantes formam uma perfeita sintonia que revelam o que "Suspiria" é: delírio visual de som e imagem. É um pesadelo vivo, no qual a fantasia, o onírico invade e transgride a realidade. Por isso, fica aí a dica: quando assistir esse filme não se preocupe com o roteiro e se deixe levar pelas cena pictóricas e pelas cenas de horror estilizadas e propositalmente barrocas criadas pela câmera e olhar inquieto de Argento que persegue a mocinha e a mergulha literalmente em uma atmosfera de pesadelo. Acho que se você não se preocupar em desvendar os mistérios (furos? pontos inverossímeis?) de "Suspiria", você poder apreciar o filme melhor.