Abre o filme com a frase “Esse filme deve ser visto com o volume alto pra c….”. A não ser pelo fato de que de vez em quando a cena corta para mostrar a hora e isso faz um certo barulho, nada justificaria a introdução. No trash a regra é não ter regras. Não quer dizer que qualquer coisa satisfaz. Essa pseudo produção sabe-se lá do que é um exemplo nítido de tudo o que é errado quando não se entende o mínimo do conceito de trash ou de filmes de terror de baixo orçamento.
Alguns jovens vão na casa de uma amiga pelos mais diferentes motivos e descobrem que ela virou uma espécie de demônio, que por sinal fica nua o tempo todo, e acabam ficando a mercê de uma família de lunáticos que tem algo a ver com a condição da tal amiga possuída.
Difícil eleger o que é pior: o roteiro não tem pé nem cabeça, não explica nada e coloca os personagens em situações absurdas. Tenta ser cômico sem ser comédia e faz piadas que nem os de riso frouxo vão gostar. Tampouco aposta no terror, deixando tudo num meio termo frio e moroso.
Se os personagens parecem retardados, o elenco deixa tudo pior, pois eles não sabem o básico da atuação: nem a zumbi sabe ser zumbi, nem a bêbada saber ser bêbada e nem a maluca sabe ser maluca. Muito menos causam o mínimo de afinidade com o espectador.
Por incrível que pareça, uma das poucas coisas interessantes é a trilha sonora oitentista bem parecida com a usada no ótimo “A Corrente do Mal“.
O final passa a impressão de que acabou o dinheiro do filme e seus realizadores resolveram cortar onde estavam, arrumar as malas e ir para casa.
“Hoje à Noite Ela Virá” é um dos poucos filmes trash cuja tradução literal para lixo parece ser perfeita.
Ficha Técnica
Elenco:
Nathan Eswine
Larissa White
Jenna McDonald
Brock Russell
Cameisha Cotton
Adam Hartley
Dal Nicole
Frankie Ray
Direção:
Matt Stuertz
Produção:
Chris Benson
Matt Stuertz
Jamison Sweet
Fotografia:
Chris Benson
Trilha Sonora:
Wojciech Golczewski