E vamos para mais um
clássico do cinema. Apresentou para vocês o “O Grande Roubo do Trem” – “The
Great Train Robbery”, de 1903, do diretor Edwin S. Porter. O faroeste de Edwin
marcou o início do cinema moderno. O seu filme de apenas 11 minutos e 14
sequências de um plano só, é o pioneiro em ter tomadas em locações, movimentos
de câmera e montagem paralela, compondo um estilo que seria aperfeiçoado por
Charles Chaplin, Mack Sennett e D. W. Griffith.
Assista primeiro e logo
abaixo cito mais informações sobre o filme.
O Grande Roubo do Trem (The Great Train Robbery... por CinemaLibreWatchonline
O filme é baseado no
espetáculo da Broadway de Scott Marble, de 1896, e inspirado no assalto real de
um trem da Union Pacific pelo bando conhecido como “Hole in the Wall” (Buraco
na parede), em 29 de agosto de 1900.
A maneira como os
assaltantes são representados também fascina no filme, pois traz uma
ambiguidade à apresentação convencional de mocinhos e dos ladrões.
No final, surge na tela
depois que os assaltantes são mortos e que termina a narrativa: um dos vilões
aparece em close, ergue a arma e atira na direção da plateia. Portanto,
tratando-se de um dos exemplos mais explícitos da capacidade que o cinema
possui de emocionar oferecendo aos espectadores a adrenalina da violência.
Cenas marcantes:
.
O primeiro astro de
faroeste do cinema:
Foi no filme O Grande
Roubo do Trem, que Max Aronson se tornou o primeiro herói de faroeste do
cinema. No filme, Edwin S. Porter lhe deu três papéis. Ele surge pela primeira
vez como o passageiro que leva um tiro nas costas ao tentar fugir dos ladrões.
Interpreta também o homem que é forçado a dançar a tiros e um dos guarda-freios
do trem.
Perfil do diretor:
Edwin Stanton Porter
nasceu em 1870. Em 1899 ingressou na Edison Manufacturing Company, assumindo a
chefia dos estúdios de Nova York. Embora estivesse envolvido em todos os
aspectos da produção cinematográfica, em dois de seus primeiros sucessos, “Life
of an American Fireman” – “A vida de um bombeiro americano” (1903) e o Grande
Roubo do Trem, Porter não teve seu nome nos créditos como diretor.
1904 – 1908
O cineasta fez
experiências com a montagem paralela em “The Kleptomaniac” – “O Cleptomaníaco”
(1905) e jogou com ângulos de câmera, closes e métodos de iluminação em “The Seven
Ages” – “As Sete idades” (1905). Em “O Sonho de Rarebit Fiend” (1906) baseou-se
na obra de Georges Méliès para adaptar uma história em quadrinhos de Winsor
McCay.
1909 – 1916
Porter deixou a Edison
para montar uma produtora cinematográfica que não durou muito, a Rex. Em 1912,
entrou para a Famous Players, de Adolph Zukor, pela qual dirigiu o primeiro
filme de cinco rolos dos Estados Unidos, “O prisioneiro de Zenda” (1913),
seguindo no mesmo ano por “O Conde de Monte Cristo”. Em seus dois anos finais
como diretor, trabalhou com Mary Pickford e levou a aclamada atriz de teatro
Pauline Frederick ao estrelato ao coloca-la no papel principal de seu último
filme, “Lydia Gilmore” (1915).
1917 – 1941
Porter assumiu o
comando da Precision Machine Company, que criava o projetor Simplex. Continuou
a desenvolver e inventar novas tecnologias para o cinema até sua morte, aos 71
anos, no dia 30 de abril de 1941, no Taft Hotel em Nova York.