Cinema: Lucy

Lucy: capacidade de controlar tudo.

Lucy: capacidade de controlar tudo.

O mais novo filme do diretor e produtor Luc Besson chega aos cinemas reunindo elementos fundamentais dos grandes blockbusters que lotam as salas escuras. A ficção científica tem um plote interessante, muitos efeitos especiais e ainda conta com a beleza da estonteante Scarlett Johansson.

A história de Lucy é o seguinte: Lucy acaba se envolvendo com as pessoas erradas e termina virando “mula” para um tráfico de uma droga sintética que é colocada dentro do seu abdômen. A droga acaba afetando o seu cérebro, passando assim a desenvolvê-lo mais, e esse desenvolvimento faz com que ela consiga manipular todos os equipamentos eletrônicos, todas as pessoas e todas as outras coisas ao seu redor.

O bacana do filme é acompanhar a trajetória de Lucy e perceber que ela não é uma heroína e muito menos um anti-herói. Lucy é uma mulher comum, que quer apenas se vingar das pessoas que fizeram isso com ela. E o roteiro explora muito bem isso, com cenas de ação para lá de inacreditáveis, graças a um roteiro que já é formidável desde o seu início.

A história da garota que vai conseguindo usar o cérebro cada vez mais é o caminho para o clímax da trama. Conforme a história avança, vamos acompanhando a porcentagem que Lucy está usando do seu cérebro, e lógico que a curiosidade para saber o que acontecerá quando ela conseguir atingir a capacidade total dele é que é o grande mistério.

O interessante de analisar esse filme é perceber que Luc Besson usa referências de outros colegas de trabalho. Enquanto na trilha o diretor consegue ir do pop à música clássica, coisa que Lars Von Trier faz muito bem, na edição do filme ele usa cenas da natureza para ajudar a contar a sua história, claramente bebendo da mesma fonte que Terrence Malick utilizou, principalmente em A Arvore da Vida.

O filme conta com a bela Scarlett Johansson, que se mostra muito comprometida com a história, e mais uma vez se saindo muito bem em cena. Scarlett continua escolhendo papéis bem diferentes na sua carreira. Esse ano, vimo-la interpretar um sistema operacional em Ela, uma alienígena em Sob a Pele, e agora uma mulher que consegue usar toda a capacidade cerebral. Fechando o elenco mais famoso, Morgan Freeman não é muito exigido em termos de atuação, mas é sempre um prazer vê-lo em cena.

Apesar de ser uma ficção científica com bons efeitos, grandes cenas de ação, e uma história interessante, o final do filme deixa um pouco a desejar (pelo menos na minha modesta opinião), mesmo assim, Lucy merece ser descoberto e aproveitado.

Nota 7

Lucy, 2014. Direção: Luc Besson. Com: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi, Amr Waked, Julian Rhind Tutt, Pilou Asbaek, Analeigh Tipton. 89 Min. Ficção Científica / Ação.

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