gênero: Aventura, Drama
duração: 1h 40 min
ano de lançamento: 1971
estúdio: Max L. Raab Productions
direção: Nicolas Roeg
roteiro: Edward Bond, Donald G. Payne, Nicolas Roeg
fotografia: Nicolas Roeg
direção de arte: Brian Eatwell
Um pai, fora de si, leva seus filhos para uma área desabitada do deserto australiano. Antes de se suicidar ele tenta matá-los. Elas escapam e passam a andar pela região com poucos recursos para sobreviver, até encontrarem um aborígene que cumpre um ritual de sua tribo, também sozinho no meio do deserto.
A Longa Caminhada não é um filme que exprime em palavras o que quer dizer - veja-se pelo fato das crianças conversarem com o aborígene cada um na sua língua - mas deixa tudo subentendido. Logo no começo, com o suicídio do pai, fica claro que nada virá mastigado, mas que o espectador precisará pensar por conta própria sobre o que está sendo dito ali.
Antes de começar um texto introduz o "walkabout": ritual que os jovens aborígenes passam ao sair da adolescência onde ficam sozinhos no deserto tendo de aprender a sobreviver. Interessante observar que as crianças da cidade acabam passando por walkabout forçado que trará a elas um novo aprendizado que será silenciado ao voltarem para a civilização.
Trabalhando por essa forma de diálogo evasivo muitos pontos ficam em aberto, e tudo bem, isso ajuda a construir a narrativa. O destino final do garoto aborígene deixa algumas questões - seria uma dança de conquista para a moça ou seria um ritual após somente ele enxergar a devastação que o homem branco traz à natureza?
Além de tudo isso, A Longa Caminhada traz uma estética interessante, trazendo as cenas com o elenco (em grande parte iniciante) intercaladas com imagens dignas da National Geographic e que, ainda assim, ajudam a contar a história.
Diferente de muita coisa que já vi, A Longa Caminhada merece estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Pôster e Ficha Técnica: IMDb
Comentários
Postar um comentário