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“Juro solenemente não fazer nada de bom!” Harry Potter, a saga criada por J. K. Rowling, encanta até hoje inúmeras pessoas ao redor do mundo. O universo mágico do menino que sobreviveu expandiu-se dos livros para as telinhas dos cinemas e conquistou uma legião de fãs, colecionando recordes e arrecadações milionárias. Para que se tenha uma noção básica de sua popularidade, todos os oito filmes da franquia figuram na lista das 50 maiores bilheterias da história. Indicado 12 vezes ao Oscar, todas em categorias técnicas, não conseguiu levar nenhuma estatueta. Atualmente, Harry Potter é a série cinematográfica com o maior box office do mundo, tendo somado aproximadamente sete bilhões e setecentos milhões de dólares (U$$7.700.000,00) em renda. Em segundo lugar figura o Universo Cinematográfico da Marvel, com U$$7.160.00,00 arrecadados ao longo de dez filmes. É notório que a Marvel logo tomará o posto de primeiro lugar da franquia de J. K. Rowling, mas não tira o mérito da fama de Potter e companhia. Seja você um aficionado pelo bruxo mais querido da Inglaterra ou um espectador de primeira viagem, vale uma conferida filme a filme nos números que Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger arrecadaram ao longo de seus 11 anos de cinema.

Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)

A história do bruxo nos cinemas teve início em 2001, com Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Philosopher’s Stone). O livro homônimo que deu origem à franquia tem 224 páginas, o menor dentre as sete obras. Na telinha, a duração do filme é de 152 minutos, o quarto mais longo da saga. Tendo seu orçamento na casa dos U$$125 milhões, a estreia é a segunda maior bilheteria dentro do universo de Harry Potter, com uma arrecadação de U$$974 milhões. Atualmente, figura como a 21ª maior renda da história, tendo recebido três indicações ao Oscar, nas categorias de “Best Art Direction”, “Best Costume Design” e “Best Original Score”, este último pela trilha sonora de John Williams. A primeira aventura caiu na graça do público e alavancou a história de Potter ao mundo inteiro, trazendo alguns dos melhores números de todos os filmes.

Harry Potter e a Câmara Secreta (2002)

 

Apenas um ano depois da sua estreia, o famoso Grifinório voltou aos cinemas com Harry Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter and the Chamber of Secrets). Seu livro foi o segundo menor da série, com apenas 288 páginas, mas isso não impediu o estúdio de produzir o filme mais longo de todos os oito, com 161 minutos de duração. São quase 3 horas que renderam uma bilheteria de U$$879 milhões, a sétima colocada entre os filmes do bruxo e a 35ª do cinema em geral. Mesmo sendo o maior filme, teve o menor orçamento, girando na casa dos 100 milhões de dólares. Junto com A Ordem da Fênix (o 5º filme), A Câmara da Secreta não levou nenhuma indicação do Oscar para casa.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)

Em 2004, Sirius Black escapou da prisão e trouxe uma jornada ainda mais sombria em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Harry Potter and the Prisoner of Azkaban). O livro de 348 páginas deu origem a um longa de 142 minutos orçado em 130 milhões de dólares. Sua bilheteria arrecadou U$$796 milhões; apesar de ser um valor considerado altíssimo e uma película de grande sucesso, é a menor renda dentro da franquia de Harry. Ainda assim, até a época foi o mais bem recebido pela crítica em geral. Sustenta a 47ª posição no ranking do cinema mundial, com duas indicações ao Oscar: “Best Original Score”, mais uma vez pela trilha sonora de John Williams, e “Best Visual Efffects”.

Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005)

Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire), lançado em 2005, marca um amadurecimento tanto dos atores quanto da história em si, permeada por um clima mais sombrio e complexo, sendo considerada a transição do trio principal da infância à adolescência. Foi um dos filmes que recebeu melhores críticas dentro do universo de Rowling, despontando como a quarta estreia da história a superar os 100 milhões de dólares em seu primeiro final de semana. Harry Potter só teve estreias melhores nos seus dois últimos filmes, As Relíquias da Morte – Partes 1 e 2. A maior densidade da história se deve ao considerável aumento do livro do Cálice de Fogo se comparado aos seus antecessores, com 553 páginas, o terceiro mais longo. O filme, por sua vez, registrou 157 minutos de duração, o segundo maior da franquia. Orçado em U$$150 milhões, foi mais um grande blockbuster, alcançando a sexta maior renda dentro da série e a 32ª dos cinemas, com U$$896 milhões arrecadados. Conseguiu uma indicação ao Oscar, na categoria de “Best Art Direction”.

Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007)

Em 2007, Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter and the Order of the Phoenix) trouxe às telinhas alguns momentos muito importantes da trama, como o primeiro romance do nosso protagonista, a morte de um personagem muito importante e o início do novo império das trevas d’aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Curiosamente, o maior livro da saga, com 702 páginas, transformou-se no menor filme até então, tendo apenas 138 minutos de duração. Ainda assim, as críticas foram positivas e elogiaram o árduo trabalho da equipe em conseguir traduzir para as telas o grande enredo que Rowling armou em seu livro. Com um custo de U$$150 milhões, teve maior sucesso nas bilheterias que seus três antecessores, somando em receita U$$939 milhões. É a quarta maior arrecadação do universo de Harry, atrás apenas do início e dos dois filmes finais da história. Mundialmente, figura como o 27º longa de maior sucesso. Apesar disso, foi o segundo e último da saga a não levar nenhuma indicação na maior premiação dos cinemas, os Academy Awards.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009)

Foi lançado em 2009 Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince), sexto filme e predecessor das duas películas que fechariam a história. Mais um grande sucesso de críticas, o filme com 153 minutos de duração foi adaptado do livro de 510 páginas, consequentemente o terceiro maior longa e o quarto livro mais extenso. Foi o maior orçamento da série, custando U$$250 milhões, alcançando U$$934 milhões nas bilheterias. Marcou a quinta posição dentro da saga e a 29ª nos cinemas. Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de “Best Cinematography”.

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 (2010)

Apenas um ano depois, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 (Harry Potter and the Deathly HallowsPart 1) estreou com enorme sucesso como a primeira metade do encerramento da saga do bruxinho. O livro que serviu de base para as duas partes finais tem 590 páginas, o segundo mais longo do universo de Rowling. Apesar de ter sido dividido em dois filmes, as adaptações não decepcionaram em suas durações: o primeiro longa teve 146 minutos, para a alegria dos fãs. O orçamento conjunto para as Partes 1 e 2 foi de U$$250 milhões, a mesma quantia de seu predecessor, O Enigma do Príncipe. Quando foi lançado, só ficou atrás do primeiro filme da saga no quesito bilheteria: arrecadou impressionantes U$$960 milhões. É a terceira maior audiência de Harry Potter e a 25ª da história da sétima arte. Foi indicado a duas estatuetas no Oscar, nas categorias de “Best Art Direction” e “Best Visual Effects”.

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (2011)

Em 2011, finalmente essa impressionante saga chegou ao seu fim. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (Harry Potter and the Deathly HallowsPart 2) terminou a história que uma geração inteira acompanhou e cresceu junto com as personagens, estabelecendo novos recordes e o melhor desempenho de toda a série. Em 130 minutos, o longa repleto de ação, emoção e revelações trouxe um prato cheio aos seus espectadores. A grande batalha de Hogwarts foi o cenário perfeito para que Harry, Rony e Hermione pudessem enfim ter o duelo decisivo com Voldemort. Nas bilheterias, o filme fez por merecer: incríveis 1 bilhão e 300 milhões de dólares, de longe a melhor renda de Harry Potter, vindo a ocupar o nobre posto de quarto filme mais bem sucedido da história do cinema. Apesar de todo o seu sucesso, no Brasil é apenas o 37º filme de maior público, e o único da franquia a figurar na lista dos 40 filmes mais populares no país. Concluindo os 11 anos de jornada baseados na obra de J. K. Rowling, Relíquias da Morte – Parte 2 conseguiu superar o sucesso de A Pedra Filosofal e se igualar nas indicações da Academia: foram três, nas categorias de “Best Art Direction”, “Best Makeup” e “Best Visual Effects”. Infelizmente, o longa não conseguiu levar uma estatueta para a saga, o que alguns motivam pelo fato dos oito filmes terem sofrido com as mudanças na direção e variações críticas. Foi o nono longa dos cinemas a superar a marca de 1 bilhão de dólares de renda, e fez o melhor fim de semana de estreia de Potter e companhia.

É notório que a franquia Harry Potter é sucesso absoluto e detém números incríveis e que poucas sagas conseguem alcançar. O seu orçamento total soma 1 bilhão e 155 milhões de dólares, marca que é facilmente superada pela arrecadação do último filme sozinho. A tendência ainda é que esses números sejam aditivados, seguindo a moda de adaptar blockbusters com a tecnologia 3D e relançá-los mundialmente, o que poderia expandir significativamente as rendas de Harry Potter e manter a franquia na luta pela primeira colocação como universo cinematográfico mais bem sucedido da história.

E o crescimento dos números não para por aí. O mundo mágico de J. K. Rowling ainda vai se expandir nos cinemas, com a primeira história de Newt Scamander tendo lançamento previsto para 18 de Novembro de 2016. Animais Fantásticos e Onde Habitam terá pelo menos mais duas continuações já confirmadas, com roteiro da própria Rowling e direção de David Yates, responsável pelos quatro últimos filmes de Harry Potter. Os três novos longas prometem mais um sucesso de bilheterias e abrem possibilidades imensas para o universo mágico que Harry Potter iniciou. Fato é que o público ainda está longe de cansar do mundo bruxo, e prova viva são os números aqui apresentados. E você, preparado para muito mais aulas de feitiços e cervejas amanteigadas? “Malfeito, feito!”