Rezenha Crítica Mais Estranho que a Ficção (2006)

Esta ReZenha crítica tem um valor especial para mim e sabem por quê? Porque foi a primeira indicação de um seguidor assíduo do Blog que me enviou uma mensagem solicitando que eu assistisse ao filme e dissertasse com minha visão, nem preciso dizer que fiquei imensamente feliz e grato. Pois bem companheiro Caio Rodrigues, cumprindo o prometido, vamos “rezenhar” sobre o filme “Mais Estranho que a Ficção”.

A história aborda a vida de um funcionário da Receita Federal, que passa a ouvir seus pensamentos como se fossem narrados por uma voz feminina. A voz narra não apenas suas idéias, mas também seus sentimentos e atos com grande precisão. Apenas Harold (Will Ferrel) consegue ouvir esta voz, o que o faz ficar agoniado. Esta sensação aumenta ainda mais quando descobre pela voz que está prestes a morrer, o que o faz desesperadamente tentar descobrir quem está falando em sua cabeça e como impedir sua própria morte.

Mais Estranho que a Ficção foi lançado em 2006, e já vou adiantando que  tenho minhas dúvidas quanto ao Will Ferrel, não acho graça nenhuma nele, mas o “felá da puta” sempre está nos filmes bons de comédia (Pelo menos nos que eu ri e gostei muito), vide Tudo por um Furo (1 e 2), Os Candidatos e o mais recente que ainda não assisti e bem comentado Pai em Dose Dupla, além de pontas engraçadas como em Starsky & Hutch – Justiça em Dobro e nos Austin Powers da vida!

O elenco contém a eterna Mãe de Kelvin (Emma Thompson) e a Maggie Gyllenhaal, que tinha tudo para ser um tribufu, mas não, ela consegue ser linda, aquele narizinho de ponta arrebitada, seus encantadores olhos azuis e sorriso meigo, faz qualquer filme dela tornar-se bom, que não é o caso deste e sua filmografia, porque ela atua só em filmes bons, sabe escolher bem seus papéis. Resumindo, Maggie Gyllenhaal consegue ser sexy sem ser vulgar.

Voltando ao filme, ksksks, posso afirmar que é o típico filme que me pega, onde somos apresentados a história de um cara comum, com uma rotina pré-estabelecida, solitário e habitualmente sem graça (Assim como a minha durante as semanas tem sido) do trabalho para casa e casa para o trabalho. Eu me identifiquei e muito com este personagem, apesar de eu não ser um auditor da Receita, costumo contar tudo o que faço, atos simples como subir e descer escadas eu conto os degraus, quantas mastigadas antes de engolir, fechar e abrir e depois fechar novamente a porta, sim é loucura isso, mas duvido que você não tenha os seus tiques.

Outro momento do filme, que para muitos pode passar despercebido e me identifiquei foi o fato de Harold não saber tocar violão e ser algo que ele sempre quis fazer, e sim, abdiquei-me desta habilidade em minha infância ou adolescência, e agora adulto, gostaria de aprender a tocar, o filme de alguma forma me incentivou a querer aprender. Ainda mais com uma trilha tão bem escolhida com a música Whole Wide World do Wreckless Eric (Sim eu pesquisei para baixar!).

Podemos rotular o filme como um romance epistolar, não por que os personagens trocaram cartas e sim que há uma sintonia incrível entre a voz feminina que narra a história de Harold, e o próprio com ela, mesmo que no início ele fique perturbado com aquela voz e ambos não se conhecem fisicamente.

Todos os personagens coadjuvantes são pontuais e de extrema importância para o desenrolar do filme, entretanto quando estamos chegando ao ápice do desfecho, entra o famoso “se e SE o SE não tivesse adentrado na cabeça dos roteiristas e diretores, ou seja, se os roteiristas e diretores não tivessem pensado duas vezes teríamos um final incrivelmente belo, e mesmo desde o início do filme nós e o próprio Harold sabendo de sua morte iminente, e mesmo assim o personagem tivesse aceitado o seu destino cumprindo seu papel, na minha humilde opinião, seria algo poético e reflexivo. Pense você mesmo, uma pessoa que não vive sua vida de fato, que se dedica apenas ao seu trabalho entediante e à sua vida pacata, tendo deixado de lado seus sonhos e o amor. Pode ser triste, mas em certos momentos você pode identificar-se, cuidado, “mal sabe você” que a morte é algo iminente.

Minha nota é 4/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

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8 comentários sobre “Rezenha Crítica Mais Estranho que a Ficção (2006)

  1. Seria um filme surpreendente, mas o roteirista (ou vai saber quem) resolveu, a exemplo da autora no filme, sacrificar a sua obra e salvar um personagem da história. E com isso, perdemos algo poético.

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  2. Acabei de ver o filme por indicação de um amigo. Eu e meu amigo adoramos Will Ferrel e quando ele descobriu esse filme que é um drama/romance/comédia. Ele ficou admirado e devo dizer que eu o entendo e também sinto a mesma coisa! Filme muito bacana e o final idem. Só não curti muito o fato do Will ser tão bobão e lesado. Como a cena em que ele vai agradar a sua amada.. Mas tudo bem. O enredo é incrível e o filme tem pequenos e significantes pontos fortes.

    PS: A cena em que Harold fala com seu amigo do “acampamento espacial” sobre alguma situação hipotética é hilária.

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