Rezenha Crítica O Cubo 1997

Já em ritmo de férias a quantidade de posts deu uma caída de leve, mas gente não se preocupem ainda tem muito conteúdo para ser postado (Só não sei se vão sair este ano ksksks). Vim aqui falar deste filme que merece um espaço no “Brogue”. O Cubo é um daqueles filmes que te surpreende quando você acha que dele não vai conseguir extrair nada e nem lembrar-se no dia seguinte. Antes do clima claustrofóbico e torturante de Jogos Mortais ou das excelentes teorias da conspiração de Black Mirror, eis que surge esta obra prima dos filmes B de terror. Confira a rezenha crítica do filme O Cubo de 1997.

O Cubo não tem aparentemente nenhum atrativo se fôssemos analisar friamente. Atuações forçadas, não possui uma trilha sonora boa, pouco desenvolvimento (Conta com apenas 90 minutos de duração para uma suposta mensagem final que tentam transmitir) e uma proposta que acaba sendo atropelada pela péssima direção, mas o seu grande diferencial está no roteiro, e foi o que tornou este filme tão cultuado.

Pessoas aparentemente normais são presas a uma espécie de cubo mágico mecânico com inúmeras salas (É descoberto com o desenvolvimento do filme que são milhares!), repleta de armadilhas onde são desafiadas a escapar delas e saírem vivos do cubo. Achei fantástica esta ideia sem maldade. É muito tenso e  angustiante a cada sala que vão adentrar, a morte logo ali, beijando o rosto de cada um. E o método onde descobrem lógica para algumas soluções são louváveis, nada inventado, tudo com um fundamento matemático.

Cada personagem carrega seus medos e conflitos, onde estes são compartilhados com os demais e com isso são gerados ainda mais conflitos rodeados de muita desconfiança alheia. Jogos Mortais bebeu muito desta fonte, entretanto o filme não tem uma violência explícita, lógico que dependendo da armadilha que o sujeito é pego, o filme não perdoa, mas não é nada muito “Gore”, porém não foge da realidade e não tenta engana o telespectador. Uma curiosidade que li por aí na Internet é que a primeira armadilha, logo nos primeiros minutos onde somos imergidos naquele ambiente paradoxal, foi utilizada no primeiro Resident Evil, para quem tem memória boa lembrará da fatídica cena onde os policiais estão em um túnel e começa a vir na direção deles uma espécie de grade que corta até diamante e os transforma em grelhas humanas ksksksks.

O filme é de 1997 e muitos efeitos especiais (Movimentos das salas do cubo mágico) são bem toscos, mesmo para época, mas isso pode ser defendido em razão de ser um filme B que teve pouco investimento para a sua produção. Mesmo com todos estes defeitos, e apenas como qualidade o roteiro, o filme conseguiu fôlego para ganhar duas sequências, onde pelo que li em alguns sites a terceira é boa, e que me fez querer acompanhar esta saga hehehe (Adoro Trashzereira!). E cada sequência segue sua própria vida com bastante diferenças entre as obras.

Existem alguns questionamentos muito pertinentes durante o desenvolvimento que deveriam ter sido mais aprofundados como a intervenção do Estado naquilo tudo ou se era apenas um novo brinquedo de algum milionário sádico. Este tipo de questionamento deixou o filme muito interessante diante das discussões do pequeno grupo onde tínhamos um policial bem ensandecido e uma psicologa nada confiável,  foi o ponto onde o filme mais “mancou”, em contrapartida o desfecho acaba diminuindo a mágoa com estas brechas. O Cubo tem um curioso desfecho com uma mensagem discreta aos que não gostam de trabalhar em equipe, resumindo: em uma equipe até o menos útil pode ter usa utilidade sempre.

O final fica em aberto com o questionamento do que era aquele sádico projeto, onde estava ou de quem era. Muito interessante.

No resumo da obra,  o filme vale a pena assistir, não sei se terei de fato fôlego ou farei você ter para ver os seus dois sucessores, mas pelo menos o primeiro é interessante, na verdade surpreendente, porque tinha tudo para ser um filme trash bem lixoso, mas longe disso, o seu roteiro e alguns pontos altos salvam o filme da pior nota possível e faz o essencial, acaba entretendo.

Minha nota é 3/5.

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