Aristóteles Lima Santana

Gostei, histórias com putas e finais trágicos são sempre interessantes.

A loucura faz amor melhor do que a razão, mas não se casa com a loucura. O preço é o suicídio ou o assassinato. Quebrar todas as regras da sexualidade foi um dos temas da época e o filme tenta demonstrar até onde se pode chegar nesse processo. Paul pode ser um gigante na cama,mas o excesso o leva a ter dificuldades em construir relacionamentos normais. Ele serve apenas para um "último tango" e depois... adeus. Brilhante em sua época, mas já datado. De lá para cá já apareceram filmes bem mais transgressores. Mas o roteiro e a fotografia o eternizaram.

Bem, alguns erros básicos (como imaginar que há 20.000 anos os homens já eram sedentários sem praticar a agricultura ou supor que keda saberia quem era seu próprio pai em uma tribo em que não poderia haver casamento ou uma família como conhecemos hoje), mas que não atrapalham a grandiosidade do espetáculo. Belíssima fotografia e um jogo de imagens que prendem o espectador. Não sabemos bem como o homem entrou em contato com o cão, evidentemente não temos detalhes sobre isso, mas o tema é fascinante (aliás, finalmente fizeram um filme com cachorro que não cai no melodrama inútil e na carência afetiva) e o filme constrói uma aventura suposta com um enredo cativante. Belo filme.