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Trata-se de mais uma das muitas “releituras” de contos de fadas que, à época, eram moda em Hollywood. O comando ficou à cargo de ninguém menos que a diretora do primeiro filme da saga Crepúsculo e o resultado… até que não é tão ruim.
Não que os elementos de Romance não sejam bobos, enxertados para agradar ao público aborrescente fã de Bella e companhia, mas pelo menos existe um elemento de mistério que mantém o filme interessante.
Acontece que, nesta versão, o lobo mau é um lobisomem (olha o Crepúsculo aí de novo) que, de acordo com o personagem de Gary Oldman, é um habitante da aldeia que vive uma vida “normal” de dia, mas à noite se torna um monstro com sede de sangue.
Descobrir a identidade da fera e destruí-la torna-se o foco da história, embora claro não possam faltar os amores proibidos, triângulos amorosos e clichês do gênero. Pelo menos a investigação de Valerie tem reviravoltas até interessantes e o desfecho não é óbvio.
Gary Oldman rende um pouco de star power ao elenco, embora não seja um de seus papéis mais marcantes. Curioso o contraste de seu papel em Drácula, um devoto que se voltou contra Deus, com este reverendo caçador de lobisomens.
Acho que os filmes do estilo estão fadados a se tornar motivo de galhofa no futuro, embora este seja razoável como distração sem compromisso. Pelo menos ainda é melhor que Crepúsculo.
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Muitas vezes, ao assistir um curta, fica uma sensação de que ficou faltando alguma coisa, como se o filme pudesse ter sido melhor caso tivesse mais tempo para desenvolver os personagens e a trama, mas para “The Armoire” talvez a duração tenha sido um trunfo.
Filmes sobre objetos amaldiçoados geralmente são muito formulaicos, e por isso nem sempre são tão interessantes. Mas Evan Cooper consegue, em quinze minutos, contar a história, manter o clima de suspense e ainda dar pelo menos um bom susto.
A cena
é icônica, e um dos melhores scares que já levei em qualquer filme. Este é o curta que, junto com “Lights Out”, tenho nos favoritos do Youtube para sempre indicar aos fãs de terror que encontro por aí.do capeta em cima do armário
E falando em Youtube, ser tão curto e estar disponível na plataforma só torna “The Armoire” mais acessível a todos. Está no idioma original, mas compreender os poucos diálogos não é realmente necessário para entender o que está se passando.
Recomendo a qualquer pessoa interessada em um susto “fast food” de bom gosto.
Últimos recados
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vagnerfoxx
Amizade mais que aceita Marcos, chega mais! Abraço irmão.
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Diandra Bonani
td sim, e ai? magina.. recomenda algum filme?
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Diandra Bonani
e ai
Eu assisti o original, o remake americano, as três continuações do remake americano e o remake do remake americano, fora outras adaptações como o anime “Samurai 7” e “Vida de Inseto”. Me pergunto agora se ainda viverei para ver o “remake do remake do remake”.
Mesmo com todo este pedigree, vale lembrar que “Sete Homens” (2016) é um filme com identidade própria, feito dentro dos padrões e voltado para o público de sua época, algo que também pode ser dito sobre seus antecessores.
Quem aprecia “o ritmo e os trejeitos” do Cinema contemporâneo, provavelmente vai preferir esta versão, e talvez até ache as anteriores chatas. É um típico filme do bem contra o mal, ambientado no Velho Oeste com muita ação e tiros e um elenco estelar.
Mas, independente de qualquer questão de adaptação, algumas escolhas foram feitas - talvez pelo próprio Antoine Fuqua, talvez por imposição do estúdio - que me fazem gostar menos deste que de seus irmãos mais velhos.
A primeira diz respeito aos vilões. O filme de Kurosawa se passa no declínio da época dos samurais, quando inúmeros ronin (samurai sem mestre), lutando pelo própria sobrevivência, abrem mão da honra e viram reles malfeitores.
Para proteger uma aldeia de tais bandidos, os camponeses conseguem a ajuda de sete ronin “do bem”, este contraste entre os samurais virtuosos e corruptos é ao mesmo tempo um comentário histórico e uma crítica social à formação da sociedade japonesa.
No final heróis e vilões são “farinha do mesmo saco”. Têm a mesma origem, são de uma classe com os dias contados e se enfrentam por força das circunstâncias, deixando em dúvida ao fim se tudo valeu a pena.
Comentário semelhante está presente no filme de Sturges, apenas trocando os samurais por cowboys e os camponeses por um vilarejo mexicano, adaptando o mesmo tema à realidade norte-americana.
Nesta versão tais nuances não estão presentes. Bogue é mais um vilão estilo ricaço corrupto, tantas vezes visto. O remake perde então o diferencial de seus antecessores, e se torna mais um faroeste genérico, embora bem produzido e com um grande elenco.
Mas o maior pecado é
a revelação final de o protagonista Sam ter uma vendeta contra Bogue. No fim a luta dele era em causa própria, perdendo a característica de incontestável altruísmo que caracterizou o Chris de Yul Brynner e o Kambei de Takashi Shimura.
Recomendo Sete Homens e Um Destino (2016) àqueles que se interessem pelo gênero mas prefiram o estilo atual do Cinema, para os demais recomendo a versão de 1960 ou, melhor ainda, Os Sete Samurais.