Últimas opiniões enviadas
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O texto de Fanon e as imagens de que o filme se apropria me pareceram mais fortes do que a montagem em que Göran Olsson os entrelaça. Seja como for, vale muito a pena ver.
A sequência mais forte foi, para mim, em torno daquela a quem Spivak se refere, em sua apresentação ou prefácio ao filme, como a "black Venus". Uma imagem aterradora, de uma monstruosa beleza, ouso dizer, uma vez que revela a persistência da vida ali onde sua negação alcançara uma de suas formas mais hediondas.
Últimos recados
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Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
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Heloisa
Poxa, Marcelo, dei uma rápida olhada em teu site e fiquei impressionada com a riqueza de informações dele. Para mim, que apesar de apreciar a arte do cinema, entendo muito pouco do assunto, ele é ótimo. Parabéns pelo trabalho!
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Ane Fagundes
Oi Marcelo, já assistiu "A Invenção de Hugo Cabret"? lembrei de te perguntar porque ela faz alusão a outro filme que vc gosta "Viagem à lua".
Um homem que grita é um dos filmes em que Mahamat-Saleh Haroun explora a situação política conturbada de seu país, o Chade, cuja história recente está atravessada por uma guerra civil, por meio do microcosmo das relações pessoais. Aqui, é entre Adam e seu filho Abdel que se desenrola uma trama sutil, narrada com uma beleza cuidadosa, lenta, paciente, em meio ao sentido de aceleração e de perda de controle sobre a vida que a guerra faz pairar sobre todos.
Um dos elementos cruciais do filme é a água. Aliás, sobre esse tema, uma informação extra-fílmica importante: o Chade é um dos países africanos que não possui saída para o mar. No filme, Adam é um ex-campeão de natação que está encarregado da piscina de um hotel (cuja direção é chinesa, evidenciando a importância das relações com a China na África contemporânea). O destino que está reservado a ele e a Abdel na narrativa entrelaça a materialidade da piscina como espaço de encenação, o simbolismo da piscina como um oásis em meio ao deserto da guerra civil, assim como a bela metáfora do rio, que é tempo, que é passagem, que é fim.