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Garibaldi - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Jordana Bonasina

    O filme Shirley Valentine, além de apresentar a belíssima Grécia, trata também sobre viagem e a sensação que todo mundo que já viajou ou mudou de cidade tem, de que a vida poderia ser diferente naquele local. E, principalmente, que a vida poderia ser melhor em um outro ambiente. Recordei-me de uma fala do personagem do McConaughey, na primeira temporada de True Detective, que preciso citar:

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    "Todos temos o que chamo de armadilha da vida. Uma certeza genética de que tudo vai ser diferente. De que vamos mudar de cidade e conhecer pessoas que serão nossos amigos para sempre. De que vamos nos apaixonar nos sentir completos. Completude e encerramento, o que quer que sejam, são recipientes vazios para suportar essa cagada. 'E nada é completo até o momento final, o encerramento'. Não, não. Nada acaba."

    Shirley é uma mulher presa em um casamento de várias demandas e nenhum afeto ou recompensa. Sufocada pela rotina, recorda o passado de maneira muito franca, falando direto ao espectador, quando relembra das possibilidades e frustrações que a conduziram até àquele momento. Então aparece a possibilidade de viver outra vida passando duas semanas na Grécia com uma amiga. As coisas, mais uma vez, não saem exatamente como o planejado. E Shirley encontra Rust Cohle:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Quando você imagina algo, quando você prevê como será algo, nunca é do jeito que a gente imagina, não é? Por quatro semanas me imaginei sentando aqui. Sentada aqui e bebendo vinho perto do mar. Eu sabia exatamente como me sentiria. Agora eu estou aqui, e não me sinto nem um pouco assim. Eu não me sinto nem ótima, nem serena. Eu me sinto… bem idiota na verdade. [...]Sonhos. Eles nunca estão onde você espera encontrar.

    Reflexões sobre a liberdade feminina, sobre o casamento, sobre o descontentamento e sobre esse anseio perpétuo de mudar, de sentir-se completo. Com muito humor cínico e melancolia representados de maneira excelente pela protagonista, Pauline Collins. E claro, as encantadoras ilhas gregas. Valeu demais

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  • Jordana Bonasina

    “Paraíso: fé” mostra Anna Maria, uma fiel devota do proselitismo e do fundamentalismo religiosos, sempre em busca de apontar os pecados alheios e afirmar sua pureza e sua superioridade moral. Anna, convicta de ter uma missão, invade casas e impõe os padrões e rituais que julga corretos e suficientes para salvar aquelas pessoas. Diante da hostilidade, da contrariedade e de qualquer empecilho que se apresente nestas visitas, fica mais segura de estar cumprindo os propósitos divinos de orientar aquelas pobres almas.

    A falsa humildade e a religiosidade vazia são também um fardo para a protagonista, na medida em que, por desconhecer uma abordagem sincera e, principalmente, de amor, da fé que julga propagar, associa o autoflagelo à purificação espiritual de seus desejos (e, na cena mais controversa do filme, pensa “espiritualizar” inclusive o ato meramente carnal).

    A hipocrisia ganha uma nova camada na segunda parte do filme, quando se acentua o ar cômico que desde o começo orbita o filme. Há a chegada de Nabil, o marido de Anna muçulmano e paralítico - além de violento e intolerante - que demanda não apenas cuidado por sua condição como também espera ser atendido em suas prerrogativas maritais. Nabil é a extrapolação da narrativa que serve para ressaltar as contradições de Anna com sua fé.

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  • Jordana Bonasina

    O filme, cujo roteiro é inspirado em um livro de Bernanos, tem muitos elementos de conexão com outra obra adaptada do escritor: Diário de Um Pároco de Aldeia. Um padre recém ordenado e atormentado pelos desafios de crer e transmitir essa crença.

    O filme traz a noção de que abraçar uma fé de fato, ao contrário do que se supõe, não gera conforto, mas sim acentua as dúvidas e a confusão. A ânsia de servir sem saber exatamente como, os problemas da comunidade que se mostra pouco disposta a aceitar. O padre não encontra alívio em Deus, não encontra alívio no serviço e muito menos no seu mentor, alguém já conformado com aqueles sentimentos. A única coisa que o conduz à experiência mística é o suplício e a dor.

    E então aparece Satã e amaldiçoa o já miserável padre: a incerteza do que fazer ganha uma camada extra de angústia quando o poder do mal se mistura à suposta obra do bem.

    Perdi-me várias vezes durante o filme. É complexo, os diálogos são estranhos, o ritmo não é agradável.

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