Karinne

Quem falou que o filme não tem final claramente não entendeu, ou talvez seja preciso viver a situação para conseguir entender. Nem tudo na vida tem um final feliz como se espera, as vezes a terapia dura a vida inteira, a grande vitória é enxergar.

Esse filme me impressionou por não ser apenas um filme de super-herói e sim por ser um filme que passa diversas mensagens. Amei, principalmente, a questão de não terem colocado a mulher maravilha como superior e nem terem destacado o fato de ser uma mulher que estava fazendo tudo aquilo. Ela foi colocada como qualquer outro herói homem, como se fosse comum (na medida do possível, é claro), tratando-a com igualdade, isso que torna o filme ótimo. Não ficarem comentando o fato dela ser mulher é muito mais importante que qualquer outra coisa. Apesar disso, não gostei muito dos efeitos slow motion e acho que o filme pecou explorando pouquíssimo do vilão, a luta final poderia ter sido muito melhor, além da relação amorosa, que é ligeiramente fraca.

Vejo muita gente falando que a Summer é uma vadia egoísta, ou que o Tom é um babaca iludido. Agora pensem BEM: Quem aí nunca foi uma Summer ou um Tom na vida? Se não foram, podem ter certeza que serão um dia.
Summer é daquelas que se encaixam bem no ditado popular: "não morde, nem larga o osso", é daquelas que mesmo não amando Tom do jeito que ele queria e do jeito que ela sabia que ele a amava, não conseguia largá-lo já que gostava de tê-lo ali.
Tom é daqueles que se apaixonam de uma forma onde só conseguem ver qualidades no parceiro e acreditar que tudo vai mudar e ser perfeito num piscar de olhos.
Não somos todos assim? Um pouco egoístas, um pouco bobos? Um pouco Summer, um pouco Tom?