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29 years (BRA)
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- Talvez eu ache que deveriamos estar gratos. Gratos por termos conseguido sobreviver a nossas aventuras. Tanto as reais quanto as sonhadas.
- Tem certeza disso?
- Se tenho certeza? Tenho a mesma certeza de que a realidade de uma noite, para não dizer de uma vida inteira, pode ser toda a verdade.
- E nenhum sonho é apenas um sonho.
- O importante é que estamos acordados agora e esperamos continuar assim por muito tempo.

(De olhos bem fechados)

Últimas opiniões enviadas

  • Cinthia Lages Campos

    Tenho visto críticas sobre o personagem do Bento, pessoas que falam que o filme foi maniqueísta ao retratar os dois e mostrá-lo como um mero estrategista e anti-reformista quando na verdade ele foi um grande teólogo e estudioso. Não consigo assimilar essa informação e sinto dizer que isso é enxergar o filme de uma forma muito, muito rasa. O que mais vi a respeito desse personagem foram tentativas de humanizá-lo. Ora, se tudo que está na tela foi fruto de interpretações de entrevistas, escritos e relatos públicos -- não é como se os retratados tivessem participado da produção -- como reposicionar as declarações dele? Qual sentido teria expor a teologia ou os estudos dele, num filme que faz exatamente uma crítica a isso?

    O que vi foi uma figura que é controversa no imaginário popular sendo exposta usando pequenas alegorias e táticas de humanização: o barulho do relógio, a comida preferida, o consumo de um determinado refrigerante. E, em vez de focar nas grandes problemáticas da sua gestão papal -- o filme cita denúncias e fala por alto dos casos, mas não expoe o que realmente houve -- ao apresentar esses elementos e falas onde ele reconhece os próprios erros e equívocos, mais oferece desculpas aos comportamentos que estiveram sob escrutínio popular do que condenação.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Vários momentos o filme faz questão de mostrar que Joseph Ratzinger não conhecia elementos da cultura ultra-popular, não entendia de esportes, evidenciando o distanciamento dele do "mundo" que corrobora exatamente com a personalidade ultra-intelectual que dizem que ele é. O filme -- e grande parte do MUNDO -- se posicionam de forma reformista e para justificar o conservadorismo do papa emérito eles mostram que ele o fazia não por ser "do mal" mas sim por ser focado na pureza e nos aspectos teológicos, culminando na fala onde ele admite se arrepender de ter deixado de viver o MUNDO REAL para embarcar no universo erudito.

    E pra quê maior humanização do que aquela cena final, completamente fabricada! Sendo que pós-renúncia o Joseph Ratzinger fez uma carta lamentável jogando conservadorismo pra justificar a crise dos abusos sexuais na igreja.

    www . ihu . unisinos.br/588360 << link para carta. Mas ok, o cara já tá bem velho. Sim e continua reproduzindo os mesmos discursos da vida inteira. E o filme ainda conseguiu me fazer sentir empatia por ele, usando artifícios cinematográficos, mas milagre Fernando Meirelles e cia não fazem!

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