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Últimas opiniões enviadas

  • Gustavo Henrique Garcia

    Admito que estou dividido...

    Scorsese é meu diretor vivo favorito, então sou suspeito pra avaliar algo dele. Mas sinto que na verdade, um grande problema é que ele é um dos diretores favoritos de quase todo mundo interessado em cinema, então não seríamos todos suspeitos?

    Uma coisa que noto em todos os filmes do diretor que se propõem a destrinchar uma odisseia criminosa ao longo de décadas (ex: Bons Companheiros, Cassino, Lobo de Wall Street, O Irlandês...) tem uma certa distância entre os personagens e o público, normalmente gerada pelo humor negro e um certo desprezo sarcástico a estes universos de excessos e crimes que somos apresentados.

    É isso que muitas vezes impede que haja uma história de amor real nesses filmes, porque não existe amor neste mundo de crimes, existe no máximo a luxúria. Vemos mais mulheres em Bons Companheiros como prêmios pois é assim que o narrador as vê. São vidas vazias e portanto, muitas vezes há um uso brilhante de estilo sob substância, porque são vidas sem substância.

    Agora, em Killers of The Flowers Moon, eu sinto que houve muito desse mesmo estilo sórdido e sarcástico de Scorsese na direção. Mortes secas, enquadradas com a câmera distante, em meio a bebedeiras e brincadeiras estúpidas de homens infantis e sem amor. O tempo vai passando, década atrás de década, e a pouco tempo gasto em desenvolver com muitas minúcias as figuras participantes desses crimes, porque como nos outros filmes do diretor com a mesna estrutura, o tempo passa rápido quanto você vive rodeado de crimes, mortes, mentiras... Sempre tendo que apagar alguém ou esconder algo, invés de existir e respirar um dia após o outro.

    Enfim, basicamente o que estou dizendo é que, comparado a outros filmes parecidos do diretor, Killers of The Flower Moon pode parecer tão bom quanto, e junte isso a grandes performances e uma história fascinante, e po, filmaço, certo?

    Creio que não... Essa abordagem não funcionou aqui. Porque essa não é uma história que deveria ser contada com a mesma distância e sordidez de um filme de máfia comum. Falta sensibilidade pelos mortos, substância no amor central do filme, desenvolvimento dos coadjuvantes para nos aproximarmos da dor deste povo.

    Nem achei que as 3h28 pesaram porque a história é realmente fascinante, mas fiquei o tempo todo esperando uma emoção que nunca veio. É um filme distante e frio. Scorsese se controlou o suficiente pra não tornar a coisa um festival de estilo, caso tivesse ido full na pegada de seus clássicos, mas também não percebe que a simples contação de um crime homerico não é suficiente pra sustentar tensão, suspense, drama, empatia...

    Um grande acerto foi o final. Nele, vemos não apenas uma anunciação do que hoje é tão universalmente consumido como entretenimento, o gênero "true crime", comentário interessante sobre como a história e dor real de um povo é balizado pela transformação disso em conteúdo, mas também marca a importância de ao menos espalhar essas histórias para que não se repitam. E o final também marca a imagem forte do povo Onosage se unindo, porque em face a injustiça do governo e genocídio, eles só podiam contar com si próprios.

    Mas no geral, acho que infelizmente foram mais erros que acertos...

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  • Gustavo Henrique Garcia

    Infelizmente achei a maioria dos arcos nessa temporada extremamente arbitrários e ilógicos. Mudanças abruptas de personalidade e facilitações narrativas preguiçosas. E o pior de tudo, bem menos engraçada que a 1°... Uma pena. Espero que a 3° recupere a qualidade da 1°.

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  • Gustavo Henrique Garcia

    Merece uma nota acima da média um pouquinho pq é um dos poucos filmes adolescentes dos anos 80 em que os personagens realmente são e agem como adolescentes. E tem umas mortes bem criativas e satisfatórias. Dito isso, é meio patético o quanto o plot twist é gratuito e choca mais pela bizarrice da forma como a cena é apresentada do que pela coisa em si. Nem entrando no mérito da transfobia que né...

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