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30 years Rio de Janeiro - (BRA)
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''O cinema é um modo divino de contar a vida.''

Últimas opiniões enviadas

  • Thiago Alves

    Depois de 8 anos sem dirigir um longa-metragem, trabalhando mais com a TV, David Fincher volta a ativa com “Mank”, uma ode á Hollywood da década de 30, trabalhando diversos assuntos de forma concisa e, porque não, divertida a sua maneira.

    Sim, durante as suas 2 horas de metragem, Fincher exala uma certa diversão única, tomando as rédeas de uma história, não somente pessoal (seu pai, Jack Fincher, roteirizou o longa), mas nostálgica para todo um público aficionado pelo cinema clássico. Usando a odisseia de construção do clássico dos clássicos, “Cidadão Kane”, o diretor brinca com a narrativa, evoca referências claras (e outras nem tanto) ao filme de 1941 e relembra toda uma estética tão única e especial das produções daquela época. A escolha em usar o artifício de idas e vindas no tempo é cirurgicamente posicionado nos momentos exatos e garantem uma experiência dupla (evocando também, “Poderoso Chefão – Parte II”) ao espectador, além de trazer camadas e mais camadas a seu personagem principal (Gary Oldman, ótimo!), que nunca se apresenta como herói ou vilão, mas um ser híbrido de sentimentos, valores e personalidades, com todos os outros personagens orbitando ao seu redor (como Amanda Seyfried, maravilhosa também!).
    A estética da década de 30 é lindamente realizada, seja nos cenários (até mesmo os momentos em CGI) ou nos figurinos lindíssimos, assim como a escolha do filtro em preto e branco, trazendo uma certa elegância e quadros maravilhosos, utilizando a luz quase como um personagem!

    Ainda servindo como uma alegoria atual, já que Fincher não se contenta em apenas, conduzir uma biografia de como Mank escreveu um filme, mas elucidar a importância política de uma época, que reverbera até os dias de hoje. Momentos que, podem não parecer trazer certa importância para o fio condutor da história, mas como eu disse, não é um filme clássico de como algo aconteceu, mas de como quem aconteceu e sua importância na história do cinema americano.
    Ter assistido previamente ao clássico filme de Orson Wells pode trazer uma experiência mais completa e vívida da obra e, claramente, não é um filme para um grande público, mas é uma obra de paixão de Fincher, sem muito de sua assinatura crua e visceral da sociedade, como estávamos acostumados a ver em seus thrillers e suspenses, mas é um Ficher mais livre de si mesmo, experimentando dentro de seu próprio mundo (ainda cru e visceral, mas mais leve), se divertindo e garantindo um dos finais mais lindos de seus filmes, trazendo a tona a beleza de uma época que ficou para trás, mas deixou um legado que, as vezes, é bom ser revisitado.

    Acredito que estará fortemente no radar da Academia e grandes premiações de 2021. O filme tem tudo que eles gostam: Hollywood, Classicismo, Atores renomados e muita nostalgia. Opino ainda que Fincher tem sua melhor chance de levar por direção e Oldman ser indicado a Atuação. Torço por Amanda Seyfried ser, ao menos, indicada e claro, as várias categorias técnicas.

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  • Thiago Alves

    Abarrotado de camadas contemporâneas de suspense e terror, muito bem dirigido e fotografado. Elizabeth Moss incrível como Cecilia, totalmente entregue, provando-se uma das melhores atrizes dos últimos anos.
    Construído de forma cirúrgica, o roteiro esbarra em algumas resoluções que carecem de uma suspensão de descrença muito maior do público. Nada que tire o brilho da produção, mas deixa um gostinho amargo na boca.

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  • Thiago Alves

    Na maioria de seus filmes, Dolan nos apresenta histórias realísticas e que, invariavelmente, recaem sobre dramas maternais, pautados nas perspectivas de filhos incompreendidos e mães relapsas, mas com seus devidos motivos e motivações. Sendo assim, seus roteiros tem uma escrita muito pesada em diálogos e situações hiperbólicas, por assim dizer.
    No caso de "Life and Death of John F. Donovan”, não deixa de ser diferente, mas aqui temos como espinha dorsal, não a relação maternal, mas sim a de um artista e a fama. Durante a projeção, temos vislumbres singelos e delicados do vínculo de John e Rupert, com suas progenitoras, o que trás toda uma maior camada aos personagens e belíssimos momentos (como o close em Susan Sarandon, na cena do banheiro e, basicamente, todas as cenas de Natalie Portman dividindo cena com Jacob Tremblay), garantindo assim, bons diálogos e atuações. Mas o que o diretor quer realmente dizer, está nas entrelinhas de sua própria vida, espelhada, até certo aspecto, na ascensão e declínio de Donovan.

    Em certo aspecto, é interessante assistir o paralelo narrativo entre os personagens principais, pautado na busca pela arte, sucesso e felicidade, entretanto, o discurso abordado parece datado e inflado. Em certo momento, durante sua entrevista com a jornalista, Rupert lhe descarrega um sermão sobre privilégios e elitismo, em defesa de sua história, mas que pouco corrobora com o que passado em tela, já que vemos muitos relances de situações que pouco são exploradas (a suposta doença de John, sua homossexualidade, entre outros) que, ao seu modo, trariam maior peso ao que o diretor queria dizer sobre o mundo “glamuroso" dos famosos.

    Apesar disso, Dolan traz, com primor técnico, um belíssimo visual para sua história, com uma paleta fria e filtros que remetem a uma atmosfera vintage, mesmo o filme se passando ainda no século 21, mesmo que em duas épocas diferentes. Confesso que me surpreendi com a atuação de Kit Harington e nem preciso dizer sobre todo o resto do elenco de peso.
    Claro que não posso deixar de falar na trilha sonora, que mesmo não trazendo momentos tão icônicos, quanto em seus filmes anteriores, dão um quentinho no coração e conversam muito bem com a narrativa (mesmo o uso de Stand by Me sendo um momento meio cafona).

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  • Francisco Paulo
    Francisco Paulo

    Valeu, Thiago, mais um amigo conterrâneo.
    Obrigado.

  • Adilson
    Adilson

    Oi! Apareceu aqui q vc sugeriu 'Paterson'. Nao sei se foi exclusivamente pra mim, de qq forma, eu já tinha assistido e gostei! Abraços! :-)

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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