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Alberto Seixas Santos

Nomes Alternativos: Alberto Jorge Seixas dos Santos

1Número de Fãs

Nascimento: 20 de Março de 1936 (80 years)

Falecimento: 10 de Dezembro de 2016

Lisboa - Portugal

Alberto Jorge Seixas dos Santos (Lisboa, 20 de março de 1936 – Lisboa, 10 de dezembro de 2016) foi um cineasta português, um dos aderentes ao movimento do Novo Cinema português.

Frequentou o Curso de Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A partir de 1958 trabalhou como crítico de cinema em diversas publicações. Em 1962 estudou em Paris, frequentando o Institut d'Hautes Études Cinématographiques e, no ano seguinte, a London Film School.

Pertencente a uma geração de cineclubistas (foi dirigente do ABC-Cineclube de Lisboa), Seixas Santos, cineasta do movimento do Novo Cinema, começou por filmar documentários - A Arte e o Ofício de Ourives e Indústria Cervejeira em Portugal (1968). Foi, em 1970, um dos fundadores do Centro Português de Cinema.

Brandos Costumes, a sua primeira longa-metragem, rodada entre 1972 e 1975 e escrita em parceria com os escritores Luiza Neto Jorge e Nuno Júdice, traça um paralelo entre o quotidiano de uma família da média burguesia e o trajecto do regime emanado do golpe militar de 28 de maio de 1926. Este filme foi seleccionado, em competição, para o Festival de Cinema de Berlim.

Foi um dos realizadores de As Armas e o Povo, também de 1975, filme colectivo que retrata a primeira semana de Revolução dos Cravos, cobrindo os acontecimentos do 25 de abril ao 1 de maio de 1974. Seguindo a mesma linha política, realizou em 1976 o filme, também colectivo, A Lei da Terra, exibido no Festival de Leipzig, que tem como tema o processo de reforma agrária então em curso. Neste mesmo ano foi nomeado presidente do Instituto Português de Cinema (IPC). Foi um dos fundadores da cooperativa Grupo Zero, à qual pertenceram cineastas como João César Monteiro, Jorge Silva Melo, Ricardo Costa, Margarida Gil, Solveig Nordlund e o director de fotografia Acácio de Almeida.

Gestos e Fragmentos, de 1982, aborda a relação entre os militares e o poder em Portugal, baseando-se nas vivências do célebre capitão de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, nos pontos de vista do filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço e do jornalista e realizador americano Robert Kramer. Esta longa metragem participou no Festival de Veneza desse mesmo ano.

De 1980 a 2002 foi professor na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) do Instituto Politécnico de Lisboa e, a partir de 1985, por algum tempo, director de programas da RTP.

A sua última longa-metragem, Mal, de 1999, foi apresentada no Festival de Veneza. Nestas duas últimas obras privilegiou a ficção, valorizando a psicologia das personagens e o rigor técnico.

Em 2005 terminou a curta-metragem A Rapariga da Mão Morta, que teve estreia mundial no 13º Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde.

A 10 de abril de 2014 a Escola Superior de Teatro e Cinema homenageia Alberto Seixas Santos, realizador, fundador da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e antigo professor da ESTC (sucessora do Conservatório). Alberto Seixas Santos é distinguido com a medalha de Conhecimento e Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa, ao qual a ESTC pertence e são exibidos excertos do documentário Refúgio e Evasão, de Luís Alves de Matos, que aborda o olhar cinematográfico de Alberto Seixas Santos. A sessão conta ainda com as intervenções do sociólogo francês Jacques Lemière, especialista em cinema português, e do Director do Departamento de Cinema da ESTC, José Bogalheiro.

Morreu a 10 de dezembro de 2016, na sua casa de Lisboa, aos 80 anos de idade, depois de um período de doença.

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