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Nascimento: (44)

Falecimento: 1919

San Martino de Cileno (Itália) - Itália

Alfonso Segreto (1875-1919) foi o italiano que veio a ser o primeiro cinegrafista brasileiro. Filmou “Uma vista da Baia de Guanabara” em 1898. A primeira exibição foi realizada na sede do Jornal do Comércio em 1896.

Em 1897, juntamente com seu irmão Paschoal, chega ao Brasil com imagens da Itália (vistas cinematográficas) que exibiu no Salão de Paris, no Rio de Janeiro. Em 19 de junho de 1898, a bordo do navio francês Brésil, retornando de uma nova viagem à Europa, onde fora comprar equipamentos de filmagens e novos filmes, registra as primeiras imagens do Brasil, tomadas das fortalezas e de navios de guerra na Baía da Guanabara. Por esse feito, é considerado o primeiro cinegrafista e diretor de cinema do Brasil. Filma dezenas de filmetes de curta duração até 1900, captando imagens de flagrantes históricos, políticos e paisagísticos, quando estranhamente some do noticiário, seu nome volta a aparecer em 1908. Ensina a arte de filmar, os rudimentos da técnica cinematográfica a diversos profissionais. Muda-se para São Paulo onde monta um ateliê fotográfico, depois retorna à Itália, vindo a falecer anonimamente, algum tempo depois.

Existem poucas informações sobre Afonso. Sabemos que, em 1896, foi trazido da Itália para o Rio de Janeiro, pelos seus irmãos Paschoal Segreto e Gaetano Segreto, quando estes se consolidaram comercialmente no ramo dos jogos e diversões. Provavelmente, nasceu na mesma cidade dos irmãos, em San Martin di Cileno, na metade da década de 1870. Por orientação de seu irmão Paschoal Segreto tornou-se o primeiro cineasta brasileiro, realizando, entre 1898 e 1901, cerca de 60 filmes, que constituem a maioria absoluta das primeiras filmagens produzidas no país.

No Rio de Janeiro, passou a trabalhar na Empresa Paschoal Segreto. Participou do lançamento do Salão de Novidades Paris no Rio. Em janeiro de 1898, viajou à Nova York, onde adquiriu novas fitas para a programação do “Salão” e, também, comprou e aprendeu a operar novos equipamentos de filmagem e projeção. Depois, em Paris, realizou um estágio na Pathé Films. Voltou para o Brasil e no dia de sua chegada, em 19 de junho de 1898, Afonso filmou, a bordo do navio francês Brèsil, a cidade do Rio de Janeiro em pleno amanhecer e, depois, as fortalezas e navios de guerra na baía de Guanabara, sendo estas, umas das primeiras filmagens ou vistas feitas no Brasil. Pesquisas apontaram o italiano Vittorio di Maio como o verdadeiro realizador das primeiras filmagens produzidas no país. Mesmo assim, o dia 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.

Depois, Afonso seguiu filmando por muitos anos, no Rio, solenidades e acontecimentos políticos e sociais, como o terceiro aniversário da morte do Marechal Floriano Peixoto, o desembarque do Presidente Prudente de Morais e sua comitiva no Arsenal da Marinha e visitas de personalidades e autoridades de outros países, fazendo parte da política de boa vizinhança que o irmão Paschoal possuía com as elites do país.

Em 23 de fevereiro de 1899, Afonso chegou de Nova York com novos aparelhos de exibição cinematográfica (para substituir os equipamentos perdidos no incêndio do Salão Paris no Rio), sendo festivamente recebido por seu irmão Gaetano e pela diretoria do Círculo Operário Italiano, com fogueteiro, banda de música e um almoço especial. No mesmo ano, Afonso viajou com Gaetano até São Paulo, para uma reunião do Círculo Operário Italiano paulista, quando realizou a primeira filmagem na capital paulista, no dia 20 de setembro de 1899, aniversário da unificação da Itália. Círculo Operário Italiano em São Paulo é exibido, dias depois, no Salão de Novidades Paris no Rio.

Por causa de discussões e desacordos políticos com seu irmão Paschoal, devido a seus filmes feitos com bastante independência, Afonso foi afastado da Empresa Paschoal Segreto. Em 1902, a Empresa apresentou um único filme, Vistas Nacionais (com o reaproveitamento de filmagens de Afonso), paralisando suas atividades cinematográficas até 1907.

Depois de uma temporada em São Paulo, à frente de um ateliê fotográfico, Afonso retornou à Itália, onde morreu quase anonimamente.

Fonte: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/afonso-segreto/

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