O cineasta britânico Anthony Asquith nasceu em 9 de novembro de 1902, para H. H. Asquith, o chanceler do Exchequer, e sua segunda esposa. Ex-ministro do Interior e futuro líder do Partido Liberal, H. H. Asquith serviu como primeiro-ministro do Reino Unido de 1908 a 1916 e foi subsequentemente elevado ao nível hereditário. Seu filho mais novo, Anthony, era chamado Puffin por sua família, um apelido dado a ele por sua mãe, que achava que ele se parecia com um. Puffin também era o nome que seus amigos o chamavam por toda a vida.

Asquith atuou na indústria cinematográfica britânica desde o período de silêncio tardio até meados da década de 1960. Como diretor, ele foi altamente respeitado por seus contemporâneos e teve uma carreira longa e bem-sucedida; na década de 1960, ele era um dos três únicos diretores britânicos (os outros eram David Lean e Carol Reed) que dirigiam grandes produções cinematográficas internacionais. No entanto, a propensão de Asquith para adaptar peças para a tela causou uma erosão em sua reputação crítica como cineasta após sua morte. Ele foi acusado pelo que foi percebido como seu fracasso em se concentrar, como seu contemporâneo Alfred Hitchcock, na cinemática. Asquith era conhecido como diretor de um ator e solicitou algumas das melhores performances de filmes dos maiores atores britânicos, incluindo Edith Evans e Michael Redgrave.

Embora o primeiro amor de Asquith fosse a música, ele não tinha talento musical. Ele canalizou suas ambições artísticas para o filme nascente e foi fundamental na formação da London Film Society para promover a apreciação artística do cinema. Asquith viajou para Hollywood na década de 1920 para observar as técnicas americanas de produção cinematográfica e, após retornar à Inglaterra, tornou-se diretor.

Entre seus filmes mais conhecidos está Pigmalião (1938), uma adaptação da peça teatral de George Bernard Shaw, que ele co-dirigiu com sua estrela, Leslie Howard. O filme foi um grande sucesso crítico, mesmo nos Estados Unidos, ganhando várias indicações ao Oscar. O ganhador do Prêmio Nobel, Shaw, que havia sido co-fundador da London Film Society, juntamente com Asquith, ganhou um Oscar de melhor roteiro adaptado para o filme. Asquith teve uma longa associação profissional com o dramaturgo Terence Rattigan, e duas das imagens mais famosas e bem-sucedidas de Asquith foram baseadas nas peças de Rattigan, Um Caso de Honra (1948) e Nunca te Amei (1951). Asquith dirigiu a versão cinematográfica da primeira peça de sucesso de Rattigan, Caçadora de Corações (1940), em 1940.

O filme pós-guerra de maior sucesso de Asquith foi, sem dúvida, sua adaptação da peça A Importância de ser Honesto (1952), de Oscar Wilde. Mais de meio século depois de ter sido feito, o filme de Asquith continua a ser a melhor adaptação do trabalho de Wilde. Ironicamente, o pai de Asquith, H.H., enquanto servia como Secretário do Interior, ordenou a prisão de Wilde por seu comportamento homossexual. A prisão de Wilde, por "comportamento indecente", levou ao seu encarceramento na prisão de Reading e destruiu pessoalmente o grande dramaturgo. O incidente de Wilde sufocou a cultura gay na Grã-Bretanha nos primeiros dois terços do século XX. Outra ironia da situação é que o filho mais novo de H. H., Anthony, era gay.

Na década de 1960, Asquith dirigia produções de Hollywood, incluindo o episódico O Rolls-Royce Amarelo (1964), mais uma vez de um roteiro de Rattigan, e o potabilizador Richard Burton-Elizabeth Taylor, Gente Muito Importante (1963). com um roteiro de Rattigan. É baseado em um incidente na vida de Laurence Olivier, um colaborador frequente da Asquith. Em 1967, Asquith foi indicado para dirigir a adaptação cinematográfica do best-seller As Sandálias do Pescador (1968), que seria co-estrelando Olivier e Anthony Quinn, mas ele teve que abandonar a produção devido a problemas de saúde. Ele morreu em 20 de fevereiro de 1968, aos 65 anos de idade.

O British Academy Award de melhor música é nomeado o Prêmio Anthony Asquith em sua homenagem.