A história tem sua projeção de eco e secreto no presente. Intuitivamente, Perrone sabe que a realidade explosiva da Argentina nos anos atuais evoca uma batalha do passado que, de vez em quando, é reconstituída no cenário nacional. Aqui, os personagens conceituais são camponeses e pessoas de negócios - os últimos unidos à instituição militar. A ordem simbólica deste conto insurrecional quase onírico - assim como na Argentina e também no geral - é reforçada pelo fato de que a voz do fascista é de Galtieri (um dos presidentes de fato da mais recente ditadura civil-militar argentina), e que um dos rebeldes parece uma reencarnação discreta de Ernesto "Che" Guevara. A trama segue vagamente a transformação lenta da raiva em abnegação dos fracos e sua posterior organização em uma rebelião.