Dante está tendo uma noite de insônia daquelas. Nada lhe traz a paz necessária para alcançar o sono. Cheio de culpas e frustrações em sua consciência, ele tece a teia inquebrável de sua pesada realidade. É quando recebe a visita de duas entidades que já morreram – seu melhor amigo e a garota a quem nunca se declarou – que passa a questionar consigo mesmo se vale a pena continuar vivo num mundo que já não nega a sua falta de inocência, entrando numa crise de existência rumo a um desfecho sem retorno, e isso antes mesmo do término da madrugada. O encontro de um ego frágil com um superego imperdoável brincando de id. Uma jornada interna autodestrutiva que mostra o quanto ficar remoendo feridas antigas pode nos levar a consequências extremas.