Sobre todo tipo de representação LGBT em termos de diversidade sexual e identidade de gênero no CINEMA FRANCÊS. Orientando-se pelo livro 'L'Homosexualité dans le Cinéma Français' (2007) de Alain Brassart, teórico e pesquisador da homossexualidade no cinema francês, esta lista tem como objetivo reunir as obras que traçaram representações de diversidade sexual em relação a diferentes contextos históricos na França. Conforme Brassart, até a década de 50 a figura do homossexual foi pouco representada no cinema francês. "Hôtel du Nord" (1938) de Marcel Carné, diretor conhecido pela sua homossexualidade discreta, é um ótimo exemplo de como a figura do personagem gay faria aparições de maneira sutil na telona. A partir da década seguinte e da emergência nos movimentos de liberação que protestavam por uma representatividade gay no cinema, vimos surgir do teatro os estereótipos da "folle" (a figura homossexual construída a partir de caricaturas femininas, como em "A Gaiola das Loucas" - "La Cage Aux Folles" de 1976). Nas décadas de 70 e 80, as mudanças paulatinas do insconciente coletivo, da maneira de ver o mundo e entender a sociedade, permitiriam a efervescência de um cinema gay autoral. Entretanto, as caricaturas da homossexualidade nunca sairam de cena. Atravessar a história do cinema francês é o grande desejo desta lista, a começar pela homossexualidade discreta dos anos 50, passando pelo cinema autoral de outrora e dos nossos dias, enaltecendo figuras icônicas como Jean Genet, Jean Cocteau, Jean Marais, Jacques Demy, François Ozon, André Téchiné, Patrice Chéreau, Cyril Collard, dentre muitos outros... orgulhosos de serem gay, folle, tapette, pédé, pédale, sodomite! Vive la France!