Recentemente um artigo no jornal The Guardian do jornalista Steve Rose, condicionou um debate entre pesquisadores e críticos de cinema sobre um suposto surgimento de um sub-gênero. Definido por ser um movimento que busca fugir das convenções mais clássicas do Horror, o “Pós-horror” dominou o cenário independente do mundo inteiro nos últimos anos com lançamentos frequentes e com sucesso nas críticas, mas resistência à resposta do público. Definitivamente são filmes que não procuram um terror explícito e sim discussões existencialistas e filosóficas deixando o “susto” em segundo plano. Uma coisa é certa, não tem como dizer que não são filmes do gênero de horror, pois seus elementos se encontram de maneira clara nas narrativas. Afinal são histórias de fantasmas, monstros que vivem em armários, bruxas, demônios e mundo pós-apocalíptico recheado de mistérios.
Mas mesmo quando há concordância na qualidade dos filmes, cinéfilos discutem sobre a necessidade de nomear mais um “movimento”, o que separa os filmes de horror? Com certeza a abordagem feita por esses novos diretores (todos citados no artigos são estadunidenses) já estava sendo explorada no mundo inteiro com clássicos como O Iluminado e Inverno de Sangue em Veneza, muito antes dessa nova geração. Sem contar que cineastas brasileiros como Marco Dutra e Juliana Rojas, já brincam com o sobrenatural em seus filmes desde o começo dos anos 2000.