Uma lista para falar da efemeridade das coisas; dos encontros e despedidas; do tempo que não se consome e nem se economiza. Quero mostrar, mesmo que minimamente, parafraseando Proust, a quebra das barreiras impossíveis - as quais atam o real ao campo dos sonhos e desejos, ao idealizado - que nos permite saborear o "irrealizável". Mesmo sabendo que "a uma saída alegre suceda-se muitas vezes uma volta triste, e os prazeres da noite entristeçam a manhã" (Imitação de Cristo, livro I, cap. XX). O tempo é relativo e a vida pode ser só uma.
"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai
Pra nunca mais..."
Talvez eu esteja fazendo um culto à incerteza.
Pois que seja!