No cinema, o conceito de ''salvador branco'' ou ''herói branco'' refere-se a um tipo de narrativa na qual um personagem branco salva as pessoas de outra raça ou cor de uma situação de risco ou perigo. Esse tipo de narrativa possui uma longa tradição no cinema hollywoodiano e na cultura dos EUA. Em ambos os meior, o ''salvador branco'' é retratado como uma figura messiânica que, ao mesmo que ganha o respeito dos membros do grupo ameaçado mostrando-se nobre e valoroso, aprende algo sobre si mesmo.
Na práxis da narrativa cinematográfica, o personagem branco-salvador geralmente é um homem que é um rejeitado ou um deslocado dentro de seu próprio grupo de origem, até que ele aceita a missão de liderar o outro grupo no qual ele está se inserindo, com o objetivo de salva-lo daquilo que o ameaça. Também pode ocorrer que, no lugar do herói salvar ou ajudar um grupo inteiro, ele se ocupe de salvar ou ajudar uma pessoa em específico.
É interessante analisar essas narrativas tendo como base os conceitos sociológicos de ''outsider'' e ''insider'', bem com as noções racistas e racialistas de ''superioridade branca'' ou ''superioridade da cultura ocidental judaico-cristã''. Para estudiosos do assunto, essas narrativas são "fantasias essencialmente grandiloquentes, exibicionistas e narcisistas" com o claro intuito de compensação psicológica e conforto moral.
Tais narrativas eram usadas como forma de propaganda para justificar as intervenções dos EUA em outros países, ações essas que são frutos de uma política externa imperialista e expansionista, que sempre se ocultou sobre a desculpa de ''levar a democracia e o desenvolvimento'' para povos e nações menos desenvolvidos e menos civilizados.