Um cântico à vida, uma homenagem estética ao escritor Tico, devaneio fílmico sobre a obra e vida do personagem. É um filme também sobre a memória, que traz à tona não só os percursos agonizantes do relembrar, mas também sua força política, de resistência, que insiste em reinventar o cotidiano e buscar sentidos perdidos.
Escritor assíduo, com forte inspiração de Dostoievsky e Plínio Marcos, Tico apresenta seu modo de ver a vida, desde a força política da resistência até a ressignificação das lembranças. Anarquista por natureza e fiel aos seus princípios, ele já foi morar na rua por escolha própria e, posteriormente, passou a trabalhar como coveiro, o que lhe trouxe uma certa fama graças a uma reportagem na TV que o chamava de "escritor-coveiro".