Se existe uma grande surpresa nos cinemas dos últimos anos foi a ficção científica Efeito Borboleta. Além de catapultar de vez a carreira de Ashton Kutcher, o filme – sobre um jovem que volta no tempo alterando a realidade que conhecemos a cada viagem – foi um dos mais rentáveis de todos os tempos, tendo um orçamento de somente US$ 13 milhões e arrecadando US$ 96 milhões ao redor do mundo.
Aparentemente, o sucesso do primeiro filme não se repetiu nas duas sequências, lançadas diretamente para DVD (em 2006 e 2009). Mas isso não desanimou os produtores do filme original, que possuem planos para um novo filme.
E, como vem acontecendo com praticamente todas as grandes marcas de Hollywood nos últimos anos, o novo Efeito Borboleta será um reboot que reiniciará a franquia.
Boa parte da equipe do filme original está envolvida no projeto, desde os produtores até o roteirista, mas ainda não há um diretor contratado – e as apostas são de que Ashton Kutcher (cujo salário hoje é infinitamente maior que nove anos atrás) se envolva no projeto. Entretanto, como a trama básica do filme não era exatamente “fechada”, é perfeitamente possível construir uma nova história com situações diferentes (exatamente o caminho básico das sequências), com um novo personagem.Claro que do ponto de vista financeiro, a ideia é uma boa. Resta saber como o púbico aceitará isso. Afinal, o filme não possui nem uma década de vida – a única outra franquia reiniciada em tão pouco tempo foi sobre o Homem-Aranha, algo que os fãs, em grande parte, desaprovaram – e o filme, justamente pelo sucesso atingido graças ao enorme boca-a-boca, ainda está fresco na memória de muita gente.
Mas, se o primeiro Efeito Borboleta se tornou um enorme sucesso, talvez o projeto decole e tenha uma boa carreira. Mas é importante lembrar que, em Hollywood, nada se cria: tudo se copia.
Resta saber agora quanto tempo irá durar esta moda de reiniciar franquias de sucesso, e em qual momento os estúdios começarem a apresentar mais do mesmo, entregando um filme igual a outro consagrado, porém com atores novos. Ou, pior: mexerem em franquias consideradas sagradas pelos fãs.