O Pontal do Paranapanema conta a história de uma região onde os conflitos pela terra já duram mais de um século. Através de depoimentos, traça um panorama sócio-ambiental do processo de ocupação da região e de seus problemas atuais. Patrocinado pela Petrobras, o documentário é uma produção independente da Cinematográfica Superfilmes e da ONG Ecofalante.
O Pontal do Paranapanema tem um olhar sócio-ambiental e propõe uma discussão sobre o processo de ocupação da região e suas conseqüências a partir de depoimentos de personagens atuantes nesta história. Estão lá grandes fazendeiros, ex-posseiros, representantes de setores da igreja, assentados, representantes do MST, promotores do estado, políticos, organizações não governamentais, cientistas e ambientalistas.
O diretor Chico Guariba e sua equipe percorreram quase nove mil quilômetros do Pontal colhendo imagens e depoimentos. Reunindo o material colhido desde a pesquisa até a gravação e o evento de exibição do documentário na própria região, foi uma maratona de mais de um ano que viabilizou, além do próprio documentário, um acervo sobre a região com cerca de oito mil imagens, entre fotografias, mapas e documentos, além de 50 horas de imagens em movimento com mais de 40 entrevistas.
O documentário narra desde a chegada dos pioneiros, o início da grilagem das terras, a exploração marcada pela formação das grandes fazendas, a destruição das reservas de mata atlântica, os impactos sociais e ambientais decorrentes da construção de grandes hidrelétricas, até as ocupações pelo movimento dos sem terra, o começo da reforma agrária e das tentativas de alcançar um desenvolvimento sustentável para a região.
O documentário teve pré-estréia na Semana da Mata Atlântica 2005 e foi exibido no projeto Rodando o Pontal, que nasceu como um desdobramento de sua realização. O objetivo da criação desse circuito de exibição foi garantir que o filme fosse debatido com a população da região onde ele foi gravado. Após cada exibição, foram promovidos debates com o diretor e os participantes do documentário e autoridades. As apresentações foram públicas e gratuitas, em sete cidades: Assis, Presidente Prudente, Mirante do Paranapanema, Teodoro Sampaio, Rosana, Presidente Epitácio e Presidente Venceslau e foram prestigiadas por mais de três mil pessoas com grande repercussão na região.