Três garotos descobrem que vampiros chegaram ao Bronx com um plano sinistro para acabar com o bairro, e cabe a eles tentar impedir essas criaturas.
Vampiros vs. The Bronx é mais um filme pipoca da Netflix, um filme que passaria na Sessão da Tarde durante as férias escolares, e isso não é um demérito. Ele é nitidamente voltado ao público infantil, mas pessoas mais velhas vão conseguir se entreter de forma satisfatória. Não existe nenhum terror de alto nível ou efeitos grandiosos, mas o filme estabelece ótimas coisas sobre a mitologia vampiresca para um público jovem.
Vampiros vs. The Bronx também cria um clima interessante, a ambientação é maravilhosa e nós somos realmente levados para uma parte do Bronx, ele é sentido como uma comunidade e isso é um ponto muito forte.
Outro acerto é a criação de brechas não muito explícitas sobre a possível criação de uma franquia em cima desse filme. E sinceramente é algo válido, da para criar novas histórias a partir do que foi mostrado aqui.
Vampiros vs. The Bronx é um filme pra marcar infâncias, você vai adorar matar um tempo assistindo ele com seu filho, ou sozinho.
Quando sua mãe desaparece misteriosamente em seu aniversário de 16 anos, Enola Holmes procura a ajuda de seus irmãos mais velhos (o que inclui o famoso detetive Sherlock Holmes), mas logo ela vê que irá precisar resolver esse mistério sozinha.
Se você for um grande fã de Sherlock Holmes existem grandes chances de não gostar desse filme, e um dos motivos é a mudança de certas características de alguns personagens. Sherlock e o Mycroft Holmes viraram machistas que não se importam com a irmã.
Sherlock tem certa mudança ao decorrer da trama, mas ainda assim não é o Sherlock Holmes que conhecemos. Vale destacar que Henry Cavill nem de longe trouxe a melhor interpretação do Sherlock, mas é visível a sua evolução como ator, e seu desempenho nos da vontade de ver um pouco mais do personagem.
Já Mycroft, foi transformado em um homem sem intelecto, quando é de conhecimento geral q ele tem um poder de dedução maior do que o do próprio Sherlock. Essa mudança do personagem serviu para torna-lo um dos motivadores na mudança de vida da Enola, isso é válido dentro do filme, mas pode desagradar os fãs mais antigos.
Por falar em Enola, a Millie Bobby Brown consegue entregar uma boa interpretação, não é nada surpreendente, mas dá vontade de vê-la mais vezes fazendo essa personagem.
Temos um bom roteiro, mas que utiliza pouco do mistério (algo ruim em um filme sobre um Holmes), e nos entrega muitas ações previsíveis. Algo que poderia ter ajudado num melhor desempenho teria sido uma duração menor para este filme, ao tirar meia hora tudo poderia ter ficado mais palatável.
Enola Holmes não é ruim, na verdade ele é um bom filme, mas é destinado a um público mais jovem. No geral é um bom entretenimento e consegue instigar curiosidade para a formação de um novo universo nessa franquia.
Engraçado, colorido, parecido com Guardiões da Galáxia, mas com um estilo próprio. Vemos traços do Taika Waititi mesclados com traços do UCM, e isso dá um tom especial a este filme.
Com a melhor versão do Thor, Loki e Hulk/Bruce Banner, este é um filme de comédia, tem um pouco de ação e aventura, mas é um filme de comédia e ele funciona muito bem assim.
O filme é um pouco lento no começo mas não é algo que incomode.
Porém, um dos seus erros é dar muito foco a Sakaar. Ele é muito bem construído, tem uma ótima atmosfera, mas o foco excessivo acaba deixando muito pouco tempo para ver o que acontece com Hela e Asgard. Outro ponto negativo é a presença de personagens que não acrescentam ao enredo e não fariam a menor diferença se fossem retirados do filme.
Avaliando todos os pontos fortes e fracos, podemos dizer que Thor: Ragnarok é o melhor filme do Thor.
E se você se apaixonasse pelo irmão mais velho do seu melhor amigo mesmo com uma regra que impeça que isso aconteça?
The Kissing Booth é um filme com todos os componentes de uma comédia romântica adolescente, todos os elementos que conhecemos estão nesse filme, desde os diálogos aos impasses e amadurecimentos durante a trama, a formatura, a formação de casais, mas até ai tudo bem, da pra se fazer um bom filme mesmo sendo cheio de clichês.
Porém, se você observar além desses momentos graciosos e de aprendizado típicos de uma comédia romântica adolescente, você verá uma série de problemas.
Os diálogos são questionáveis, assim como a construção de personagens, alias esses personagens muitas vezes chegam a cometer atos muito contraditórios segundo tudo que foi estabelecido sobre eles. Isso nos leva ao roteiro, ele é meio precário, parece que foi realmente escrito em cima de clichês e referencias (boas referencias), não é um roteiro ruim, porém falta ousadia e surpresas.
Em relação aos personagens não dá pra se dizer que alguém chame muito a atenção, estão todos num nível mediano.
Os maiores acertos em The Kissing Booth são a escolha de focar em um casal de amigos com um relacionamento sincero e sem segundas intenções, e o apelo nostálgico a clássicos da comédia romântica adolescente.
The Kissing Booth é um filme sem grandes destaques, é o típico entretenimento de fim de semana.
Uma policial precisa encontrar um assassino que está matando suas vitimas recriando punições impostas a criminosos do século 18. O filme tem uma boa premissa, mas no geral é apenas isso.
Já vimos inúmeras historias de policiais atrás de assassinos e tudo bem vermos outra, mas o problema aqui é a falta total de algo novo no gênero.
Trama pouco surpreendente, personagens totalmente estereotipados com diálogos rasos e com atitudes que não são muito bem explicadas e que às vezes nem fazem sentido são destaque do filme.
A atriz Małgorzata Kożuchowska é a protagonista e até se esforça, mas o roteiro prejudica o seu trabalho e nós vemos uma personagem sem carisma. E por sua vez, os atores coadjuvantes não tem nenhum grande destaque.
A violência e a tensão criada são os pontos fortes, e certamente são pontos que vão acabar agradando os fãs de filmes desse gênero.
Fiquem atentos aos minutos finais, pois eles nos mostram que o filme traz uma mensagem que é no mínimo digna de um breve debate.
Peter Parker está numa viagem pela Europa quando é surpreendido por Nick Fury que o convoca para uma missão onde ele deve se aliar ao herói Mystério para enfrentar alguns vilões pelas cidades europeias.
Com um tom não tão cômico quanto seu antecessor, Far From Home mostra um Peter Parker que passou por uma evolução como pessoa, um Peter Parker que mesmo tentando fugir, tem que tomar atitudes maduras.
O filme tem um ótimo tom, apesar de ser um pouco lento e previsível em alguns momentos. Ele tem efeitos especiais que vez ou outra deixam um pouco desejar, mas que no geral são bons. Temos cenas de ação memoráveis, e algumas piadas fracas e/ou forçadas. A trama tem uma reviravolta previsível para os fãs das histórias em quadrinhos, mas que foi bem executado.
No elenco nós podemos destacar os bons trabalhos de Tom Holland, Jake Gyllenhaal, Zendaya, Samuel L. Jackson e Jon Favreau.
Outro ponto positivo é o resgate do tom de romance, algo que não vemos tão fortemente desde a Trilogia de Sam Raimi. Já um ponto negativo é a direção do Jon Watts, que é inferior a apresentada em Homecoming.
Com mais pontos positivos do que negativos, Far From Home acaba sendo um pouco melhor do que seu antecessor, e entra na lista de um dos melhores filmes do Homem-Aranha.
Após uma ótima participação em Capitão América: Guerra Civil, o Homem-Aranha ganhou seu filme solo em uma parceria entre a Marvel e a Sony.
Essa volta ao lar tem o estilo de uma aventura em quadrinhos do Homem-Aranha, não um estilo das aventuras clássicas, mas ainda assim uma aventura dos quadrinhos do Homem-Aranha. O filme é redondo, divertido e nada grandioso, fugindo um pouco da fórmula Marvel, o que é muito interessante.
O filme se inspira nos trabalhos de John Hughes, e mescla bem as aventuras de Peter como herói e seu dia-a-dia na escola.
Existem poucas cenas de ação e elas não são muito bem elaboradas, o CGI é bem perceptível, mas da pra relevar pois as cenas ajudam na narrativa.
Muitos pensaram que a presença de Robert Downey Jr. roubaria o filme para ele, mas isso não acontece, seu personagem é importante para o enredo, mas ele só aparece quando precisa aparecer.
Michael Keaton traz um vilão com boas motivações, e isso gera uma certa empatia entre ele e o público, tornando-o um vilão dos pesos pesados do MCU.
Os outros atores estão bem em seus respectivos papéis, alguns roubam uma ou outra cena, e no geral todos fazem um bom trabalho.
Os trailers estragam a magia do filme porque mostraram muitas coisas, mas mesmo assim ainda há boas cenas que não foram exibidas nos trailers. O filme tem dois pós-créditos que vale a pena assistir.
No geral, Spider-Man: Homecoming é um filme cheio de referências e homenagens, divertidamente maravilhoso e que pode ser visto por qualquer pessoa.
Ah, quer saber se Tom Holland é o melhor Homem-Aranha/ Peter Parker? Então né..
Existente há tantos anos, a maioria das pessoas conhece a história de Tarzan. Existem diversas obras que já trabalharam com esse personagem, então o que o diretor David Yates poderia nos trazer?
O filme começa anos após a parte já conhecida da história, nós vemos um Tarzan vivendo em meio à sociedade, uma sociedade que sabe quem ele é. Essa é uma boa abordagem do personagem, e mesmo com o ator Alexander Skarsgård parecendo não ter sido a melhor opção (ele está física e emocionalmente travado no personagem), ele está aceitável dentro daquele contexto. Mas quando o filme se volta à selva, temos enormes problemas.
O pouco da atuação aceitável que Skarsgård tinha na cidade acaba desaparecendo quando ele tem que nos fazer acreditar que é o homem macaco. Fica clara a intenção de que o filme pretendia estabelecer o personagem como mais um super-herói que poderia iniciar uma franquia, mas o resultado é um personagem inexplicavelmente indestrutível em meio a situações pouco criveis e com efeitos especiais que deixam muito a desejar (principalmente os efeitos de rejuvenescimento utilizados em flashbacks confusos).
No elenco não temos ninguém que está realmente bem, Margot Robbie é apenas usada como a mulher em perigo, Djimon Hounsou que parecia um personagem com camadas acaba sendo subutilizado, Samuel L. Jackson está completamente desperdiçado, embora consiga ter certo destaque em alguns momentos cômicos. Christoph Waltz é de longe o personagem mais interessante, o ator consegue convencer como vilão e rende boas interações com os demais personagens.
O roteiro tem pouca fluidez, o filme é bem confuso, ele é cheio de cortes e câmeras rápidas, o que dificulta o entendimento das cenas de ação (que deveriam ser um ponto alto no filme).
O ponto mais alto são as referencias, The Legend of Tarzan consegue nos entregar inúmeras coisas que nos fazem lembrar de vários momentos do personagem desde sua criação em 1912, e isso acontece sem forçação, então os fãs mais ferrenhos do personagem podem acabar gostando.
The Legend of Tarzan não é um filme que precisava ter visto a luz do dia, mas ao mesmo tempo é um filme que agrega mais do que atrapalha a mitologia do personagem.
Durante a década de 90 os Estados Unidos instalaram na Flórida movimentos para desestabilizar Cuba e retirar Fidel Castro do poder. Alguns cubanos estavam conseguindo fugir da ditadura comunista e acabaram sendo recrutados para tentar derrubar o seu próprio país, seria essa uma boa ideia?
Wasp Network é uma adaptação de um livro que conta uma história real, e sua proposta é trabalhar de forma igual os diferentes lados políticos apresentados, e é o que acontece até determinado ponto, mas graças a sua narrativa insensível isso é atrapalhado e damos de cara com um filme que não sabe se é imparcial ou se ignora a politica que está presente na trama.
Fica claro que a história tem diversas camadas para serem aprofundadas, vários pontos de vista a serem debatidos e analisados, mas a fragilidade narrativa não nos entrega isso.
Outro ponto negativo é a montagem, ela consegue ser dinâmica e confusa. O diretor opta por nos explicar tudo que está passando em tela, mas fica claro que ele não consegue trabalhar muito bem com o tempo que tem, pois nos entrega muita informação ao mesmo tempo, deixando tudo confuso, e isso é usado mais de uma vez no longa. Esse é um recurso preguiçoso e deixa o filme parecendo um compilado de melhores momentos de alguma série (aliás, talvez tivesse sido melhor usar essa história em uma série).
O excesso de personagens também é um problema nesse filme. O diretor tenta desenvolver todos os personagens que julga importante, mas pra isso ele opta por introduzir alguns tardiamente ou opta por deixar outros de lado por um longo tempo.
Fica claro que o grande problema de Wasp Network é a direção. Olivier Assayas é um bom diretor, mas é conhecido pela irregularidade em sua filmografia, Personal Shopper e Doubles Vies mostram bem esses altos e baixos do francês.
Wasp Network tinha um grande potencial para gerar uma boa discussão, mas acabou sendo apenas mais um filme com pouco conteúdo.
Porém, existe um ponto interessante na trama (falar sobre isso seria spoiler) que faz valer a experiência. E se você tiver paciência também vai poder ver alguns momentos de ótimas atuações de Wagner Moura e Penélope Cruz.
No filme nós temos quatro negros veteranos de guerra voltando ao Vietnã para resgatar os restos mortais do seu comandante que morreu em batalha. Além disso, o grupo pretende procurar um baú com ouro que eles haviam escondido na região durante a guerra.
Da 5 Bloods é Spike Lee sendo Spike Lee, fazendo criticas e denuncias através da sétima arte, além de ensinar ao povo. Lee usa a Guerra do Vietnã como um meio para falar dos traumas e resultados da guerra, a desigualdade social e racial entre outros temas. As criticas trazidas por Lee estão em um ótimo equilíbrio com o roteiro, vemos inúmeros debates que vão desde a divida histórica, controvérsia humana, divergências ideológicas, capitalismo, entre outros, e tudo isso faz desse filme atual e necessário.
O filme cria uma atmosfera própria sem medo algum, ele insere muitos momentos com flashbacks que são mostrados em proporção 4:3, isso dá um conceito mais documental juntamente a registros reais da guerra e de personagens importantes na história. O tempo atual é mostrado em widescreen e é ai que entra a importância da transição, pois essas mudanças poderiam ser feitas de forma bem grosseira, mas não é o caso aqui, pois todas as transições são feitas de maneira bem suave, tanto em tela quanto no roteiro.
A fotografia é belíssima, vemos a criação de diversas cores conforme a época em que a cena se passa. As cenas de ação são muito bem feitas e nos mostram um pouco da realidade da guerra. Houve uma ótima escolha de músicas para este filme, temos letras que reforçam as criticas que são trazidas.
Por fim, falemos dos personagens, todos estão muito bem. Conseguimos ver a união que foi criada entre os veteranos durante a guerra e os conflitos que eles criaram consigo e com os outros após voltar para casa. Temos uma ótima construção de antagonistas, construção que beira a realidade, pois assim como na vida real aqui não existem vilões, nós temos apenas pessoas que se viram em lados opostos numa guerra, uma guerra que às vezes eles nem sabem o porquê de existir.
Mas bom, o maior destaque do filme com toda certeza vai para o ator Delroy Lindo. Seu personagem é um ser cheio de traumas e que está em constante mutação. Existem dois momentos no filme em que Spike Lee nos permite ver o personagem de Delroy brilhar, vemos performances que transmitem o horror que se passa na mente de um homem que nunca saiu da guerra.
Da 5 Bloods é infelizmente um retrato da sociedade atual, mas talvez, quem sabe ele aliado a outros movimentos não nos façam deixar essa atualidade para trás.
Vampiros x the Bronx
2.9 99Três garotos descobrem que vampiros chegaram ao Bronx com um plano sinistro para acabar com o bairro, e cabe a eles tentar impedir essas criaturas.
Vampiros vs. The Bronx é mais um filme pipoca da Netflix, um filme que passaria na Sessão da Tarde durante as férias escolares, e isso não é um demérito. Ele é nitidamente voltado ao público infantil, mas pessoas mais velhas vão conseguir se entreter de forma satisfatória. Não existe nenhum terror de alto nível ou efeitos grandiosos, mas o filme estabelece ótimas coisas sobre a mitologia vampiresca para um público jovem.
Vampiros vs. The Bronx também cria um clima interessante, a ambientação é maravilhosa e nós somos realmente levados para uma parte do Bronx, ele é sentido como uma comunidade e isso é um ponto muito forte.
Outro acerto é a criação de brechas não muito explícitas sobre a possível criação de uma franquia em cima desse filme. E sinceramente é algo válido, da para criar novas histórias a partir do que foi mostrado aqui.
Vampiros vs. The Bronx é um filme pra marcar infâncias, você vai adorar matar um tempo assistindo ele com seu filho, ou sozinho.
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraQuando sua mãe desaparece misteriosamente em seu aniversário de 16 anos, Enola Holmes procura a ajuda de seus irmãos mais velhos (o que inclui o famoso detetive Sherlock Holmes), mas logo ela vê que irá precisar resolver esse mistério sozinha.
Se você for um grande fã de Sherlock Holmes existem grandes chances de não gostar desse filme, e um dos motivos é a mudança de certas características de alguns personagens. Sherlock e o Mycroft Holmes viraram machistas que não se importam com a irmã.
Sherlock tem certa mudança ao decorrer da trama, mas ainda assim não é o Sherlock Holmes que conhecemos. Vale destacar que Henry Cavill nem de longe trouxe a melhor interpretação do Sherlock, mas é visível a sua evolução como ator, e seu desempenho nos da vontade de ver um pouco mais do personagem.
Já Mycroft, foi transformado em um homem sem intelecto, quando é de conhecimento geral q ele tem um poder de dedução maior do que o do próprio Sherlock. Essa mudança do personagem serviu para torna-lo um dos motivadores na mudança de vida da Enola, isso é válido dentro do filme, mas pode desagradar os fãs mais antigos.
Por falar em Enola, a Millie Bobby Brown consegue entregar uma boa interpretação, não é nada surpreendente, mas dá vontade de vê-la mais vezes fazendo essa personagem.
Temos um bom roteiro, mas que utiliza pouco do mistério (algo ruim em um filme sobre um Holmes), e nos entrega muitas ações previsíveis. Algo que poderia ter ajudado num melhor desempenho teria sido uma duração menor para este filme, ao tirar meia hora tudo poderia ter ficado mais palatável.
Enola Holmes não é ruim, na verdade ele é um bom filme, mas é destinado a um público mais jovem. No geral é um bom entretenimento e consegue instigar curiosidade para a formação de um novo universo nessa franquia.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraEngraçado, colorido, parecido com Guardiões da Galáxia, mas com um estilo próprio. Vemos traços do Taika Waititi mesclados com traços do UCM, e isso dá um tom especial a este filme.
Com a melhor versão do Thor, Loki e Hulk/Bruce Banner, este é um filme de comédia, tem um pouco de ação e aventura, mas é um filme de comédia e ele funciona muito bem assim.
O filme é um pouco lento no começo mas não é algo que incomode.
Porém, um dos seus erros é dar muito foco a Sakaar. Ele é muito bem construído, tem uma ótima atmosfera, mas o foco excessivo acaba deixando muito pouco tempo para ver o que acontece com Hela e Asgard. Outro ponto negativo é a presença de personagens que não acrescentam ao enredo e não fariam a menor diferença se fossem retirados do filme.
Avaliando todos os pontos fortes e fracos, podemos dizer que Thor: Ragnarok é o melhor filme do Thor.
A Barraca do Beijo
2.9 928 Assista AgoraE se você se apaixonasse pelo irmão mais velho do seu melhor amigo mesmo com uma regra que impeça que isso aconteça?
The Kissing Booth é um filme com todos os componentes de uma comédia romântica adolescente, todos os elementos que conhecemos estão nesse filme, desde os diálogos aos impasses e amadurecimentos durante a trama, a formatura, a formação de casais, mas até ai tudo bem, da pra se fazer um bom filme mesmo sendo cheio de clichês.
Porém, se você observar além desses momentos graciosos e de aprendizado típicos de uma comédia romântica adolescente, você verá uma série de problemas.
Os diálogos são questionáveis, assim como a construção de personagens, alias esses personagens muitas vezes chegam a cometer atos muito contraditórios segundo tudo que foi estabelecido sobre eles. Isso nos leva ao roteiro, ele é meio precário, parece que foi realmente escrito em cima de clichês e referencias (boas referencias), não é um roteiro ruim, porém falta ousadia e surpresas.
Em relação aos personagens não dá pra se dizer que alguém chame muito a atenção, estão todos num nível mediano.
Os maiores acertos em The Kissing Booth são a escolha de focar em um casal de amigos com um relacionamento sincero e sem segundas intenções, e o apelo nostálgico a clássicos da comédia romântica adolescente.
The Kissing Booth é um filme sem grandes destaques, é o típico entretenimento de fim de semana.
Morte às Seis da Tarde
2.9 163 Assista AgoraUma policial precisa encontrar um assassino que está matando suas vitimas recriando punições impostas a criminosos do século 18. O filme tem uma boa premissa, mas no geral é apenas isso.
Já vimos inúmeras historias de policiais atrás de assassinos e tudo bem vermos outra, mas o problema aqui é a falta total de algo novo no gênero.
Trama pouco surpreendente, personagens totalmente estereotipados com diálogos rasos e com atitudes que não são muito bem explicadas e que às vezes nem fazem sentido são destaque do filme.
A atriz Małgorzata Kożuchowska é a protagonista e até se esforça, mas o roteiro prejudica o seu trabalho e nós vemos uma personagem sem carisma. E por sua vez, os atores coadjuvantes não tem nenhum grande destaque.
A violência e a tensão criada são os pontos fortes, e certamente são pontos que vão acabar agradando os fãs de filmes desse gênero.
Fiquem atentos aos minutos finais, pois eles nos mostram que o filme traz uma mensagem que é no mínimo digna de um breve debate.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraPeter Parker está numa viagem pela Europa quando é surpreendido por Nick Fury que o convoca para uma missão onde ele deve se aliar ao herói Mystério para enfrentar alguns vilões pelas cidades europeias.
Com um tom não tão cômico quanto seu antecessor, Far From Home mostra um Peter Parker que passou por uma evolução como pessoa, um Peter Parker que mesmo tentando fugir, tem que tomar atitudes maduras.
O filme tem um ótimo tom, apesar de ser um pouco lento e previsível em alguns momentos. Ele tem efeitos especiais que vez ou outra deixam um pouco desejar, mas que no geral são bons. Temos cenas de ação memoráveis, e algumas piadas fracas e/ou forçadas. A trama tem uma reviravolta previsível para os fãs das histórias em quadrinhos, mas que foi bem executado.
No elenco nós podemos destacar os bons trabalhos de Tom Holland, Jake Gyllenhaal, Zendaya, Samuel L. Jackson e Jon Favreau.
Outro ponto positivo é o resgate do tom de romance, algo que não vemos tão fortemente desde a Trilogia de Sam Raimi. Já um ponto negativo é a direção do Jon Watts, que é inferior a apresentada em Homecoming.
Com mais pontos positivos do que negativos, Far From Home acaba sendo um pouco melhor do que seu antecessor, e entra na lista de um dos melhores filmes do Homem-Aranha.
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
3.8 1,9K Assista AgoraApós uma ótima participação em Capitão América: Guerra Civil, o Homem-Aranha ganhou seu filme solo em uma parceria entre a Marvel e a Sony.
Essa volta ao lar tem o estilo de uma aventura em quadrinhos do Homem-Aranha, não um estilo das aventuras clássicas, mas ainda assim uma aventura dos quadrinhos do Homem-Aranha. O filme é redondo, divertido e nada grandioso, fugindo um pouco da fórmula Marvel, o que é muito interessante.
O filme se inspira nos trabalhos de John Hughes, e mescla bem as aventuras de Peter como herói e seu dia-a-dia na escola.
Existem poucas cenas de ação e elas não são muito bem elaboradas, o CGI é bem perceptível, mas da pra relevar pois as cenas ajudam na narrativa.
Muitos pensaram que a presença de Robert Downey Jr. roubaria o filme para ele, mas isso não acontece, seu personagem é importante para o enredo, mas ele só aparece quando precisa aparecer.
Michael Keaton traz um vilão com boas motivações, e isso gera uma certa empatia entre ele e o público, tornando-o um vilão dos pesos pesados do MCU.
Os outros atores estão bem em seus respectivos papéis, alguns roubam uma ou outra cena, e no geral todos fazem um bom trabalho.
Os trailers estragam a magia do filme porque mostraram muitas coisas, mas mesmo assim ainda há boas cenas que não foram exibidas nos trailers. O filme tem dois pós-créditos que vale a pena assistir.
No geral, Spider-Man: Homecoming é um filme cheio de referências e homenagens, divertidamente maravilhoso e que pode ser visto por qualquer pessoa.
Ah, quer saber se Tom Holland é o melhor Homem-Aranha/ Peter Parker? Então né..
A Lenda de Tarzan
3.1 793 Assista AgoraExistente há tantos anos, a maioria das pessoas conhece a história de Tarzan. Existem diversas obras que já trabalharam com esse personagem, então o que o diretor David Yates poderia nos trazer?
O filme começa anos após a parte já conhecida da história, nós vemos um Tarzan vivendo em meio à sociedade, uma sociedade que sabe quem ele é. Essa é uma boa abordagem do personagem, e mesmo com o ator Alexander Skarsgård parecendo não ter sido a melhor opção (ele está física e emocionalmente travado no personagem), ele está aceitável dentro daquele contexto. Mas quando o filme se volta à selva, temos enormes problemas.
O pouco da atuação aceitável que Skarsgård tinha na cidade acaba desaparecendo quando ele tem que nos fazer acreditar que é o homem macaco. Fica clara a intenção de que o filme pretendia estabelecer o personagem como mais um super-herói que poderia iniciar uma franquia, mas o resultado é um personagem inexplicavelmente indestrutível em meio a situações pouco criveis e com efeitos especiais que deixam muito a desejar (principalmente os efeitos de rejuvenescimento utilizados em flashbacks confusos).
No elenco não temos ninguém que está realmente bem, Margot Robbie é apenas usada como a mulher em perigo, Djimon Hounsou que parecia um personagem com camadas acaba sendo subutilizado, Samuel L. Jackson está completamente desperdiçado, embora consiga ter certo destaque em alguns momentos cômicos. Christoph Waltz é de longe o personagem mais interessante, o ator consegue convencer como vilão e rende boas interações com os demais personagens.
O roteiro tem pouca fluidez, o filme é bem confuso, ele é cheio de cortes e câmeras rápidas, o que dificulta o entendimento das cenas de ação (que deveriam ser um ponto alto no filme).
O ponto mais alto são as referencias, The Legend of Tarzan consegue nos entregar inúmeras coisas que nos fazem lembrar de vários momentos do personagem desde sua criação em 1912, e isso acontece sem forçação, então os fãs mais ferrenhos do personagem podem acabar gostando.
The Legend of Tarzan não é um filme que precisava ter visto a luz do dia, mas ao mesmo tempo é um filme que agrega mais do que atrapalha a mitologia do personagem.
Wasp Network: Rede de Espiões
3.1 116 Assista AgoraDurante a década de 90 os Estados Unidos instalaram na Flórida movimentos para desestabilizar Cuba e retirar Fidel Castro do poder. Alguns cubanos estavam conseguindo fugir da ditadura comunista e acabaram sendo recrutados para tentar derrubar o seu próprio país, seria essa uma boa ideia?
Wasp Network é uma adaptação de um livro que conta uma história real, e sua proposta é trabalhar de forma igual os diferentes lados políticos apresentados, e é o que acontece até determinado ponto, mas graças a sua narrativa insensível isso é atrapalhado e damos de cara com um filme que não sabe se é imparcial ou se ignora a politica que está presente na trama.
Fica claro que a história tem diversas camadas para serem aprofundadas, vários pontos de vista a serem debatidos e analisados, mas a fragilidade narrativa não nos entrega isso.
Outro ponto negativo é a montagem, ela consegue ser dinâmica e confusa. O diretor opta por nos explicar tudo que está passando em tela, mas fica claro que ele não consegue trabalhar muito bem com o tempo que tem, pois nos entrega muita informação ao mesmo tempo, deixando tudo confuso, e isso é usado mais de uma vez no longa. Esse é um recurso preguiçoso e deixa o filme parecendo um compilado de melhores momentos de alguma série (aliás, talvez tivesse sido melhor usar essa história em uma série).
O excesso de personagens também é um problema nesse filme. O diretor tenta desenvolver todos os personagens que julga importante, mas pra isso ele opta por introduzir alguns tardiamente ou opta por deixar outros de lado por um longo tempo.
Fica claro que o grande problema de Wasp Network é a direção. Olivier Assayas é um bom diretor, mas é conhecido pela irregularidade em sua filmografia, Personal Shopper e Doubles Vies mostram bem esses altos e baixos do francês.
Wasp Network tinha um grande potencial para gerar uma boa discussão, mas acabou sendo apenas mais um filme com pouco conteúdo.
Porém, existe um ponto interessante na trama (falar sobre isso seria spoiler) que faz valer a experiência. E se você tiver paciência também vai poder ver alguns momentos de ótimas atuações de Wagner Moura e Penélope Cruz.
Destacamento Blood
3.8 448 Assista AgoraNo filme nós temos quatro negros veteranos de guerra voltando ao Vietnã para resgatar os restos mortais do seu comandante que morreu em batalha. Além disso, o grupo pretende procurar um baú com ouro que eles haviam escondido na região durante a guerra.
Da 5 Bloods é Spike Lee sendo Spike Lee, fazendo criticas e denuncias através da sétima arte, além de ensinar ao povo. Lee usa a Guerra do Vietnã como um meio para falar dos traumas e resultados da guerra, a desigualdade social e racial entre outros temas. As criticas trazidas por Lee estão em um ótimo equilíbrio com o roteiro, vemos inúmeros debates que vão desde a divida histórica, controvérsia humana, divergências ideológicas, capitalismo, entre outros, e tudo isso faz desse filme atual e necessário.
O filme cria uma atmosfera própria sem medo algum, ele insere muitos momentos com flashbacks que são mostrados em proporção 4:3, isso dá um conceito mais documental juntamente a registros reais da guerra e de personagens importantes na história. O tempo atual é mostrado em widescreen e é ai que entra a importância da transição, pois essas mudanças poderiam ser feitas de forma bem grosseira, mas não é o caso aqui, pois todas as transições são feitas de maneira bem suave, tanto em tela quanto no roteiro.
A fotografia é belíssima, vemos a criação de diversas cores conforme a época em que a cena se passa. As cenas de ação são muito bem feitas e nos mostram um pouco da realidade da guerra. Houve uma ótima escolha de músicas para este filme, temos letras que reforçam as criticas que são trazidas.
Por fim, falemos dos personagens, todos estão muito bem. Conseguimos ver a união que foi criada entre os veteranos durante a guerra e os conflitos que eles criaram consigo e com os outros após voltar para casa. Temos uma ótima construção de antagonistas, construção que beira a realidade, pois assim como na vida real aqui não existem vilões, nós temos apenas pessoas que se viram em lados opostos numa guerra, uma guerra que às vezes eles nem sabem o porquê de existir.
Mas bom, o maior destaque do filme com toda certeza vai para o ator Delroy Lindo. Seu personagem é um ser cheio de traumas e que está em constante mutação. Existem dois momentos no filme em que Spike Lee nos permite ver o personagem de Delroy brilhar, vemos performances que transmitem o horror que se passa na mente de um homem que nunca saiu da guerra.
Da 5 Bloods é infelizmente um retrato da sociedade atual, mas talvez, quem sabe ele aliado a outros movimentos não nos façam deixar essa atualidade para trás.