O segundo ato tem muita coisa desnecessária, nem parece encaixar direito no filme, parece que o diretor quis aproveitar a ideia de outro filme nesse. Apesar disso, boa história de uma família bem cagada
É muito difícil ver certos filmes mais antigos com os olhos de hoje, esse foi o caso aqui. Consegui quase gostar dele depois de ignorar um início mediano. O miolo do filme é bom, mas ele perde MUITO da força narrativa quando começa com um clichê ruim e termina com outro pior ainda. Ferdinand é um cara que tá ali pra mostrar que, não importa a instrução, a afinidade com artes, escrita, poesia, ainda assim é o tipo que abandona a família por tédio (simplesmente esquece que tem um filho, nunca procurou saber ou se preocupou, exceto por uma ligação acovardada),
mata uma mulher porque ela não quer ficar com ele e depois se mata, coroando sua trajetória covarde.
Eu tenho sentimentos conflitantes em relação a esse filme por não saber se o objetivo era justamente fazer uma crítica a isso. Marianne fala algo como "só passamos um mês juntos, o que é isso comparando com uma vida"? É um soluço, assim como é um soluço o espírito aventureiro e corajoso de Ferdinand, que ao fim e ao cabo é apenas um covarde. Se esse for o caso [a crítica], posso passar a gostar mais dele, mas ainda com algumas ressalvas bem significativas. O final mesmo eu considero intragável, é cotidiano demais pra ter qualquer peso artístico.
Pesado, mostra como uma guerra destrói vidas sem disparar nenhum tiro. A relação entre as duas é extremamente perturbadora, quase tanto quanto os traumas deixados pelo front. Um monte de gente quebrada (em vários sentidos) e raros momentos de beleza e alegria que acabam deixando o resultado ainda mais triste. Gostei de um jeito estranho, mas gostei demais. PS: como alguém tem coragem de fazer mal a Iya, a criatura mais doce do mundo?? Putassa
Gostei bem, conseguiu de deixar com >medo< em alguns momentos (não me dar susto - apesar de ter me assustado tb -, mas dar medo mesmo). Eu sou notoriamente cagona, então foi um terror na medida pra mim; pessoas esperando um impacto visual ou gore não vão ficar satisfeitas. A cena final é maravilhosa, a inversão dos pov caiu muito bem.
Trilha sonora bem bonita e ótimas atuações dos protagonistas, com modos sutis e delicados contrastando com a brutalidade do local (principalmente cookie, sempre visto cozinhando, limpando, costurando). Gostei de ouvir os diálogos entre os dois pelo tom quase sussurrado que utilizavam. Dito isso, não me cativou. Não recomendaria, exceto em casos muito específicos.
Demorei um pouco pra entrar no clima e na proposta do filme, mas depois gostei bem. Não sabia nada sobre o filme além de que se tratava de uma ficção científica, então saber que todo mundo ali era criminoso me deixou curiosa a respeito da história de cada um, que poderia ter sido melhor explorada.
O roteiro não é exatamente inovador e o final, apesar de ter me surpreendido, é até meio clichê, mas o que me fez adorar esse filme foram a fotografia, a trilha sonora e o início, quando ele mostra a música folclórica polonesa, com a qual eu não tinha absolutamente nenhum contato prévio. Apesar de não ser um musical, o filme é extremamente musical (afinal, acompanha um pianista e uma cantora) e é muito agradável acompanhar o modo como a música "evolui" e acompanha o filme ao longo dos anos e locais retratados.
SPOILERS Soube que tá rolando TRETAS e vim ver o que é. Claro que é treta sobre cuspe rs Deixando meus vinte centavos, gosto sempre de pensar que em filmes de ficção alguns elementos estão lá mais pra servirem como recurso narrativo do que pra serem uma representação fiel da realidade. Cuspe pode não ser a coisa mais comum do mundo numa transa (e vejam que falo em sentido amplo), mas nesse caso a cena cumpriu um papel, qual seja: mostrar que aquele filho era pra ser das duas Rachel e não (só) de Dovid. Pra quem se interessar, tem uma entrevista na Out na qual Rachel Weisz comenta a cena e coloca nesses termos, se chama "Rachel Weisz’s Taste for Disruption Lands Her in Rachel McAdams’s Bed". Enfim, eu achei que representar a "inseminação" assim foi uma solução maravilhosa.
Spoilers spoilers spoilers Pouco depois de o filme começar já pude entender a alegação de muitos sobre a pedofilia romantizada: a perspectiva pela qual a relação dos personagens é explorada é pouco habitual, não havendo uma condenação tão explícita num primeiro momento. Vemos uma jovem de 13 anos que claramente gostava daquela relação (o que não a faz menos vítima) e um homem que não utilizou de violência física, coerção, etc para seduzir (o que não o faz menos agressor). Até aí tudo bem, é uma maneira possível de isso acontecer, o que não diminui o caráter criminoso, não exime o adulto de culpa e nem transforma a criança em merecedora do abuso que sofreu. O filme seguia bem até mais ou menos 60min, mostrando a relação um tanto ambígua de Una com os próprios sentimentos, a forma como aquele crime passou a definir a sua vida e como foi fácil para Peter/Ray reconstruir a vida dele depois de cumprida sua pena. O grande problema é quando o filme resolve se transformar no wet dream de algum abusador de menores: a criança cresceu, continua lindíssima e apaixonada, de alguma forma te exime de qualquer culpa pelo ocorrido, continua te desejando, porém agora EM IDADE LEGAL PARA TRANSAR COM VOCÊ! Aquela cena foi bem desnecessária, uma vez que já havia ficado claro que Una nutria sentimentos por Ray apesar de tudo. O fato de Ray negar fogo ficou com cara de arco redentor também, já que agora ele pode "se redimir" (pra si mesmo, pelo menos) por ter resistido aos avanços de Una. Enfim, um filme que poderia ter sido melhor aproveitado não fossem algumas escolhas equivocadas.
SPOILERS SPOILERS SPOILERS Filme alegórico, com duas camadas, ok, não é uma ideia ruim a princípio, mas a execução deixou a desejar. Ser uma alegoria tão fiel é uma ideia ruim. Recriar cada detalhe de uma história em uma nova história é uma maneira ruim de fazer uma alegoria. Honestamente, a camada mais superficial do filme (marido narcisista que caga pra esposa e só quer adoração alheia) funcionaria muito melhor, daria pra entender o final como uma ida às últimas consequências desse desprezo/desvalorização pela mulher, mas mesmo assim não fica muito bom. Infelizmente o diretor se concentrou em fazer a maldita alegoria e esqueceu de aprofundar a personalidade dos personagens "por si mesmos". Ele resolveu dizer/mostrar que um personagem é deus, outro é a mãe natureza, outro é adão, etc e achou que não precisava mais de desenvolvimento de personagens porque eles já estão desenvolvidos na referência. Esse é o tipo de referência preguiçosa que não entra pra complementar/aprofundar o desenvolvimento, entra NO LUGAR dele. Quando começa a ficar muito óbvio quem é quem e o que representam, essa primeira camada superficial - que deveria servir pra conectar mais diretamente o expectador com os personagens - vira areia e você perde o fator realidade, o que torna mais difícil se identificar com o que ocorre na tela e consequentemente se importar com o destino de quem está ali. Eu não sei se posso dizer que é um filme RUIM, mas também não é bom e definitivamente não é o melhor Aronofsky.
Alguém achou que seria uma boa ideia fazer um mashup de clichês horríveis de relações hétero + clichês horríveis de filmes lésbicos e saiu isso aí. Não há tesão que sobreviva a esse personagem de Erika Linder, "sou linda e faço birra e ainda arrumo tempo pra ser autocondescendente", que chatice pqp.
Fotografia linda, trilha sonora idem, tem uns elementos muito bem pensados, mas poxa, tinha TANTO potencial que não foi aproveitado :/ Aquele final mesmo, acho que teria gostado mais de literalmente qualquer outro. [SPOILER NEGATIVO ABAIXO] Desde o boy se revoltar e ela acabar matando ele, fazendo um power duo com a prostituta como figura materna, até, sei lá, ele ir embora sozinho segundos antes de o gato aparecer na sala, ir embora sozinho depois de o gato aparecer na sala, qualquer.outra.coisa.
What Josiah Saw
3.4 60O segundo ato tem muita coisa desnecessária, nem parece encaixar direito no filme, parece que o diretor quis aproveitar a ideia de outro filme nesse. Apesar disso, boa história de uma família bem cagada
Top Gun: Maverick
4.2 1,1K Assista AgoraFarofinha gostosa demais
O Demônio das Onze Horas
4.2 430 Assista AgoraÉ muito difícil ver certos filmes mais antigos com os olhos de hoje, esse foi o caso aqui. Consegui quase gostar dele depois de ignorar um início mediano. O miolo do filme é bom, mas ele perde MUITO da força narrativa quando começa com um clichê ruim e termina com outro pior ainda.
Ferdinand é um cara que tá ali pra mostrar que, não importa a instrução, a afinidade com artes, escrita, poesia, ainda assim é o tipo que abandona a família por tédio (simplesmente esquece que tem um filho, nunca procurou saber ou se preocupou, exceto por uma ligação acovardada),
mata uma mulher porque ela não quer ficar com ele e depois se mata, coroando sua trajetória covarde.
Eu tenho sentimentos conflitantes em relação a esse filme por não saber se o objetivo era justamente fazer uma crítica a isso. Marianne fala algo como "só passamos um mês juntos, o que é isso comparando com uma vida"? É um soluço, assim como é um soluço o espírito aventureiro e corajoso de Ferdinand, que ao fim e ao cabo é apenas um covarde.
Se esse for o caso [a crítica], posso passar a gostar mais dele, mas ainda com algumas ressalvas bem significativas. O final mesmo eu considero intragável, é cotidiano demais pra ter qualquer peso artístico.
Uma Mulher Alta
3.8 112Pesado, mostra como uma guerra destrói vidas sem disparar nenhum tiro.
A relação entre as duas é extremamente perturbadora, quase tanto quanto os traumas deixados pelo front. Um monte de gente quebrada (em vários sentidos) e raros momentos de beleza e alegria que acabam deixando o resultado ainda mais triste. Gostei de um jeito estranho, mas gostei demais.
PS: como alguém tem coragem de fazer mal a Iya, a criatura mais doce do mundo?? Putassa
Um Fascinante Novo Mundo
3.5 123 Assista AgoraVanessa Kirby ruiva.......... Não tenho nem palavras.
Mas quanto ao filme, fiquei foi com raiva :(
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraAi, a representatividade trambiqueira <3. É sobre isso
Saint Maud
3.5 334 Assista AgoraGostei bem, conseguiu de deixar com >medo< em alguns momentos (não me dar susto - apesar de ter me assustado tb -, mas dar medo mesmo). Eu sou notoriamente cagona, então foi um terror na medida pra mim; pessoas esperando um impacto visual ou gore não vão ficar satisfeitas. A cena final é maravilhosa, a inversão dos pov caiu muito bem.
First Cow: A Primeira Vaca da América
3.8 131 Assista AgoraTrilha sonora bem bonita e ótimas atuações dos protagonistas, com modos sutis e delicados contrastando com a brutalidade do local (principalmente cookie, sempre visto cozinhando, limpando, costurando). Gostei de ouvir os diálogos entre os dois pelo tom quase sussurrado que utilizavam.
Dito isso, não me cativou. Não recomendaria, exceto em casos muito específicos.
Falsos Milionários
3.4 77 Assista AgoraEvan Rachel Wood, entrega um palitinho pra mim
Um Fascinante Novo Mundo
3.5 123 Assista AgoraAs lésbicas ainda não chegaram? 👀
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraEu sinto que esse filme iluminou a minha alma. Não consigo pensar em nenhuma outra maneira de descrever.
High Life: Uma Nova Vida
3.1 175 Assista AgoraDemorei um pouco pra entrar no clima e na proposta do filme, mas depois gostei bem. Não sabia nada sobre o filme além de que se tratava de uma ficção científica, então saber que todo mundo ali era criminoso me deixou curiosa a respeito da história de cada um, que poderia ter sido melhor explorada.
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraO filme é ótimo, mas as reações do público me deixaram preocupada real '-'
Cafarnaum
4.6 673 Assista AgoraO meme é clichê, mas odiei, cinco estrelas
Fé Corrompida
3.7 375 Assista AgoraTalvez eu só seja mais um dos jovens imediatistas dos quais fala o pastor em uma das conversas com o reverendo, mas
EU QUERIA SANGUE
Guerra Fria
3.8 326 Assista AgoraO roteiro não é exatamente inovador e o final, apesar de ter me surpreendido, é até meio clichê, mas o que me fez adorar esse filme foram a fotografia, a trilha sonora e o início, quando ele mostra a música folclórica polonesa, com a qual eu não tinha absolutamente nenhum contato prévio. Apesar de não ser um musical, o filme é extremamente musical (afinal, acompanha um pianista e uma cantora) e é muito agradável acompanhar o modo como a música "evolui" e acompanha o filme ao longo dos anos e locais retratados.
Desobediência
3.7 720 Assista AgoraSPOILERS
Soube que tá rolando TRETAS e vim ver o que é. Claro que é treta sobre cuspe rs
Deixando meus vinte centavos, gosto sempre de pensar que em filmes de ficção alguns elementos estão lá mais pra servirem como recurso narrativo do que pra serem uma representação fiel da realidade. Cuspe pode não ser a coisa mais comum do mundo numa transa (e vejam que falo em sentido amplo), mas nesse caso a cena cumpriu um papel, qual seja: mostrar que aquele filho era pra ser das duas Rachel e não (só) de Dovid. Pra quem se interessar, tem uma entrevista na Out na qual Rachel Weisz comenta a cena e coloca nesses termos, se chama "Rachel Weisz’s Taste for Disruption Lands Her in Rachel McAdams’s Bed".
Enfim, eu achei que representar a "inseminação" assim foi uma solução maravilhosa.
Una
3.0 139 Assista AgoraSpoilers spoilers spoilers
Pouco depois de o filme começar já pude entender a alegação de muitos sobre a pedofilia romantizada: a perspectiva pela qual a relação dos personagens é explorada é pouco habitual, não havendo uma condenação tão explícita num primeiro momento. Vemos uma jovem de 13 anos que claramente gostava daquela relação (o que não a faz menos vítima) e um homem que não utilizou de violência física, coerção, etc para seduzir (o que não o faz menos agressor). Até aí tudo bem, é uma maneira possível de isso acontecer, o que não diminui o caráter criminoso, não exime o adulto de culpa e nem transforma a criança em merecedora do abuso que sofreu. O filme seguia bem até mais ou menos 60min, mostrando a relação um tanto ambígua de Una com os próprios sentimentos, a forma como aquele crime passou a definir a sua vida e como foi fácil para Peter/Ray reconstruir a vida dele depois de cumprida sua pena. O grande problema é quando o filme resolve se transformar no wet dream de algum abusador de menores: a criança cresceu, continua lindíssima e apaixonada, de alguma forma te exime de qualquer culpa pelo ocorrido, continua te desejando, porém agora EM IDADE LEGAL PARA TRANSAR COM VOCÊ! Aquela cena foi bem desnecessária, uma vez que já havia ficado claro que Una nutria sentimentos por Ray apesar de tudo. O fato de Ray negar fogo ficou com cara de arco redentor também, já que agora ele pode "se redimir" (pra si mesmo, pelo menos) por ter resistido aos avanços de Una. Enfim, um filme que poderia ter sido melhor aproveitado não fossem algumas escolhas equivocadas.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraSPOILERS SPOILERS SPOILERS
Filme alegórico, com duas camadas, ok, não é uma ideia ruim a princípio, mas a execução deixou a desejar.
Ser uma alegoria tão fiel é uma ideia ruim. Recriar cada detalhe de uma história em uma nova história é uma maneira ruim de fazer uma alegoria.
Honestamente, a camada mais superficial do filme (marido narcisista que caga pra esposa e só quer adoração alheia) funcionaria muito melhor, daria pra entender o final como uma ida às últimas consequências desse desprezo/desvalorização pela mulher, mas mesmo assim não fica muito bom. Infelizmente o diretor se concentrou em fazer a maldita alegoria e esqueceu de aprofundar a personalidade dos personagens "por si mesmos". Ele resolveu dizer/mostrar que um personagem é deus, outro é a mãe natureza, outro é adão, etc e achou que não precisava mais de desenvolvimento de personagens porque eles já estão desenvolvidos na referência. Esse é o tipo de referência preguiçosa que não entra pra complementar/aprofundar o desenvolvimento, entra NO LUGAR dele.
Quando começa a ficar muito óbvio quem é quem e o que representam, essa primeira camada superficial - que deveria servir pra conectar mais diretamente o expectador com os personagens - vira areia e você perde o fator realidade, o que torna mais difícil se identificar com o que ocorre na tela e consequentemente se importar com o destino de quem está ali.
Eu não sei se posso dizer que é um filme RUIM, mas também não é bom e definitivamente não é o melhor Aronofsky.
Below Her Mouth
2.9 162Alguém achou que seria uma boa ideia fazer um mashup de clichês horríveis de relações hétero + clichês horríveis de filmes lésbicos e saiu isso aí. Não há tesão que sobreviva a esse personagem de Erika Linder, "sou linda e faço birra e ainda arrumo tempo pra ser autocondescendente", que chatice pqp.
T2: Trainspotting
4.0 695 Assista AgoraUm epílogo de 2h.
A Bruxa do Amor
3.6 205 Assista AgoraQue filme maravilhoso! Abraça a sátira, o visual retrô, a emulação de um filme ruim, barato e mal atuado e vai.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraFotografia linda, trilha sonora idem, tem uns elementos muito bem pensados, mas poxa, tinha TANTO potencial que não foi aproveitado :/
Aquele final mesmo, acho que teria gostado mais de literalmente qualquer outro.
[SPOILER NEGATIVO ABAIXO]
Desde o boy se revoltar e ela acabar matando ele, fazendo um power duo com a prostituta como figura materna, até, sei lá, ele ir embora sozinho segundos antes de o gato aparecer na sala, ir embora sozinho depois de o gato aparecer na sala, qualquer.outra.coisa.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraVia de regra eu odeio musicais, mas tô gostando tanto da trilha sonora desse que deu até vontade de ver no cinema.