"O Casamento de Muriel" é um filme estranhamente carismático.
Você começa a acompanhar essa história completamente disfuncional, com situações e personagens que, no início, poderiam nos fazer sentir repulsa, mas que de maneira esquisita acabam provocando risos em nós. Até a própria Muriel, que seria facilmente classificada como uma pilantra mitomaníaca, porém chegamos a criar simpatia por ela, muito em decorrência do modo como as pessoas ao seu redor lhe tratam. Mas depois o filme vai ganhando novos contornos e a nossa percepção vai mudando em vários momentos, da raiva, a pena, da alegria, ao incômodo, do desprezo, a redenção.
É uma tragicomédia com um visual excêntrico, um conteúdo melancolicamente jocoso e uma trilha sonora popular.
Essa produção australiana foi a responsável por catapultar a carreira da Toni Collette, que aqui mostra todo o seu talento como atriz, num ótimo trabalho de criação de uma personagem um tanto quanto atípica.
Animação que pode agradar mais as crianças maiores do que as menores. Uma obra que vai num ritmo de aventura com elementos do universo jovem, possuindo um bonito conceito de amor fraterno e sequências divertidas que brincam com a perspectiva de ver a modernidade substituindo costumes de outrora, fazendo uma analogia com a nossa realidade.
Confesso que, apesar do ato final ter uma nobre mensagem, em que o irmão abdica da chance de ver o pai para dar a oportunidade ao irmão de revê-lo e se desculpar, ele acabou por ser um pouco desanimador. Depois de todo o trabalho, toda a jornada, todas as lutas que eles travaram, e o fato de Ian ser o possuidor do poder de controlar a magia do cajado para trazer o pai de volta, ele também merecia ver o pai. Pode até ser óbvio, mas seria justo e agradável ver todos realizando o desejo de abraçar o pai.
Surpreende ver um filme dos anos 50 abordar temas que podem ser considerados polêmicos para a época.
A repressão sexual praticada por indivíduos de uma cidade que tenta preservar os "conceitos familiares", acaba por levar os personagens a conflitos, injustiças e sofrimentos. Lares onde pais com pensamentos conservadores querem criar a imagem de famílias perfeitas e acham que, não falar de sexo com seus filhos e tentar controlar suas vidas irão impedi-los de fazer o que é "errado" na concepção deles, mas que aos poucos vamos percebendo que, além da hipocrisia, parecem se importar mais com a honra de seus filhos do que com a felicidade e o respeito dos próprios, e também o extremo oposto dessa atitude, quando fecham os olhos diante de uma ameaça que os cercam. Isso acaba por mostrar que a falta de comunicação entre pais e filhos pode acarretar em dores na relação familiar.
Mesmo com quase 3 horas de duração, a história não desanima, entrechos que vão se desenrolando e envolvendo o espectador em cada trama.
As atuações são de categoria, dão todo o volume para o desenvolvimento do filme (dou destaque para a ótima interpretação de Hope Lange), e direção e produção bem feitas.
É uma animação que tá longe de ser péssima, mas também não chega a ser ótima.
O que mais chama a atenção é a aparência inferior dos gráficos se comparado com outras animações da DreamWorks (nessa produção em parceira com a Pearl Studio). Tirando as sequências onde o Yeti controla a natureza, que são muito bonitas, o restante da obra fica com um aspecto de desenho em 3D feito pra TV, meio opaco, sem muita vida.
A mensagem que a obra tenta passar é interessante, mas não é intensa o suficiente para criarmos um grande vínculo com os personagens humanos, e ele ainda cria uma estrutura na parte antagonista da história que não faz muito sentido.
Começa com o Burnish ganhando ares de vilão, aí logo parece que ele vai pro lado da bondade, ao voltar a ter contato com a natureza, aí ele volta a ser mal e rápido troca de lado e vira um homem bom. E a mais controversa das mudanças, a da personagem Zara, pois ela finge ser uma protetora dos animais pra depois descobrirmos que ela tem o mesmo pensamento inicial do Burnish, em que eles desejam capturar o Yeti custe o que custar!
Se ela queria o mesmo que o outro, pra quê o fingimento?
É um filme que distrai, causa leve simpatia, mas não perdura por muito tempo na nossa lembrança. Vale como um passatempo!
É tudo tão gratificante nessa obra. O enredo cômico com doses de terror que é a cara dos filmes B dos anos 60, as atuações do elenco, que souberam dar toda estrutura dos personagens, as ótimas canções bem produzidas, os efeitos especiais palpáveis muito bem realizados (a técnica para fazer a planta movimentar os "lábios" sem o uso de computação gráfica impressiona até hoje), agora, a excelência maior do filme está no trabalho da direção de arte, que primor na elaboração de cada detalhe dos cenários, da iluminação, é tudo milimetricamente bem cuidado, quanta qualidade visual!
Quem diria que uma história que envolve um florista tímido e submisso, uma planta carnívora cheia de personalidade, um dentista sádico e uma florista com voz ingênua, mas sempre deixando um grande decote à vista, seria umas das produções mais legais dos anos 80 no gênero musical.
Muito bom!
Obs.: Duas das cantoras do trio que volta e meia aparecem em cena cantando músicas da trilha sonora do filme são as atrizes Tichina Arnold e Tisha Campbell-Martin, famosas pelas personagens Rochelle e Janet Marie dos seriados "Todo Mundo Odeia o Chris" e "Eu, a Patroa e as Crianças", respectivamente.
Pode até não ser muito bem delineado o caminho que a história tenta criar, já que, ao ser extremamente fiel aos textos das tirinhas de Quino, ele acaba parecendo mais uma compilação delas do que um enredo de filme, mesmo assim a produção não deixa de ser uma agradável obra.
Cada criança representa um tipo de comportamento humano dos adultos na sociedade. Mafalda é a questionadora, reflete e argumenta sobre os problemas sociais da humanidade através do seu ambiente, onde, ao mesmo tempo em que tem um olhar de valorização das pessoas e do mundo com uma opinião perspicaz, também não deixa de ser sarcástica (mesmo que não perceba), Manolito é a mente capitalista, por influência do pai, além de enxergar o mundo apenas com os olhos comerciais, se apegando aos negócios, ao lucro, ele também chega a ser mordaz, indiferente e as vezes até bruto com o semelhante, Susanita é a presunção de alguns ricos, que se acham melhores do que os outros e constantemente tentam usar o seu nome e suas posses para diminuir as outras pessoas e, apesar da pouca idade, já vislumbra a ideia de alpinismo social, onde, ao chegar na maioridade, deseja se casar com um homem de riquezas, já Filipe é o consciente que, mesmo não concordando muito com alguns compromissos da vida, muitas vezes digladiando esses preceitos, acaba por seguir pela responsabilidade, e Miguelito que, por ser mais novo, ainda está aprendendo a entender os conceitos da vida, cheio de bondade no coração tenta compreender o mundo a sua volta, mesmo que fique mais dentro do seu universo particular.
Destaque para duas sequências bastante divertidas, a de Susanita imaginando como seria o destino de seu futuro filho e quando as crianças estão brincando de polícia e ladrão. Hilárias! E, coitados dos pais da Mafalda, principalmente a mãe dela. Nem mesmo eles escapam dos comentários ácidos da filha kkkkkkkk.
Porque desgraça pouca é bobagem! E o fato delas estarem atreladas ao fanatismo religioso não é algo muito fora da nossa realidade. É só ver alguns políticos brasileiros que fazem parte ou apoiam a tal Bancada da Bíblia atualmente...
Merecidas as vitórias nos prêmios de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz em Filme Estrangeiro (dobradinha de Daylin Vega Moreno e Sheila Monterola) e Melhor Roteiro de Filme Estrangeiro no Festival de Cinema de Gramado de 2020.
Enredo bem construído, produção gratificante e as atuações de Daylin e Sheila são muito boas. O contraposto entre elas, uma mais comedida, de poucas palavras, enquanto a outra é mais despojada, extremamente falante, acabam tendo um ótimo encontro de personalidades na história.
É um filme que pode-se dizer que "não fede, nem cheira"!
Bem realizado visualmente, mas a trama que não consegue envolver o espectador, não há uma ação mais incisiva nos entrechos que aparecem na história. É fugaz, sem muita profundidade no tratamento dos dilemas, das emoções, fica raso na sua maneira de interagir.
Paciência pra conseguir acompanhar o filme sem ficar com a vontade de abandona-lo!
Arrastada e confusa, a obra começa a subir como quem vai realizar um interessante caminho, mas logo depois começa a descer em redemoinho e não volta mais.
Protagonista fraco, sequências com simbolismos que parecem atravancar a história e direção perdida.
A primeira coisa que chama a atenção nesse filme são os contrastes na qualidade dos traços do desenho em comparação com o primeiro filme. Aqui eles são visivelmente grosseiros, sem aquele retoque mais bem cuidado, deixando os contornos dos personagens com a aparência de que foram feitos de qualquer jeito.
Já sobre o enredo, é uma história bacana, não tem nada de inovador, mas é desenvolvido de forma boa, um pouco apressado em algumas passagens, mas visto que ele tem apenas 75 minutos, nesse pouco tempo a obra conseguiu dar um andamento coerente a sua trama. E Morgana é a personagem de destaque, resgatando a essência vilanesca de Úrsula de maneira interessante.
Mesmo carecendo de um detalhismo melhor nos gráficos e não tendo canções tão marcantes quanto o seu antecessor, essa continuação vale como um bom entretenimento!
A gente pode até dar um desconto por ser o segundo filme da carreira do Martin Scorsese e feito com um orçamento baixo, mas ele tem falhas evidentes.
Problemas de edição, roteiro quadrado, atuações algumas vezes mecânicas e o enredo não empolga. Ganha créditos por conta da produção, que soube recriar de maneira satisfatória a pobreza vista no final de década de 20 e começo da década de 30 em certas partes do Estados Unidos no período da Grande Depressão, e por tocar em temas interessantes como o tratamento desumano dado aos trabalhadores por seus patrões, o preconceito racial, o machismo e a paranoia dos EUA com o comunismo naquele tempo.
É um filme cru, falta um melhor cuidado em alguns detalhes e um desenvolvimento mais envolvente.
Voltado para as crianças pequenas, "O Grinch" cumpre sua função de levar entretenimento leve e carismático.
Ele faz uma abordagem diferente da que foi feita na versão com atores de 2000, protagonizado por Jim Carrey, onde a comédia ganhava mais espaço e o personagem principal era bem mais bizarro visualmente (até um pouco assustador em certos momentos). Aqui ele possui um aspecto menos estranho e mais simpático, mantém a sua rabugice e sarcasmo, mas em menor grau.
Os coadjuvantes roubam a cena! O cachorro Max e a rena Fred rapidamente conquistam o público, Cindy Lou é um doce e o filme ainda faz uma referência ao meme da internet da ovelha que grita.
Aquela obra que carrega a atmosfera lúdica e de valorização do amor ao próximo e da confraternização, que fazem parte da essência do espírito natalino.
Bacana ver uma comédia romântica que não cai no pieguismo e no humor que inferioriza seus personagens.
"A Garota do Adeus" tem um roteiro inteligente e carismático, ele não se apega a fórmula do melodrama barato, com seu romantismo insuportável e comédia frívola. Aqui vemos um enredo maduro sem parecer pretensioso, em que seus protagonistas começam com uma divertida briga de personalidades e aos poucos eles vão conquistando a simpatia do espectador. É uma obra que dosa os elementos dos dois gêneros cinematográficos no nível e no momento preciso.
A atuação do trio principal é de um acerto tremendo! As suas peculiaridades e o modo como elas vão sendo construídas e reconstruídas é aprazível. Richard Dreyfuss, Marsha Mason e Quinn Cummings conseguiram indicações ao Oscar de Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente (nomeações merecidas!), com Richard Dreyfuss levando o prêmio, com todo o louvor.
O final poderia ter sido um pouco mais desenvolvido, mas o modo como o filme termina ainda é afável.
Uma ótima evolução, em comparação com o primeiro filme!
História com mais camadas, mais drama, mais ação e personagens ganhando boas transformações, como Alice se tornando mais aguerrida, a Rainha Branca ficando menos afetada nos trejeitos, Arganaz e Tweedledee e Tweedledum agora mais simpáticos e não irritantes, e até na Rainha Vermelha deu pra se notar uma mudança, ao conhecermos mais sobre o seu passado.
Agora, o maior progresso é, sem dúvida, na questão dos efeitos especiais. A qualidade dos efeitos melhora bastante, ficando com um trabalho visual excelente. Também nota-se que nesse filme foram usado mais cenários palpáveis no País das Maravilhas, diferente da obra anterior em que praticamente todos os ambientes de lá eram feitos em CGI.
Direção acertada, boas atuações e produção competente. Continuação mais do que agradável!
"Eu pensava que o tempo era um ladrão, que roubava tudo que eu amava, mas agora eu vejo que você dá antes de tomar, e cada dia é um presente, cada hora, cada minuto, cada segundo"
A Beatlemania retratada de maneira autenticamente divertida!
Um roteiro com bons momentos de humor, em atuações gratificantes e ótima produção, recriando toda a atmosfera da década de 60 em torno dos Beatles.Trilha sonora com canções clássicas do quarteto que faz você cantar junto e anima qualquer um. A inclusão de imagens reais dos Beatles nos Estados Unidos foi mais do que um acerto, e o trio principal de garotas, cada uma com sua própria característica, conduzem bem a narrativa.
O filme seria redondo se não fosse o tropeço em colocar a dupla que não gosta dos Beatles. O problema não é nem o fato de ter personagens assim no enredo, poderia até ser interessante ver um contraponto do tipo numa história como essa, onde eles poderiam incrementar mais comédia na obra, o ruim é que eles só são chatos, não agregando em nada ao enredo, principalmente o rapaz, que fica sendo irritante o tempo inteiro sem necessidade. Do jeito como eles foram desenvolvidos, se tirassem os dois personagens do filme eles não fariam falta nenhuma, aliás, a obra poderia até ficar mais dinâmica, ágil sem eles.
A cena em que um dos policiais que fazem a segurança na frente do hotel pisa sem querer no pé de uma fã que tá no meio das outras e, quando ela começa a gritar de dor as outras Beatlemaníacas passam a acompanhar o grito, mais histericamente, achando que é pra chamar a atenção dos integrantes, é hilário! kkkkkkkk
Conhecido como o último filme em que Bette Davis atuou, sua participação pequena na produção tem duas versões para essa motivação. Enquanto Bette Davis dizia que optou por sair do filme logo após o início das filmagens por não estar satisfeita com o maneira como sua personagem estava sendo retratada e divergências com o roteiro e com o trabalho da direção, Larry Cohen alegou que sua saída se deu por ela já estar com a saúde debilitada, mas que Bette evitou dar essa informação a imprensa por receio de que isso pudesse afetar futuros convites para outras obras. Por causa da desistência de Bette a equipe teve que adaptar o roteiro e tiveram que direcionar o protagonismo para uma nova personagem, a filha Priscilla, que seria o elo entre as duas personagens e que sustentariam a referência a Miranda.
Um produção bacana, um filme para se ter alguns minutos de descontração, com efeitos especiais típicos do final dos anos 80 e enredo descompromissado.
Aliando mistério, drama e terror, o filme conta com um enredo instigante. Você começa assistindo ele achando uma coisa, depois ele vai ganhando outros contornos no seu desenrolar e o final te entrega uma nova surpresa.
Atuações muito boas de todos no elenco. Bette Davis novamente dando vida a uma mulher com temperamento tempestuoso, Olivia de Havilland numa interpretação com classe, e Agnes Moorehead fazendo uma empregada meio rude brilhantemente, com direito a indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e tudo! (merecida por sinal!).
Direção de fotografia e direção de arte excelentes, figurinos de boa concepção e Robert Aldrich mais do que competente no trabalho de direção.
P.S.: Como teria sido bacana ver Bette Davis e Joan Crawford atuando juntas mais uma vez! Mas, segundo alguns, Joan acabou saindo da produção logo no começo (sendo substituída por Olivia de Havilland) por causa dos resquícios da picuinha criada entre elas durante as gravações de "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?", atrito esse que se tornou uma lenda no mundo do cinema.
Pra conferir "Footloose - Ritmo Louco" é necessário se desprender das coerências. A sinopse da história já é uma ideia que precisa-se comprar, já que ela é um tanto quanto difícil de aceitar, o desenvolvimento do enredo então... Se for se atentar aos exageros vistos nas situações, o filme acaba ganhando a alcunha de caricato.
É tudo muito excessivo no início da trama, dos conflitos dos jovens, ao conservadorismo dos mais velhos da cidade, e por aí vai! E em um certo momento isso vai perdendo o fôlego e cansando. Se não fosse a trilha sonora, certas coreografias e algumas atuações, como a de Dianne Wiest (mal aproveitada, por sinal!), a obra corria o risco de ser algo bem aquém do esperado.
Da década de 80, pode-se considerar, no campo dos musicais de cinema, que três filmes se tornaram emblemáticos para aquele período: "Flashdance - Em Ritmo de Embalo", "Footloose - Ritmo Louco" e "Dirty Dancing - Ritmo Quente", e "Footloose" teve a sua importância ao retratar uma época tão icônica para o gênero (apesar de que alguns críticos não consideram essas produções como musicais de cinema, e sim filmes com música, mas eu sou daqueles que considera SIM! eles como musicais, com uma nova abordagem), ele possui o vigor do espírito jovem oitentista, tem canções eufóricas e coreografias muitas vezes acrobáticas, "Footloose" reúne tudo isso, sem dúvida, principalmente no seu final, mas não dá pra deixar batido que, dos três filmes citados acima, ele é o que tem o caminho mais irregular, tropeça em certas partes e não chega a um grau de qualidade no mesmo nível de "Flahsdance" e Dirty Dancing".
Não é um filme ruim, mas também não é uma excelência no estilo de produção.
O Casamento de Muriel
3.8 238"O Casamento de Muriel" é um filme estranhamente carismático.
Você começa a acompanhar essa história completamente disfuncional, com situações e personagens que, no início, poderiam nos fazer sentir repulsa, mas que de maneira esquisita acabam provocando risos em nós. Até a própria Muriel, que seria facilmente classificada como uma pilantra mitomaníaca, porém chegamos a criar simpatia por ela, muito em decorrência do modo como as pessoas ao seu redor lhe tratam. Mas depois o filme vai ganhando novos contornos e a nossa percepção vai mudando em vários momentos, da raiva, a pena, da alegria, ao incômodo, do desprezo, a redenção.
É uma tragicomédia com um visual excêntrico, um conteúdo melancolicamente jocoso e uma trilha sonora popular.
Essa produção australiana foi a responsável por catapultar a carreira da Toni Collette, que aqui mostra todo o seu talento como atriz, num ótimo trabalho de criação de uma personagem um tanto quanto atípica.
"You're terrible, Muriel"
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 663 Assista AgoraAnimação que pode agradar mais as crianças maiores do que as menores. Uma obra que vai num ritmo de aventura com elementos do universo jovem, possuindo um bonito conceito de amor fraterno e sequências divertidas que brincam com a perspectiva de ver a modernidade substituindo costumes de outrora, fazendo uma analogia com a nossa realidade.
Confesso que, apesar do ato final ter uma nobre mensagem, em que o irmão abdica da chance de ver o pai para dar a oportunidade ao irmão de revê-lo e se desculpar, ele acabou por ser um pouco desanimador. Depois de todo o trabalho, toda a jornada, todas as lutas que eles travaram, e o fato de Ian ser o possuidor do poder de controlar a magia do cajado para trazer o pai de volta, ele também merecia ver o pai. Pode até ser óbvio, mas seria justo e agradável ver todos realizando o desejo de abraçar o pai.
Bom filme!
A Festa de Formatura
3.1 238Pelo trailer, parece uma versão brega do "High School Musical", poluído visualmente com iluminação exagerada, roupas cafonas e atuações artificiais.
A Caldeira do Diabo
4.0 47 Assista AgoraSurpreende ver um filme dos anos 50 abordar temas que podem ser considerados polêmicos para a época.
A repressão sexual praticada por indivíduos de uma cidade que tenta preservar os "conceitos familiares", acaba por levar os personagens a conflitos, injustiças e sofrimentos.
Lares onde pais com pensamentos conservadores querem criar a imagem de famílias perfeitas e acham que, não falar de sexo com seus filhos e tentar controlar suas vidas irão impedi-los de fazer o que é "errado" na concepção deles, mas que aos poucos vamos percebendo que, além da hipocrisia, parecem se importar mais com a honra de seus filhos do que com a felicidade e o respeito dos próprios, e também o extremo oposto dessa atitude, quando fecham os olhos diante de uma ameaça que os cercam. Isso acaba por mostrar que a falta de comunicação entre pais e filhos pode acarretar em dores na relação familiar.
Mesmo com quase 3 horas de duração, a história não desanima, entrechos que vão se desenrolando e envolvendo o espectador em cada trama.
As atuações são de categoria, dão todo o volume para o desenvolvimento do filme (dou destaque para a ótima interpretação de Hope Lange), e direção e produção bem feitas.
Mais do que recomendado!
Aspirantes
3.0 16Remédio pra insônia. Entediante, arrastado, com pouca interação, e pra piorar o protagonista gera uma antipatia no espectador.
Abominável
3.8 219 Assista AgoraÉ uma animação que tá longe de ser péssima, mas também não chega a ser ótima.
O que mais chama a atenção é a aparência inferior dos gráficos se comparado com outras animações da DreamWorks (nessa produção em parceira com a Pearl Studio). Tirando as sequências onde o Yeti controla a natureza, que são muito bonitas, o restante da obra fica com um aspecto de desenho em 3D feito pra TV, meio opaco, sem muita vida.
A mensagem que a obra tenta passar é interessante, mas não é intensa o suficiente para criarmos um grande vínculo com os personagens humanos, e ele ainda cria uma estrutura na parte antagonista da história que não faz muito sentido.
Começa com o Burnish ganhando ares de vilão, aí logo parece que ele vai pro lado da bondade, ao voltar a ter contato com a natureza, aí ele volta a ser mal e rápido troca de lado e vira um homem bom. E a mais controversa das mudanças, a da personagem Zara, pois ela finge ser uma protetora dos animais pra depois descobrirmos que ela tem o mesmo pensamento inicial do Burnish, em que eles desejam capturar o Yeti custe o que custar!
Se ela queria o mesmo que o outro, pra quê o fingimento?
É um filme que distrai, causa leve simpatia, mas não perdura por muito tempo na nossa lembrança. Vale como um passatempo!
A Pequena Loja dos Horrores
3.6 234 Assista AgoraComédia musical de humor negro deveras divertida!
É tudo tão gratificante nessa obra. O enredo cômico com doses de terror que é a cara dos filmes B dos anos 60, as atuações do elenco, que souberam dar toda estrutura dos personagens, as ótimas canções bem produzidas, os efeitos especiais palpáveis muito bem realizados (a técnica para fazer a planta movimentar os "lábios" sem o uso de computação gráfica impressiona até hoje), agora, a excelência maior do filme está no trabalho da direção de arte, que primor na elaboração de cada detalhe dos cenários, da iluminação, é tudo milimetricamente bem cuidado, quanta qualidade visual!
Quem diria que uma história que envolve um florista tímido e submisso, uma planta carnívora cheia de personalidade, um dentista sádico e uma florista com voz ingênua, mas sempre deixando um grande decote à vista, seria umas das produções mais legais dos anos 80 no gênero musical.
Muito bom!
Obs.: Duas das cantoras do trio que volta e meia aparecem em cena cantando músicas da trilha sonora do filme são as atrizes Tichina Arnold e Tisha Campbell-Martin, famosas pelas personagens Rochelle e Janet Marie dos seriados "Todo Mundo Odeia o Chris" e "Eu, a Patroa e as Crianças", respectivamente.
Mafalda
4.1 60Pode até não ser muito bem delineado o caminho que a história tenta criar, já que, ao ser extremamente fiel aos textos das tirinhas de Quino, ele acaba parecendo mais uma compilação delas do que um enredo de filme, mesmo assim a produção não deixa de ser uma agradável obra.
Cada criança representa um tipo de comportamento humano dos adultos na sociedade. Mafalda é a questionadora, reflete e argumenta sobre os problemas sociais da humanidade através do seu ambiente, onde, ao mesmo tempo em que tem um olhar de valorização das pessoas e do mundo com uma opinião perspicaz, também não deixa de ser sarcástica (mesmo que não perceba), Manolito é a mente capitalista, por influência do pai, além de enxergar o mundo apenas com os olhos comerciais, se apegando aos negócios, ao lucro, ele também chega a ser mordaz, indiferente e as vezes até bruto com o semelhante, Susanita é a presunção de alguns ricos, que se acham melhores do que os outros e constantemente tentam usar o seu nome e suas posses para diminuir as outras pessoas e, apesar da pouca idade, já vislumbra a ideia de alpinismo social, onde, ao chegar na maioridade, deseja se casar com um homem de riquezas, já Filipe é o consciente que, mesmo não concordando muito com alguns compromissos da vida, muitas vezes digladiando esses preceitos, acaba por seguir pela responsabilidade, e Miguelito que, por ser mais novo, ainda está aprendendo a entender os conceitos da vida, cheio de bondade no coração tenta compreender o mundo a sua volta, mesmo que fique mais dentro do seu universo particular.
Destaque para duas sequências bastante divertidas, a de Susanita imaginando como seria o destino de seu futuro filho e quando as crianças estão brincando de polícia e ladrão. Hilárias!
E, coitados dos pais da Mafalda, principalmente a mãe dela. Nem mesmo eles escapam dos comentários ácidos da filha kkkkkkkk.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraPorque desgraça pouca é bobagem!
E o fato delas estarem atreladas ao fanatismo religioso não é algo muito fora da nossa realidade. É só ver alguns políticos brasileiros que fazem parte ou apoiam a tal Bancada da Bíblia atualmente...
La Frontera
4.0 1Merecidas as vitórias nos prêmios de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Atriz em Filme Estrangeiro (dobradinha de Daylin Vega Moreno e Sheila Monterola) e Melhor Roteiro de Filme Estrangeiro no Festival de Cinema de Gramado de 2020.
Enredo bem construído, produção gratificante e as atuações de Daylin e Sheila são muito boas. O contraposto entre elas, uma mais comedida, de poucas palavras, enquanto a outra é mais despojada, extremamente falante, acabam tendo um ótimo encontro de personalidades na história.
A cena do parto mostra a competência delas como atrizes, em interpretações que merecem elogios.
Boa obra colombiana!
Os Fortes
3.5 32 Assista AgoraÉ um filme que pode-se dizer que "não fede, nem cheira"!
Bem realizado visualmente, mas a trama que não consegue envolver o espectador, não há uma ação mais incisiva nos entrechos que aparecem na história. É fugaz, sem muita profundidade no tratamento dos dilemas, das emoções, fica raso na sua maneira de interagir.
Me Chama Que Eu Vou
3.5 6Muito boa a abordagem do documentário sobre a vida e trajetória profissional do Sidney Magal!
Intimista, verdadeiro, não escondeu os fatos importantes e opiniões sinceras do artista e não é sensacionalista para se promover ás custas disso.
Pra conhecer e respeitar a carreira de um dos cantores altamente populares da música nacional.
Um Animal Amarelo
3.2 16 Assista AgoraPaciência pra conseguir acompanhar o filme sem ficar com a vontade de abandona-lo!
Arrastada e confusa, a obra começa a subir como quem vai realizar um interessante caminho, mas logo depois começa a descer em redemoinho e não volta mais.
Protagonista fraco, sequências com simbolismos que parecem atravancar a história e direção perdida.
A Pequena Sereia II: O Retorno Para o Mar
3.3 149 Assista AgoraA primeira coisa que chama a atenção nesse filme são os contrastes na qualidade dos traços do desenho em comparação com o primeiro filme. Aqui eles são visivelmente grosseiros, sem aquele retoque mais bem cuidado, deixando os contornos dos personagens com a aparência de que foram feitos de qualquer jeito.
Já sobre o enredo, é uma história bacana, não tem nada de inovador, mas é desenvolvido de forma boa, um pouco apressado em algumas passagens, mas visto que ele tem apenas 75 minutos, nesse pouco tempo a obra conseguiu dar um andamento coerente a sua trama. E Morgana é a personagem de destaque, resgatando a essência vilanesca de Úrsula de maneira interessante.
Mesmo carecendo de um detalhismo melhor nos gráficos e não tendo canções tão marcantes quanto o seu antecessor, essa continuação vale como um bom entretenimento!
Sexy e Marginal
3.1 52 Assista AgoraA gente pode até dar um desconto por ser o segundo filme da carreira do Martin Scorsese e feito com um orçamento baixo, mas ele tem falhas evidentes.
Problemas de edição, roteiro quadrado, atuações algumas vezes mecânicas e o enredo não empolga. Ganha créditos por conta da produção, que soube recriar de maneira satisfatória a pobreza vista no final de década de 20 e começo da década de 30 em certas partes do Estados Unidos no período da Grande Depressão, e por tocar em temas interessantes como o tratamento desumano dado aos trabalhadores por seus patrões, o preconceito racial, o machismo e a paranoia dos EUA com o comunismo naquele tempo.
É um filme cru, falta um melhor cuidado em alguns detalhes e um desenvolvimento mais envolvente.
Obra regular! (Pra ser bem generoso)
O Grinch
3.3 195 Assista AgoraBoa animação!
Voltado para as crianças pequenas, "O Grinch" cumpre sua função de levar entretenimento leve e carismático.
Ele faz uma abordagem diferente da que foi feita na versão com atores de 2000, protagonizado por Jim Carrey, onde a comédia ganhava mais espaço e o personagem principal era bem mais bizarro visualmente (até um pouco assustador em certos momentos). Aqui ele possui um aspecto menos estranho e mais simpático, mantém a sua rabugice e sarcasmo, mas em menor grau.
Os coadjuvantes roubam a cena! O cachorro Max e a rena Fred rapidamente conquistam o público, Cindy Lou é um doce e o filme ainda faz uma referência ao meme da internet da ovelha que grita.
Aquela obra que carrega a atmosfera lúdica e de valorização do amor ao próximo e da confraternização, que fazem parte da essência do espírito natalino.
A Garota do Adeus
3.9 55 Assista AgoraBacana ver uma comédia romântica que não cai no pieguismo e no humor que inferioriza seus personagens.
"A Garota do Adeus" tem um roteiro inteligente e carismático, ele não se apega a fórmula do melodrama barato, com seu romantismo insuportável e comédia frívola. Aqui vemos um enredo maduro sem parecer pretensioso, em que seus protagonistas começam com uma divertida briga de personalidades e aos poucos eles vão conquistando a simpatia do espectador.
É uma obra que dosa os elementos dos dois gêneros cinematográficos no nível e no momento preciso.
A atuação do trio principal é de um acerto tremendo! As suas peculiaridades e o modo como elas vão sendo construídas e reconstruídas é aprazível. Richard Dreyfuss, Marsha Mason e Quinn Cummings conseguiram indicações ao Oscar de Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente (nomeações merecidas!), com Richard Dreyfuss levando o prêmio, com todo o louvor.
O final poderia ter sido um pouco mais desenvolvido, mas o modo como o filme termina ainda é afável.
Alice Através do Espelho
3.4 733 Assista AgoraUma ótima evolução, em comparação com o primeiro filme!
História com mais camadas, mais drama, mais ação e personagens ganhando boas transformações, como Alice se tornando mais aguerrida, a Rainha Branca ficando menos afetada nos trejeitos, Arganaz e Tweedledee e Tweedledum agora mais simpáticos e não irritantes, e até na Rainha Vermelha deu pra se notar uma mudança, ao conhecermos mais sobre o seu passado.
Agora, o maior progresso é, sem dúvida, na questão dos efeitos especiais. A qualidade dos efeitos melhora bastante, ficando com um trabalho visual excelente.
Também nota-se que nesse filme foram usado mais cenários palpáveis no País das Maravilhas, diferente da obra anterior em que praticamente todos os ambientes de lá eram feitos em CGI.
Direção acertada, boas atuações e produção competente. Continuação mais do que agradável!
"Eu pensava que o tempo era um ladrão, que roubava tudo que eu amava, mas agora eu vejo que você dá antes de tomar, e cada dia é um presente, cada hora, cada minuto, cada segundo"
Febre de Juventude
3.8 110A Beatlemania retratada de maneira autenticamente divertida!
Um roteiro com bons momentos de humor, em atuações gratificantes e ótima produção, recriando toda a atmosfera da década de 60 em torno dos Beatles.Trilha sonora com canções clássicas do quarteto que faz você cantar junto e anima qualquer um.
A inclusão de imagens reais dos Beatles nos Estados Unidos foi mais do que um acerto, e o trio principal de garotas, cada uma com sua própria característica, conduzem bem a narrativa.
O filme seria redondo se não fosse o tropeço em colocar a dupla que não gosta dos Beatles. O problema não é nem o fato de ter personagens assim no enredo, poderia até ser interessante ver um contraponto do tipo numa história como essa, onde eles poderiam incrementar mais comédia na obra, o ruim é que eles só são chatos, não agregando em nada ao enredo, principalmente o rapaz, que fica sendo irritante o tempo inteiro sem necessidade. Do jeito como eles foram desenvolvidos, se tirassem os dois personagens do filme eles não fariam falta nenhuma, aliás, a obra poderia até ficar mais dinâmica, ágil sem eles.
Vale a conferida!
A cena em que um dos policiais que fazem a segurança na frente do hotel pisa sem querer no pé de uma fã que tá no meio das outras e, quando ela começa a gritar de dor as outras Beatlemaníacas passam a acompanhar o grito, mais histericamente, achando que é pra chamar a atenção dos integrantes, é hilário! kkkkkkkk
A Madrasta
3.1 25 Assista AgoraDivertido!
Conhecido como o último filme em que Bette Davis atuou, sua participação pequena na produção tem duas versões para essa motivação. Enquanto Bette Davis dizia que optou por sair do filme logo após o início das filmagens por não estar satisfeita com o maneira como sua personagem estava sendo retratada e divergências com o roteiro e com o trabalho da direção, Larry Cohen alegou que sua saída se deu por ela já estar com a saúde debilitada, mas que Bette evitou dar essa informação a imprensa por receio de que isso pudesse afetar futuros convites para outras obras. Por causa da desistência de Bette a equipe teve que adaptar o roteiro e tiveram que direcionar o protagonismo para uma nova personagem, a filha Priscilla, que seria o elo entre as duas personagens e que sustentariam a referência a Miranda.
Um produção bacana, um filme para se ter alguns minutos de descontração, com efeitos especiais típicos do final dos anos 80 e enredo descompromissado.
Vale a conferida!
Terremoto
3.2 69 Assista Agora"Que tal fazer um terremoto comigo?"
Seu Madruga
Com a Maldade na Alma
4.1 87 Assista AgoraÓtimo!
Aliando mistério, drama e terror, o filme conta com um enredo instigante.
Você começa assistindo ele achando uma coisa, depois ele vai ganhando outros contornos no seu desenrolar e o final te entrega uma nova surpresa.
Atuações muito boas de todos no elenco. Bette Davis novamente dando vida a uma mulher com temperamento tempestuoso, Olivia de Havilland numa interpretação com classe, e Agnes Moorehead fazendo uma empregada meio rude brilhantemente, com direito a indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e tudo! (merecida por sinal!).
Direção de fotografia e direção de arte excelentes, figurinos de boa concepção e Robert Aldrich mais do que competente no trabalho de direção.
P.S.: Como teria sido bacana ver Bette Davis e Joan Crawford atuando juntas mais uma vez! Mas, segundo alguns, Joan acabou saindo da produção logo no começo (sendo substituída por Olivia de Havilland) por causa dos resquícios da picuinha criada entre elas durante as gravações de "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?", atrito esse que se tornou uma lenda no mundo do cinema.
Folhas Mortas
3.9 18Interessante a maneira como os temas principais da obra são retratados no decorrer da trama!
Tem romance, suspense, drama, e com atuações competentes, com destaque para os seus protagonistas. Joan Crawford e Cliff Robertson excelentes em cena!
Alguns diálogos melodramáticos ficam um pouco extensos na sua duração, mas nada de muito grave.
Grata surpresa!
Footloose: Ritmo Louco
3.6 510 Assista AgoraPra conferir "Footloose - Ritmo Louco" é necessário se desprender das coerências.
A sinopse da história já é uma ideia que precisa-se comprar, já que ela é um tanto quanto difícil de aceitar, o desenvolvimento do enredo então... Se for se atentar aos exageros vistos nas situações, o filme acaba ganhando a alcunha de caricato.
É tudo muito excessivo no início da trama, dos conflitos dos jovens, ao conservadorismo dos mais velhos da cidade, e por aí vai! E em um certo momento isso vai perdendo o fôlego e cansando. Se não fosse a trilha sonora, certas coreografias e algumas atuações, como a de Dianne Wiest (mal aproveitada, por sinal!), a obra corria o risco de ser algo bem aquém do esperado.
Da década de 80, pode-se considerar, no campo dos musicais de cinema, que três filmes se tornaram emblemáticos para aquele período: "Flashdance - Em Ritmo de Embalo", "Footloose - Ritmo Louco" e "Dirty Dancing - Ritmo Quente", e "Footloose" teve a sua importância ao retratar uma época tão icônica para o gênero (apesar de que alguns críticos não consideram essas produções como musicais de cinema, e sim filmes com música, mas eu sou daqueles que considera SIM! eles como musicais, com uma nova abordagem), ele possui o vigor do espírito jovem oitentista, tem canções eufóricas e coreografias muitas vezes acrobáticas, "Footloose" reúne tudo isso, sem dúvida, principalmente no seu final, mas não dá pra deixar batido que, dos três filmes citados acima, ele é o que tem o caminho mais irregular, tropeça em certas partes e não chega a um grau de qualidade no mesmo nível de "Flahsdance" e Dirty Dancing".
Não é um filme ruim, mas também não é uma excelência no estilo de produção.