Um tanto irregular mas adorei como o Haynes transforma uma dessas histórias inspiradoras ao estilo "um homem correto vs o mundo" e faz um filme que beira o terror e sem um pingo de otimismo. Viver no capitalismo é um eterno pesadelo kafkiano.
Sem diminuir a gravidade do crime dos protagonistas o diretor conseguiu apontar muito bem que o julgamento que eles passaram foi menos sobre o assassinato e mais sobre a "perversão" de ambos. Uma verdadeira perola do cinema queer.
Praticamente um documentário sobre a cena punk e queer de São Francisco na época, além de ser uma comediazinha deliciosa. Adorei, Wasp Women vcs são tudo para mim.
Melancólico e delicioso ao mesmo tempo, teenage angust na sua forma mais pura. As irmãs ñ eram mistério nenhum, apenas não encontraram pessoas dispostas a verem elas como pessoas reais, apenas quem as visse como algo quase místico
Um belo exemplo do encontro do terror com o coming of age. A história desse jovem conservador descobrindo a sua sexualidade enquanto vê ruir todos os seus ideais nacionalistas e tem visões assustadoras de iconografia cristã e pagã é contada com uma força tremenda que nem os seus momentos mais expositivos conseguiram estragar. Mais do que uma história sobre o horror de perder tudo o que você acreditava é sobre as novas possibilidades e visões de mundo que podem vir dessas cinzas.
Gostaria que o filme fosse mais engraçado, camp e que o comentário social fosse tratado de forma menos obvia? Sim, mas ainda é um filme divertido sobre a violência que existe em todos os produtos que consumimos nesse estagio do capitalismo se voltando contra nós. E tem um exercito de calças jeans no final o que é muito legal tbm.
Esse é o tipo de filme que cada comentário positivo feito acerca dele deve vir com um parênteses de que isso não apaga as outras questões problemáticas dele. Sim, Criminally Insane é um exploitation feito com a intenção de causar choques baratos e sem a menor intenção de querer levar o espectador a ter alguma reflexão sobre gordofobia, mas ainda sim não consegui não criar uma conexão muito forte com a personagem da Ethel, uma mulher completamente desumanizada que alvo de constantes comentários maldosos em relação ao seu corpo e de vigilância por parte da família e dos médicos. Se o diretor não faz muita questão de que a vejamos como algo além de uma freak a Priscilla Alden consegue dar o carisma e a dignidade que a personagem merece.
Waters se apropriando do melodrama alá Douglas Sirk faz não só uma deliciosa mistura de parodia e homenagem como também potencializa o seu olhar corrosivo sobre a família nuclear americana e o inferno que é a vida no subúrbio.
O começo instigante e o final surreal compensam o meio que é um tanto chato. Os fantasmas do nosso passado colonialista e suas marcas são sem duvidas mais assustadores que qualquer filho homem caçula de sete irmãs.
Vi pela curiosidade de ver como era o remake egípcio não-autorizado de Rocky Horror Picture Show e qual não foi a minha surpresa descobrir que não só é um filme super divertido e bem humorado mas que também consegue se sustentar bem sozinho. O segmento falando sobre os "vampiros do mundo real" usando a trilha sonora de filmes como Tubarão e Laranja Mecânica é impagável.
Além de ser um filme muito estiloso a diretora demonstra um tipo de carinho pela personagem feminina "monstruosa" que me lembrou os trabalhos das irmãs Soska e que me agradou demais. Tem alguns problemas de ritmo mas eu tenho interesse em acompanhar a carreira dessa diretora.
Um bom exemplo do sobrenatural sendo usado para falar dos traumas do colonialismo (e sem precisar fazer misery/torture porn com as figuras oprimidas) e com um olhar bem interessante paras relações de poder desse cenário .
Um exemplo maravilhoso de como pegar uma ideia simples e trabalhar todas as possibilidades possiveis com ela. Super criativo, super simples e super divertido.
Vi numa cópia sem legendas, como o filme é quase todo em alemão se havia qualquer tentativa de ter uma história isso se perdeu completamente para mim. Mas mesmo assim assisti hipnotizado até o fim, é tudo uma grande ode ao prazer que o cinema pode proporcionar. As cores vibrantes e artificiais, o homoerotismo sendo retratado nas mais diversas formas (indo do inocente beefcake até uma cena explicita de masturbação), os mais diversos artifícios sendo usados apenas pelo efeito e sem nenhuma pretensão narrativa. O cinema anda tão acético que ver um filme tão tesudo assim é um prazer imenso.
Ao mesmo tempo que é uma homenagem ao Hitchcock também é uma espécie de parodia do mesmo. Simplesmente delicioso de ver, De Palma claramente não está se levando muito a sério aqui.
Já tô de olho na Seimetz, o trabalho dela conversa demais comigo. Ela tem uma forma bem própria de falar sobre o mal estar nas relações que nem sempre sabemos de onde vem mas que está sempre lá pesando o ar.
A história de fantasmas mais SÁFICA que eu já vi. Amor, amadurecimento e sentimentos que nunca morrem, não esperava muita coisa por ser uma adaptação de jogo mas fui surpreendido. Lindo demais.
Descobrir q a Emily dirigiu e roteirizou esse filme quando tinha 14 ANOS fez ele crescer muito para mim. Claramente tem muito carinho de todos os envolvidos e mesmo os defeitos parecem fazer parte do charme de "Carver".
Flesh
3.5 23Fragmentos de um dia na vida de personagens queer. Tem como ver esse filme e não se apaixonar pelo Joe Dallesandro?
O Preço da Verdade
3.9 209 Assista AgoraUm tanto irregular mas adorei como o Haynes transforma uma dessas histórias inspiradoras ao estilo "um homem correto vs o mundo" e faz um filme que beira o terror e sem um pingo de otimismo. Viver no capitalismo é um eterno pesadelo kafkiano.
A Rainha
3.9 5Um pedaço inestimável de história lgbt norte-americana pré-Stonewall que deveria ser tão conhecido quanto Paris is Burning.
Swoon - Colapso do Desejo
3.3 3Sem diminuir a gravidade do crime dos protagonistas o diretor conseguiu apontar muito bem que o julgamento que eles passaram foi menos sobre o assassinato e mais sobre a "perversão" de ambos. Uma verdadeira perola do cinema queer.
Whatever Happened to Susan Jane?
4.0 1Praticamente um documentário sobre a cena punk e queer de São Francisco na época, além de ser uma comediazinha deliciosa. Adorei, Wasp Women vcs são tudo para mim.
O Palhaço Assassino
2.4 42Vi apenas por causa do James Duval
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraMelancólico e delicioso ao mesmo tempo, teenage angust na sua forma mais pura. As irmãs ñ eram mistério nenhum, apenas não encontraram pessoas dispostas a verem elas como pessoas reais, apenas quem as visse como algo quase místico
Penda's Fen
3.9 3Um belo exemplo do encontro do terror com o coming of age. A história desse jovem conservador descobrindo a sua sexualidade enquanto vê ruir todos os seus ideais nacionalistas e tem visões assustadoras de iconografia cristã e pagã é contada com uma força tremenda que nem os seus momentos mais expositivos conseguiram estragar. Mais do que uma história sobre o horror de perder tudo o que você acreditava é sobre as novas possibilidades e visões de mundo que podem vir dessas cinzas.
Slaxx
2.5 29The Little Shop of Horrors
Gostaria que o filme fosse mais engraçado, camp e que o comentário social fosse tratado de forma menos obvia? Sim, mas ainda é um filme divertido sobre a violência que existe em todos os produtos que consumimos nesse estagio do capitalismo se voltando contra nós. E tem um exercito de calças jeans no final o que é muito legal tbm.
Criminally Insane
3.6 4 Assista AgoraEsse é o tipo de filme que cada comentário positivo feito acerca dele deve vir com um parênteses de que isso não apaga as outras questões problemáticas dele. Sim, Criminally Insane é um exploitation feito com a intenção de causar choques baratos e sem a menor intenção de querer levar o espectador a ter alguma reflexão sobre gordofobia, mas ainda sim não consegui não criar uma conexão muito forte com a personagem da Ethel, uma mulher completamente desumanizada que alvo de constantes comentários maldosos em relação ao seu corpo e de vigilância por parte da família e dos médicos. Se o diretor não faz muita questão de que a vejamos como algo além de uma freak a Priscilla Alden consegue dar o carisma e a dignidade que a personagem merece.
Polyester
3.8 60Waters se apropriando do melodrama alá Douglas Sirk faz não só uma deliciosa mistura de parodia e homenagem como também potencializa o seu olhar corrosivo sobre a família nuclear americana e o inferno que é a vida no subúrbio.
Quem Tem Medo de Lobisomem?
2.9 7O começo instigante e o final surreal compensam o meio que é um tanto chato. Os fantasmas do nosso passado colonialista e suas marcas são sem duvidas mais assustadores que qualquer filho homem caçula de sete irmãs.
Anyab
3.0 3Vi pela curiosidade de ver como era o remake egípcio não-autorizado de Rocky Horror Picture Show e qual não foi a minha surpresa descobrir que não só é um filme super divertido e bem humorado mas que também consegue se sustentar bem sozinho. O segmento falando sobre os "vampiros do mundo real" usando a trilha sonora de filmes como Tubarão e Laranja Mecânica é impagável.
A Cabeleireira
2.8 11 Assista AgoraAlém de ser um filme muito estiloso a diretora demonstra um tipo de carinho pela personagem feminina "monstruosa" que me lembrou os trabalhos das irmãs Soska e que me agradou demais. Tem alguns problemas de ritmo mas eu tenho interesse em acompanhar a carreira dessa diretora.
Os que Voltam
2.9 2Um bom exemplo do sobrenatural sendo usado para falar dos traumas do colonialismo (e sem precisar fazer misery/torture porn com as figuras oprimidas) e com um olhar bem interessante paras relações de poder desse cenário .
Dois Minutos Além do Infinito
3.9 66Um exemplo maravilhoso de como pegar uma ideia simples e trabalhar todas as possibilidades possiveis com ela. Super criativo, super simples e super divertido.
Sócios no Amor
4.0 26a hollywood pré código hays era realmente algo maravilhoso
Pink Ulysses
4.1 3Vi numa cópia sem legendas, como o filme é quase todo em alemão se havia qualquer tentativa de ter uma história isso se perdeu completamente para mim. Mas mesmo assim assisti hipnotizado até o fim, é tudo uma grande ode ao prazer que o cinema pode proporcionar. As cores vibrantes e artificiais, o homoerotismo sendo retratado nas mais diversas formas (indo do inocente beefcake até uma cena explicita de masturbação), os mais diversos artifícios sendo usados apenas pelo efeito e sem nenhuma pretensão narrativa.
O cinema anda tão acético que ver um filme tão tesudo assim é um prazer imenso.
BloodSisters
4.1 1A sexualidade em todo o seu potencial subversivo e belo (o monologo sobre a faca é lindo).
Irmãs Diabólicas
3.5 111Ao mesmo tempo que é uma homenagem ao Hitchcock também é uma espécie de parodia do mesmo. Simplesmente delicioso de ver, De Palma claramente não está se levando muito a sério aqui.
Aqui, Tarados!
3.4 16Praticamente a versão Boca do Lixo de Noite na Taverna
Sun Don't Shine
3.1 1Já tô de olho na Seimetz, o trabalho dela conversa demais comigo. Ela tem uma forma bem própria de falar sobre o mal estar nas relações que nem sempre sabemos de onde vem mas que está sempre lá pesando o ar.
Fatal Frame
3.1 42A história de fantasmas mais SÁFICA que eu já vi. Amor, amadurecimento e sentimentos que nunca morrem, não esperava muita coisa por ser uma adaptação de jogo mas fui surpreendido. Lindo demais.
Carver
3.0 1 Assista AgoraDescobrir q a Emily dirigiu e roteirizou esse filme quando tinha 14 ANOS fez ele crescer muito para mim. Claramente tem muito carinho de todos os envolvidos e mesmo os defeitos parecem fazer parte do charme de "Carver".