Pessoal o filme eh uma graça. Ótima opção pra ver com mãe, se tiver...família, amigos ...enfim veja (de preferência no cinema pra dar aquela forcinha ao nosso cine). O elenco tá animadíssimo, a direção busca imagens q vão além das escolhas televisivas nos enquadramentos e a trilha tbm se não inusitada traz conforto e mata a saudade. Outros 2 pontos altos são do roteiro, de como sao tratados os temas: Escolhas, e a relação Mãe e filho e a forma de finalizar essa viagem cinebiografica, q consegue ser um tantinho mais criativa que a maioria.
Pra quem gosta de documentário investigativo, mesmo que classifique como "teorias da conspiração" vale muito cada minutinho desse filme. Tem um tom pavoroso com musiquinha de terror q dá um ar sensacionalista, que me pareceu desnecessário a principio, mas depois levando em consideração que deixou o material com cara do """"jornalismo"""" que é feito pela RecordTV e pelo SBT achei bem assertivo já que o público dessas duas redes é imenso e cabe aqui como tentativa de trazer também esse público pro filme.
Joaquim de Carvalho levanta questões que me pareceram pertinentes e inéditas, como o fato de que a criminosa representante da escola de tiro, que mentiu em rede nacional, ser uma bolsonarista raiz, muito bem paga no atual desGoverno, o fato dos seguranças (4 dos 6) que foram absurdamente incompetentes no dia do atentado (se você considera atentado) terem sido promovidos logo no inicio dessa gestão, e o rompimento do médico com o Hospital Albert Einstein logo depois do episódio...entre muitas, muitas outras coisas que o filme aponta, sempre com sensatez mostrando que muitos são indícios e não "prova de". O jornalista repete uma toada que espero mesmo que seja ouvida sobre a necessidade de reabertura da investigação encerrada ano passado visto que há muitos pontos em aberto.
Comecei esse MANK animadíssimo. Era o primeiro da minha maratona Oscar 2021. Esse mergulho na lista tema: ConcorrentesDeUmaemporada tem sido uma alienação salvadora da sanidade em tempo de mais de 3000 mortos por dia por covid e de absurdos comportamentais e políticos sem tamanho aqui no BR.
Gostei muita da surpresa inicial que tive em ver um filme sobre um acamado que escreve não se tornar absurdamente parado como esperava, por conta da costura que traz com inúmeros flashbacks que dão um ritmo mais galopante a coisa toda. Ainda assim o filme sofre e faz sofrer, beeeem arrastado, acho que tinha tudo pra ser bem sedutor mas não decola, o excesso de tema politico de uma época longínqua sem trazer junto mais esmiuçado seu contexto afasta que é uma beleza. Em nada me apaixonou aqui. Gostei de saber depois lendo sobre o Mank real no IMDB q o camarada já tinha mais de 80 roteiros de longas nas costa, em muitos deles sem crédito quando chegou ao projeto de filme com Orson Welles, acho que isso não aparece ali, ou se tem não é muito explorado no filme. Outro ponto interessante é o som que traz bem o espirito dos filmes de 90 anos atrás. O eco do mono... Bom se vc assistir antes Cidadão Kane tbm, certamente a viagem será um pouquinho mais gozosa...e só...
Oooow amigues, procuro esse filme pra prosseguir minha maratona Bergman, sem furos, há tempos, hoje voltei a tentar e consegui....ehhhhh, mas ainda sem legenda. Mas como esse telefilme é basicamente a peça de Moliere filmada pra TV dinamarquesa imagino que o texto da peça tenha sido mantido na integra.
Bom o filme tá aqui no canal the Bergman Channel do youtube:
E tem o texto da peça aqui pra baixar no maravilhoso site do Lelivros entre outros:
P.s: Tentei postar os links, fui barrado, mas sigam esses passos procurando nos Ends citados, respectivamente por The Misanthrope directed by Ingmar Bergman (1974) e O Misantropo – Molière
Belo filme sem muito arrojo, como se fosse um fim de semana vendo fotos, acordando juntos, tomando mate numa simplérrima propriedade rural, colhendo flores e andando pela construção da Fundação que se pretende como legado de um velho casal de trabalhadores.
Se você pretende conhecer de forma mais profunda a obra de Pepe Mujica, essa liderança firme e essencial do nosso tempo. Outros trabalhos, livros serão mais abrangentes com certeza.
Mas... lembrando que Forma (tb) é conteúdo, e ainda mais no audiovisual , me parece mui acertado o tom e alcance deste projeto, trilhando pelo simples de uma entrevista no cotidiano do campo, embora entrelace ao menos 3 seguimentos diferentes de uma vida: O passado guerrilheiro, o fim do mandato como presidente e a inauguração de um novo espaço. Aliás, óia só! Formulando agora, percebo que isso na real isso é gigante, afinal é Passado, Presente e Futuro.
Boníssima escolha também foi manter a cena do encontro ruidoso que lembra que não há unanimidade/a importância do contrário, da critica pra se manter lucidez lubrificada!
Tremendo exercício de concisão. São só 74 minutos! Mas de uma potência imensa e que reforça em muitos momentos a importância da coerência entre o que se prega e o que se faz. Bela tradução dessa persona inspiradora. Grande Pepe. Parabéns Kusturica!
Um descomunal trabalho de edição/roteiro/costura! Com uma das mais intrigantes personagem já vista em obra audiovisual!
As mais de 6 horas dessa viagem documental são muitíssimo bem construídas, sustentando sem barriga as inúmeras reviravoltas que envolvem fé, poder e o choque cultural. Me dá a impressão que não dá pra tirar um minutinho dessa obra sem prejudicar os arcos dramáticos das personagens e a estrutura.
Se fosse menor, acho que correríamos o risco de ter um material com fatos deliciosamente fascinantes sendo citados de forma apressada,sem o devido tratamento que vemos aqui.
Durante essa viagem é possível, entre outras, se embalar na metáfora da reação de um corpo invadido por um vírus e como se tratava uma batalha dessas. Mas a direção aqui é astuta o suficiente fazendo com que os papeis de vitima e algoz não rotulem de forma permanente nenhum dos lados, das comunidades nem os indivíduos, olhando com atenção vemos que tudo cambia em diversos momentos.
As muitas horas de arquivos de fatos ocorridos há mais de 30 anos intercaladas com entrevistas mais recentes são de uma riqueza impressionante, com a junção de relato+imagem de arquivo podemos ter uma noção de quão faraônico foi o projeto de transposição de uma comunidade do interior da Índia pro interior dos EUA.
Eu só conhecia o OSHO pelos livros, que vendem como água no mundo todo e sustentam a marca, esses que em meio a muita coisa questionável, machista ou incrivelmente materialistas trazem também verdadeiras pérolas phodas e pra lá de revolucionárias, boníssimas provocações pra "se ouvir" na fundura do seu poço.
Pra quem ama Osho, ou pra quem se impressionar muito negativamente com Bhagwan (que depois se tornou Osho) pelos feitos da época, o exercício do pensamento critico desapaixonado ganha um baita incentivo aqui.
A série ficou conhecida pra muitos como "aquela sobre o Osho" mas com certeza o protagonismo aqui é todo de Sheela, Osho é mais um chamariz...
Lembrando de tudo qto é obra audiovisual, em todo formato possível, é difícil lembrar de outra figura tão assustadora e fascinante num grau raro, raro, rarissimo, como é a personalidade de Sheela. A realidade sempre supera a ficção.Tamanha "forte determinação" que ela possuí, tamanha inteligência, paixão e capacidade de realização/destruição, coisa só vista em grandes figuras da história mesmo. Só por iluminar uma figura assim e cavar sua importância no contexto oitentista Reagan/Tatcher essa série já merece toda gloria.
Acompanhamos aqui a trajetória de redenção da jovem Maris que sofre com terremotos e vendavais internos, que infelizmente levam muitos à morte, inclusive pela pouca compreensão, empatia de quem nos cerca. Acompanhar uma redenção é sempre um bom motivo pra conferir um filme. Afinal o abismo referido sempre pode te levar a reflexões no seu abismo pessoal. Não há muita riqueza imagética na construção do doc, q tem uma pegada televisiva de cabeças falantes que conversam conosco como numa longa reportagem.
Mas o filme também nos brinda com as imagens que Maris desenha desde da infância e refletem seu mundo de dentro, esse passeio pela galeria da vida de Maris traz bons momentos contemplativos. Muita coisa, como angústia, expectativa, e frustração que neste ponto sim transbordam o diagnóstico das palavras (embora elas insistam) e se mostram numa rica variedade de desenhos.
A ideia ousada da mistura entre mitologia iorubá e anime me pareceu bem promissora depois de ver esse filme. Bem potente tbm o fato da narração falar de feitos mágicos e ao mesmo tempo estes serem representados visualmente por desfechos realistas, não mágicos. Amplia a leitura sobre N mitologias fazendo pensar sobre a diferença do que um dia pode ter mesmo acontecido ( com ex: uma celebração com pouca comida onde tds solidários acabam colaborando trazendo o seu na miúda, não comendo o pouco oferecido fazendo parecer que o mesmo se multiplicou, ou um homem vindo das águas num momento de estiagem dando a entender pra outros na margem que ele está andando sob as águas) e o que se imprimiu no imaginário coletivo através de uma contação repleta de magia.
A narração do Milton Gonçalves é poderosa pela beleza da voz dele e do que se conta, mas por vezes sublinha demasiadamente o que estamos vendo. aqui as imagens por si só já oferecem uma vastidão de coisa pra se pensar depois.
Um filme repleto de boas intenções, mas que sofre om o roteiro pouco tratado (todos os conflitos se resolvem rápido sem chance pro nosso envolvimento) e uma direção solta que não agrega força imagética a jornada da personagem título.
Temos aqui a história de uma mulher negra que tem um rotina intensa de trabalho, as voltas com uma vida que não a satisfaz, num emprego que a consome e não a gratifica em nada, 3 filhos que se encontram também a deriva e uma neta que sempre sobra pra ela cuidar no pouco tempo que lhe resta, nem tempo pra fantasias eróticas Juanita tem...
JUANITA é baseado num livro, mas traz muita semelhança em tema, forma (mulher conversando com a parede, que somos nós rs) e desfecho com "Shirley Valentine" filme inglês de 1989, este baseado em peça de mesmo nome, aliás pra quem não viu, gostando ou não de Juanita veja Shirley Valentine porque o texto deste tem profundidade e além de hilário é belo e muitíssimo bem interpretado/dirigido.
Mas então voltando a Juanita... A maior novidade aqui é quem protagoniza essa história , que embora recorrente, acrescenta outras nuances ao "drama da pessoa que quer largar tudo"...A trama gira em torno de uma mulher negra com mais de 60, e o tempo de fita é dividido com personagens nativos norte-americanos. Isso é louvável pois aqui diferente de muitas narrativas esses não são personagens escadas/ orelhas que só ouvem, pouco antagonizam e não tem suas histórias de vida. Sim há um esforço na escrita do filme em esboçar como é a vida dessas pessoas, suas frustrações e seus passados e presente são o prato principal, pena que vem meio relaxado, pouco temperado, ou um pouco frio rs...
Que filme teríamos aqui se o diretor fosse obrigado a condensar o material filmado, ou ainda em roteiro mesmo, em 100 minutos?
A julgar pelo que é realmente memorável desta viagem, creio que teríamos um material mais provocante e ao mesmo tempo mais acolhedor pra geral cinéfila, muito além da fambase Tarantino. Decepcionante perceber que o frenesi alardeado sobre a recriação do caso Sharon Tate não se sustenta (Mas gosto do desfecho, que me foi mais palatável qdo menos real, mais pro gore), aliás a participação de Margot Robie, tão rala ...Tem lá uma breve cena que fica...Mas nos demais minutos dela não houve nenhuma linha no roteiro que a desse mínima substância pra sua criação, QT discursou em várias entrevistas sobre a humanização da figura, mas o q vemos na tela é a atriz como um simples bibelô, um vaso decorativo enfeitando a cena...que pena…Porque além de bela tem ali uma senhora atriz sob sua batuta.
Dicaprio aqui tá na função repeat de outros caras q vivem aos berros já vividos por ele em o Lobo de Wall Street e Django, nada de novo, e cada vez mais parecido com Jack Nicholson aliás, mas diverte e tem uma boníssima química com seu contraponto o caladão pouco ambicioso de Brad Pitt.
Todos os momentos com Pussycat são ótimos, essa atriz tem um magnetismo fodaa que preenche a tela mesmo sem muitas palavras, as cenas com a atriz mirim no estúdio tbm são um deleite. O tempo cadenciado na criação do suspense no rancho tbm é outro ponto que vale o ingresso.
Que mais teve de bom nessa viagem? Uma sensação de imersão profunda naquele ano de 69 dada a meticulosa direção de arte, Propaga-se que foram mais de 2000 carros da época usados nesse rolê. Coisa q faz muito sentido nessa história em especial dada a fama de L.A de cidade em q ninguém anda a pé. Bem justificável num filme em que quase metade dele estamos num carro rodando a cidade junto com as figuras.Entre essas andanças de carro a cena em que se acendem os letreiros é de arrepiar. Momento lindo lindo...
Viagem doida com pessoas mais doidas ainda passando por uma galeria de gente saída dos piores pesadelos...Gostei!
O que acende,brilha, destrói e se consome...rápido.Fogo sempre presente. isso só pode ser um coração selvagem mesmo!
Me lembrei que o próprio diretor já disse que seus filmes nascem de imagens soltas que lhe ocorrem de sonhos ou repentinamente, em vez de uma história, que é o que aparece como vindo primeiro, em muitos dos casos contados da criação pra cinema.
Temos aqui uma coleção de imagens quentes, dessas que ficam gravadas na cabeça por um bom tempo, pelo inusitado/exagero da cousa.
Em diversos momentos transborda erotismo tbm, a cena de Laura Dern com Willen Defoe no quarto é foda e se tivesse sido lançado hoje, o lance seria beeeeem problematizado. Compreensível. Mas é não é nada gratuita, além de ser uma composição de mestre. o ângulo, as bocas, o tempo, o texto, a dubiedade...É dos momentos que vale o filme e compensa outros aparentemente menos inspirados.
O que é aquela figura albina passando pela tela dando tchau???? (não q me pareça pouco inspirado, de forma alguma)
E a parada "de saco cheio pra noticia ruim" prum rock na beira de estrada, é hilária..
Uma versão punkrock de O Magico de Oz + Novela mexicana + sexo.
Vendo a filmografia de I.B. em ordem cronológica, meu interesse especial nesse aqui era por se tratar do seu primeiro doc. E também pq finalmente ia conhecer um pouco mais da famosa ilha, já vista como locação/personagem antes em: Através de um espelho, Persona, Vergonha, Paixão de Anna e etc...
Há um contraste bonito entre as entrevistas feitas em P&B e o colorido quase saturado das demais imagens da ilha, só há um trecho de entrevistas em que há cor, muita cor...exercício da fala pela opção de imagem mais que a enfase no diálogo que ouvimos no mesmo momento, outra coisa que diz muito nesses trechos é que são as únicas entrevistas feitas em movimento, novamente um contraste com as demais, bem comportadas, estáticas.
O filme é praticamente um guia audiovisual da ilha, ficamos por ele sabendo como e onde as coisas funcionam aqui.
Há uma crueza nos registros de nascimento e morte que vai embrulhar estômagos mais sensíveis, são os momentos mais ralentados da fita em que a câmera para e e segue o tempo do ato...
Em vários diferentes momentos temos as entrevistas se encaminha para O que falta na ilha? Ou o que impede a vida de ser melhor ali...minutos depois com a conclusão do diretor o filme ganha um preciso tom de revindicação/ denúncia com o descaso, uma carta reclamante ao mesmo tempo que mostra seu remetente apaixonado pela vida ali.
Esse filme é uma meditação de pouco mais de duas horas sobre dilemas universais: O que é Felicidade? Qual a melhor forma de levar a vida? Ela tem um sentido/direção? É de uma beleza sem par. A trilha é belíssima e lembra não a toa outras peças clássicas como Clair de lune...e é tudo em traços delicados como escrita a pena num papel amarelado daqueles antigos...um traço que treme e se dissolve como se estivéssemos vendo uma sequência de quadros sendo pintados a mão na hora...A diferença da atmosfera entre cidade e campo, o humor simples sem grande artifícios, a construção dos personagens secundários, e a canção folclórica, o desenvolvimento da personagem ,Tudo aqui é mágico, td nessa composição é de uma felicidade imensa...Levou mais de 8 anos, mas de fato Isao Takahata e sua equipe criaram uma sólida obra-prima daquelas raras que termina na tela mas continuam a ecoar aqui dentro...Muda até a forma da gente olhar pra Lua depois rs... Grato grato grato!
No meu mundo esse filme tem qualquer outro nome menos esse "Quando casa passa?!" "Na sala de espera"...qqr outro menos esse da versão br...Bom..o filme é bem escrito, com excelentes figuras centrais e ótimos coadjuvantes. 2 horas é pesado, mas nesse caso o roteiro é tão bem burilado, que por aqui foi uma experiência toda boa, sem baixas...Temos aqui o choque cultural de vidas bem distintas aplacadas por uma...fatalidade, e não virou um dramão repleto de falas genéricas, pelo contrário o filme se abre em outro...Se na primeira parte vimos um romance com envolvimento/mentira/rrependimento, depois na segunda se descortina uma reflexão de como estarmos envoltos num mesmo episódio doloroso pode nos fazer mais sensíveis e mais próximos e etc...Uma das perguntas centrais aqui me parece: Qual o sentido de estar/se abrir (e se perceber) em mudança constante e ao mesmo tempo se exigir o conforto de uma permanência(ilusória)? ...Ah e voltando ao lance do título...até uma variante do original já resolveria bem "a grande doença"...tem uma ambiguidade q amplia a cousa, afinal o que mais é a paixão se não uma patologia tbm?
Jodie Foster em geral é mais da metade da nota de qualquer filme. Nesse aqui contempla-la na sua arte é o melhor motivo pra conferir essa ficção de mais de 2 horas...Demorei 20 anos pra conferir esse filme, acho q juntou uma expectativa dificil de suprir...A insistência na presença do personagem religioso nos ambientes e momentos mais esdruxulos da história ao meu ver enfraqueceram bastante a trama, fico pensando que tipo de filme teríamos, se suprimissemos o romance aguado, já que o intento da personagem e suas descobertas já tropeçariam naturalmente na religião dado que nossa sociedade é fortemente crente...Mas enfim isso é material pra outro filme...J.F todas as estrelas desse são pra vc!
Nossa...Exaltar algo positivo aqui só não é mais dificil q destacar algo bom do atual (des)governo brasileiro. Pensando rápido destaco a beleza das paisagens, as vinicolas ao sol, e as participações especiais de Tina Fey e Jason Schwartzman que são bem bacaninhas...Há tbm um diferencial interessante em potência, mas pouco aproveitado, que é o lugar onde a amizade das personagens se consolidou, que desta vez não é o habitual ambiente escolar...Mas infelizmente juntando, moendo, todas as histórias das 6 amigas cê não consegue obter um kibe... Piadas fracas...Estereótipos que transbordam em tds os momentos...Desperdicio de bonissimas atrizes e criadoras de conteúdos, uma reunião da qual se cria alta expectativa... :(
Filme divertido sem ficar bobo em nenhum momento, é um bom exercicio de equilibrio entre o humor minimamente critico + a leveza que pode fazer um filme ser apreciado pelos mais diferentes públicos, bacana poder lembrar em como transformavamos cada situação com nosso olhar de criança (ou ainda transformamos) em algo maior, de colorido mais intenso...Os espelhamentos entre a vida dos pequenos e dos adultos também aparecem de forma bem aproveitada aqui, seja nos conflitos amorosos de cada um ou na noção do que é um bom aproveitamento das férias, da vida em cada idade. As referências a outros filmes classicos como "As férias do Sr. Hulot" e "O iluminado" tbm trazem um charme a mais pra essa delicinha.
Belo filme simples...Lembrei da música Cotidiano...E Marvim sentado no sofá e nos olhando dos quadros, Ah como eu amo essa curta cena!
Poesia é um estado de espirito, de fato tem dias que o poeta chuta uma pedra e só vê a pedra, mesmo, nada mais...Sacar a poesia de dentro das coisas mais banais é um exercicio pra lá de saboroso. Essa, me parece,ser uma das propostas desse filme. E ao fim de como essa beleza tá no ver, no perceber e não no gravar, no vender...que o reter não floy nem contriboy mesmo pra Porr# nenhuma... q é só perfumaria...Gostei bastante.
Uma dúvida: Fiquei aqui pensando que pelas únicas 2 cores q usa em td, Laura pode ser daltônica. Mas o que isso acrescenta? ainda estou pensando hauhuahua
Trabalho corajoso da cineasta, que abre mais uma parte de sua vida (assim como já havia feito em Elena) em paralelo a momentos importantes da história do Brasil nas últimas décadas, é um exercicio profundo de se olhar no espelho e tentar narrar exatamente o que se vê sem falsear sua origem, sem dourar a pilula, isso já torna o filme louvável.
Este sou eu é desse lugar que falo o que vejo e só posso ver assim por conta disso e disso...Em mais de um momento Petra diz isso de diferentes formas.
Se O PROCESSO ( doc EXCELENTE de Maria Augusta Ramos) era um Vale a pena ver de novo, versão tragédia. Só com edição de imagens de câmeras testemunhas, sem entrevista e sem participação visivel da diretora, esse aqui vai por um outro caminho não menos nobre e corajoso, é um "Olhe mais de perto" com narração onipresente da diretora.
Esse DOC tem imagens belissimas e oferece passeio por lugares e intimidades que talvez nenhum outro filme permita igual. É monumental e comovente. Grato Petra!
É um belo filme mas fui traído pela minha altissima expectativa, o visual é impecável e a trilha sonora é de uma elegância...que mesmo sendo quase onipresente não chega a incomodar...Ainda assim se dissolveu por aqui pouco tempo depois de visto.
É fácil de se imaginar o trabalho imenso pra criar uma narrativa, de procurar uma narrativa, um caminho por meio de mais de 80 mil videos recebidos... O resultado ficou memorável, pequenos momentos ora sublimes e outros super singelos que podem ficar te visitando depois como tem ocorrido comigo...Agora por exemplo mais de uma semana que vi,
me veio a cabeça a surpresa com o menino engraxate felizão e fã da wikipedia, e o homem revelando pra sua mulher seu duplo medo em perdê-la... tem imagens nesse doc que só em tentar descever já vira poesia...lindo, lindo...
E qto a sua construção gosto de como o dispositivo das perguntas é mostrado só depois de algum tempo de filme, dando espaço pra gente criar um pouco antes, e tbm da linearidade de você poder acompanhar cada momento com uma pessoa diferente da lua que começa o dia até a lua que finda o mesmo.
Macabro e belo...Pr'um momento ilustrativo a la A curiosidade matou o Gato! rs ... Os detalhes dessa animação são incríveis, destaque pro momento do boneco no triciclo, quando é recolhido do chão, é possível ver cada detalheZinho do mosaico do chão.
Filmão mesmo, de uma delicadeza... Que montanha russa boa essa, rir e chorar dentro de uma mesma viagem, é dificil conseguir isso, e esse filme tem esse mérito...Molly Shannon é magnifica! Dá vontade de dar um abraço nela...Uma história tão pé no chão, presente pra atriz (Tantas completam uma carreira longuissima sem conseguir um papel -ou desempenho- tão verdadeiro assim) e pro público!
Perturbador...Com essa trilha sonora até mesmo o desenho mais fofo do mundo ganha ares de thriller...Bonissimo ensaio sobre desejo, medo e síndrome de Estolcomo (numa versão nem um pouco romantizada). A premissa do enredo parece o miolo de Psicose ampliado, e há inclusive mais de uma cena como clara referência...Filme de utilidade pública pra se mostrar prx amiguinhx que tá num relacionamento tóxico/abusivo..E se é você q se enredou por alguém como Francis (meus pesâmes) é bom se afastar lentamente mantendo o contato visual (Por mais sedutor q a pessoa seja) e sebo nas canela...
Mussum: O Filmis
3.7 170 Assista AgoraPessoal o filme eh uma graça. Ótima opção pra ver com mãe, se tiver...família, amigos ...enfim veja (de preferência no cinema pra dar aquela forcinha ao nosso cine). O elenco tá animadíssimo, a direção busca imagens q vão além das escolhas televisivas nos enquadramentos e a trilha tbm se não inusitada traz conforto e mata a saudade. Outros 2 pontos altos são do roteiro, de como sao tratados os temas: Escolhas, e a relação Mãe e filho e a forma de finalizar essa viagem cinebiografica, q consegue ser um tantinho mais criativa que a maioria.
Bolsonaro e Adélio - Uma Fakeada No Coração Do Brasil
3.4 24Pra quem gosta de documentário investigativo, mesmo que classifique como "teorias da conspiração" vale muito cada minutinho desse filme. Tem um tom pavoroso com musiquinha de terror q dá um ar sensacionalista, que me pareceu desnecessário a principio, mas depois levando em consideração que deixou o material com cara do """"jornalismo"""" que é feito pela RecordTV e pelo SBT achei bem assertivo já que o público dessas duas redes é imenso e cabe aqui como tentativa de trazer também esse público pro filme.
Joaquim de Carvalho levanta questões que me pareceram pertinentes e inéditas, como o fato de que a criminosa representante da escola de tiro, que mentiu em rede nacional, ser uma bolsonarista raiz, muito bem paga no atual desGoverno, o fato dos seguranças (4 dos 6) que foram absurdamente incompetentes no dia do atentado (se você considera atentado) terem sido promovidos logo no inicio dessa gestão, e o rompimento do médico com o Hospital Albert Einstein logo depois do episódio...entre muitas, muitas outras coisas que o filme aponta, sempre com sensatez mostrando que muitos são indícios e não "prova de". O jornalista repete uma toada que espero mesmo que seja ouvida sobre a necessidade de reabertura da investigação encerrada ano passado visto que há muitos pontos em aberto.
Mank
3.2 462 Assista AgoraComecei esse MANK animadíssimo. Era o primeiro da minha maratona Oscar 2021. Esse mergulho na lista tema: ConcorrentesDeUmaemporada tem sido uma alienação salvadora da sanidade em tempo de mais de 3000 mortos por dia por covid e de absurdos comportamentais e políticos sem tamanho aqui no BR.
Gostei muita da surpresa inicial que tive em ver um filme sobre um acamado que escreve não se tornar absurdamente parado como esperava, por conta da costura que traz com inúmeros flashbacks que dão um ritmo mais galopante a coisa toda. Ainda assim o filme sofre e faz sofrer, beeeem arrastado, acho que tinha tudo pra ser bem sedutor mas não decola, o excesso de tema politico de uma época longínqua sem trazer junto mais esmiuçado seu contexto afasta que é uma beleza. Em nada me apaixonou aqui. Gostei de saber depois lendo sobre o Mank real no IMDB q o camarada já tinha mais de 80 roteiros de longas nas costa, em muitos deles sem crédito quando chegou ao projeto de filme com Orson Welles, acho que isso não aparece ali, ou se tem não é muito explorado no filme. Outro ponto interessante é o som que traz bem o espirito dos filmes de 90 anos atrás. O eco do mono... Bom se vc assistir antes Cidadão Kane tbm, certamente a viagem será um pouquinho mais gozosa...e só...
Visto em 20-03-21
O Misantropo
3.2 5Oooow amigues, procuro esse filme pra prosseguir minha maratona Bergman, sem furos, há tempos, hoje voltei a tentar e consegui....ehhhhh, mas ainda sem legenda. Mas como esse telefilme é basicamente a peça de Moliere filmada pra TV dinamarquesa imagino que o texto da peça tenha sido mantido na integra.
Bom o filme tá aqui no canal the Bergman Channel do youtube:
E tem o texto da peça aqui pra baixar no maravilhoso site do Lelivros entre outros:
P.s: Tentei postar os links, fui barrado, mas sigam esses passos procurando nos Ends citados, respectivamente por The Misanthrope directed by Ingmar Bergman (1974)
e O Misantropo – Molière
...q vcs acham tbm...
Abraços
El Pepe, Uma Vida Suprema
3.8 42O supremo no SIMPLES
Belo filme sem muito arrojo, como se fosse um fim de semana vendo fotos, acordando juntos, tomando mate numa simplérrima propriedade rural, colhendo flores e andando pela construção da Fundação que se pretende como legado de um velho casal de trabalhadores.
Se você pretende conhecer de forma mais profunda a obra de Pepe Mujica, essa liderança firme e essencial do nosso tempo. Outros trabalhos, livros serão mais abrangentes com certeza.
Mas... lembrando que Forma (tb) é conteúdo, e ainda mais no audiovisual , me parece mui acertado o tom e alcance deste projeto, trilhando pelo simples de uma entrevista no cotidiano do campo, embora entrelace ao menos 3 seguimentos diferentes de uma vida: O passado guerrilheiro, o fim do mandato como presidente e a inauguração de um novo espaço. Aliás, óia só! Formulando agora, percebo que isso na real isso é gigante, afinal é Passado, Presente e Futuro.
Boníssima escolha também foi manter a cena do encontro ruidoso que lembra que não há unanimidade/a importância do contrário, da critica pra se manter lucidez lubrificada!
Tremendo exercício de concisão. São só 74 minutos! Mas de uma potência imensa e que reforça em muitos momentos a importância da coerência entre o que se prega e o que se faz. Bela tradução dessa persona inspiradora. Grande Pepe. Parabéns Kusturica!
Wild Wild Country
4.3 265 Assista AgoraUm descomunal trabalho de edição/roteiro/costura! Com uma das mais intrigantes personagem já vista em obra audiovisual!
As mais de 6 horas dessa viagem documental são muitíssimo bem construídas, sustentando sem barriga as inúmeras reviravoltas que envolvem fé, poder e o choque cultural. Me dá a impressão que não dá pra tirar um minutinho dessa obra sem prejudicar os arcos dramáticos das personagens e a estrutura.
Se fosse menor, acho que correríamos o risco de ter um material com fatos deliciosamente fascinantes sendo citados de forma apressada,sem o devido tratamento que vemos aqui.
Durante essa viagem é possível, entre outras, se embalar na metáfora da reação de um corpo invadido por um vírus e como se tratava uma batalha dessas. Mas a direção aqui é astuta o suficiente fazendo com que os papeis de vitima e algoz não rotulem de forma permanente nenhum dos lados, das comunidades nem os indivíduos, olhando com atenção vemos que tudo cambia em diversos momentos.
As muitas horas de arquivos de fatos ocorridos há mais de 30 anos intercaladas com entrevistas mais recentes são de uma riqueza impressionante, com a junção de relato+imagem de arquivo podemos ter uma noção de quão faraônico foi o projeto de transposição de uma comunidade do interior da Índia pro interior dos EUA.
Eu só conhecia o OSHO pelos livros, que vendem como água no mundo todo e sustentam a marca, esses que em meio a muita coisa questionável, machista ou incrivelmente materialistas trazem também verdadeiras pérolas phodas e pra lá de revolucionárias, boníssimas provocações pra "se ouvir" na fundura do seu poço.
Pra quem ama Osho, ou pra quem se impressionar muito negativamente com Bhagwan (que depois se tornou Osho) pelos feitos da época, o exercício do pensamento critico desapaixonado ganha um baita incentivo aqui.
A série ficou conhecida pra muitos como "aquela sobre o Osho" mas com certeza o protagonismo aqui é todo de Sheela, Osho é mais um chamariz...
Lembrando de tudo qto é obra audiovisual, em todo formato possível, é difícil lembrar de outra figura tão assustadora e fascinante num grau raro, raro, rarissimo, como é a personalidade de Sheela. A realidade sempre supera a ficção.Tamanha "forte determinação" que ela possuí, tamanha inteligência, paixão e capacidade de realização/destruição, coisa só vista em grandes figuras da história mesmo. Só por iluminar uma figura assim e cavar sua importância no contexto oitentista Reagan/Tatcher essa série já merece toda gloria.
Maris: Cura Pela Ioga
3.7 7Acompanhamos aqui a trajetória de redenção da jovem Maris que sofre com terremotos e vendavais internos, que infelizmente levam muitos à morte, inclusive pela pouca compreensão, empatia de quem nos cerca. Acompanhar uma redenção é sempre um bom motivo pra conferir um filme. Afinal o abismo referido sempre pode te levar a reflexões no seu abismo pessoal. Não há muita riqueza imagética na construção do doc, q tem uma pegada televisiva de cabeças falantes que conversam conosco como numa longa reportagem.
Mas o filme também nos brinda com as imagens que Maris desenha desde da infância e refletem seu mundo de dentro, esse passeio pela galeria da vida de Maris traz bons momentos contemplativos. Muita coisa, como angústia, expectativa, e frustração que neste ponto sim transbordam o diagnóstico das palavras (embora elas insistam) e se mostram numa rica variedade de desenhos.
Yansan
2.8 10A ideia ousada da mistura entre mitologia iorubá e anime me pareceu bem promissora depois de ver esse filme. Bem potente tbm o fato da narração falar de feitos mágicos e ao mesmo tempo estes serem representados visualmente por desfechos realistas, não mágicos. Amplia a leitura sobre N mitologias fazendo pensar sobre a diferença do que um dia pode ter mesmo acontecido ( com ex: uma celebração com pouca comida onde tds solidários acabam colaborando trazendo o seu na miúda, não comendo o pouco oferecido fazendo parecer que o mesmo se multiplicou, ou um homem vindo das águas num momento de estiagem dando a entender pra outros na margem que ele está andando sob as águas) e o que se imprimiu no imaginário coletivo através de uma contação repleta de magia.
A narração do Milton Gonçalves é poderosa pela beleza da voz dele e do que se conta, mas por vezes sublinha demasiadamente o que estamos vendo. aqui as imagens por si só já oferecem uma vastidão de coisa pra se pensar depois.
Juanita
2.9 53 Assista AgoraAlfree Woodard merecia coisa melhor :( ...
Um filme repleto de boas intenções, mas que sofre om o roteiro pouco tratado (todos os conflitos se resolvem rápido sem chance pro nosso envolvimento) e uma direção solta que não agrega força imagética a jornada da personagem título.
Temos aqui a história de uma mulher negra que tem um rotina intensa de trabalho, as voltas com uma vida que não a satisfaz, num emprego que a consome e não a gratifica em nada, 3 filhos que se encontram também a deriva e uma neta que sempre sobra pra ela cuidar no pouco tempo que lhe resta, nem tempo pra fantasias eróticas Juanita tem...
JUANITA é baseado num livro, mas traz muita semelhança em tema, forma (mulher conversando com a parede, que somos nós rs) e desfecho com "Shirley Valentine" filme inglês de 1989, este baseado em peça de mesmo nome, aliás pra quem não viu, gostando ou não de Juanita veja Shirley Valentine porque o texto deste tem profundidade e além de hilário é belo e muitíssimo bem interpretado/dirigido.
Mas então voltando a Juanita... A maior novidade aqui é quem protagoniza essa história , que embora recorrente, acrescenta outras nuances ao "drama da pessoa que quer largar tudo"...A trama gira em torno de uma mulher negra com mais de 60, e o tempo de fita é dividido com personagens nativos norte-americanos. Isso é louvável pois aqui diferente de muitas narrativas esses não são personagens escadas/ orelhas que só ouvem, pouco antagonizam e não tem suas histórias de vida. Sim há um esforço na escrita do filme em esboçar como é a vida dessas pessoas, suas frustrações e seus passados e presente são o prato principal, pena que vem meio relaxado, pouco temperado, ou um pouco frio rs...
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraQue filme teríamos aqui se o diretor fosse obrigado a condensar o material filmado, ou ainda em roteiro mesmo, em 100 minutos?
A julgar pelo que é realmente memorável desta viagem, creio que teríamos um material mais provocante e ao mesmo tempo mais acolhedor pra geral cinéfila, muito além da fambase Tarantino. Decepcionante perceber que o frenesi alardeado sobre a recriação do caso Sharon Tate não se sustenta (Mas gosto do desfecho, que me foi mais palatável qdo menos real, mais pro gore), aliás a participação de Margot Robie, tão rala ...Tem lá uma breve cena que fica...Mas nos demais minutos dela não houve nenhuma linha no roteiro que a desse mínima substância pra sua criação, QT discursou em várias entrevistas sobre a humanização da figura, mas o q vemos na tela é a atriz como um simples bibelô, um vaso decorativo enfeitando a cena...que pena…Porque além de bela tem ali uma senhora atriz sob sua batuta.
Dicaprio aqui tá na função repeat de outros caras q vivem aos berros já vividos por ele em o Lobo de Wall Street e Django, nada de novo, e cada vez mais parecido com Jack Nicholson aliás, mas diverte e tem uma boníssima química com seu contraponto o caladão pouco ambicioso de Brad Pitt.
Todos os momentos com Pussycat são ótimos, essa atriz tem um magnetismo fodaa que preenche a tela mesmo sem muitas palavras, as cenas com a atriz mirim no estúdio tbm são um deleite. O tempo cadenciado na criação do suspense no rancho tbm é outro ponto que vale o ingresso.
Que mais teve de bom nessa viagem? Uma sensação de imersão profunda naquele ano de 69 dada a meticulosa direção de arte, Propaga-se que foram mais de 2000 carros da época usados nesse rolê. Coisa q faz muito sentido nessa história em especial dada a fama de L.A de cidade em q ninguém anda a pé. Bem justificável num filme em que quase metade dele estamos num carro rodando a cidade junto com as figuras.Entre essas andanças de carro a cena em que se acendem os letreiros é de arrepiar. Momento lindo lindo...
Coração Selvagem
3.7 340 Assista AgoraViagem doida com pessoas mais doidas ainda passando por uma galeria de gente saída dos piores pesadelos...Gostei!
O que acende,brilha, destrói e se consome...rápido.Fogo sempre presente. isso só pode ser um coração selvagem mesmo!
Me lembrei que o próprio diretor já disse que seus filmes nascem de imagens soltas que lhe ocorrem de sonhos ou repentinamente, em vez de uma história, que é o que aparece como vindo primeiro, em muitos dos casos contados da criação pra cinema.
Temos aqui uma coleção de imagens quentes, dessas que ficam gravadas na cabeça por um bom tempo, pelo inusitado/exagero da cousa.
Em diversos momentos transborda erotismo tbm, a cena de Laura Dern com Willen Defoe no quarto é foda e se tivesse sido lançado hoje, o lance seria beeeeem problematizado. Compreensível. Mas é não é nada gratuita, além de ser uma composição de mestre. o ângulo, as bocas, o tempo, o texto, a dubiedade...É dos momentos que vale o filme e compensa outros aparentemente menos inspirados.
O que é aquela figura albina passando pela tela dando tchau???? (não q me pareça pouco inspirado, de forma alguma)
E a parada "de saco cheio pra noticia ruim" prum rock na beira de estrada, é hilária..
Uma versão punkrock de O Magico de Oz + Novela mexicana + sexo.
Fårö 1969
3.5 7Vendo a filmografia de I.B. em ordem cronológica, meu interesse especial nesse aqui era por se tratar do seu primeiro doc. E também pq finalmente ia conhecer um pouco mais da famosa ilha, já vista como locação/personagem antes em: Através de um espelho, Persona, Vergonha, Paixão de Anna e etc...
Há um contraste bonito entre as entrevistas feitas em P&B e o colorido quase saturado das demais imagens da ilha, só há um trecho de entrevistas em que há cor, muita cor...exercício da fala pela opção de imagem mais que a enfase no diálogo que ouvimos no mesmo momento, outra coisa que diz muito nesses trechos é que são as únicas entrevistas feitas em movimento, novamente um contraste com as demais, bem comportadas, estáticas.
O filme é praticamente um guia audiovisual da ilha, ficamos por ele sabendo como e onde as coisas funcionam aqui.
Há uma crueza nos registros de nascimento e morte que vai embrulhar estômagos mais sensíveis, são os momentos mais ralentados da fita em que a câmera para e e segue o tempo do ato...
Em vários diferentes momentos temos as entrevistas se encaminha para O que falta na ilha? Ou o que impede a vida de ser melhor ali...minutos depois com a conclusão do diretor o filme ganha um preciso tom de revindicação/ denúncia com o descaso, uma carta reclamante ao mesmo tempo que mostra seu remetente apaixonado pela vida ali.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraEsse filme é uma meditação de pouco mais de duas horas sobre dilemas universais: O que é Felicidade? Qual a melhor forma de levar a vida? Ela tem um sentido/direção? É de uma beleza sem par. A trilha é belíssima e lembra não a toa outras peças clássicas como Clair de lune...e é tudo em traços delicados como escrita a pena num papel amarelado daqueles antigos...um traço que treme e se dissolve como se estivéssemos vendo uma sequência de quadros sendo pintados a mão na hora...A diferença da atmosfera entre cidade e campo, o humor simples sem grande artifícios, a construção dos personagens secundários, e a canção folclórica, o desenvolvimento da personagem ,Tudo aqui é mágico, td nessa composição é de uma felicidade imensa...Levou mais de 8 anos, mas de fato Isao Takahata e sua equipe criaram uma sólida obra-prima daquelas raras que termina na tela mas continuam a ecoar aqui dentro...Muda até a forma da gente olhar pra Lua depois rs... Grato grato grato!
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraNo meu mundo esse filme tem qualquer outro nome menos esse "Quando casa passa?!" "Na sala de espera"...qqr outro menos esse da versão br...Bom..o filme é bem escrito, com excelentes figuras centrais e ótimos coadjuvantes. 2 horas é pesado, mas nesse caso o roteiro é tão bem burilado, que por aqui foi uma experiência toda boa, sem baixas...Temos aqui o choque cultural de vidas bem distintas aplacadas por uma...fatalidade, e não virou um dramão repleto de falas genéricas, pelo contrário o filme se abre em outro...Se na primeira parte vimos um romance com envolvimento/mentira/rrependimento, depois na segunda se descortina uma reflexão de como estarmos envoltos num mesmo episódio doloroso pode nos fazer mais sensíveis e mais próximos e etc...Uma das perguntas centrais aqui me parece: Qual o sentido de estar/se abrir (e se perceber) em mudança constante e ao mesmo tempo se exigir o conforto de uma permanência(ilusória)? ...Ah e voltando ao lance do título...até uma variante do original já resolveria bem "a grande doença"...tem uma ambiguidade q amplia a cousa, afinal o que mais é a paixão se não uma patologia tbm?
Contato
4.1 804 Assista AgoraJodie Foster em geral é mais da metade da nota de qualquer filme. Nesse aqui contempla-la na sua arte é o melhor motivo pra conferir essa ficção de mais de 2 horas...Demorei 20 anos pra conferir esse filme, acho q juntou uma expectativa dificil de suprir...A insistência na presença do personagem religioso nos ambientes e momentos mais esdruxulos da história ao meu ver enfraqueceram bastante a trama, fico pensando que tipo de filme teríamos, se suprimissemos o romance aguado, já que o intento da personagem e suas descobertas já tropeçariam naturalmente na religião dado que nossa sociedade é fortemente crente...Mas enfim isso é material pra outro filme...J.F todas as estrelas desse são pra vc!
Entre Vinho e Vinagre
2.9 131Nossa...Exaltar algo positivo aqui só não é mais dificil q destacar algo bom do atual (des)governo brasileiro. Pensando rápido destaco a beleza das paisagens, as vinicolas ao sol, e as participações especiais de Tina Fey e Jason Schwartzman que são bem bacaninhas...Há tbm um diferencial interessante em potência, mas pouco aproveitado, que é o lugar onde a amizade das personagens se consolidou, que desta vez não é o habitual ambiente escolar...Mas infelizmente juntando, moendo, todas as histórias das 6 amigas cê não consegue obter um kibe... Piadas fracas...Estereótipos que transbordam em tds os momentos...Desperdicio de bonissimas atrizes e criadoras de conteúdos, uma reunião da qual se cria alta expectativa... :(
As Férias do Pequeno Nicolau
3.4 102 Assista AgoraFilme divertido sem ficar bobo em nenhum momento, é um bom exercicio de equilibrio entre o humor minimamente critico + a leveza que pode fazer um filme ser apreciado pelos mais diferentes públicos, bacana poder lembrar em como transformavamos cada situação com nosso olhar de criança (ou ainda transformamos) em algo maior, de colorido mais intenso...Os espelhamentos entre a vida dos pequenos e dos adultos também aparecem de forma bem aproveitada aqui, seja nos conflitos amorosos de cada um ou na noção
do que é um bom aproveitamento das férias, da vida em cada idade. As referências a outros filmes classicos como "As férias do Sr. Hulot" e "O iluminado" tbm trazem um charme a mais pra essa delicinha.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraBelo filme simples...Lembrei da música Cotidiano...E Marvim sentado no sofá e nos olhando dos quadros, Ah como eu amo essa curta cena!
Poesia é um estado de espirito, de fato tem dias que o poeta chuta uma pedra e só vê a pedra, mesmo, nada mais...Sacar a poesia de dentro das coisas mais banais é um exercicio pra lá de saboroso. Essa, me parece,ser uma das propostas desse filme. E ao fim de como essa beleza tá no ver, no perceber e não no gravar, no vender...que o reter não floy nem contriboy mesmo pra Porr# nenhuma... q é só perfumaria...Gostei bastante.
Uma dúvida: Fiquei aqui pensando que pelas únicas 2 cores q usa em td, Laura pode ser daltônica. Mas o que isso acrescenta? ainda estou pensando hauhuahua
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KTrabalho corajoso da cineasta, que abre mais uma parte de sua vida (assim como já havia feito em Elena) em paralelo a momentos importantes da história do Brasil nas últimas décadas, é um exercicio profundo de se olhar no espelho e tentar narrar exatamente o que se vê sem falsear sua origem, sem dourar a pilula, isso já torna o filme louvável.
Este sou eu é desse lugar que falo o que vejo e só posso ver assim por conta disso e disso...Em mais de um momento Petra diz isso de diferentes formas.
Se O PROCESSO ( doc EXCELENTE de Maria Augusta Ramos) era um Vale a pena ver de novo, versão tragédia. Só com edição de imagens de câmeras testemunhas, sem entrevista e sem participação visivel da diretora, esse aqui vai por um outro caminho não menos nobre e corajoso, é um "Olhe mais de perto" com narração onipresente da diretora.
Esse DOC tem imagens belissimas e oferece passeio por lugares e intimidades que talvez nenhum outro filme permita igual. É monumental e comovente. Grato Petra!
Trama Fantasma
3.7 805 Assista AgoraÉ um belo filme mas fui traído pela minha altissima expectativa, o visual é impecável e a trilha sonora é de uma elegância...que mesmo sendo quase onipresente não chega a incomodar...Ainda assim se dissolveu por aqui pouco tempo depois de visto.
A Vida em um Dia
4.3 257 Assista AgoraÉ fácil de se imaginar o trabalho imenso pra criar uma narrativa, de procurar uma narrativa, um caminho por meio de mais de 80 mil videos recebidos... O resultado ficou memorável, pequenos momentos ora sublimes e outros super singelos que podem ficar te visitando depois como tem ocorrido comigo...Agora por exemplo mais de uma semana que vi,
me veio a cabeça a surpresa com o menino engraxate felizão e fã da wikipedia, e o homem revelando pra sua mulher seu duplo medo em perdê-la... tem imagens nesse doc que só em tentar descever já vira poesia...lindo, lindo...
E qto a sua construção gosto de como o dispositivo das perguntas é mostrado só depois de algum tempo de filme, dando espaço pra gente criar um pouco antes, e tbm da linearidade de você poder acompanhar cada momento com uma pessoa diferente da lua que começa o dia até a lua que finda o mesmo.
Alma
4.2 777Macabro e belo...Pr'um momento ilustrativo a la A curiosidade matou o Gato! rs ... Os detalhes dessa animação são incríveis, destaque pro momento do boneco no triciclo, quando é recolhido do chão, é possível ver cada detalheZinho do mosaico do chão.
Outras Pessoas
3.7 116Filmão mesmo, de uma delicadeza... Que montanha russa boa essa, rir e chorar dentro de uma mesma viagem, é dificil conseguir isso, e esse filme tem esse mérito...Molly Shannon é magnifica! Dá vontade de dar um abraço nela...Uma história tão pé no chão, presente pra atriz (Tantas completam uma carreira longuissima sem conseguir um papel -ou desempenho- tão verdadeiro assim) e pro público!
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista AgoraPerturbador...Com essa trilha sonora até mesmo o desenho mais fofo do mundo ganha ares de thriller...Bonissimo ensaio sobre desejo, medo e síndrome de Estolcomo (numa versão nem um pouco romantizada). A premissa do enredo parece o miolo de Psicose ampliado, e há inclusive mais de uma cena como clara referência...Filme de utilidade pública pra se mostrar prx amiguinhx que tá num relacionamento tóxico/abusivo..E se é você q se enredou por alguém como Francis (meus pesâmes) é bom se afastar lentamente mantendo o contato visual (Por mais sedutor q a pessoa seja) e sebo nas canela...