Para assistir esse filme é necessário fazer um "curso". Refiro-me aqui ao estudo, ou apenas a leitura, do contexto estadunidense do pós-guerra, e obviamente ao contexto da geração beat e ao livro do Kerouac. Assim como todas as obras cinematográficas é normal essa mídia acabar por resumir muito a obra literária, mesmo que, na minha visão, o filme passe uma observação geral positiva sobre a obra de Kerouac. Adaptações são sempre problemáticas, mas ao ler o livro primeiro, o filme acaba ficando mil vezes melhor, na verdade, o livro é bem nessa pegada existencialista em que o frenesi do narrador se contrapõe a calmaria das bads existências de Sal Paradise, um pouco naquela ideia do pêndulo entre desejo e tédio de Schopenhauer, e na minha opinião o filme se saiu bem ao retratar essa questão. Resumindo, quem assiste o filme "às cegas" sem conhecer um pouco da obra do Kerouac acaba por se decepcionar.
Para assistir esse filme é necessário fazer um "curso". Refiro-me aqui ao estudo, ou apenas a leitura, do contexto estadunidense do pós-guerra, e obviamente ao contexto da geração beat e ao livro do Kerouac. Assim como todas as obras cinematográficas é normal essa mídia acabar por resumir muito a obra literária, mesmo que, na minha visão, o filme passe uma observação geral positiva sobre a obra de Kerouac. Adaptações são sempre problemáticas, mas ao ler o livro primeiro, o filme acaba ficando mil vezes melhor, na verdade, o livro é bem nessa pegada existencialista em que o frenesi do narrador se contrapõe a calmaria das bads existências de Sal Paradise, um pouco naquela ideia do pêndulo entre desejo e tédio de Schopenhauer, e na minha opinião o filme se saiu bem ao retratar essa questão. Resumindo, quem assiste o filme "às cegas" sem conhecer um pouco da obra do Kerouac acaba por se decepcionar.