Provavelmente o melhor filme do Eduardo Coutinho. Aqui ele consegue captar, com simplicidade, honestidade e de maneira bastante orgânica, todas as nuances, sutilezas, particularidades e o que há de mais simples (por isso especial) no ser humano, que se revela e ganha a superfície mesmo em meio a atmosfera opressiva, pesada, angustiante e extenuante da cidade em que vivem. Nesses termos, pode-se dizer que Coutinho busca retratar o Edifício Master como uma espécie de microcosmo social, onde cada indivíduo se distingue pela sua história pessoal, por sua bagagem cultural e pelo seu conhecimento de mundo, aos quais não cabe nenhum tipo de julgamento.
ps.: acho que nem o Frank Sinatra já performou uma versão tão emotiva e arrasadora de My Way quanto essa.
Só gostei da atuação da Emily Blunt, que aos trancos e barrancos entrega uma personagem atormentada e sofrivelmente decadente, porém um tanto audaciosa e implacável, disposta a encontrar a verdade custe o que custar; do final catártico, em que o fim a que chega certos personagens atende às expectativas do expectador, e da cinematografia soturna e pesada, que imprime um tom bastante sombrio e denso ao filme. Tirando isso achei mediano apenas, um tanto arrastado e cansativo em seus pouco mais de 100 minutos de duração e a partir do início do 2º ato se torna um tanto previsível, de modo que fica fácil reconhecer e calcular a resolução da trama.
Esse é um dos melhores filmes de 2016, disparado! Se eu pudesse fazer um top 3 dos melhores, esse certamente estaria entre eles, talvez em 1º lugar. John Carney conseguiu mais uma vez - e de maneira gloriosa - realizar um filme delicado, simples e e extremamente sensível como poucos. Gostei do fato de ele ter impresso algumas opiniões e concepções pessoais acerca daquele período memorável no filme. O filme consegue retratar de maneira belíssima e incrivelmente verossímil a estética brilhante e a música inigualável e subversiva daquela época, sobretudo o pop britânico, tornando tudo um prato recheado de nostalgia pra quem viveu e experienciou aquele período. A trilha sonora é incrível, o figurino, impecável, a história é envolvente e o roteiro consegue, em pouco mais de 100 minutos de projeção, através de um elenco afiadíssimo e extremamente talentoso, atribuir profundidade, sensibilidade e rebeldia a seus personagens carismáticos e selvagens, cuja a sede de correr atrás de seus sonhos é inspiradora. Me deu vontade de montar uma banda.
Apesar de alguns furos no roteiro e de alguns pontos que ficaram sem explicação, como sequências e elementos inevitavelmente sem sentido, que eu espero fervorosamente que sejam desenvolvidos nos próximos filmes, o filme é narrativamente e visualmente espetacular, divertido, com uma narrativa incrivelmente envolvente, uma fotografia em sépia que parece evocar toda a gloriosidade daquele período histórico e um desenvolvimento eficaz de enredo, além da direção como sempre bastante competente e engajante do David Yates.
O filme é fofo em vários momentos (Pelúcio, eu te amo ♥), com um design de produção caprichadíssimo, evocando uma configuração visual perfeita e impecável daquela época, a ambientação da Nova York dos anos 20 ficou espetacular e esteticamente belíssima. Conseguiram retratar tudo de mais peculiar daquele período, desde os aspectos arquitetônicos até o figurino. Nota-se claramente que os atores estão muito confortáveis em seus papéis. O Collin Farrell parece gostar do seu personagem e o Ezra Miller também está ótimo, interpretando mais um personagem excêntrico, como grande parte de seus personagens. O Eddie Redmayne entrega um Newt Scamander satisfatório, numa atuação razoável. Ele tá muito bem no papel... o seu personagem possui uma timidez e um jeito mais contido que chega ser adorável. Não sou muito fã do Eddie Redmayne, mas devo admitir que é inevitável a sua preocupação em criar um bom personagem aqui, com uma certa profundidade, meio desastroso e aparentemente ingênuo em alguns momentos, mas que parece dominar muito bem a magia. As partes mais legais e bonitas de ver são as que ele interage com os animais. Dá pra perceber que ele se solta muito mais e se sente bem mais à vontade com os bichinhos do que com os outros humanos.
Todos os personagens são bem carismáticos, o que torna fácil a empatia pelos mesmos, porém, são muito mal desenvolvidos. A Tina, por exemplo, é uma personagem completamente desinteressante, sem força e atrapalhada. Em diversos momentos durante a projeção eu me perguntei "o que diabos essa mulher tá fazendo no filme?", até o pseudo-romance dela com o Newt não parece fazer sentido algum e é bastante neutro no filme. O dono do jornal e o seu filho senador são dois personagens totalmente inúteis que desaparecem com a mesma velocidade que aparecem no filme, e você nem sente falta. Já o Jacob do Dan Fogler está hilário! Espero que ele retorne nas sequências. O cara é o alívio cômico perfeito, mas o seu personagem tem muito mais camadas do que imaginamos e não deve ser somente reduzido a um alívio cômico, possuindo seus interesses próprios. Na realidade, o Jacob está ali pra representar nós, trouxas, fãs fascinados, obcecados e maravilhados por esse universo mágico fantástico criado pela J.K. Rowling. É como se ele fosse um instrumento de imersão que vai nos reapresentando e nos guiando àquele universo à medida em que a trama é desenvolvida. A direção de arte é irretocável, incrivelmente bem feita e eficiente... os animais são realmente fantásticos e a maleta do Newt parece ser um lugar agradável de se viver. O fato deles terem trazido a trilha sonora original do universo Harry Potter para esse filme foi brilhante e bastante honesto com os fãs, trazendo uma sensação boa de nostalgia.
No geral, é um bom filme introdutório, ainda que pareça um episódio gigante de série com um roteiro inconsistente e pouco coeso e uma história que, sinceramente, não vejo qual o caminho que pode tomar e não consigo ver para onde está indo. Ao final, é impossível você não se perguntar como que o Grindelwald conseguiu se infiltrar na MACUSA por tanto tempo sem que ninguém percebesse. Afinal, ele tava fazendo uso da porção polissuco ou ele apenas criou aquele Percival Graves? Se ele tava fazendo uso da porção polissuco, então o que aconteceu com o verdadeiro Percival Graves?? Qual a motivação do Grindelwald??? Isso não ficou muito claro. É um filme que deixa mais perguntas do que respostas. Acho bem pouco provável que o Newt Scamander seja o protagonista de todos esses filmes. Nem de longe o personagem tem força pra isso, apesar de ser indispensável nesse universo. Poder retornar a esse universo é maravilhoso. Eu espero que os próximos filmes sejam melhores, que apresentem uma aventura mais envolvente e que explore mais outros caminhos do mundo mágico (coisa que os filmes de Harry Potter fizeram muito bem) e não fiquem somente em uma única cidade.
Não acho nada legal transformarem uma série baseada num quadrinho de SUPER-HERÓI em um dramalhão social inconclusivo, monótono e anti-climático como fizeram aqui com Luke Cage. A Netflix/Marvel deturpou totalmente a personalidade do personagem na série, entregando uma temporada de estréia fraca e desinteressante em relação às séries anteriores (Demolidor e Jessica Jones), com personagens pouco carismáticos e cenas chatas de luta que não empolgam nem por 5 minutos. Quando você pensa que o Luke vai finalmente externalizar toda a sua força e mostrar a real abrangência e extensão do seu poder, você pensa CARALHO AGORA O MONSTRO VAI SAIR DA JAULA PORRA, aí ele apenas dá uns soquinhos, quebra uma parede aqui e ali e SÓ... quebrando totalmente as expectativas e tornando a experiência chata e cansativa.
Pra completar, a série ainda se arrasta sem necessidade, estendendo por SEIS episódios, arcos que poderiam ser concluídos em TRÊS. Verdade seja dita: essa 1ª temporada foi desnecessariamente e irremediavelmente arrastada, cansativa e enfadonha. Com uma direção e uma narrativa fraca que não empolgam, a série se leva a sério demais, enfatizando demasiadamente questões de cunho social, e chega uma hora que ela simplesmente estagna, não diverte e não entrega o lado super-heróico que envolve toda a mitologia do Luke Cage. Esse personagem foi criado no início da década de 70, no auge do gênero Blacksploitation, gênero esse que carregava em si uma atmosfera mais fanfarrona e menos séria, e então o Luke Cage foi criado em volto a esses valores também. Eu esperava que a série fosse respeitar pelo menos esse lado do personagem. Porra, já temos o Daredevil e a Jessica Jones com seus tormentos psicológicos extenuantes nesse universo, cara, eu esperava que Luke Cage fosse ser mais leve.
Luke Cage é um quadrinho de SUPER-HERÓI, logo, deveriam ter entregado mais disso, e não aquele mimimi e aquela bunda molisse insuportáveis do Luke que fizeram com que ele reprimisse os próprios poderes durante toda a série e não abraçasse quem ele realmente é, o que foi incrivelmente broxante, na minha opinião. Por outro lado, a direção de arte e o design de produção da série são impecáveis, trazendo uma ambientação fascinante e belíssima do Harlem, com uma trilha sonora fabulosa e incrivelmente bem contextualizada. O Mike Colter não decepciona como Luke Cage, ele só entrega uma excelente performance que eu diria ser razoável dentro do que escreveram para ele; a Alfre Woodard entrega a personagem mais filha-da-puta-desgraçada-morre-logo-porra ardilosa, diabólica, desequilibrada e asquerosa da série, totalmente diferente da que vimos em Civil War, o que me pareceu um tanto estranho; a Simone Missick como Misty Knight está brilhante, implacável, rígida, corajosa e determinada a encontrar a verdade, custe o que custar e o Erik LaRay Harvey, bem... só posso dizer que não passou 1 minuto sequer da série que eu não desejasse que ele MORRESSE de uma vez por todas. Tá pra nascer vilão mais chato e caricato do que esse. Espero que a série d'Os Defensores surpreenda, deixe um pouco de lado esse tom dramático que tem sido essas últimas séries da Marvel e traga ameaças a altura dos heróis.
Ótimo filme, roteiro inteligente com um bom suspense e uma direção bem sóbria e lúcida e uma protagonista que, mesmo sendo limitada por um dos sentidos, é bastante sagaz, diferentemente da maioria dos filmes do gênero produzidos atualmente. O grande diferencial desse filme é que ele foge (ou pelo menos tenta) dos clichês clássicos habituais em filmes do tipo, e isso me surpreendeu muito (positivamente). A maior parte das decisões que a protagonista toma e de suas ações são bastante críveis e é exatamente o que uma pessoa na vida real faria. O único problema talvez tenha sido o fato do assassino ter tirado a máscara no começo do filme, eu pensei "porra, sério que ele vai fazer isso agora e não no final???", o que me tirou totalmente do clima que eu estava imerso antes, mas talvez eu só esteja meio mal acostumado mesmo, porém, mesmo assim não deixo de pensar que foi uma decisão de roteiro meio bosta. O resto compensa. Esse lance da mulher conseguir visualizar todos os seus movimentos e a consequência disso + os possíveis finais foi genial.
Caralho, de onde surgem esses filmes horríveis? É por essas e outras que o gênero tá cada dia mais saturado e desgastado. Todas as fórmulas e clichês do terror exploradas à exaustão de maneira terrível e compactadas em pouco menos de 90 minutos. A trama até que tinha potencial, mas se perde em meio ao ritmo irritantemente lento com a qual é desenvolvida no início. Isso sem falar nas atuações... tão pífias, esquecíveis e repugnantes quanto o roteiro. No geral, é quase que um desafio chegar ao final do filme sem ter um AVC ou contrair um tumor cerebral. É um tumor que não vale a pena.
Moral da história: mesmo nos momentos mais difíceis, quando você está prestes a ser devorado por um tubarão, você sempre poderá contar com a companhia de uma pomba.
Eu li "universo paralelo" na sinopse e fui correndo assistir, com as melhores expectativas, desejando profundamente que o filme me surpreendesse, porém me decepcionei. O filme tem diálogos incríveis em alguns momentos, mas no geral achei o enredo um pouco cansativo, arrastado, confuso, entediante e extremamente pedante. Em vários momentos me peguei com sono e entediado. Tanto que eu só consegui terminar de assisti-lo depois de uma segunda sessão, na qual eu dei uma pausa pra tirar um cochilo. Já penso que essa seja a nova cura para a insônia do jovem contemporâneo, sendo mais eficiente até mesmo que o famigerado Rivotril ou a ilustríssima Maracujina. O roteiro joga um monte de referências na cara do espectador só pra falar `Nossa, olha só, ele conhece Schopenhauer, nossa ele lê Richard Dawkins, nossa como ele é inteligente´, mas não faz absolutamente NADA com essas referências, o que delata um roteiro preguiçoso, pretensioso e extremamente presunçoso. Me lembra muito um tipinho de gente que eu detesto, que chega na roda querendo pagar de inteligente, citando algumas referências obscuras sobre literatura, cinema e arte em geral, só pra pagar de cult, mas não percebe que é só uma criaturinha irritante e pretensiosa. Nota-se claramente que o diretor tem uma boa bagagem, mas é uma pena que ele não saiba como utilizá-la, o que deixa a sensação amarga de preguiça e/ou desleixo. Isso sem falar na personagem da Emmy Rossum que é completamente intragável, irritante e beira o insuportável em alguns momentos. Em muitos momentos eu fiquei irritado só de olhar pra cara da personagem. Já o Justin Long entrega um trabalho eficiente, com uma atuação razoável, nada que já não tenhamos visto antes em outros trabalhos do ator. No mais, o grande trunfo do filme é a forma como ele brinca com a fotografia, alternando as cores de acordo com o momento da linha do tempo em que os personagens se encontram, o que demonstra um trabalho competente, sóbrio e muito bem pensado por parte da direção de arte.
Os grandes destaques dessa temporada sem dúvidas são o Foggy bastante perspicaz do Elden Henson - que resolveu mostrar seu potencial e se distanciar um pouco da sombra do Matt - e o Justiceiro impecável e porradeiro do Jon Bernthal. Destaque também para o embate ideológico entre Frank Castle e o Demolidor no telhado; a porradaria do Frank Castle na prisão e o plano sequência do Demolidor na escada. De resto, tudo que peço é que entreguem logo uma série solo do Justiceiro, pelo amor de Deus.
Caralho, o Jon Bernthal está literalmente chutando bundas nessa temporada com o seu Frank Castle incrivelmente imponente e extremamente atormentado, perturbado, implacável, violento, vingativo e visceral. A primeira temporada foi foda, mas essa foi ainda mais, superando minhas expectativas. Os caras não têm limites no que diz respeito à violência gráfica, as cenas de luta continuam muito bem coreografadas (apesar de escuras em algumas partes, dificultando um pouco a visibilidade); todas as subtramas e os plots individuais foram muito bem trabalhados e explorados de maneira invejável nessa temporada, prendendo a atenção e imergindo o expectador aos poucos, a cada episódio; as atuações continuam incríveis, acredito que a Elektra ainda terá mais espaço para ser desenvolvida na próxima temporada, mas já de início devo admitir que a Elodie Yung nos entregou uma personagem misteriosa, enigmática e de muitas camadas; o Justiceiro ficou muito bem caracterizado, já penso que o Jon Bernthal nasceu para interpretar esse personagem. Facilmente o melhor Frank Castle já feito. E é por todos esses pontos que Demolidor vai se firmando cada vez mais como a melhor série do gênero em atividade atualmente. Que venha a Queda de Murdock.
Seth Rogen está longe de ser um péssimo ator como dizem por aí, e esse filme é a prova disso. Tá certo que o destaque vai pra atuação impecável do Gordon-Levitt, que interpreta o personagem central da trama, mas o Seth também tem seus méritos, não deixou a desejar em nenhum momento. Gosto quando ele sai um pouco do lugar comum e encara papéis mais "sérios", com uma maior carga dramática e emocional. O Adam, além de ter que enfrentar a descoberta de um câncer, ainda teve que lidar com uma série de acontecimentos desoladores, terríveis e sombrios que se seguiram em sua vida. E a história é belíssima, não é só um filme sobre câncer. É um filme sobre garra, força, determinação, coragem, amor e amizade. Tudo isso embalado por uma trilha sonora maravilhosa, que dispensa comentários.
Realmente o filme me surpreendeu com seu roteiro bastante consistente, aliado a uma direção bem competente, além do ótimo elenco e das excelentes atuações que também merecem destaque. O Anton Yelchin encaixou-se perfeitamente no papel e é difícil não sentir empatia pelo seu personagem logo na primeira cena. Eu venho prestando atenção na Addison Timlin desde Californication e, honestamente, admito que ela vem se superando a cada atuação; sem dúvidas uma excelente atriz, gata e carismática. Esses elementos sobrenaturais inseridos na narrativa também me agradaram muito e garantiram bons sustos, além da trama muito bem orquestrada e repleta de revira-voltas que te prende até o final, culminando nesse clímax surpreendente.
O que esse filme tem de divertido tem de leve, despretensioso e encantador. A trilha sonora dispensa comentários! Smiths, The Cure, Lionel Richie... Com certeza foi escolhida por alguém que sabe das coisas. A química entre Adam Sandler e a Drew Berrymore é extremamente apaixonante e adorável. Achei hilária a participação do Steve Bucemi no início. Um dos melhores filmes do Sandler na minha opinião, ao lado de Click, Como Se Fosse A Primeira Vez e Reine Sobre Mim.
Filme existencialista com um roteiro inteligente, repleto de detalhes que podem passar despercebidos aos mais desatenciosos. À primeira vista, a sua narrativa pode parecer um pouco densa em virtude da atmosfera onírica que se estabelece, agravando ainda mais a sensação de tensão psicológica, e pode parecer uma obra de difícil entendimento, com um roteiro um tanto quanto obscuro e enigmático, o que pode deixar a trama um pouco complexa e confusa para alguns; porém, depois de rever mais atentamente, dedicando maior atenção aos detalhes, a narrativa se revela mais sedutora e o filme se torna levemente mais claro. Além da direção eficiente do Richard Ayoade e atuações impecáveis do sempre ótimo Jesse Eisenberg e da talentosíssima Mia Wasikowska, o filme carrega uma crítica perspicaz e uma reflexão bastante necessária sobre a própria existência e sobre os paradigmas provenientes das expectativas sociais que se criam em torno de nós, em torno das situações e da vida como um todo, dando espaço a um desfecho incrivelmente coerente dentro da trama, ainda que não seja dos mais satisfatórios. Esse com certeza vai pra lista dos que merecem ser revistos.
Ótima comédia romântica com uma história bem bonita, um bom elenco, boas atuações e uma narrativa inacreditavelmente cativante, bastante envolvente e muito bem conduzida que, apesar de ser recheada de clichês, não deixa a desejar em nenhum momento e nos apresenta um desfecho absolutamente previsível mas que mesmo assim comove e emociona. O filme conta histórias delicadas sobre pessoas diferentes, de mundos diferentes. Confesso que meu emocional pendeu mais pra história da Iris, que foi maravilhosamente bem interpretada pela deslumbrante Kate Winslet. Se não fosse a trilha sonora maravilhosa do Hans Zimmer, talvez o filme não teria a mesma carga dramática. Destaque para a cena da Cameron Diaz
Prezada Miss Daisy, a senhora deveria tomar umas aulas de direção, mas sabe como é né, é como dizem por aí: há males que vem para o bem. Se não fosse a sua falta de talento fenomenal com o volante, talvez a senhora nunca teria conhecido Hoke; o cara que te fez mudar de conceito sobre algumas coisas (e eu daria um abraço no Morgan Freeman por esse papel). É incrível a forma como a Daisy vai deixando de ser ranzinza e desagradável e, aos poucos, se transformando numa pessoa extremamente sensível, nostálgica, tolerante e carinhosa. Atuações esplêndidas do Morgan Freeman e da Jessica Tandy, filme magnífico em todos os aspectos. E ainda deixa espaço em seu sub-texto para uma crítica bastante sutil, de uma delicadeza incomensurável.
A piada do "Quem" foi engraçada no início, porém com o desenrolar da trama devo admitir que ela começou a ficar um pouco repetitiva e chegou até a me irritar bastante em alguns momentos; mas fora isso, Rain Man é um filme fabuloso, com um roteiro muito bem escrito e certamente encerrado de maneira excepcional. A atuação do Tom Cruise é algo formidável;
a frieza do Charlie ao receber a notícia que seu pai havia morrido foi algo assustador,
mas depois que a trama ganha forma, o espectador passa a entender com mais clareza suas razões e seus motivos. O Dustin Hoffman dispensa comentários! Deu show interpretando de maneira impecável o autista, em uma desenvoltura brilhante e memorável. Esse papel lhe caiu como uma luva, Oscar mais que merecido.
Trata de um assunto universal e delicado de uma forma muito bem explorada e interessante, com uma naturalidade incrível, através de um roteiro sólido, leve, sensível, coerente e muito bem amarrado. A trilha sonora também é diferenciada e merece destaque. Só achei algumas atuações bem fracas; aquele Fábio é um dos personagens mais caricatos e forçados que eu já vi em filmes; e a história não me prendeu tanto quanto eu achei que prenderia. Mas, à despeito desses aspectos, é um bom filme até. Aborda todos os medos, as inseguranças e os dilemas de um adolescente com uma sutileza bem definida, sem parecer, em nenhum momento, inverossímil ou clichê.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraLion: Uma Jornada Para Conseguir a Legenda.
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraProvavelmente o melhor filme do Eduardo Coutinho. Aqui ele consegue captar, com simplicidade, honestidade e de maneira bastante orgânica, todas as nuances, sutilezas, particularidades e o que há de mais simples (por isso especial) no ser humano, que se revela e ganha a superfície mesmo em meio a atmosfera opressiva, pesada, angustiante e extenuante da cidade em que vivem. Nesses termos, pode-se dizer que Coutinho busca retratar o Edifício Master como uma espécie de microcosmo social, onde cada indivíduo se distingue pela sua história pessoal, por sua bagagem cultural e pelo seu conhecimento de mundo, aos quais não cabe nenhum tipo de julgamento.
ps.: acho que nem o Frank Sinatra já performou uma versão tão emotiva e arrasadora de My Way quanto essa.
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraSó gostei da atuação da Emily Blunt, que aos trancos e barrancos entrega uma personagem atormentada e sofrivelmente decadente, porém um tanto audaciosa e implacável, disposta a encontrar a verdade custe o que custar; do final catártico, em que o fim a que chega certos personagens atende às expectativas do expectador, e da cinematografia soturna e pesada, que imprime um tom bastante sombrio e denso ao filme. Tirando isso achei mediano apenas, um tanto arrastado e cansativo em seus pouco mais de 100 minutos de duração e a partir do início do 2º ato se torna um tanto previsível, de modo que fica fácil reconhecer e calcular a resolução da trama.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 713 Assista AgoraEsse é um dos melhores filmes de 2016, disparado! Se eu pudesse fazer um top 3 dos melhores, esse certamente estaria entre eles, talvez em 1º lugar. John Carney conseguiu mais uma vez - e de maneira gloriosa - realizar um filme delicado, simples e e extremamente sensível como poucos. Gostei do fato de ele ter impresso algumas opiniões e concepções pessoais acerca daquele período memorável no filme. O filme consegue retratar de maneira belíssima e incrivelmente verossímil a estética brilhante e a música inigualável e subversiva daquela época, sobretudo o pop britânico, tornando tudo um prato recheado de nostalgia pra quem viveu e experienciou aquele período. A trilha sonora é incrível, o figurino, impecável, a história é envolvente e o roteiro consegue, em pouco mais de 100 minutos de projeção, através de um elenco afiadíssimo e extremamente talentoso, atribuir profundidade, sensibilidade e rebeldia a seus personagens carismáticos e selvagens, cuja a sede de correr atrás de seus sonhos é inspiradora. Me deu vontade de montar uma banda.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraO esquadrão suicida que deu certo, dependendo do ponto de vista.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraApesar de alguns furos no roteiro e de alguns pontos que ficaram sem explicação, como sequências e elementos inevitavelmente sem sentido, que eu espero fervorosamente que sejam desenvolvidos nos próximos filmes, o filme é narrativamente e visualmente espetacular, divertido, com uma narrativa incrivelmente envolvente, uma fotografia em sépia que parece evocar toda a gloriosidade daquele período histórico e um desenvolvimento eficaz de enredo, além da direção como sempre bastante competente e engajante do David Yates.
O filme é fofo em vários momentos (Pelúcio, eu te amo ♥), com um design de produção caprichadíssimo, evocando uma configuração visual perfeita e impecável daquela época, a ambientação da Nova York dos anos 20 ficou espetacular e esteticamente belíssima. Conseguiram retratar tudo de mais peculiar daquele período, desde os aspectos arquitetônicos até o figurino. Nota-se claramente que os atores estão muito confortáveis em seus papéis. O Collin Farrell parece gostar do seu personagem e o Ezra Miller também está ótimo, interpretando mais um personagem excêntrico, como grande parte de seus personagens. O Eddie Redmayne entrega um Newt Scamander satisfatório, numa atuação razoável. Ele tá muito bem no papel... o seu personagem possui uma timidez e um jeito mais contido que chega ser adorável. Não sou muito fã do Eddie Redmayne, mas devo admitir que é inevitável a sua preocupação em criar um bom personagem aqui, com uma certa profundidade, meio desastroso e aparentemente ingênuo em alguns momentos, mas que parece dominar muito bem a magia. As partes mais legais e bonitas de ver são as que ele interage com os animais. Dá pra perceber que ele se solta muito mais e se sente bem mais à vontade com os bichinhos do que com os outros humanos.
Todos os personagens são bem carismáticos, o que torna fácil a empatia pelos mesmos, porém, são muito mal desenvolvidos. A Tina, por exemplo, é uma personagem completamente desinteressante, sem força e atrapalhada. Em diversos momentos durante a projeção eu me perguntei "o que diabos essa mulher tá fazendo no filme?", até o pseudo-romance dela com o Newt não parece fazer sentido algum e é bastante neutro no filme. O dono do jornal e o seu filho senador são dois personagens totalmente inúteis que desaparecem com a mesma velocidade que aparecem no filme, e você nem sente falta. Já o Jacob do Dan Fogler está hilário! Espero que ele retorne nas sequências. O cara é o alívio cômico perfeito, mas o seu personagem tem muito mais camadas do que imaginamos e não deve ser somente reduzido a um alívio cômico, possuindo seus interesses próprios. Na realidade, o Jacob está ali pra representar nós, trouxas, fãs fascinados, obcecados e maravilhados por esse universo mágico fantástico criado pela J.K. Rowling. É como se ele fosse um instrumento de imersão que vai nos reapresentando e nos guiando àquele universo à medida em que a trama é desenvolvida. A direção de arte é irretocável, incrivelmente bem feita e eficiente... os animais são realmente fantásticos e a maleta do Newt parece ser um lugar agradável de se viver. O fato deles terem trazido a trilha sonora original do universo Harry Potter para esse filme foi brilhante e bastante honesto com os fãs, trazendo uma sensação boa de nostalgia.
No geral, é um bom filme introdutório, ainda que pareça um episódio gigante de série com um roteiro inconsistente e pouco coeso e uma história que, sinceramente, não vejo qual o caminho que pode tomar e não consigo ver para onde está indo. Ao final, é impossível você não se perguntar como que o Grindelwald conseguiu se infiltrar na MACUSA por tanto tempo sem que ninguém percebesse. Afinal, ele tava fazendo uso da porção polissuco ou ele apenas criou aquele Percival Graves? Se ele tava fazendo uso da porção polissuco, então o que aconteceu com o verdadeiro Percival Graves?? Qual a motivação do Grindelwald??? Isso não ficou muito claro. É um filme que deixa mais perguntas do que respostas. Acho bem pouco provável que o Newt Scamander seja o protagonista de todos esses filmes. Nem de longe o personagem tem força pra isso, apesar de ser indispensável nesse universo. Poder retornar a esse universo é maravilhoso. Eu espero que os próximos filmes sejam melhores, que apresentem uma aventura mais envolvente e que explore mais outros caminhos do mundo mágico (coisa que os filmes de Harry Potter fizeram muito bem) e não fiquem somente em uma única cidade.
Luke Cage (1ª Temporada)
3.7 502Não acho nada legal transformarem uma série baseada num quadrinho de SUPER-HERÓI em um dramalhão social inconclusivo, monótono e anti-climático como fizeram aqui com Luke Cage. A Netflix/Marvel deturpou totalmente a personalidade do personagem na série, entregando uma temporada de estréia fraca e desinteressante em relação às séries anteriores (Demolidor e Jessica Jones), com personagens pouco carismáticos e cenas chatas de luta que não empolgam nem por 5 minutos. Quando você pensa que o Luke vai finalmente externalizar toda a sua força e mostrar a real abrangência e extensão do seu poder, você pensa CARALHO AGORA O MONSTRO VAI SAIR DA JAULA PORRA, aí ele apenas dá uns soquinhos, quebra uma parede aqui e ali e SÓ... quebrando totalmente as expectativas e tornando a experiência chata e cansativa.
Pra completar, a série ainda se arrasta sem necessidade, estendendo por SEIS episódios, arcos que poderiam ser concluídos em TRÊS. Verdade seja dita: essa 1ª temporada foi desnecessariamente e irremediavelmente arrastada, cansativa e enfadonha. Com uma direção e uma narrativa fraca que não empolgam, a série se leva a sério demais, enfatizando demasiadamente questões de cunho social, e chega uma hora que ela simplesmente estagna, não diverte e não entrega o lado super-heróico que envolve toda a mitologia do Luke Cage. Esse personagem foi criado no início da década de 70, no auge do gênero Blacksploitation, gênero esse que carregava em si uma atmosfera mais fanfarrona e menos séria, e então o Luke Cage foi criado em volto a esses valores também. Eu esperava que a série fosse respeitar pelo menos esse lado do personagem. Porra, já temos o Daredevil e a Jessica Jones com seus tormentos psicológicos extenuantes nesse universo, cara, eu esperava que Luke Cage fosse ser mais leve.
Luke Cage é um quadrinho de SUPER-HERÓI, logo, deveriam ter entregado mais disso, e não aquele mimimi e aquela bunda molisse insuportáveis do Luke que fizeram com que ele reprimisse os próprios poderes durante toda a série e não abraçasse quem ele realmente é, o que foi incrivelmente broxante, na minha opinião. Por outro lado, a direção de arte e o design de produção da série são impecáveis, trazendo uma ambientação fascinante e belíssima do Harlem, com uma trilha sonora fabulosa e incrivelmente bem contextualizada. O Mike Colter não decepciona como Luke Cage, ele só entrega uma excelente performance que eu diria ser razoável dentro do que escreveram para ele; a Alfre Woodard entrega a personagem mais filha-da-puta-desgraçada-morre-logo-porra ardilosa, diabólica, desequilibrada e asquerosa da série, totalmente diferente da que vimos em Civil War, o que me pareceu um tanto estranho; a Simone Missick como Misty Knight está brilhante, implacável, rígida, corajosa e determinada a encontrar a verdade, custe o que custar e o Erik LaRay Harvey, bem... só posso dizer que não passou 1 minuto sequer da série que eu não desejasse que ele MORRESSE de uma vez por todas. Tá pra nascer vilão mais chato e caricato do que esse. Espero que a série d'Os Defensores surpreenda, deixe um pouco de lado esse tom dramático que tem sido essas últimas séries da Marvel e traga ameaças a altura dos heróis.
Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KÓtimo filme, roteiro inteligente com um bom suspense e uma direção bem sóbria e lúcida e uma protagonista que, mesmo sendo limitada por um dos sentidos, é bastante sagaz, diferentemente da maioria dos filmes do gênero produzidos atualmente. O grande diferencial desse filme é que ele foge (ou pelo menos tenta) dos clichês clássicos habituais em filmes do tipo, e isso me surpreendeu muito (positivamente). A maior parte das decisões que a protagonista toma e de suas ações são bastante críveis e é exatamente o que uma pessoa na vida real faria. O único problema talvez tenha sido o fato do assassino ter tirado a máscara no começo do filme, eu pensei "porra, sério que ele vai fazer isso agora e não no final???", o que me tirou totalmente do clima que eu estava imerso antes, mas talvez eu só esteja meio mal acostumado mesmo, porém, mesmo assim não deixo de pensar que foi uma decisão de roteiro meio bosta. O resto compensa. Esse lance da mulher conseguir visualizar todos os seus movimentos e a consequência disso + os possíveis finais foi genial.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraUm dos melhores filmes sobre peido que eu já assisti.
Mais Propenso Para Morrer
1.8 92 Assista AgoraCaralho, de onde surgem esses filmes horríveis? É por essas e outras que o gênero tá cada dia mais saturado e desgastado. Todas as fórmulas e clichês do terror exploradas à exaustão de maneira terrível e compactadas em pouco menos de 90 minutos. A trama até que tinha potencial, mas se perde em meio ao ritmo irritantemente lento com a qual é desenvolvida no início. Isso sem falar nas atuações... tão pífias, esquecíveis e repugnantes quanto o roteiro. No geral, é quase que um desafio chegar ao final do filme sem ter um AVC ou contrair um tumor cerebral. É um tumor que não vale a pena.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraMoral da história: mesmo nos momentos mais difíceis, quando você está prestes a ser devorado por um tubarão, você sempre poderá contar com a companhia de uma pomba.
Eu Estava Justamente Pensando em Você
3.6 372 Assista AgoraEu li "universo paralelo" na sinopse e fui correndo assistir, com as melhores expectativas, desejando profundamente que o filme me surpreendesse, porém me decepcionei. O filme tem diálogos incríveis em alguns momentos, mas no geral achei o enredo um pouco cansativo, arrastado, confuso, entediante e extremamente pedante. Em vários momentos me peguei com sono e entediado. Tanto que eu só consegui terminar de assisti-lo depois de uma segunda sessão, na qual eu dei uma pausa pra tirar um cochilo. Já penso que essa seja a nova cura para a insônia do jovem contemporâneo, sendo mais eficiente até mesmo que o famigerado Rivotril ou a ilustríssima Maracujina. O roteiro joga um monte de referências na cara do espectador só pra falar `Nossa, olha só, ele conhece Schopenhauer, nossa ele lê Richard Dawkins, nossa como ele é inteligente´, mas não faz absolutamente NADA com essas referências, o que delata um roteiro preguiçoso, pretensioso e extremamente presunçoso. Me lembra muito um tipinho de gente que eu detesto, que chega na roda querendo pagar de inteligente, citando algumas referências obscuras sobre literatura, cinema e arte em geral, só pra pagar de cult, mas não percebe que é só uma criaturinha irritante e pretensiosa. Nota-se claramente que o diretor tem uma boa bagagem, mas é uma pena que ele não saiba como utilizá-la, o que deixa a sensação amarga de preguiça e/ou desleixo. Isso sem falar na personagem da Emmy Rossum que é completamente intragável, irritante e beira o insuportável em alguns momentos. Em muitos momentos eu fiquei irritado só de olhar pra cara da personagem. Já o Justin Long entrega um trabalho eficiente, com uma atuação razoável, nada que já não tenhamos visto antes em outros trabalhos do ator. No mais, o grande trunfo do filme é a forma como ele brinca com a fotografia, alternando as cores de acordo com o momento da linha do tempo em que os personagens se encontram, o que demonstra um trabalho competente, sóbrio e muito bem pensado por parte da direção de arte.
Pânico (2ª Temporada)
3.6 538Quem acha que o Kieran é o assassino curte esse comentário. Quem acha que é o Stavo ou o Eli só olha.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 964 Assista AgoraAchei a Elektra um tanto desinteressante, ainda que interpretada de maneira bastante eficiente, convicente e eficaz pela Elodie Yung,
mas por mim ela continuaria morta.
Os grandes destaques dessa temporada sem dúvidas são o Foggy bastante perspicaz do Elden Henson - que resolveu mostrar seu potencial e se distanciar um pouco da sombra do Matt - e o Justiceiro impecável e porradeiro do Jon Bernthal. Destaque também para o embate ideológico entre Frank Castle e o Demolidor no telhado; a porradaria do Frank Castle na prisão e o plano sequência do Demolidor na escada. De resto, tudo que peço é que entreguem logo uma série solo do Justiceiro, pelo amor de Deus.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 964 Assista AgoraCaralho, o Jon Bernthal está literalmente chutando bundas nessa temporada com o seu Frank Castle incrivelmente imponente e extremamente atormentado, perturbado, implacável, violento, vingativo e visceral. A primeira temporada foi foda, mas essa foi ainda mais, superando minhas expectativas. Os caras não têm limites no que diz respeito à violência gráfica, as cenas de luta continuam muito bem coreografadas (apesar de escuras em algumas partes, dificultando um pouco a visibilidade); todas as subtramas e os plots individuais foram muito bem trabalhados e explorados de maneira invejável nessa temporada, prendendo a atenção e imergindo o expectador aos poucos, a cada episódio; as atuações continuam incríveis, acredito que a Elektra ainda terá mais espaço para ser desenvolvida na próxima temporada, mas já de início devo admitir que a Elodie Yung nos entregou uma personagem misteriosa, enigmática e de muitas camadas; o Justiceiro ficou muito bem caracterizado, já penso que o Jon Bernthal nasceu para interpretar esse personagem. Facilmente o melhor Frank Castle já feito. E é por todos esses pontos que Demolidor vai se firmando cada vez mais como a melhor série do gênero em atividade atualmente. Que venha a Queda de Murdock.
50%
3.9 2,2K Assista AgoraSeth Rogen está longe de ser um péssimo ator como dizem por aí, e esse filme é a prova disso. Tá certo que o destaque vai pra atuação impecável do Gordon-Levitt, que interpreta o personagem central da trama, mas o Seth também tem seus méritos, não deixou a desejar em nenhum momento. Gosto quando ele sai um pouco do lugar comum e encara papéis mais "sérios", com uma maior carga dramática e emocional. O Adam, além de ter que enfrentar a descoberta de um câncer, ainda teve que lidar com uma série de acontecimentos desoladores, terríveis e sombrios que se seguiram em sua vida. E a história é belíssima, não é só um filme sobre câncer. É um filme sobre garra, força, determinação, coragem, amor e amizade. Tudo isso embalado por uma trilha sonora maravilhosa, que dispensa comentários.
Se Enlouquecer, Não se Apaixone
3.8 1,7K Assista AgoraSenhor, dai-me forças para perdoar essas traduções bizarras de títulos que são feitas aqui no Brasil.
O Estranho Thomas
3.4 372 Assista AgoraRealmente o filme me surpreendeu com seu roteiro bastante consistente, aliado a uma direção bem competente, além do ótimo elenco e das excelentes atuações que também merecem destaque. O Anton Yelchin encaixou-se perfeitamente no papel e é difícil não sentir empatia pelo seu personagem logo na primeira cena. Eu venho prestando atenção na Addison Timlin desde Californication e, honestamente, admito que ela vem se superando a cada atuação; sem dúvidas uma excelente atriz, gata e carismática. Esses elementos sobrenaturais inseridos na narrativa também me agradaram muito e garantiram bons sustos, além da trama muito bem orquestrada e repleta de revira-voltas que te prende até o final, culminando nesse clímax surpreendente.
Afinado no Amor
3.3 317 Assista AgoraO que esse filme tem de divertido tem de leve, despretensioso e encantador. A trilha sonora dispensa comentários! Smiths, The Cure, Lionel Richie... Com certeza foi escolhida por alguém que sabe das coisas. A química entre Adam Sandler e a Drew Berrymore é extremamente apaixonante e adorável. Achei hilária a participação do Steve Bucemi no início. Um dos melhores filmes do Sandler na minha opinião, ao lado de Click, Como Se Fosse A Primeira Vez e Reine Sobre Mim.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraFilme existencialista com um roteiro inteligente, repleto de detalhes que podem passar despercebidos aos mais desatenciosos. À primeira vista, a sua narrativa pode parecer um pouco densa em virtude da atmosfera onírica que se estabelece, agravando ainda mais a sensação de tensão psicológica, e pode parecer uma obra de difícil entendimento, com um roteiro um tanto quanto obscuro e enigmático, o que pode deixar a trama um pouco complexa e confusa para alguns; porém, depois de rever mais atentamente, dedicando maior atenção aos detalhes, a narrativa se revela mais sedutora e o filme se torna levemente mais claro. Além da direção eficiente do Richard Ayoade e atuações impecáveis do sempre ótimo Jesse Eisenberg e da talentosíssima Mia Wasikowska, o filme carrega uma crítica perspicaz e uma reflexão bastante necessária sobre a própria existência e sobre os paradigmas provenientes das expectativas sociais que se criam em torno de nós, em torno das situações e da vida como um todo, dando espaço a um desfecho incrivelmente coerente dentro da trama, ainda que não seja dos mais satisfatórios. Esse com certeza vai pra lista dos que merecem ser revistos.
O Amor Não Tira Férias
3.7 1,5K Assista AgoraÓtima comédia romântica com uma história bem bonita, um bom elenco, boas atuações e uma narrativa inacreditavelmente cativante, bastante envolvente e muito bem conduzida que, apesar de ser recheada de clichês, não deixa a desejar em nenhum momento e nos apresenta um desfecho absolutamente previsível mas que mesmo assim comove e emociona. O filme conta histórias delicadas sobre pessoas diferentes, de mundos diferentes. Confesso que meu emocional pendeu mais pra história da Iris, que foi maravilhosamente bem interpretada pela deslumbrante Kate Winslet. Se não fosse a trilha sonora maravilhosa do Hans Zimmer, talvez o filme não teria a mesma carga dramática. Destaque para a cena da Cameron Diaz
cantando & dançando Mr. Brightside logo no início quando ela chega na cabana.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 416 Assista AgoraPrezada Miss Daisy, a senhora deveria tomar umas aulas de direção, mas sabe como é né, é como dizem por aí: há males que vem para o bem. Se não fosse a sua falta de talento fenomenal com o volante, talvez a senhora nunca teria conhecido Hoke; o cara que te fez mudar de conceito sobre algumas coisas (e eu daria um abraço no Morgan Freeman por esse papel). É incrível a forma como a Daisy vai deixando de ser ranzinza e desagradável e, aos poucos, se transformando numa pessoa extremamente sensível, nostálgica, tolerante e carinhosa. Atuações esplêndidas do Morgan Freeman e da Jessica Tandy, filme magnífico em todos os aspectos. E ainda deixa espaço em seu sub-texto para uma crítica bastante sutil, de uma delicadeza incomensurável.
Rain Man
4.1 767 Assista AgoraA piada do "Quem" foi engraçada no início, porém com o desenrolar da trama devo admitir que ela começou a ficar um pouco repetitiva e chegou até a me irritar bastante em alguns momentos; mas fora isso, Rain Man é um filme fabuloso, com um roteiro muito bem escrito e certamente encerrado de maneira excepcional. A atuação do Tom Cruise é algo formidável;
a frieza do Charlie ao receber a notícia que seu pai havia morrido foi algo assustador,
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraTrata de um assunto universal e delicado de uma forma muito bem explorada e interessante, com uma naturalidade incrível, através de um roteiro sólido, leve, sensível, coerente e muito bem amarrado. A trilha sonora também é diferenciada e merece destaque. Só achei algumas atuações bem fracas; aquele Fábio é um dos personagens mais caricatos e forçados que eu já vi em filmes; e a história não me prendeu tanto quanto eu achei que prenderia. Mas, à despeito desses aspectos, é um bom filme até. Aborda todos os medos, as inseguranças e os dilemas de um adolescente com uma sutileza bem definida, sem parecer, em nenhum momento, inverossímil ou clichê.