O filme é imprevisível justamente por ser óbvio. Há uma gigantesca quebra de expectativa, e essa é uma das coisas que mais me encantou. A maioria dos crimes não são conhecidos; quando conhecidos, raramente são resolvidos. Apesar de sabermos racionalmente dessa informação, nosso senso de justiça não nos permite aceitar. Indignamo-nos. Mas não há como fugir.
Somos arremessados no papel do familiar que sofre, vivendo empaticamente em angústia, até os últimos instantes, esperando por uma solução. Mas, ao final, a solução não vem. E exatamente assim é a vida.
Ou, no fim, será que a "solução" vem? A perda de uma filha nunca será esquecida ou superada. Mas o final do filme nos apresenta uma faísca de esperança. É do lado do seu antigo arqui-inimigo, Jason Dixon, que Mildred Hayes sorri. É do lado daquela que quase foi sua assassina, Mildred Hayes, que Jason Dixon dá sentido à sua vida.
Em meio à morte, ao desespero e ao luto, existe esperança. Não de mudar o passado, mas de continuar criando o futuro.
Por fim, Frances McDormand não merece nada menos do que cinco estrelas por sua atuação impecável. Sam Rockwell, também, só merece elogios pela brilhante interpretação.
O filme é extremamente hermético, e não vai ser entendido pela grande maioria das pessoas. Não que esteja me colocando em uma posição de "superioridade", pois também sou um aprendiz. Mas o filme traduz a busca de todas as religiões que existiram até hoje e que existirão daqui a muito, muito tempo. O "pendrive", que tantos criticam, é só um símbolo - um dos muitos símbolos que o filme apresenta.
Revolver é um filme extremamente complicado - acredito, inclusive, que seja o mais complicado que já assisti. Isso porque a história esconde uma outra história, mas o filme não revela isso. Na verdade, Revolver é um filme sobre o ego, sua influência e seu poder. Todos os personagens são arquetípicos. Todo o enredo é uma grande metáfora. Mergulhar no filme, na verdade, é mergulhar fundo na psique humana.
Não é um filme leve ou divertido, e com certeza não é para todos os públicos. Se não for para assisti-lo com um olhar extremamente crítico e apurado, e passar muito tempo refletindo sobre seu significado, é melhor simplesmente não assisti-lo. É confuso, é complexo, é intricado, sim. Mas é também extremamente rico. Sem dúvida, um dos meus filmes favoritos.
Se você achou o filme muito complicado, não desista. Afinal, a regra número um de qualquer jogo ou trapaça é: você só se torna mais esperto jogando com um oponente mais esperto.
Um Método Perigoso é como uma introdução a um universo muitíssimo mais complexo - o universo da Psicologia. Por esse ângulo introdutório, o filme cumpre bem seu papel. No entanto, pelo mesmo motivo, os personagens de Jung e Freud acabam por ser abordados superficialmente. É uma breve e simples biografia, sem personagens e enredo profundos, mas que cativa o interesse por essas duas importantíssimas figuras históricas.
Não acho que o filme seja ruim como dizem. Em certa medida, virou moda destruir a obra. Sim, ela tem falhas graves. Sim, possui muitos clichês. No entanto, Christian Grey possui uma bagagem psicológica bastante interessante - ele é uma representação muito boa do conceito junguiano de "lado sombra". Além disso, a trilha sonora é excelente. Tirando o BDSM, é um típico romance clichê, sim, mas não é, de forma alguma, "o pior filme já produzido".
Você está na fossa depois do término DAQUELE relacionamento, colega? Acha que perdeu a pessoa da sua vida? Então assista esse filme. E não se preocupe. Eu, você, o Tom e mais o mundo inteiro passa por isso. E, ainda assim, depois de todo verão virá o outono.
Tem uma pitada interessante porque mostra a desestruturação da sociedade, a forma como nos vemos como inimigos, a sede de alguns indivíduos de buscar a glória, mesmo fazendo vítimas em seu caminho...
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraO filme é imprevisível justamente por ser óbvio. Há uma gigantesca quebra de expectativa, e essa é uma das coisas que mais me encantou. A maioria dos crimes não são conhecidos; quando conhecidos, raramente são resolvidos. Apesar de sabermos racionalmente dessa informação, nosso senso de justiça não nos permite aceitar. Indignamo-nos. Mas não há como fugir.
Somos arremessados no papel do familiar que sofre, vivendo empaticamente em angústia, até os últimos instantes, esperando por uma solução. Mas, ao final, a solução não vem. E exatamente assim é a vida.
Ou, no fim, será que a "solução" vem? A perda de uma filha nunca será esquecida ou superada. Mas o final do filme nos apresenta uma faísca de esperança. É do lado do seu antigo arqui-inimigo, Jason Dixon, que Mildred Hayes sorri. É do lado daquela que quase foi sua assassina, Mildred Hayes, que Jason Dixon dá sentido à sua vida.
Em meio à morte, ao desespero e ao luto, existe esperança. Não de mudar o passado, mas de continuar criando o futuro.
Por fim, Frances McDormand não merece nada menos do que cinco estrelas por sua atuação impecável. Sam Rockwell, também, só merece elogios pela brilhante interpretação.
Lucy
3.3 3,4K Assista AgoraO filme é extremamente hermético, e não vai ser entendido pela grande maioria das pessoas. Não que esteja me colocando em uma posição de "superioridade", pois também sou um aprendiz. Mas o filme traduz a busca de todas as religiões que existiram até hoje e que existirão daqui a muito, muito tempo. O "pendrive", que tantos criticam, é só um símbolo - um dos muitos símbolos que o filme apresenta.
Enfim. Um dia, talvez. Só Nós podemos saber.
Revolver
3.5 230 Assista AgoraRevolver é um filme extremamente complicado - acredito, inclusive, que seja o mais complicado que já assisti. Isso porque a história esconde uma outra história, mas o filme não revela isso. Na verdade, Revolver é um filme sobre o ego, sua influência e seu poder. Todos os personagens são arquetípicos. Todo o enredo é uma grande metáfora. Mergulhar no filme, na verdade, é mergulhar fundo na psique humana.
Não é um filme leve ou divertido, e com certeza não é para todos os públicos. Se não for para assisti-lo com um olhar extremamente crítico e apurado, e passar muito tempo refletindo sobre seu significado, é melhor simplesmente não assisti-lo. É confuso, é complexo, é intricado, sim. Mas é também extremamente rico. Sem dúvida, um dos meus filmes favoritos.
Se você achou o filme muito complicado, não desista. Afinal, a regra número um de qualquer jogo ou trapaça é: você só se torna mais esperto jogando com um oponente mais esperto.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KUm Método Perigoso é como uma introdução a um universo muitíssimo mais complexo - o universo da Psicologia. Por esse ângulo introdutório, o filme cumpre bem seu papel. No entanto, pelo mesmo motivo, os personagens de Jung e Freud acabam por ser abordados superficialmente. É uma breve e simples biografia, sem personagens e enredo profundos, mas que cativa o interesse por essas duas importantíssimas figuras históricas.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraNão acho que o filme seja ruim como dizem. Em certa medida, virou moda destruir a obra. Sim, ela tem falhas graves. Sim, possui muitos clichês. No entanto, Christian Grey possui uma bagagem psicológica bastante interessante - ele é uma representação muito boa do conceito junguiano de "lado sombra". Além disso, a trilha sonora é excelente. Tirando o BDSM, é um típico romance clichê, sim, mas não é, de forma alguma, "o pior filme já produzido".
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraVocê está na fossa depois do término DAQUELE relacionamento, colega? Acha que perdeu a pessoa da sua vida? Então assista esse filme. E não se preocupe. Eu, você, o Tom e mais o mundo inteiro passa por isso. E, ainda assim, depois de todo verão virá o outono.
A Raça Humana
2.4 84Tem uma pitada interessante porque mostra a desestruturação da sociedade, a forma como nos vemos como inimigos, a sede de alguns indivíduos de buscar a glória, mesmo fazendo vítimas em seu caminho...
Mas se o filme já não era forte, meter anjos e raças no meio só acabou estragando mais ainda.
É um bom filme pra quem quer ter uma sensação de "o que diabos leva alguém a fazer uma coisa assim?".