Ficar reclamando que esse filme não tem um serial killer convencional é o mesmo que reclamar que o nome do cara do "meu nome não é Johnny" não seja johnny. Existe vários filmes com a mesma temática de serial killer, se o filme fosse convencional o pessoal reclamaria do mesmo jeito.
Jonathan Demme foi incrível na direção do filme e pouquíssimos detalhes deixaram a desejar. A atuação de Tom Hanks e Denzel Washington foi admirável nesse trabalho em especial. Já o personagem de Antonio Banderas: alguém poderia me explicar se era mesmo o intuito dele transmitir tanta raiva assim em algumas cenas? Achei muito original a forma como o longa aborda o preconceito com homossexuais, nessa sociedade que castra o ser humano mentalmente, levando-o a exaustão até tornar-se algo completamente manipulado e sem personalidade, o que não ocorre com Andrew e o que ele acaba mudando em Joe. E pra quem diz que não há nada tão bem feito assim no cinema atual, indico "Clube de Compras Dallas", que trata do mesmo tema sobre o HIV, aids e como isso traz atona todo o preconceito existente pelas minorias. Porém os filmes divergem em um ponto crucial: em "Clube de Compras Dallas", vemos a manipulação do mercado farmacêutico e como, muitas vezes, as vidas são tratadas como mercadoria. E pra quem se interessa por filmes que falam sobre a comercialização da vida e como a industria de farmacêuticos se aproveita disso, um ótimo longa é "O Jardineiro Fiel", dirigido por Fernando Meirelles (sim, o cara é BR mesmo!).
O filme inicia de forma claramente despretensiosa. De começo, o que segura, é a fotografia belíssima: o angulo foi perfeito em todos os pontos do filme, sem exageros de close onde não havia necessidade, sem desfoque na cena, sem cortes bizarros na organização de takes.
Assim que Effy entra em cena o ponto chave do longa se desenrola, afinal, mesmo com todos os elementos já presentes para se dar início a busca pelo avô, Will precisava de um estopim para que essa vontade dentro de si se concretizasse. Sobre a romantização da pedofilia no filme - vejo totalmente o contrário, afinal, apesar do desejo de William por Effy, ele tentou não criar nada entre eles, mesmo que pra ela estivesse tudo bem. Já na jovem, vemos esse desejo pelo protagonista: ela o enxergava de maneira romântica e sensível, assim como qualquer adolescente apaixonada. O motivo pelo qual ela o escolheu pode ser algo relacionado a falta de uma figura masculina em sua vida e ver nele um ponto seguro em que ela poderia se agarrar; uma prova desse olhar dela sobre ele seria que ela disse que o amava somente depois que ele a salvou de seu padrasto agressivo.
Lamento pelos que veem alguma semelhança com Lolita...
Por fim, vejo a atuação muito forte de Frederikke: seu olhar, seus movimentos, a vivacidade no rosto de uma menina que se vê quase como mulher. Já a de Gethin deixa a desejar em alguns pontos, principalmente no início do filme, mas suas cenas finais dão a qualidade que o longa merece para fechar bem a história. Recomendo o filme por achar ele um quase romance, quase sem clichês.
Para mim o filme começou apenas como uma sátira a Hitler e as ideias nazistas de 1930, mas ao longo vê-se uma critica muito forte em cima da sociedade com seus ídolos racistas, preconceituosos e em conteúdo inútil sendo produzido pela mídia. Um ponto negativo do filme com certeza foi a narrativa massante e a repetição de uma ideia que parecia alheia ao ponto central do filme. Em contrapartida a atuação de Masucci foi incrível, o papel convenceu de maneira espetacular e o angulo de filmagem foi crucial para que essa essência deixada pelo ator fosse capturada.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Eu Não Sou um Serial Killer
3.0 169Ficar reclamando que esse filme não tem um serial killer convencional é o mesmo que reclamar que o nome do cara do "meu nome não é Johnny" não seja johnny. Existe vários filmes com a mesma temática de serial killer, se o filme fosse convencional o pessoal reclamaria do mesmo jeito.
Filadélfia
4.2 907 Assista AgoraJonathan Demme foi incrível na direção do filme e pouquíssimos detalhes deixaram a desejar. A atuação de Tom Hanks e Denzel Washington foi admirável nesse trabalho em especial. Já o personagem de Antonio Banderas: alguém poderia me explicar se era mesmo o intuito dele transmitir tanta raiva assim em algumas cenas?
Achei muito original a forma como o longa aborda o preconceito com homossexuais, nessa sociedade que castra o ser humano mentalmente, levando-o a exaustão até tornar-se algo completamente manipulado e sem personalidade, o que não ocorre com Andrew e o que ele acaba mudando em Joe.
E pra quem diz que não há nada tão bem feito assim no cinema atual, indico "Clube de Compras Dallas", que trata do mesmo tema sobre o HIV, aids e como isso traz atona todo o preconceito existente pelas minorias. Porém os filmes divergem em um ponto crucial: em "Clube de Compras Dallas", vemos a manipulação do mercado farmacêutico e como, muitas vezes, as vidas são tratadas como mercadoria. E pra quem se interessa por filmes que falam sobre a comercialização da vida e como a industria de farmacêuticos se aproveita disso, um ótimo longa é "O Jardineiro Fiel", dirigido por Fernando Meirelles (sim, o cara é BR mesmo!).
Copenhagen
3.4 189 Assista AgoraO filme inicia de forma claramente despretensiosa. De começo, o que segura, é a fotografia belíssima: o angulo foi perfeito em todos os pontos do filme, sem exageros de close onde não havia necessidade, sem desfoque na cena, sem cortes bizarros na organização de takes.
Assim que Effy entra em cena o ponto chave do longa se desenrola, afinal, mesmo com todos os elementos já presentes para se dar início a busca pelo avô, Will precisava de um estopim para que essa vontade dentro de si se concretizasse.
Sobre a romantização da pedofilia no filme - vejo totalmente o contrário, afinal, apesar do desejo de William por Effy, ele tentou não criar nada entre eles, mesmo que pra ela estivesse tudo bem. Já na jovem, vemos esse desejo pelo protagonista: ela o enxergava de maneira romântica e sensível, assim como qualquer adolescente apaixonada. O motivo pelo qual ela o escolheu pode ser algo relacionado a falta de uma figura masculina em sua vida e ver nele um ponto seguro em que ela poderia se agarrar; uma prova desse olhar dela sobre ele seria que ela disse que o amava somente depois que ele a salvou de seu padrasto agressivo.
Lamento pelos que veem alguma semelhança com Lolita...
Por fim, vejo a atuação muito forte de Frederikke: seu olhar, seus movimentos, a vivacidade no rosto de uma menina que se vê quase como mulher. Já a de Gethin deixa a desejar em alguns pontos, principalmente no início do filme, mas suas cenas finais dão a qualidade que o longa merece para fechar bem a história.
Recomendo o filme por achar ele um quase romance, quase sem clichês.
Ele Está de Volta
3.8 681Para mim o filme começou apenas como uma sátira a Hitler e as ideias nazistas de 1930, mas ao longo vê-se uma critica muito forte em cima da sociedade com seus ídolos racistas, preconceituosos e em conteúdo inútil sendo produzido pela mídia.
Um ponto negativo do filme com certeza foi a narrativa massante e a repetição de uma ideia que parecia alheia ao ponto central do filme. Em contrapartida a atuação de Masucci foi incrível, o papel convenceu de maneira espetacular e o angulo de filmagem foi crucial para que essa essência deixada pelo ator fosse capturada.