Eu lembrava desse filme com muito amor e carinho. Reassisti a ele de novo há pouco, e... Nossa. Tem cada coisa surreal para um filme de crianças, coisas inconcebíveis para nossa época: fumar um baseado, a irmã de Max falando que ele adora os peitos da Allisson para esta, piadas sobre o fato do Max, um garoto, ser ainda virgem, e assim vai. É um filme engraçado pela nostalgia, e engraçado para talvez um adolescente ou um adulto assistir, mas infantil? Difícil hahahaha.
Não entendo como um filme bonito desses conseguiu uma nota assim tão baixa por aqui. É um filme extremamente delicado, com toques de existencialismo, e uma fotografia linda. Não é o final feliz que os LGBTs tanto esperam, mas tampouco chega a ser um final profundamente triste e melodramático como são os finais comuns.
No mais, o final é apenas a ponta do iceberg de uma obra extremamente tocante, de uma beleza tênue como a passagem geográfica na qual se passa o filme. Uma das mais belas películas que assisti, sobre amizade, solidão, culpa.
Como uma criança que perdeu dois bisos e um amigo no mesmo ano, e que encontrou conforto na cultura mexicana (e na hispânica americana em geral, ouviu, Chile?), este filme foi uma flechada direta no peito. E, claro, para terminar de transpassar o coração e matar-me, o filme evoca a figura de nossa querida música latina, tudo numa cidadezinha velhaca e história, tão típica de todos esses países por nossa gigante América.
O filme tem um ritmo excelente, em que dificilmente se pensa que algo passou mais rápido ou mais devagar do que devia, fora que é de uma claridade ímpar. Não há grandes confusões na história, e tudo se desenrola como que natural.
Mais importante que qualquer outra característica, este filme sabe dosar os momentos mais sombrios com a alegria e o aconchego. Não é a isso, justamente, que se propõe a celebração dos dias dos mortos? É sentir a dor e deixá-la passar, deixá-la transformar-se em saudade (engraçado que só exista a saudade em português...)
É um não-esquecimento, é certo, mas também um aceno de que a vida continua a pulsar em nós, e que, por amor aos antepassados, devemos continuar esta vida, e dar-lhe seguimento, enquanto pudermos.
Assistir a este filme próximo ao Natal se mostrou uma decisão muito acertada, devo dizer. Adorei-o por sua leveza. Há pouquíssimo de todo o drama, quase sempre figura marcada em filmes do gênero, em cuja densa névoa estão envolvidas as questões LGBT. Não: aqui tudo é bem sutil e suave, sob uma linda fotografia veraneia. Definitivamente, muito agradável.
Este é, literalmente, o trabalho de uma vida. Não o achei tendencioso, de forma alguma; pelo contrário. A única exceção, talvez, seja de quando o próprio Cameraman se transforma numa personagem com suas próprias emoções e afetos pelas pessoas a quem filma, o que é perfeitamente normal, suponho, num caso como este.
Sei que é um filme ímpar, extremamente delicado e cativante. Não vou mentir, lágrimas rolaram de felicidade com ele.
Querido Ex
3.8 83 Assista AgoraEsse filme é uma belezinha...
Um Conto de Natal
3.7 6Tinha o maior cagaço de assistir isso quando pequeno.
Abracadabra
3.6 1,1K Assista AgoraEu lembrava desse filme com muito amor e carinho. Reassisti a ele de novo há pouco, e... Nossa. Tem cada coisa surreal para um filme de crianças, coisas inconcebíveis para nossa época: fumar um baseado, a irmã de Max falando que ele adora os peitos da Allisson para esta, piadas sobre o fato do Max, um garoto, ser ainda virgem, e assim vai. É um filme engraçado pela nostalgia, e engraçado para talvez um adolescente ou um adulto assistir, mas infantil? Difícil hahahaha.
Satyricon de Fellini
3.8 145 Assista AgoraEste filme é ótimo para se assistir com a família num dominguinho depois da missa.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraComo chorei vendo este filme. Palavras seriam inúteis, um julgamento para um filme assim, tão bonito.
Meu Melhor Amigo
3.2 168Não entendo como um filme bonito desses conseguiu uma nota assim tão baixa por aqui. É um filme extremamente delicado, com toques de existencialismo, e uma fotografia linda. Não é o final feliz que os LGBTs tanto esperam, mas tampouco chega a ser um final profundamente triste e melodramático como são os finais comuns.
No mais, o final é apenas a ponta do iceberg de uma obra extremamente tocante, de uma beleza tênue como a passagem geográfica na qual se passa o filme. Uma das mais belas películas que assisti, sobre amizade, solidão, culpa.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraComo uma criança que perdeu dois bisos e um amigo no mesmo ano, e que encontrou conforto na cultura mexicana (e na hispânica americana em geral, ouviu, Chile?), este filme foi uma flechada direta no peito. E, claro, para terminar de transpassar o coração e matar-me, o filme evoca a figura de nossa querida música latina, tudo numa cidadezinha velhaca e história, tão típica de todos esses países por nossa gigante América.
O filme tem um ritmo excelente, em que dificilmente se pensa que algo passou mais rápido ou mais devagar do que devia, fora que é de uma claridade ímpar. Não há grandes confusões na história, e tudo se desenrola como que natural.
Mais importante que qualquer outra característica, este filme sabe dosar os momentos mais sombrios com a alegria e o aconchego. Não é a isso, justamente, que se propõe a celebração dos dias dos mortos? É sentir a dor e deixá-la passar, deixá-la transformar-se em saudade (engraçado que só exista a saudade em português...)
É um não-esquecimento, é certo, mas também um aceno de que a vida continua a pulsar em nós, e que, por amor aos antepassados, devemos continuar esta vida, e dar-lhe seguimento, enquanto pudermos.
Como chorei vendo esse filme...
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraAssistir a este filme próximo ao Natal se mostrou uma decisão muito acertada, devo dizer. Adorei-o por sua leveza. Há pouquíssimo de todo o drama, quase sempre figura marcada em filmes do gênero, em cuja densa névoa estão envolvidas as questões LGBT. Não: aqui tudo é bem sutil e suave, sob uma linda fotografia veraneia. Definitivamente, muito agradável.
Cuba e o Cameraman
4.4 107 Assista AgoraEste é, literalmente, o trabalho de uma vida. Não o achei tendencioso, de forma alguma; pelo contrário. A única exceção, talvez, seja de quando o próprio Cameraman se transforma numa personagem com suas próprias emoções e afetos pelas pessoas a quem filma, o que é perfeitamente normal, suponho, num caso como este.
Sei que é um filme ímpar, extremamente delicado e cativante. Não vou mentir, lágrimas rolaram de felicidade com ele.
Corações de Pedra
3.9 185E ainda me chamam de doido quando eu digo que quero morar na Islândia...
Mistérios da Carne
4.1 975Eu não estava emocionalmente preparado para isso...