vou ser malvado agora e dizer que o cancelamento da série foi uma dádiva para os roteiristas e serviu mais como um empurrão para, finalmente, cortar a lenga-lenga e o papo "life's beautiful, it's meaningful" que eu fingi suportar na primeira temporada. sim, a amy está mais auto-centrada do que nunca nessa segunda temporada, dizendo que todos os seus atos são por uma causa maior, pelos outros, quando, no final das contas, a grande beneficiária seria ela própria, simplesmente se esquecendo de que
o omar perdeu o trabalho por culpa dela, que o tyler perderia um relacionamento com uma pessoa por conta dela (além de, várias vezes, falar que não quer perder seu trabalho e ela não dar a mínima).
amy é teimosa e vive no seu próprio mundinho onde um discurso cliché é o melhor que ela consegue produzir, junto de ações que, sim, são, de certa forma, heróicas e, sim, louváveis nesse caos, mas completamente egoístas. uma das mensagens de teimosia mais claras é quando ela
rasga a carta "caia na real, amy" que o levi manda: ela não pode aceitar que o mundo não é a ostra dela (só para usar um cliché). eu até anotei o que ele disse: "honestly, i can't believe you fell for this shit. the philosophy is just so cheesy. i may be desperate, but i can't fall for just anything."
eu até queria dizer que tudo isso pode ser por conta da ingenuidade dela, mas, sinceramente,
dizer não saber que o jeff e ela deveriam cortar relações após um longo período da publicação do artigo-bomba para não deixar brechas na credibilidade de tudo não me convenceu nem um pouco, porque, sim, isso era bastante óbvio.
mas, enfim, a série, para mim, fica como interessante por mostrar justamente essa outra faceta do discurso "peace and love, enjoy life" do pessoal que acha que
a amy termina a conversa no telefone com o jeff depois da explosão (excelente, diga-se de passagem) do charles szidon, assim como a dela no começo da série,
mas continuarem com o discurso de que esse tipo de atitude fez da amy uma pessoa engajada, uma agente de mudança.
estranhamento - esse foi o sentimento mais claro que eu tive depois de assistir os 10 episódios dessa primeira temporada. e distanciamento. eu não quero dizer que ela não é boa ou é realmente ruim, mas, por mais que eu não seja nenhum especialista em séries da hbo, eu (acho que) compreendo porque a série foi cancelada. ela é distante, lenta, tem uma carga de auto-ajuda que irrita, mas que, quando você se propõe a mergulhar nisso, você passa a compreender a amy, mesmo que, ao mesmo tempo, você enxergue o quão, pegando licença poética do douguie, filha da puta ela é. ver com outros olhos o mundo em que vivia-se antes de ter um colapso, surtar. e voltar querendo melhorar tudo, sim, com boas intenções, a gente entende. mas o problema da amy é não perceber que as pessoas não se importam com isso; que isso, um problema maior, não é visto como problema 'at all' pelos outros. mas ela, no seu mundo, insiste e insiste e insiste, porque sempre vê o lado bom das coisas, porque ela quer o bem, o melhor. ela é irritante, mas, ao mesmo tempo, nisso não está embutida uma explicativa ou permissão para o modo como as pessoas a tratam e tratam umas às outras. e o problema da amy, a sua 'filha-da-putice' é não enxergar realmente que ela quer e batalha sempre para o melhor para ela, para o seu mundinho ficar perfeito, do jeito que quer, sem se importar, também, com quem vive ao seu redor. resumindo, hipocrisia quase-100%. e isso que é o legal da série, pois não tenta enfiar essa mensagem positiva nossas güelas abaixo, mas mostrar também esse(s) outro(s) lado(s) - ou pelo menos dá margem a isso
acho que a melhor cena dentro dessa temporada foi quando o levi apareceu para deixar os álbuns que a amy pediu num e-mail muito sem noção na madrugada. ele acusa a mãe dela, helen, de ser a principal fonte de frustrações e pelo amor que ela não deu à filha. e, ok, isso não se pode negar (mesmo sendo um pouco irrealista jogar isso em cima de uma só pessoa), mas - e isso é o ponto forte - isso não dá o direito a ele de sair por aí se drogando e transando com todas as amigas dela.
até o último episódio, eu sentia que essa não é uma série que me despertou um interesse ou uma identificação, apenas sendo "interessante" (por isso que eu digo (achar) entender o motivo do cancelamento). mas, realmente, com o final do episódio 10, um excelente gatilho é deixado para a segunda temporada, fazendo-nos (ou me fazendo) querer saber qual o próximo passo, qual o próximo heroísmo/maluquice da amy - porque, sim, o que eu consegui tirar dessa série até agora foram os dois lados da moeda.
esse documentário é justamente o tipo de coisa que a lily allen queria evitar quando disse que estava se aposentando da indústria musical. completamente montado, chega a forjar depoimentos, como é o caso de ela ter "dito" que teve bulimia,
- sendo que eles nem fazem sentido na seqüência, já que o flat dela com o sam cooper só fica pronto no terceiro episódio da série -,
além de explorar a imagem dela ao máximo, sendo que, de fato, a loja de roupas é mais da irmã do que dela. o título é péssimo e, realmente, é uma vergonha a bbc ter produzido, filmado e televisionado isso. a única coisa que dá pra tirar dele é conhecer um pouco da lily e da irmã, coisa que não precisava ter sido através desse meio tão falso.
Enlightened (2ª Temporada)
4.2 42vou ser malvado agora e dizer que o cancelamento da série foi uma dádiva para os roteiristas e serviu mais como um empurrão para, finalmente, cortar a lenga-lenga e o papo "life's beautiful, it's meaningful" que eu fingi suportar na primeira temporada. sim, a amy está mais auto-centrada do que nunca nessa segunda temporada, dizendo que todos os seus atos são por uma causa maior, pelos outros, quando, no final das contas, a grande beneficiária seria ela própria, simplesmente se esquecendo de que
o omar perdeu o trabalho por culpa dela, que o tyler perderia um relacionamento com uma pessoa por conta dela (além de, várias vezes, falar que não quer perder seu trabalho e ela não dar a mínima).
amy é teimosa e vive no seu próprio mundinho onde um discurso cliché é o melhor que ela consegue produzir, junto de ações que, sim, são, de certa forma, heróicas e, sim, louváveis nesse caos, mas completamente egoístas.
uma das mensagens de teimosia mais claras é quando ela
rasga a carta "caia na real, amy" que o levi manda: ela não pode aceitar que o mundo não é a ostra dela (só para usar um cliché). eu até anotei o que ele disse: "honestly, i can't believe you fell for this shit. the philosophy is just so cheesy. i may be desperate, but i can't fall for just anything."
eu até queria dizer que tudo isso pode ser por conta da ingenuidade dela, mas, sinceramente,
dizer não saber que o jeff e ela deveriam cortar relações após um longo período da publicação do artigo-bomba para não deixar brechas na credibilidade de tudo não me convenceu nem um pouco, porque, sim, isso era bastante óbvio.
mas, enfim, a série, para mim, fica como interessante por mostrar justamente essa outra faceta do discurso "peace and love, enjoy life" do pessoal que acha que
seguir o PETA no twitter vai fazer alguma diferença (alguém me diz, por favor, que a intenção disso foi a ironia).
mas o pior de tudo foi eles não terem terminado a série, inteligentemente, quando
a amy termina a conversa no telefone com o jeff depois da explosão (excelente, diga-se de passagem) do charles szidon, assim como a dela no começo da série,
Enlightened (1ª Temporada)
4.0 56estranhamento - esse foi o sentimento mais claro que eu tive depois de assistir os 10 episódios dessa primeira temporada. e distanciamento. eu não quero dizer que ela não é boa ou é realmente ruim, mas, por mais que eu não seja nenhum especialista em séries da hbo, eu (acho que) compreendo porque a série foi cancelada. ela é distante, lenta, tem uma carga de auto-ajuda que irrita, mas que, quando você se propõe a mergulhar nisso, você passa a compreender a amy, mesmo que, ao mesmo tempo, você enxergue o quão, pegando licença poética do douguie, filha da puta ela é. ver com outros olhos o mundo em que vivia-se antes de ter um colapso, surtar. e voltar querendo melhorar tudo, sim, com boas intenções, a gente entende. mas o problema da amy é não perceber que as pessoas não se importam com isso; que isso, um problema maior, não é visto como problema 'at all' pelos outros. mas ela, no seu mundo, insiste e insiste e insiste, porque sempre vê o lado bom das coisas, porque ela quer o bem, o melhor. ela é irritante, mas, ao mesmo tempo, nisso não está embutida uma explicativa ou permissão para o modo como as pessoas a tratam e tratam umas às outras. e o problema da amy, a sua 'filha-da-putice' é não enxergar realmente que ela quer e batalha sempre para o melhor para ela, para o seu mundinho ficar perfeito, do jeito que quer, sem se importar, também, com quem vive ao seu redor. resumindo, hipocrisia quase-100%. e isso que é o legal da série, pois não tenta enfiar essa mensagem positiva nossas güelas abaixo, mas mostrar também esse(s) outro(s) lado(s) - ou pelo menos dá margem a isso
acho que a melhor cena dentro dessa temporada foi quando o levi apareceu para deixar os álbuns que a amy pediu num e-mail muito sem noção na madrugada. ele acusa a mãe dela, helen, de ser a principal fonte de frustrações e pelo amor que ela não deu à filha. e, ok, isso não se pode negar (mesmo sendo um pouco irrealista jogar isso em cima de uma só pessoa), mas - e isso é o ponto forte - isso não dá o direito a ele de sair por aí se drogando e transando com todas as amigas dela.
até o último episódio, eu sentia que essa não é uma série que me despertou um interesse ou uma identificação, apenas sendo "interessante" (por isso que eu digo (achar) entender o motivo do cancelamento). mas, realmente, com o final do episódio 10, um excelente gatilho é deixado para a segunda temporada, fazendo-nos (ou me fazendo) querer saber qual o próximo passo, qual o próximo heroísmo/maluquice da amy - porque, sim, o que eu consegui tirar dessa série até agora foram os dois lados da moeda.
Lily Allen: Da Riqueza Aos Trapos
3.6 5esse documentário é justamente o tipo de coisa que a lily allen queria evitar quando disse que estava se aposentando da indústria musical. completamente montado, chega a forjar depoimentos, como é o caso de ela ter "dito" que teve bulimia,
- sendo que eles nem fazem sentido na seqüência, já que o flat dela com o sam cooper só fica pronto no terceiro episódio da série -,
o título é péssimo e, realmente, é uma vergonha a bbc ter produzido, filmado e televisionado isso. a única coisa que dá pra tirar dele é conhecer um pouco da lily e da irmã, coisa que não precisava ter sido através desse meio tão falso.
Skins - Juventude à Flor da Pele (4ª Temporada)
4.2 496 Assista Agoracomo personagens, a geração foi até interessante, mas como pessoas, apenas engrossam a lista de "adolescentes estúpidos".