Tive contato recentemente com a obra do Smolders e já estou enlouquecido! Seus curtas reunidos no "Exercícios Espirituais" são filmes sensacionais e servem de ensaio para esse longa que além da semelhança com o Lynch e não apenas influência (é possível que ele tenha sido influenciado, mas não é regra) tem uma força imagética devastadora. Que historinha mais louca!
Começou bem intrigante, porém se perdeu no meio do caminho. Assim como os seus personagens, não é um filme ruim, mas também não chega a ser ótimo. Mediano.
Um grupo de amigos no subúrbio de Tel Aviv se reúne para assistir "Universong", um concurso musical na TV, parecido com o da Eurovision. Todos querem esquecer o estresse do cotidiano. Quando a noite da fase final de “Universong” acontece, eles saem para assistir e ficam deprimidos com a apatia do representante israelense, uma paródia de muitas apresentações, uma música espalhafatosa e irritante sobre o “amour”. Depois de perceber que Anat está preocupada devido à crise em seu casamento, eles compõem uma música para animá-la. De brincadeira, Ofer inscreve o vídeo deles para o concurso do ano seguinte e ele é escolhido como representante de Israel.
Prefiro a brutalidade dos sentidos imaculados. Prefiro a crueldade dos sentimentos todos. Inclusive os piores. Tenho em mim todos os demônios e também arcanjos. Em extrema e inacabável guerra.
Se você conseguir passar pelos primeiros trinta minutos bizarros e assustadores, com certeza terá mais uma hora e tanto de bizarrices e sustos. Maravilhoso é pouco. E do-lo-ro-so.
Adicionado poster e também segue uma sinopse decente:
Lian viveu protegida como criada junto de uma família na Malásia. Tudo muda quando a mandam trabalhar no hotel em Sinsin na Rua Bugis, centro de operações de prostitutas e transexuais. Lá entenderá as complexidades da vida. Além de aprender mais sobre si.
Se algum moderador de bom coração quiser mudar, agradeço.
Vi em uma madrugada sinistra no Max e me apaixonei. Belíssimo filme sobre com temática LGBT e com atores fascinantes. A vida colorida em um bairro de Singapura é bem interessante. Recomendo para pessoas sem preconceitos e com a mente aberta.
Duas frases resumem: Um mago das imagens. Um visionário do instinto. Filme belo e que deve ser visto, apesar de falhas e limitações técnicas o que conta aqui é o sentir, e isso é imponente.
Um filme seco e direto sobre as relações de desejo e pensamentos amorosos. Não amor. Os personagens estão emocionalmente destroçados e não cultivam esse desejo de "amar". Ao meu ver eles passam por um estado de desejo sexual intenso, em meio aquela solidão que está refletida na paisagem e na tristeza daquele mar imenso. A solidão sim, está nutrindo os diálogos repletos de negação e ironia e anunciando a carência, a falta de calor, a falta mesmo de uma emoção sincera. A melancolia sem fim. Afinal, é um jogo com duração de um dia. E nada mais do que isso.
Pais e Filhos é um filme para ser visto com os olhos da maturidade. Percebi essa evolução emocional (o que a maioria vai discordar se comparar este e outros filmes anteriores aos primeiros dele) que preza mais uma história bem contada com seus altos e baixos do que o choque abrupto que tende ao desfecho dramático. Temos sim uma história dolorosa aqui, mas com tratamento leve e dando ênfase ao olhar e comportamento das crianças acima de tudo. Aqui não temos personagens que sejam maus, a maldade pode ser subjetiva e temporária. No caso bem no começo do filme quando um dos envolvidos pensa em cuidar das crianças sem levar em consideração a outra parte. Mas isso é algo de pressão que no decorrer do filme vai mudando da mesma forma que os sentimentos e recordações dos personagens também vão mudando. Se o importante é mostrar que o amor fraterno pode ser conquistado aos poucos e a alegria que provém disto também. É filme sério que tem seus momentos de humor e leveza. Maduro, isso sim.
Grande comédia que se utiliza de bons ganchos e piadas rápidas para garantir o riso e também a crítica. A história é tão maluca que no decorrer do filme você acaba raciocinando de acordo com a mentalidade distorcida dos personagens. Excelente filme e uma das surpresas da mostra desse ano.
Lane deve ter pensado por muito tempo no conceito de seu filme. No fim dos anos 80 criou um material que era completamente diferenciado do que havia no mercado "popular" americano e até mesmo alternativo. A estrutura básica do filme remete e muito ao clássico "O Garoto" do Chaplin. Sem diálogos em sua maior parte e por isso mesmo um estranho no ninho, é sustentado pela presença do próprio Lane e seu elenco muito versátil. No decorrer do filme vemos gags sobre a vida de um artista em Nova York, dando seu jeitinho "americano negro do gueto" para viver.
No geral um panorama triste, pois ao mesmo tempo em que vemos o artista fazendo sua arte e tentando ganhar seu dinheiro da forma mais digna possível, vemos todo o submundo de violência, de pessoas pobres que pedem aos outros pobres, de vícios, e dentro desta realidade está o artista que é um sem teto e vive em um prédio abandonado. A espinha dorsal do filme também é política.
A reviravolta do filme se dá quando ele presencia o assassinato do pai da menina (que na cena anterior é retratada por ele em um desenho, pois ele é um artista plástico que faz retratos na rua) e ele acaba tirando o berço da menina do beco escuro e passa a cuidar dela como se fosse sua mãe e pai. Claro que a menina não está abandonada, pois a mãe dela está desesperada e aciona a polícia para que a encontre.
Nesta parte do filme vemos um Carlitos negro (dentro da realidade aqui apresentada, obviamente) com porte e com gags muito inteligentes que fazem rir e também pensar no absurdo das situações. Depois de tantas cenas e situações cômicas e outras tristes, temos finalmente o desfecho da trama do artista com a menina, quando ele a leva para o endereço da mãe biológica, ao ver o anúncio de procura-se estampado em uma caixa de leite. É o desfecho da trama, mas não do filme. O final do filme é anunciada da forma mais sombria e desesperançada possível, se considerarmos como o mesmo estava sendo construído até este momento, onde a realidade de um negro rejeitado pelo estado e pelas pessoas que não são de cor, é aberto da forma mais crua possível. E aí os personagens falam, não os principais que estão na moldura, porém fora do foco. Eles falam e sentimos o pesar do real caindo sobre nossos ombros. Um toque de gênio.
Acredito que o Lane pagou um preço alto pela sua ousadia, o filme foi lançado ao ostracismo e engavetado por anos, existia até esse momento uma edição há muito esgotada em dvd lançado nos EUA nos anos 90 com qualidade horrível e uma captura da tv húngara foi feita e circulou pela internet. O grito silencioso de Charles Lane resistiu ao tempo, e agora está voltando com toda força aos nossos ouvidos. Quem os tiver bem atentos, que ouça. O grito ainda ecoa.
Um jovem artista de Nova York tenta ganhar dinheiro fazendo o retrato de passantes nos arredores do movimentado centro financeiro da cidade. Sobrevivendo com pouco, ele encontra refúgio em um prédio abandonado. Uma noite, num beco escuro, ele encontra uma menina cujo pai acabou de ser assassinado. Enquanto tenta tomar conta da menina, ele conhece uma jovem rica que logo se apaixona pela desajeitada dupla. Prêmio do público no Festival de Cannes de 1989.
Leio comentários sem noção aqui. Então serei sucinto: Quem tiver olhos para ver, ouvidos para ouvir e inteligência para discernir, que faça isto corretamente. Será que pararam para pensar que o excesso aqui é uma forma de crítica?
3 Cortes
2.9 16Isso é gore meu filho!
Black Night
3.6 17Tive contato recentemente com a obra do Smolders e já estou enlouquecido!
Seus curtas reunidos no "Exercícios Espirituais" são filmes sensacionais e servem de ensaio para esse longa que além da semelhança com o Lynch e não apenas influência (é possível que ele tenha sido influenciado, mas não é regra) tem uma força imagética devastadora. Que historinha mais louca!
Somos o que Somos
3.1 51Começou bem intrigante, porém se perdeu no meio do caminho. Assim como os seus personagens, não é um filme ruim, mas também não chega a ser ótimo. Mediano.
Vase de Noces
2.6 72Tão demente quanto genial. Barroco.
O Farol
3.7 16Até na destruição, a belo que está por dentro, atravessa a feiura da humanidade.
Cupcakes - Música e Fantasia
3.2 14Sinopse decente:
Um grupo de amigos no subúrbio de Tel Aviv se reúne para assistir "Universong", um concurso musical na TV, parecido com o da Eurovision. Todos querem esquecer o estresse do cotidiano. Quando a noite da fase final de “Universong” acontece, eles saem para assistir e ficam deprimidos com a apatia do representante israelense, uma paródia de muitas apresentações, uma música espalhafatosa e irritante sobre o “amour”. Depois de perceber que Anat está preocupada devido à crise em seu casamento, eles compõem uma música para animá-la. De brincadeira, Ofer inscreve o vídeo deles para o concurso do ano seguinte e ele é escolhido como representante de Israel.
Por favor, algum moderador modifique. :)
Crazy Love
3.9 15Prefiro a brutalidade
dos sentidos imaculados.
Prefiro a crueldade
dos sentimentos todos.
Inclusive os piores.
Tenho em mim todos
os demônios
e também arcanjos.
Em extrema
e inacabável
guerra.
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraCada vez que revejo esse filme, ele fica melhor. Puta que pariu, que porrada.
Dr. Plonk
4.0 3Bom pra cachorro!
Bad Boy Bubby
4.0 142Se você conseguir passar pelos primeiros trinta minutos bizarros e assustadores, com certeza terá mais uma hora e tanto de bizarrices e sustos. Maravilhoso é pouco. E do-lo-ro-so.
Roma de Fellini
4.1 65 Assista AgoraNel mezzo del cammin di nostra Roma...
Bugis Street
3.2 3Adicionado poster e também segue uma sinopse decente:
Lian viveu protegida como criada junto de uma família na Malásia. Tudo muda quando a mandam trabalhar no hotel em Sinsin na Rua Bugis, centro de operações de prostitutas e transexuais. Lá entenderá as complexidades da vida. Além de aprender mais sobre si.
Se algum moderador de bom coração quiser mudar, agradeço.
Bugis Street
3.2 3Vi em uma madrugada sinistra no Max e me apaixonei. Belíssimo filme sobre com temática LGBT e com atores fascinantes. A vida colorida em um bairro de Singapura é bem interessante. Recomendo para pessoas sem preconceitos e com a mente aberta.
Um Filme Doce
3.5 60A rainha do chocolate.
Man Follows Birds
4.0 3Duas frases resumem: Um mago das imagens. Um visionário do instinto. Filme belo e que deve ser visto, apesar de falhas e limitações técnicas o que conta aqui é o sentir, e isso é imponente.
Ha Ha Ha
3.3 73Elegia do copo na mão e amor no coração.
Vamos sorrir minha gente!
O Último Dia de Verão
4.0 4Um filme seco e direto sobre as relações de desejo e pensamentos amorosos. Não amor. Os personagens estão emocionalmente destroçados e não cultivam esse desejo de "amar". Ao meu ver eles passam por um estado de desejo sexual intenso, em meio aquela solidão que está refletida na paisagem e na tristeza daquele mar imenso. A solidão sim, está nutrindo os diálogos repletos de negação e ironia e anunciando a carência, a falta de calor, a falta mesmo de uma emoção sincera. A melancolia sem fim. Afinal, é um jogo com duração de um dia. E nada mais do que isso.
Pais e Filhos
4.3 212 Assista AgoraPais e Filhos é um filme para ser visto com os olhos da maturidade.
Percebi essa evolução emocional (o que a maioria vai discordar se comparar este e outros filmes anteriores aos primeiros dele) que preza mais uma história bem contada com seus altos e baixos do que o choque abrupto que tende ao desfecho dramático. Temos sim uma história dolorosa aqui, mas com tratamento leve e dando ênfase ao olhar e comportamento das crianças acima de tudo. Aqui não temos personagens que sejam maus, a maldade pode ser subjetiva e temporária. No caso bem no começo do filme quando um dos envolvidos pensa em cuidar das crianças sem levar em consideração a outra parte. Mas isso é algo de pressão que no decorrer do filme vai mudando da mesma forma que os sentimentos e recordações dos personagens também vão mudando. Se o importante é mostrar que o amor fraterno pode ser conquistado aos poucos e a alegria que provém disto também. É filme sério que tem seus momentos de humor e leveza. Maduro, isso sim.
Pelo Malo
4.0 121 Assista AgoraPremissa interessante, só que vai do nada à lugar algum. Falta empatia, mesmo que o elenco infantil seja simpático, falta conexão emocional com eles.
Os Filhos do Padre
3.6 77 Assista AgoraGrande comédia que se utiliza de bons ganchos e piadas rápidas para garantir o riso e também a crítica. A história é tão maluca que no decorrer do filme você acaba raciocinando de acordo com a mentalidade distorcida dos personagens. Excelente filme e uma das surpresas da mostra desse ano.
Postais de Leningrado
3.6 12Imaginação é preciso. Viver também.
Sidewalk Stories
4.2 2Lane deve ter pensado por muito tempo no conceito de seu filme. No fim dos anos 80 criou um material que era completamente diferenciado do que havia no mercado "popular" americano e até mesmo alternativo. A estrutura básica do filme remete e muito ao clássico "O Garoto" do Chaplin. Sem diálogos em sua maior parte e por isso mesmo um estranho no ninho, é sustentado pela presença do próprio Lane e seu elenco muito versátil. No decorrer do filme vemos gags sobre a vida de um artista em Nova York, dando seu jeitinho "americano negro do gueto" para viver.
No geral um panorama triste, pois ao mesmo tempo em que vemos o artista fazendo sua arte e tentando ganhar seu dinheiro da forma mais digna possível, vemos todo o submundo de violência, de pessoas pobres que pedem aos outros pobres, de vícios, e dentro desta realidade está o artista que é um sem teto e vive em um prédio abandonado. A espinha dorsal do filme também é política.
A reviravolta do filme se dá quando ele presencia o assassinato do pai da menina (que na cena anterior é retratada por ele em um desenho, pois ele é um artista plástico que faz retratos na rua) e ele acaba tirando o berço da menina do beco escuro e passa a cuidar dela como se fosse sua mãe e pai. Claro que a menina não está abandonada, pois a mãe dela está desesperada e aciona a polícia para que a encontre.
Nesta parte do filme vemos um Carlitos negro (dentro da realidade aqui apresentada, obviamente) com porte e com gags muito inteligentes que fazem rir e também pensar no absurdo das situações. Depois de tantas cenas e situações cômicas e outras tristes, temos finalmente o desfecho da trama do artista com a menina, quando ele a leva para o endereço da mãe biológica, ao ver o anúncio de procura-se estampado em uma caixa de leite. É o desfecho da trama, mas não do filme. O final do filme é anunciada da forma mais sombria e desesperançada possível, se considerarmos como o mesmo estava sendo construído até este momento, onde a realidade de um negro rejeitado pelo estado e pelas pessoas que não são de cor, é aberto da forma mais crua possível. E aí os personagens falam, não os principais que estão na moldura, porém fora do foco. Eles falam e sentimos o pesar do real caindo sobre nossos ombros. Um toque de gênio.
Acredito que o Lane pagou um preço alto pela sua ousadia, o filme foi lançado ao ostracismo e engavetado por anos, existia até esse momento uma edição há muito esgotada em dvd lançado nos EUA nos anos 90 com qualidade horrível e uma captura da tv húngara foi feita e circulou pela internet. O grito silencioso de Charles Lane resistiu ao tempo, e agora está voltando com toda força aos nossos ouvidos. Quem os tiver bem atentos, que ouça. O grito ainda ecoa.
Sidewalk Stories
4.2 2Moderação uma sinopse em português:
Um jovem artista de Nova York tenta ganhar dinheiro fazendo o retrato de passantes nos arredores do movimentado centro financeiro da cidade. Sobrevivendo com pouco, ele encontra refúgio em um prédio abandonado. Uma noite, num beco escuro, ele encontra uma menina cujo pai acabou de ser assassinado. Enquanto tenta tomar conta da menina, ele conhece uma jovem rica que logo se apaixona pela desajeitada dupla.
Prêmio do público no Festival de Cannes de 1989.
Ovos de Ouro
3.4 31Leio comentários sem noção aqui. Então serei sucinto: Quem tiver olhos para ver, ouvidos para ouvir e inteligência para discernir, que faça isto corretamente. Será que pararam para pensar que o excesso aqui é uma forma de crítica?