Que filme. De modo quase silencioso o filme aborda a vida numa ótica e estética budista. Não precisa ser nenhum grande entendedor da cultura budista ou sul-coreana, mas pelo pouco que conheço quanto mais se entende, mais se aprofunda no simbolismo. Mas o filme não fala sobre budismo, fala sobre a vida. “Canta a tua aldeia e serás universal”. A ideia que paira sobre todos nós — budistas ou não, cristão ou não, espirita ou não, ateu ou não — é a de que estamos presos à nossos desejos, neuroses, pecados. Mas não estamos preso a nada, estamos, na verdade, agarrados com todas as nossas forças. Não somos um peixe preso num redemunho tetando nadar pra longe. Mas sim o macaco que, para alcançar a frutinha enfia a mão dentro da cumbuca e segura a delicia, mas a boca da cumbuca é menor que o punho. Não, não abrimos mão da frutinha e ficamos presos. Mas o filme vai além, não fala apenas de apego. De longe Kannon, o bodhisattva da compaixão completa, vê com profundidade todo som e todo o silencio. O filme fala, sobretudo, de paciência. E buda? Buda não se encontra em nenhuma imagem ou pintura. Tudo é natureza buda. "Quando o Bodhisatva da compaixão Kannon praticava as profundezas de Prajna Paramita ele claramente percebeu o vazio e a não existência de todas as coisas, livrando-se desta forma da dor e do sofrimento. [...] Não há olho, não há ouvido, não há nariz, não há língua, não há corpo e não há mente." —Sutra do Coração da Grande Perfeição da Sabedoria Completa
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377Que filme. De modo quase silencioso o filme aborda a vida numa ótica e estética budista. Não precisa ser nenhum grande entendedor da cultura budista ou sul-coreana, mas pelo pouco que conheço quanto mais se entende, mais se aprofunda no simbolismo. Mas o filme não fala sobre budismo, fala sobre a vida. “Canta a tua aldeia e serás universal”.
A ideia que paira sobre todos nós — budistas ou não, cristão ou não, espirita ou não, ateu ou não — é a de que estamos presos à nossos desejos, neuroses, pecados. Mas não estamos preso a nada, estamos, na verdade, agarrados com todas as nossas forças. Não somos um peixe preso num redemunho tetando nadar pra longe. Mas sim o macaco que, para alcançar a frutinha enfia a mão dentro da cumbuca e segura a delicia, mas a boca da cumbuca é menor que o punho. Não, não abrimos mão da frutinha e ficamos presos. Mas o filme vai além, não fala apenas de apego.
De longe Kannon, o bodhisattva da compaixão completa, vê com profundidade todo som e todo o silencio. O filme fala, sobretudo, de paciência. E buda? Buda não se encontra em nenhuma imagem ou pintura. Tudo é natureza buda.
"Quando o Bodhisatva da compaixão Kannon praticava as profundezas de Prajna Paramita ele claramente percebeu o vazio e a não existência de todas as coisas, livrando-se desta forma da dor e do sofrimento. [...] Não há olho, não há ouvido, não há nariz, não há língua, não há corpo e não há mente."
—Sutra do Coração da Grande Perfeição da Sabedoria Completa
Protegido: 400 Dias
1.7 134Direção ruim, edição ruim, atuações péssimas, fotografia amadora.
Não vou comentar o roteiro, não vale a pena.
Não assistam a este filme.