Quando você pensa que não há mais como fazer filmes desse tipo, de tantos que já foram feitos, eis mais um, aqui com todos os clichês e exageros da gênero, mas bem realizado, sem aquele toque "trash" de algumas produções. Um bom divertimento, dirigido pelo francês Alexandre Aja, do ótimo "Alta Tensão", de 2003, dentre outros filmes de terror. Dizem que este foi o filme preferido do Tarantino do ano passado, e é possível perceber o que ele deve ter gostado, há elementos "gore" no filme e é possível notar muitas referências.
Confesso que queria ter gostado mais, o enredo é muito pobre e o filme vale mais pela sequência final, já percebi que o Keaton adora umas sequências longas de ação em seus filmes, e realmente elas são ótimas e muito avançadas para época, pela direção e efeitos. Por ora ainda continuo gostando mais do Harold Lloyd, com ele eu me pego dando aquelas risadas folgadas e espontâneas mais que com o Keaton e Chaplin.
Genial. Dos três, Chaplin, Keaton e Lloyd, eu tenho um carinho especial pelo último. O humor dele é bem característico e se diferencia dos demais, me lembra um pouco o que hoje encontramos em desenhos animados, quando eles nem existiam ainda, então talvez Lloyd tenha feito escola e sido um pioneiro nesse tipo de humor. O filme tem certos exageros acrobáticos que talvez alguns possam não gostar, mas que para mim funcionaram, pois como eu disse, me senti vendo um desenho animado, as cenas de aventura - ele fugindo dos irmãos e do bandido - me lembraram "Tom e Jerry" e "Papa-Léguas". O Didi dos "Trapalhões" também me parece ter bebido muito dessa fonte.
Confesso que esperava um pouco mais, mas ainda assim não me decepcionou e adorei. Embora eu tenha achado que faltou um pouco de coesão, parece dois filmes diferentes misturados (e como são dois diretores, não duvido que um tenha ficado para dirigir a parte estrangeira e o outro a brasileira), mas ao mesmo tempo essa mistura foi o que mais gostei. Um roteiro parco que daria um filme de ação ruim com Liam Nelsen, mas que trazido para a realidade nordestina ganhou contornos de estudo social e (um tanto pseudo) tom político.
Uma comédia com alguns pontos positivos e negativos. Apesar de tratar com humor e até sarcasmo de um tema de certo modo avançado para a época, como traição e divórcio, a forma como faz hoje em dia a torna um pouco envelhecida (não dá pra engolir por exemplo o argumento de que a mulher deve passar por cima do orgulho e perdoar a tração do marido). Mas apesar disso o filme tem até uns elementos que antecedem o feminismo que surgiria décadas depois, como a sororidade: há pelo menos uma dúzia de personagens, todas mulheres, não há atores no filme e os personagens masculinos não são mostrados (lembrei-se de "8 Mulheres" do François Ozon, que usa esse mesmo artifício). Algumas partes são meio enfadonhas - em especial uma longa sequência em cores (o filme é em preto e branco) de um desfile, que me pareceu totalmente dispensável e forçada, exceto pela beleza dos figurinos -, mas no geral vale a pena assistir pelo elenco incrível, que reúne Norma Shearer, Joan Crawford, Rosalind Russell, Paulette Goddard e Joan Fontaine. Quem rouba a cena aqui é a Rosalind Russell, e fiquei surpreso de saber que ela não concorreu ao Oscar, de todas foi a melhor atuação, como a personagem fofoqueira e falsa da história.
Muito boa a parte "aventura" do filme - embora um pouco longa -, com aquela saga na floresta, etc, mas geralmente filmes que jogam tanto com a emoção da gente, como esse fez com diversas cenas pesadas e violentas, fazem isso para forjar em nós um sentimento de indignação que será aliviado com um clímax em um final catártico, como os filmes de vingança... Foi o que não gostei nesse, por não haver isso, pelo contrário houve na verdade alguns anticlímax, deixando a gente com um gostinho de quero mais. Por outro lado, isso o deixou mais realista e dramático. SPOILER. Talvez a diretora não tenha querido mostrar a "vingança" por parte da mulher por algum motivo, como se quisesse dizer que as mulheres não são tão baixas como alguns homens e não chegam ao nível deles. O final em que a personagem canta para ele denota isso e é comovente.
Lembra bastante os filmes do Guillermo del Toro (e ele foi co-roteirista neste), mas utiliza receitas já tão manjadas que apesar de bem-feito tecnicamente, achei enfadonho e nada assustador como pretende ser, principalmente à base de muito efeito especial, que a propósito é outra coisa que não gosto muito em filmes de terror. O filme anterior do diretor André Øvredal, "A Autópsia", de 2016, é bem mais interessante e amedrontador.
Até 3/4 do filme eu já estava achando que iria detestar, que seria apenas um filme fazendo uso de "jump scare", mas confesso que o super "plot twist" do final me pegou, e o clímax foi demais, com uma sequencia esteticamente horripilante, no melhor sentido.
Tava com altas expectativas, porque tinha lido uma matéria que era um filme com "cenas fortes", não vi nada demais. Os primeiros dez minutos prometem mas o restante do filme é só embromação, com um dos finais mais toscos que já vi.
O primeiro filme do diretor, um terror iraniano original chamado "Sob a Sombra", de 2016, esse sim é interessante, mas esse segundo foi um fiasco. Um mal comum que acomete muitos diretores que estreiam bem e depois tem uma queda.
Um "Bastardos Inglórios" versão "horror", com a dose certa de ação e aventura. Grata surpresa, melhor que a maioria dos filmes de terror mais famosos do ano passado.
Assim como "The Lodgers", de 2017, outro filme de terror irlandês e mal avaliado, eu também adorei este. Mesmo simples são tão bem feitos, criam uma atmosfera sombria tão envolvente, que me conquistam, mesmo que não reinventem a roda do gênero; este aqui por exemplo se inspirou nitidamente nas várias adaptações de "Invasion of the Body Snatchers", mas é uma releitura tão despretensiosa que me agrada mil vezes mais que muitos outros filmes de terror mais famosos que bombam por aí.
Se não fosse o incômodo furo do final, de como ela conseguiu sair do buraco, teria gostado mais ainda. Acho que a partir de agora ficarei mais de olho nas produções irlandesas do gênero. Pena que sejam pouco divulgados, ambos que citei sequer possuem título em português.
Não entendi porque foi tão mal avaliado, é muito difícil eu sentir medo vendo um filme de terror, mas este aqui me deixou tenso, então, embora não reinvente a roda, acho que funcionou comigo, mas não lembro mais tanto do original pra saber qual melhor.
Vejo nos comentários um monte de gente reclamando ou dizendo que não gostou devido à "burrice" dos personagens, mas eu discordo totalmente, não acho que eles fossem burros, mas com atitudes verossímeis, talvez tenha sido isso que me deixou tenso ao assistir, pois parecia muito uma situação que poderia ocorrer na vida real. As pessoas julgam as atitudes dos personagens do alto de sua segurança na poltrona do cinema ou no sofá de casa, quando numa situação real daquelas ninguém agiria com raciocínio ou agilidade como os espectadores esperam ver, devido ao nervosismo acho que a maioria agiria "burramente". Na cabeça desse povo um afogamento é burrice, porque bastaria as pessoas flutuarem de barriga pra cima. ¬¬
Marlene está divina, mas o Oscar cometeu uma injustiça (algo comum), quem deveria ter concorrido pela atuação deveria ter sido o Gary Cooper. Curiosamente esse filme foi a única indicação ao prêmio que a Marlene teve durante toda a carreira.
A cena dela cantando no cabaré como disse o colega abaixo realmente é antológica. Em várias fotos que vemos hoje em dia com ela vestida num traje masculino vem daí. Filme que a catapultou em Hollywood, depois do sucesso em "O Anjo Azul".
Vi por ter lido e amado o livro. Não é tão bom quanto muito menos fiel (o final por exemplo é diferente), mas como o enredo do livro talvez não ficasse tão bom como um longa-metragem, esta não deixou de ser uma boa adaptação, com as mudanças necessárias pra se adequar a esse formato e linguagem. Talvez uma série que foi feita em 71 em seis capítulos seja uma opção melhor pra quem gostou do romance. Kate no seu filme anterior a Titanic já mostrando todo seu talento.
Se este ano houve realmente um injustiçado no Oscar talvez tenha sido esse filme, que é tão bom quanto ou até melhor que "Roma" (ele também concorreu nas categorias melhor filme estrangeiro, direção e fotografia, assim como o do Cuarón), e muito superior a "Nasce Uma Estrela" (possuem uma temática parecida, embora contextos diferentes).
Lindo filme. Embora ainda tenha gostado um pouco mais do anterior do mesmo diretor Pawel Pawlikowski, "Ida", que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. Cada tomada de cena desse diretor dá vontade de pôr num quadro, e seus filmes são deliciosamente melancólicos. O Bergman da Polônia. Mais um cineasta atual para acompanhar de bem perto.
Não está entre os melhores do Hitch mas ainda assim um ótimo filme, gostei até mais que "Marnie", pra citar outro da sua última fase, que todos consideram inferior. A única coisa que me fez não gostar mais foi não ter feito muito sentido pra mim ao final, o assassino ter forjado pra que o outro fosse condenado, e ter continuado a matar, o que demonstraria que o assassino ainda estava solto, a não ser que o inocente fosse condenando pelas duas últimas mortes, e o nova seria considerada alguém se passando por ele ou o imitando, enfim, teria gostado mais sem essa ponta solta.
O trailer do filme é imperdível com o Hitchcock apresentando a história, começando com ele boiando no Tâmisa, e já antecipa um pouco um toque de humor que há no filme.
Embora seja bom (desnecessariamente longo mas bom, não entendi muito bem o motivo da sub-narrativa do pai e da mãe), foi o que menos gostei dos filmes que vi do Chang-dong Lee, embora me pareça estar sendo bastante elogiado e premiado. Sugiro aos que gostaram assistir também Oasis (2002), Sol Secreto (2007) e Poesia (2010), pra mim superiores a este "Em Chamas".
Depois de assistir a esse filme lindo, daqueles que nos dá vontade de morar dentro, é perceptível que ele, por mais que não seja tão conhecido, parece ter influenciado diversos obras posteriores. Um exemplo é uma cena no começo com a personagem Miranda se olhando no espelho idêntica a uma cena de "Cidade dos Sonhos", do David Lynch (a propósito, esse filme tem umas coisas bem "lynchianas", o que me leva a crer que ele também bebeu dessa fonte), também lembrei de mais dois outros que já vi e me parecem influenciados por ele, "Assunto de Meninas", de 2001, e "The Falling", de 2014...
Eu adoro filmes de terror independentes e diferentes, mas este aqui é pretensioso ao extremo. Poderia ter meia hora a menos e me poupar tempo perdido se não usasse tanto slow motion. É só nisso que se baseia, tentando criar uma atmosfera com slow motion, iluminação em tons de azul e vermelho (que não é nenhuma novidade, basta ver Suspiria na década de 70) e uma trilha sonora eletrônica estilo anos 80... Muito enchimento de linguiça pra pouca entrega. Mas é o tipo de filme que fisga alguns bestas que vão achar "um dos melhores do ano".
Cheio de furos, mas a ideia foi boa, usando essa tecnologia de interatividade num filme em que próprio enredo fala de escolhas, realidades paralelas e multiversos; mas no caso se isso realmente existisse seriam infinitas possibilidades e não apenas duas e voltando pra um determinado ponto quando chegasse num impasse... Legal, mas ainda prefiro mil vezes Donnie Darko...
Sou um dos maiores fãs do Lars, mas desde Anticristo até agora, o único filme que realmente amei foi "Melancolia", os demais me pareceram uma necessidade e tentativa de chocar, culminando em "Ninfomaníaca" e agora neste, mas que não conseguem chocar em nada a ninguém, pelo menos não a mim que sou acostumado com filmes mais gores. No mais, seus últimos trabalhos me soaram pretensiosos demais, apenas com uns toques de genialidade aqui e ali, mas não como um todo.
Alguns pontos que achei interessantes e gostei aqui foram a intertextualidade com "A Divina Comédia" e com a própria obra do diretor, o humor negro característico de sempre... mas receio que o Lars esteja perdendo a mão como acontece com tantos ótimos cineastas ao envelhecerem, embora ainda continue deliciosamente autoral, aqui podemos ver todos os elementos comuns de seus filmes, divisão em capítulos, mesclagem de footages de outros vídeos, inspirações pictóricas, etc...
que sinceramente eu achei uma pena tudo ter sido um pretexto pra um filme de terror sobre demônios, com um final daqueles. Talvez tivesse sido melhor como um terror psicológico.
Mas mesmo assim, julgando pela proposta, é bom e um sopro de originalidade e novidade no gênero. Atuação incrível da Toni Collette.
Cheio de metalinguagem e intertextualidade, como tudo do Godard, com uma fotografia linda, assim como a trilha sonora, e com participação mais do que especial de Fritz Lang. Mas darei quatro estrelas porque gosto mais de outros filmes dele. Por mais que a Brigitte Bardot seja, bem, Brigitte Bardot, e esteja maravilhosa, prefiro a outra musa do diretor Anna Karina e seus filmes com ela, como "Viver a Vida" e "Pierrot le fou". Mas já acho bom ter apenas gostado, pois antigamente não tinha muita paciência pra suas obras, foi aquele tipo de filme e de diretor que mudamos de opinião com o tempo e passamos a apreciar.
Predadores Assassinos
3.2 770 Assista AgoraQuando você pensa que não há mais como fazer filmes desse tipo, de tantos que já foram feitos, eis mais um, aqui com todos os clichês e exageros da gênero, mas bem realizado, sem aquele toque "trash" de algumas produções. Um bom divertimento, dirigido pelo francês Alexandre Aja, do ótimo "Alta Tensão", de 2003, dentre outros filmes de terror. Dizem que este foi o filme preferido do Tarantino do ano passado, e é possível perceber o que ele deve ter gostado, há elementos "gore" no filme e é possível notar muitas referências.
Marinheiro de Encomenda
4.2 42 Assista AgoraConfesso que queria ter gostado mais, o enredo é muito pobre e o filme vale mais pela sequência final, já percebi que o Keaton adora umas sequências longas de ação em seus filmes, e realmente elas são ótimas e muito avançadas para época, pela direção e efeitos. Por ora ainda continuo gostando mais do Harold Lloyd, com ele eu me pego dando aquelas risadas folgadas e espontâneas mais que com o Keaton e Chaplin.
O Caçula
3.9 15Genial. Dos três, Chaplin, Keaton e Lloyd, eu tenho um carinho especial pelo último. O humor dele é bem característico e se diferencia dos demais, me lembra um pouco o que hoje encontramos em desenhos animados, quando eles nem existiam ainda, então talvez Lloyd tenha feito escola e sido um pioneiro nesse tipo de humor. O filme tem certos exageros acrobáticos que talvez alguns possam não gostar, mas que para mim funcionaram, pois como eu disse, me senti vendo um desenho animado, as cenas de aventura - ele fugindo dos irmãos e do bandido - me lembraram "Tom e Jerry" e "Papa-Léguas". O Didi dos "Trapalhões" também me parece ter bebido muito dessa fonte.
Downton Abbey: O Filme
4.0 161 Assista AgoraServiu para matar a saudade da série. Acho que quem não a viu provavelmente não irá apreciar muito o filme.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraConfesso que esperava um pouco mais, mas ainda assim não me decepcionou e adorei. Embora eu tenha achado que faltou um pouco de coesão, parece dois filmes diferentes misturados (e como são dois diretores, não duvido que um tenha ficado para dirigir a parte estrangeira e o outro a brasileira), mas ao mesmo tempo essa mistura foi o que mais gostei. Um roteiro parco que daria um filme de ação ruim com Liam Nelsen, mas que trazido para a realidade nordestina ganhou contornos de estudo social e (um tanto pseudo) tom político.
As Mulheres
3.8 34Uma comédia com alguns pontos positivos e negativos. Apesar de tratar com humor e até sarcasmo de um tema de certo modo avançado para a época, como traição e divórcio, a forma como faz hoje em dia a torna um pouco envelhecida (não dá pra engolir por exemplo o argumento de que a mulher deve passar por cima do orgulho e perdoar a tração do marido). Mas apesar disso o filme tem até uns elementos que antecedem o feminismo que surgiria décadas depois, como a sororidade: há pelo menos uma dúzia de personagens, todas mulheres, não há atores no filme e os personagens masculinos não são mostrados (lembrei-se de "8 Mulheres" do François Ozon, que usa esse mesmo artifício). Algumas partes são meio enfadonhas - em especial uma longa sequência em cores (o filme é em preto e branco) de um desfile, que me pareceu totalmente dispensável e forçada, exceto pela beleza dos figurinos -, mas no geral vale a pena assistir pelo elenco incrível, que reúne Norma Shearer, Joan Crawford, Rosalind Russell, Paulette Goddard e Joan Fontaine. Quem rouba a cena aqui é a Rosalind Russell, e fiquei surpreso de saber que ela não concorreu ao Oscar, de todas foi a melhor atuação, como a personagem fofoqueira e falsa da história.
The Nightingale
3.7 181 Assista AgoraMuito boa a parte "aventura" do filme - embora um pouco longa -, com aquela saga na floresta, etc, mas geralmente filmes que jogam tanto com a emoção da gente, como esse fez com diversas cenas pesadas e violentas, fazem isso para forjar em nós um sentimento de indignação que será aliviado com um clímax em um final catártico, como os filmes de vingança... Foi o que não gostei nesse, por não haver isso, pelo contrário houve na verdade alguns anticlímax, deixando a gente com um gostinho de quero mais. Por outro lado, isso o deixou mais realista e dramático. SPOILER. Talvez a diretora não tenha querido mostrar a "vingança" por parte da mulher por algum motivo, como se quisesse dizer que as mulheres não são tão baixas como alguns homens e não chegam ao nível deles. O final em que a personagem canta para ele denota isso e é comovente.
Histórias Assustadoras para Contar no Escuro
3.1 551 Assista AgoraLembra bastante os filmes do Guillermo del Toro (e ele foi co-roteirista neste), mas utiliza receitas já tão manjadas que apesar de bem-feito tecnicamente, achei enfadonho e nada assustador como pretende ser, principalmente à base de muito efeito especial, que a propósito é outra coisa que não gosto muito em filmes de terror. O filme anterior do diretor André Øvredal, "A Autópsia", de 2016, é bem mais interessante e amedrontador.
Eli
2.5 589 Assista AgoraAté 3/4 do filme eu já estava achando que iria detestar, que seria apenas um filme fazendo uso de "jump scare", mas confesso que o super "plot twist" do final me pegou, e o clímax foi demais, com uma sequencia esteticamente horripilante, no melhor sentido.
Contato Visceral
1.6 450 Assista AgoraTava com altas expectativas, porque tinha lido uma matéria que era um filme com "cenas fortes", não vi nada demais. Os primeiros dez minutos prometem mas o restante do filme é só embromação, com um dos finais mais toscos que já vi.
O primeiro filme do diretor, um terror iraniano original chamado "Sob a Sombra", de 2016, esse sim é interessante, mas esse segundo foi um fiasco. Um mal comum que acomete muitos diretores que estreiam bem e depois tem uma queda.
Operação Overlord
3.3 502 Assista AgoraUm "Bastardos Inglórios" versão "horror", com a dose certa de ação e aventura. Grata surpresa, melhor que a maioria dos filmes de terror mais famosos do ano passado.
The Hole in the Ground
2.8 104Assim como "The Lodgers", de 2017, outro filme de terror irlandês e mal avaliado, eu também adorei este. Mesmo simples são tão bem feitos, criam uma atmosfera sombria tão envolvente, que me conquistam, mesmo que não reinventem a roda do gênero; este aqui por exemplo se inspirou nitidamente nas várias adaptações de "Invasion of the Body Snatchers", mas é uma releitura tão despretensiosa que me agrada mil vezes mais que muitos outros filmes de terror mais famosos que bombam por aí.
Se não fosse o incômodo furo do final, de como ela conseguiu sair do buraco, teria gostado mais ainda. Acho que a partir de agora ficarei mais de olho nas produções irlandesas do gênero. Pena que sejam pouco divulgados, ambos que citei sequer possuem título em português.
Os Estranhos: Caçada Noturna
2.6 525 Assista AgoraNão entendi porque foi tão mal avaliado, é muito difícil eu sentir medo vendo um filme de terror, mas este aqui me deixou tenso, então, embora não reinvente a roda, acho que funcionou comigo, mas não lembro mais tanto do original pra saber qual melhor.
Vejo nos comentários um monte de gente reclamando ou dizendo que não gostou devido à "burrice" dos personagens, mas eu discordo totalmente, não acho que eles fossem burros, mas com atitudes verossímeis, talvez tenha sido isso que me deixou tenso ao assistir, pois parecia muito uma situação que poderia ocorrer na vida real. As pessoas julgam as atitudes dos personagens do alto de sua segurança na poltrona do cinema ou no sofá de casa, quando numa situação real daquelas ninguém agiria com raciocínio ou agilidade como os espectadores esperam ver, devido ao nervosismo acho que a maioria agiria "burramente". Na cabeça desse povo um afogamento é burrice, porque bastaria as pessoas flutuarem de barriga pra cima. ¬¬
Marrocos
3.8 27Marlene está divina, mas o Oscar cometeu uma injustiça (algo comum), quem deveria ter concorrido pela atuação deveria ter sido o Gary Cooper. Curiosamente esse filme foi a única indicação ao prêmio que a Marlene teve durante toda a carreira.
A cena dela cantando no cabaré como disse o colega abaixo realmente é antológica. Em várias fotos que vemos hoje em dia com ela vestida num traje masculino vem daí. Filme que a catapultou em Hollywood, depois do sucesso em "O Anjo Azul".
Paixão Proibida
3.5 69Vi por ter lido e amado o livro. Não é tão bom quanto muito menos fiel (o final por exemplo é diferente), mas como o enredo do livro talvez não ficasse tão bom como um longa-metragem, esta não deixou de ser uma boa adaptação, com as mudanças necessárias pra se adequar a esse formato e linguagem. Talvez uma série que foi feita em 71 em seis capítulos seja uma opção melhor pra quem gostou do romance. Kate no seu filme anterior a Titanic já mostrando todo seu talento.
Guerra Fria
3.8 326 Assista AgoraSe este ano houve realmente um injustiçado no Oscar talvez tenha sido esse filme, que é tão bom quanto ou até melhor que "Roma" (ele também concorreu nas categorias melhor filme estrangeiro, direção e fotografia, assim como o do Cuarón), e muito superior a "Nasce Uma Estrela" (possuem uma temática parecida, embora contextos diferentes).
Lindo filme. Embora ainda tenha gostado um pouco mais do anterior do mesmo diretor Pawel Pawlikowski, "Ida", que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. Cada tomada de cena desse diretor dá vontade de pôr num quadro, e seus filmes são deliciosamente melancólicos. O Bergman da Polônia. Mais um cineasta atual para acompanhar de bem perto.
Frenesi
3.9 272 Assista AgoraNão está entre os melhores do Hitch mas ainda assim um ótimo filme, gostei até mais que "Marnie", pra citar outro da sua última fase, que todos consideram inferior. A única coisa que me fez não gostar mais foi não ter feito muito sentido pra mim ao final, o assassino ter forjado pra que o outro fosse condenado, e ter continuado a matar, o que demonstraria que o assassino ainda estava solto, a não ser que o inocente fosse condenando pelas duas últimas mortes, e o nova seria considerada alguém se passando por ele ou o imitando, enfim, teria gostado mais sem essa ponta solta.
O trailer do filme é imperdível com o Hitchcock apresentando a história, começando com ele boiando no Tâmisa, e já antecipa um pouco um toque de humor que há no filme.
Em Chamas
3.9 378 Assista AgoraEmbora seja bom (desnecessariamente longo mas bom, não entendi muito bem o motivo da sub-narrativa do pai e da mãe), foi o que menos gostei dos filmes que vi do Chang-dong Lee, embora me pareça estar sendo bastante elogiado e premiado. Sugiro aos que gostaram assistir também Oasis (2002), Sol Secreto (2007) e Poesia (2010), pra mim superiores a este "Em Chamas".
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 176 Assista AgoraDepois de assistir a esse filme lindo, daqueles que nos dá vontade de morar dentro, é perceptível que ele, por mais que não seja tão conhecido, parece ter influenciado diversos obras posteriores. Um exemplo é uma cena no começo com a personagem Miranda se olhando no espelho idêntica a uma cena de "Cidade dos Sonhos", do David Lynch (a propósito, esse filme tem umas coisas bem "lynchianas", o que me leva a crer que ele também bebeu dessa fonte), também lembrei de mais dois outros que já vi e me parecem influenciados por ele, "Assunto de Meninas", de 2001, e "The Falling", de 2014...
Mandy: Sede de Vingança
3.3 537 Assista AgoraEu adoro filmes de terror independentes e diferentes, mas este aqui é pretensioso ao extremo. Poderia ter meia hora a menos e me poupar tempo perdido se não usasse tanto slow motion. É só nisso que se baseia, tentando criar uma atmosfera com slow motion, iluminação em tons de azul e vermelho (que não é nenhuma novidade, basta ver Suspiria na década de 70) e uma trilha sonora eletrônica estilo anos 80... Muito enchimento de linguiça pra pouca entrega. Mas é o tipo de filme que fisga alguns bestas que vão achar "um dos melhores do ano".
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KCheio de furos, mas a ideia foi boa, usando essa tecnologia de interatividade num filme em que próprio enredo fala de escolhas, realidades paralelas e multiversos; mas no caso se isso realmente existisse seriam infinitas possibilidades e não apenas duas e voltando pra um determinado ponto quando chegasse num impasse... Legal, mas ainda prefiro mil vezes Donnie Darko...
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista AgoraSou um dos maiores fãs do Lars, mas desde Anticristo até agora, o único filme que realmente amei foi "Melancolia", os demais me pareceram uma necessidade e tentativa de chocar, culminando em "Ninfomaníaca" e agora neste, mas que não conseguem chocar em nada a ninguém, pelo menos não a mim que sou acostumado com filmes mais gores. No mais, seus últimos trabalhos me soaram pretensiosos demais, apenas com uns toques de genialidade aqui e ali, mas não como um todo.
Alguns pontos que achei interessantes e gostei aqui foram a intertextualidade com "A Divina Comédia" e com a própria obra do diretor, o humor negro característico de sempre... mas receio que o Lars esteja perdendo a mão como acontece com tantos ótimos cineastas ao envelhecerem, embora ainda continue deliciosamente autoral, aqui podemos ver todos os elementos comuns de seus filmes, divisão em capítulos, mesclagem de footages de outros vídeos, inspirações pictóricas, etc...
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraO filme conseguiu criar uma atmosfera de drama tão (in)tensa e angustiante até os 3/4 da história,
que sinceramente eu achei uma pena tudo ter sido um pretexto pra um filme de terror sobre demônios, com um final daqueles. Talvez tivesse sido melhor como um terror psicológico.
O Desprezo
4.0 266Cheio de metalinguagem e intertextualidade, como tudo do Godard, com uma fotografia linda, assim como a trilha sonora, e com participação mais do que especial de Fritz Lang. Mas darei quatro estrelas porque gosto mais de outros filmes dele. Por mais que a Brigitte Bardot seja, bem, Brigitte Bardot, e esteja maravilhosa, prefiro a outra musa do diretor Anna Karina e seus filmes com ela, como "Viver a Vida" e "Pierrot le fou". Mas já acho bom ter apenas gostado, pois antigamente não tinha muita paciência pra suas obras, foi aquele tipo de filme e de diretor que mudamos de opinião com o tempo e passamos a apreciar.