14/09/2020: Eu já tinha salvo há muito tempo o link dessa série pra ver depois só pelo fato de que incluía intérpretes (que tem tudo a ver com minha área – tradução). Amei o fato de que a série tem momentos em outra língua além do chinês, e mais ainda feliz por ter sido uma língua que eu estudo, o francês. *-* Amei os impasses linguísticos e interculturais, os treinamentos etc., tudo relacionado à tradução intralingual e, principalmente, à interlingual, bem como o romance... *-*
Qiao Fei (乔菲) é uma mulher de muita sorte. Pense! Dois bichões tipo Cheng Jia Yang (程家阳) e Gao Jia Ming (高家明) (irmãos) atrás dela? Seria meu sonho? Foi muito bom ter conhecido Huang Xuan (黄轩) que interpreta o primeiro (e saber que é dele a linda voz que interpreta a canção de encerramento da série, 奔跑的蜗牛, que significa, “Caracol Correndo”) e rever o chinês mais irresistível do mundo, Gao Wei Guang (高伟光), que interpreta o segundo. Aff. *0* Também gostei de ter conhecido Zhang Yun Long (张云龙), que faz papel secundário aqui, bem como rever minhas queridas Sierra Li (李溪芮), que faz a melhor amiga de Qiao Fei, e esta ter sido atuada pela Yang Mi (杨幂), de Ten Miles of Peach Blossoms (三生三世十里桃花) e Legend of Fuyao (扶摇). *-*
É uma série curtinha. Tem só 42 episódios, mas tão bem estruturada. Eu achei que não ia gostar porque quando vi no site Viki, tinha muito comentário desagradável, dizendo que não gostaram do final (pergunto-me se viram, de fato, até o final propriamente dito, os últimos segundos mesmo). Então, passei a série todinha, achando que ia odiar o final, ficar inconformado etc., ter algum tipo de impressão ruim.
Então, eu não esperava pelo contrário, que foi justamente o que aconteceu: gostei e muito, apesar dos sustos dos momentos finais. Claro que, né, fiquei em choque com o que aconteceu, mas ter visto, lá nos segundos finais, sim, após os créditos de encerramento, que o pior não aconteceu foi extremamente aliviante, não só porque amo o personagem/ator, mas principalmente porque ele não merecia, e já tinha provado várias vezes que, de fato, aprendeu com seus erros e tinha se tornado uma pessoa melhor. Tadinho, mas não morreu, né? Isso que importa. *-*
A série (亲爱的翻译官), leitor, aborda vários temas e tem de tudo, romance, comédia, mistério, vingança, raiva, sucesso, casamento, choradeira etc. Mas algo que me chamou bastante a atenção foi o modo como a série enfatizou a comunicação como sendo uma grande chave para a manutenção de uma relação amorosa, que foi justamente uma das coisas que mais pesou na relação entre Qiao Fei e Cheng Jia Yang. Tinha muita insegurança, muita coisa escondida e, vocês vão concordar comigo, muita coisa poderia ser evitada se eles simplesmente fizessem aquilo que todo ser humano é capaz de fazer e, coincidentemente, aquilo com que trabalhavam: traduzir, traduzir as intenções, os sentidos enquanto significado e os sentidos enquanto sentido (coisa que se sente) mesmo. Sofreram bastante por conta desses e doutros obstáculos, mas parece que o final foi algo mais sábio, algo mais maduro e firme. Então, realmente gostei muito, super-recomendo e já estou ansioso pra ver a sequência, chamada Negotiator, parece. Obrigado por ler! *0*
17/05/2020: Finalmente, encontrei! Lembrei que um deles (Chris, interpretado pelo gato Erik von Detten) beijou a princesa Mia (aaaaaaaaaa Anne Hathaway rs) em O Diário da Princesa (2001), aí encontrei o nome. Cara! Depois de milhões de anos, tentando lembrar. Uma pena ter tido apenas uma temporada! Lembro de ter visto na Record nos anos 2000, no tempo em que a Record (prestava e) não era abertamente fascista, como hoje em dia. ^^
02/01/2020: Mais um drama histórico que contribuiu pro meu aprendizado de chinês. E que história fabulosa e maravilhosamente cativante! Desde o primeiro capítulo somos levados a acompanhar a trajetória de Wei Yingluo (nos nomes chineses, o sobrenome vem primeiro, ficando os outros nomes, em geral dois, por conseguinte) no dia em que ela entra na Cidade Proibida (故宫), palácio do imperador (皇上), de sua esposa, a imperatriz (皇后), de suas concubinas (妃) e consortes imperiais (贵妃) durante a Dinastia Qing (清朝) (1644-1911).
Desde o primeiro episódio, temos uma ideia da perspicácia de Wei Yingluo que, embora comece como uma simples costureira da Casa de Costura (onde são preparadas as roupas dos funcionários e, por vezes, alguns trajes imperiais), se utiliza de sua inteligência para subir de posição (na hierarquia imperial chinesa existiam várias posições hierárquicas tanto inferiores quanto superiores, podendo haver, como a série retrata, mobilidade social, passando de uma posição inferior para uma superior, ou vice-versa, como também é o caso de alguns que entram em contato com Wei Yingluo), passando de costureira para empregada/funcionária pessoal da sua majestade, a imperatriz (皇后娘娘), uma figura de alta benevolência e que a protege de absolutamente todas as intrigas e apuros que perpassam a Cidade Proibida: o famoso "cobra engolindo cobra". ^^
Mas usando-se de sua inteligência para subir de posição social... não faria de Wei Yingluo, a protagonista, uma pessoa de segundas intenções, logo uma pessoa má? Em alguns momentos somos levados a compreender a figura da personagem como uma boa pessoa, mas que, por vezes, admite atos de maldade. Mas por que isso? Remontando à origem de sua entrada no palácio da Cidade Proibida, descobrimos que sua principal razão era pra investigar a razão da morte de sua irmã, que estava prestes a sair do palácio [às funcionárias do palácio (宫女) eram dadas a permissão de sair do palácio aos 25 anos para casar e viver suas vidas (dedicadas ao marido e à família; sociedade patriarcal que chama?)], e pra se vingar de quem a matou, pois, diferente de como lhe quiseram convencer, sua irmã não se suicidou, mas foi silenciada.
E assim eram as coisas na China Antiga: as pessoas eram silenciadas ou ameaçadas, mas a morte era quase sempre certa, especialmente se se tratasse de uma punição porque se acreditava que punindo as pessoas com morte, isso serviria de exemplo para evitar problemas futuros, razão pela qual é possível observar sempre e com frequência os funcionários dizerem "Eu não me atrevo.", "Eu errei e mereço a morte." "Que a raiva de vossa majestade se dissipe!", "Que sua majestade me perdoe! Eu mereço morrer." etc. Dá pra ter uma ideia do quão imenso era o medo que sentiam, por um lado, e que impunham os governos naqueles tempos.
E por falar em tempos, no início desse comentário, citei que a Dinastia Qing (清朝) foi do século 17 ao século 20, o que faz com que a série tenha sido baseada em fatos reais/históricos e sempre traga todo tipo de referência histórica, tal como os filhos que tiveram o imperador com suas concubinas e consortes, bem como referências literárias (como é costume em todo drama histórico chinês) de poesia de poetas de dinastias anteriores, como a Tang (唐朝) e a Song (宋朝).
Outro fato bastante curioso e (pra mim) assustador se refere aos atores que interpretam Wei Yingluo e o Imperador serem (ou lembrarem) bastante os personagens históricos nos quais foram baseados. Um trabalho com reconstituição facial dos retratos (ou pinturas) desses personagens naquele período comprovam o quão semelhantes eles eram aos atores ( https://www.youtube.com/watch?v=BZ6qL9PiK24 ). Essa é uma das razões pelas quais a série fez/faz tanto sucesso na internet.
Mas outra coisa (também um fato histórico) que a série explora está ligado com o nome da série, História do Palácio Yanxi. Pra quem ainda não assistiu, o Palácio Yanxi (延禧宮) só aparece lá pra metade da série. A primeira metade da série se dedica a introduzir e a acompanhar os antecedentes de seus residentes. Fato é que o nome da série em chinês, 延禧攻略, traduz-se, adequadamente, por Estratégia do Palácio Yanxi. Mas por quê? Então, o fato histórico a que se refere se trata do fato de que a residente do Palácio Yanxi, chamada Lingfei (令妃) (mas que, previamente, tinha o nome de... Wei Yingluo! Haha) tinha uma estratégia que ela utilizava para monopolizar, digamos, a atenção/favor do imperador. Como assim? Por ter várias concubinas e consortes (para dar continuidade à linhagem real, né, mores), por vezes, o imperador tinha que favorecer alguma delas. E não é só na cama que estou falando. Ao serem favorecidas, ou, a grosso modo, ao servirem ao imperador, as consortes e concubinas recebiam vários presentes, tesouros e assim também conseguiam subir de posição social, adquirindo títulos mais nobres/altos do que os que possuíam. Então, o fato histórico era de que o imperador Qianlong (乾隆) ficou bastante tempo favorecendo uma única mulher, com a qual teve cerca de 5 filhos, mas que apenas três sobreviveram (ter filhos legítimos também conta pra subir de posição).
Assim sendo, a série explora, da segunda metade pro final, as estratégias que Wei Yingluo emprega para que o imperador vá sempre visitá-la, bem como o que as outras esposas do imperador fazem para ganhar favorecimento do imperador. Elas ficam mesmo encucadas, perguntando-se o que 令妃 faz pra conseguir manter o imperador na dela, mas elas nunca nem chegam perto de descobrir qual a Estratégia do Palácio Yanxi.
E a trilha sonora? Apesar de poucas serem as músicas que a compõem, amo uma mais do que a outra. 宫墙柳 é cantada por 李春嫒 (Li Chun Ai), que interpreta uma das concubinas do imperador, a Nalan (纳兰淳雪 ou 纳兰姐姐). 相忘 (que é utilizada como encerramento já nos últimos episódios) aparece na voz de 苏青 (Su Qing), que interpreta Erqing, uma das funcionárias do palácio da imperatriz. 红墙叹 (música de encerramento nos primeiros episódios), pra minha surpresa, aparece na voz de Hu Xia (胡夏), um cantor chinês que doa voz à grande parte das canções de dramas chineses. E tem muita música boa na voz dele. Recomendo e podem encontrá-lo tanto no Spotify quanto no YouTube. 陆虎, por fim, é o intérprete de duas canções da série, acho que as melhores, e que voz divina a dele! Ele canta 看 (Olhem/Observem/Contemplem), que é a música da abertura, e 雪落下的声音 (O Som da Neve Caindo), melhor música! É muito linda (e também encerra os episódios do meio da série)! Vejam aqui um pequeno clipe com essa música, sua tradução em inglês e algumas cenas da primeira metade da série: ( https://www.youtube.com/watch?v=PBH7JY3Ldgk ). A atriz que interpreta a imperatriz, a Qin Lan (秦岚), também dá voz a uma versão bem suave de 雪落下的声音. *-*
Riquíssima série, 延禧攻略 certamente se manterá amplamente memorável não apenas no que concerne meu aprendizado da língua chinesa (中文学习), mas principalmente no que consiste a grandeza e profundidade da cultura chinesa antiga (中国古代文化). Guardarei comigo as lições que aprendi com Wei Yingluo que não apenas me ensinou sobre como ser atento e direto, mas principalmente a não ter medo de falar, a falar com liberdade, estando certo de que pagarei pelas minhas palavras, mas ainda mais pela ausência delas. Wei Yingluo foi o tipo de heroína que nos ensina a nos exprimir, a buscar justiça e a lutar por algo melhor na vida. Exemplo de amor próprio (爱自己), de autocontrole e de liberdade, Wei Yingluo me ensinou a me valorizar mais e que se for para sentir algo, que eu sinta, pois é certo que nada é eterno, tudo passa. Mas que eu entenda que se eu não receber em troca o sentimento que estou disposto a dar/dividir, então, que me não faça perder tempo nem vida em troca de algo sem futuro. Acho que nem preciso dizer que recomendo. >< Obrigado por ler!!! ^^
30/12/2019: E esse final???? Não poderia estar mais passado!!! Amei o episódio das meninas do teatro encenando os livros do Chuck! Amei ter uma bruxa, Rowena, como personagem, mais ou menos, regular. Inclusive, tô aguardando a referência com A Feiticeira, a série de TV. Não vejo a hora de Dean (que é cheio das referências) chamá-la de Endora. Hahaha
Senti falta de (mais) episódios de viagem no tempo, mas só de ver o passado do Crowley, a Europa antiga, os tempos desse povo de trocentos anos atrás... fico... *-* Muito interessante esse remontar ao passado que a série faz seja no começo dos episódios seja para a compreensão de um evento-chave pra narrativa do episódio. Muito triste pela Charlie. Eu gostava muito dela. =\
Outra coisa que amo muito em Supernatural é como a narrativa possui histórias múltiplas, mas, principalmente, duas histórias regulares, paralelas em que uma afeta/dialoga com a outra. Sempre há a história dos casos que Sam e Dean resolvem, mas também há a própria história deles, seus problemas pessoais, seus sentimentos e como isso é refletido naquilo que investigam. Não é à toa que é minha série favorita.
E agora, eu estou simplesmente, de mãos atadas. Eu ia só ver da 11ª a 15ª quando saísse a 15ª em francês (tenho usado minhas séries favoritas pra esse fim: treinar/aprender o francês ^^). Mas com um final desses... Como me aguentar? E agora, José? ><
Mais uma grande produção chinesa de peso. A China também costuma ser conhecida por seus dramas históricos e tradicionais, mas com The Disguiser, ela aposta na história sobre a ocupação japonesa por volta da Segunda Guerra Mundial, aproximadamente.
Além de deixar o tradicional de lado, a série mostra um belíssimo trabalho de inteligência de como as força anti-japonesas trabalharam em conjunto para causar a ruína dos japoneses em território chinês.
Apesar de fantasiosa a série (uma vez que um amigo chinês me disse que não tinha nada de inteligência nas ações da China durante a guerra rs), há um investimento grandioso tanto no fator nacionalista, que se faz muito presente na China atual, bem como às relações familiares no durante-guerra. De um lado, o serviço à pátria unindo e/ou separando compatriotas em prol do bem maior - a ruína do domínio japonês na China; ao passo que, do outro lado, as determinações políticas nas relações de sangue (ou mesmo na falta dele).
O Disfarçador, em tradução literal, é um espião treinado para enfrentar o comando Japonês em Xangai e região. Cada disfarce e atitude são amplamente pensadas com inteligência e isso dá um ar incrível à série, ampliando o patamar das capacidades humanas mediante o treinamento para um propósito X.
Apesar das grandes determinações por trás de suas ações serem para um bem maior, o modo como certas ordens são dadas é terrivelmente perturbador não apenas porque se trata de ceifar vidas por causa de uma extensão de terra, mas também porque são seres humanos, munidos de sentimentos, matando e sendo mortos por algo que pouco se importa se vivem ou morrem, e podem entender esse algo como o território, mas também podem incluir aí o governo chinês (e não só ele, como bem sabemos)...
E sim, eu amei a série, apesar de certas lacunas que ficaram, a meu ver. Permaneço inconformado com parte do final, mas sigo já que nada posso fazer para mudá-lo. =\ E foi uma grande experiência tê-la visto com dupla legenda, em inglês e chinês, no áudio original. Fica aqui o registro: se você está aprendendo línguas e tiver acesso a mais de uma legenda (ao mesmo tempo), experimente! É uma grande estratégia e uma experiência incrível! *-*
Os Intérpretes
3.5 314/09/2020: Eu já tinha salvo há muito tempo o link dessa série pra ver depois só pelo fato de que incluía intérpretes (que tem tudo a ver com minha área – tradução). Amei o fato de que a série tem momentos em outra língua além do chinês, e mais ainda feliz por ter sido uma língua que eu estudo, o francês. *-* Amei os impasses linguísticos e interculturais, os treinamentos etc., tudo relacionado à tradução intralingual e, principalmente, à interlingual, bem como o romance... *-*
Qiao Fei (乔菲) é uma mulher de muita sorte. Pense! Dois bichões tipo Cheng Jia Yang (程家阳) e Gao Jia Ming (高家明) (irmãos) atrás dela? Seria meu sonho? Foi muito bom ter conhecido Huang Xuan (黄轩) que interpreta o primeiro (e saber que é dele a linda voz que interpreta a canção de encerramento da série, 奔跑的蜗牛, que significa, “Caracol Correndo”) e rever o chinês mais irresistível do mundo, Gao Wei Guang (高伟光), que interpreta o segundo. Aff. *0* Também gostei de ter conhecido Zhang Yun Long (张云龙), que faz papel secundário aqui, bem como rever minhas queridas Sierra Li (李溪芮), que faz a melhor amiga de Qiao Fei, e esta ter sido atuada pela Yang Mi (杨幂), de Ten Miles of Peach Blossoms (三生三世十里桃花) e Legend of Fuyao (扶摇). *-*
É uma série curtinha. Tem só 42 episódios, mas tão bem estruturada. Eu achei que não ia gostar porque quando vi no site Viki, tinha muito comentário desagradável, dizendo que não gostaram do final (pergunto-me se viram, de fato, até o final propriamente dito, os últimos segundos mesmo). Então, passei a série todinha, achando que ia odiar o final, ficar inconformado etc., ter algum tipo de impressão ruim.
Então, eu não esperava pelo contrário, que foi justamente o que aconteceu: gostei e muito, apesar dos sustos dos momentos finais. Claro que, né, fiquei em choque com o que aconteceu, mas ter visto, lá nos segundos finais, sim, após os créditos de encerramento, que o pior não aconteceu foi extremamente aliviante, não só porque amo o personagem/ator, mas principalmente porque ele não merecia, e já tinha provado várias vezes que, de fato, aprendeu com seus erros e tinha se tornado uma pessoa melhor. Tadinho, mas não morreu, né? Isso que importa. *-*
A série (亲爱的翻译官), leitor, aborda vários temas e tem de tudo, romance, comédia, mistério, vingança, raiva, sucesso, casamento, choradeira etc. Mas algo que me chamou bastante a atenção foi o modo como a série enfatizou a comunicação como sendo uma grande chave para a manutenção de uma relação amorosa, que foi justamente uma das coisas que mais pesou na relação entre Qiao Fei e Cheng Jia Yang. Tinha muita insegurança, muita coisa escondida e, vocês vão concordar comigo, muita coisa poderia ser evitada se eles simplesmente fizessem aquilo que todo ser humano é capaz de fazer e, coincidentemente, aquilo com que trabalhavam: traduzir, traduzir as intenções, os sentidos enquanto significado e os sentidos enquanto sentido (coisa que se sente) mesmo. Sofreram bastante por conta desses e doutros obstáculos, mas parece que o final foi algo mais sábio, algo mais maduro e firme. Então, realmente gostei muito, super-recomendo e já estou ansioso pra ver a sequência, chamada Negotiator, parece. Obrigado por ler! *0*
Adoráveis Selvagens (1ª Temporada)
4.2 2617/05/2020: Finalmente, encontrei! Lembrei que um deles (Chris, interpretado pelo gato Erik von Detten) beijou a princesa Mia (aaaaaaaaaa Anne Hathaway rs) em O Diário da Princesa (2001), aí encontrei o nome. Cara! Depois de milhões de anos, tentando lembrar. Uma pena ter tido apenas uma temporada! Lembro de ter visto na Record nos anos 2000, no tempo em que a Record (prestava e) não era abertamente fascista, como hoje em dia. ^^
História do Palácio Yanxi
4.6 602/01/2020: Mais um drama histórico que contribuiu pro meu aprendizado de chinês. E que história fabulosa e maravilhosamente cativante! Desde o primeiro capítulo somos levados a acompanhar a trajetória de Wei Yingluo (nos nomes chineses, o sobrenome vem primeiro, ficando os outros nomes, em geral dois, por conseguinte) no dia em que ela entra na Cidade Proibida (故宫), palácio do imperador (皇上), de sua esposa, a imperatriz (皇后), de suas concubinas (妃) e consortes imperiais (贵妃) durante a Dinastia Qing (清朝) (1644-1911).
Desde o primeiro episódio, temos uma ideia da perspicácia de Wei Yingluo que, embora comece como uma simples costureira da Casa de Costura (onde são preparadas as roupas dos funcionários e, por vezes, alguns trajes imperiais), se utiliza de sua inteligência para subir de posição (na hierarquia imperial chinesa existiam várias posições hierárquicas tanto inferiores quanto superiores, podendo haver, como a série retrata, mobilidade social, passando de uma posição inferior para uma superior, ou vice-versa, como também é o caso de alguns que entram em contato com Wei Yingluo), passando de costureira para empregada/funcionária pessoal da sua majestade, a imperatriz (皇后娘娘), uma figura de alta benevolência e que a protege de absolutamente todas as intrigas e apuros que perpassam a Cidade Proibida: o famoso "cobra engolindo cobra". ^^
Mas usando-se de sua inteligência para subir de posição social... não faria de Wei Yingluo, a protagonista, uma pessoa de segundas intenções, logo uma pessoa má? Em alguns momentos somos levados a compreender a figura da personagem como uma boa pessoa, mas que, por vezes, admite atos de maldade. Mas por que isso? Remontando à origem de sua entrada no palácio da Cidade Proibida, descobrimos que sua principal razão era pra investigar a razão da morte de sua irmã, que estava prestes a sair do palácio [às funcionárias do palácio (宫女) eram dadas a permissão de sair do palácio aos 25 anos para casar e viver suas vidas (dedicadas ao marido e à família; sociedade patriarcal que chama?)], e pra se vingar de quem a matou, pois, diferente de como lhe quiseram convencer, sua irmã não se suicidou, mas foi silenciada.
E assim eram as coisas na China Antiga: as pessoas eram silenciadas ou ameaçadas, mas a morte era quase sempre certa, especialmente se se tratasse de uma punição porque se acreditava que punindo as pessoas com morte, isso serviria de exemplo para evitar problemas futuros, razão pela qual é possível observar sempre e com frequência os funcionários dizerem "Eu não me atrevo.", "Eu errei e mereço a morte." "Que a raiva de vossa majestade se dissipe!", "Que sua majestade me perdoe! Eu mereço morrer." etc. Dá pra ter uma ideia do quão imenso era o medo que sentiam, por um lado, e que impunham os governos naqueles tempos.
E por falar em tempos, no início desse comentário, citei que a Dinastia Qing (清朝) foi do século 17 ao século 20, o que faz com que a série tenha sido baseada em fatos reais/históricos e sempre traga todo tipo de referência histórica, tal como os filhos que tiveram o imperador com suas concubinas e consortes, bem como referências literárias (como é costume em todo drama histórico chinês) de poesia de poetas de dinastias anteriores, como a Tang (唐朝) e a Song (宋朝).
Outro fato bastante curioso e (pra mim) assustador se refere aos atores que interpretam Wei Yingluo e o Imperador serem (ou lembrarem) bastante os personagens históricos nos quais foram baseados. Um trabalho com reconstituição facial dos retratos (ou pinturas) desses personagens naquele período comprovam o quão semelhantes eles eram aos atores ( https://www.youtube.com/watch?v=BZ6qL9PiK24 ). Essa é uma das razões pelas quais a série fez/faz tanto sucesso na internet.
Mas outra coisa (também um fato histórico) que a série explora está ligado com o nome da série, História do Palácio Yanxi. Pra quem ainda não assistiu, o Palácio Yanxi (延禧宮) só aparece lá pra metade da série. A primeira metade da série se dedica a introduzir e a acompanhar os antecedentes de seus residentes. Fato é que o nome da série em chinês, 延禧攻略, traduz-se, adequadamente, por Estratégia do Palácio Yanxi. Mas por quê? Então, o fato histórico a que se refere se trata do fato de que a residente do Palácio Yanxi, chamada Lingfei (令妃) (mas que, previamente, tinha o nome de... Wei Yingluo! Haha) tinha uma estratégia que ela utilizava para monopolizar, digamos, a atenção/favor do imperador. Como assim? Por ter várias concubinas e consortes (para dar continuidade à linhagem real, né, mores), por vezes, o imperador tinha que favorecer alguma delas. E não é só na cama que estou falando. Ao serem favorecidas, ou, a grosso modo, ao servirem ao imperador, as consortes e concubinas recebiam vários presentes, tesouros e assim também conseguiam subir de posição social, adquirindo títulos mais nobres/altos do que os que possuíam. Então, o fato histórico era de que o imperador Qianlong (乾隆) ficou bastante tempo favorecendo uma única mulher, com a qual teve cerca de 5 filhos, mas que apenas três sobreviveram (ter filhos legítimos também conta pra subir de posição).
Assim sendo, a série explora, da segunda metade pro final, as estratégias que Wei Yingluo emprega para que o imperador vá sempre visitá-la, bem como o que as outras esposas do imperador fazem para ganhar favorecimento do imperador. Elas ficam mesmo encucadas, perguntando-se o que 令妃 faz pra conseguir manter o imperador na dela, mas elas nunca nem chegam perto de descobrir qual a Estratégia do Palácio Yanxi.
E a trilha sonora? Apesar de poucas serem as músicas que a compõem, amo uma mais do que a outra. 宫墙柳 é cantada por 李春嫒 (Li Chun Ai), que interpreta uma das concubinas do imperador, a Nalan (纳兰淳雪 ou 纳兰姐姐). 相忘 (que é utilizada como encerramento já nos últimos episódios) aparece na voz de 苏青 (Su Qing), que interpreta Erqing, uma das funcionárias do palácio da imperatriz. 红墙叹 (música de encerramento nos primeiros episódios), pra minha surpresa, aparece na voz de Hu Xia (胡夏), um cantor chinês que doa voz à grande parte das canções de dramas chineses. E tem muita música boa na voz dele. Recomendo e podem encontrá-lo tanto no Spotify quanto no YouTube. 陆虎, por fim, é o intérprete de duas canções da série, acho que as melhores, e que voz divina a dele! Ele canta 看 (Olhem/Observem/Contemplem), que é a música da abertura, e 雪落下的声音 (O Som da Neve Caindo), melhor música! É muito linda (e também encerra os episódios do meio da série)! Vejam aqui um pequeno clipe com essa música, sua tradução em inglês e algumas cenas da primeira metade da série: ( https://www.youtube.com/watch?v=PBH7JY3Ldgk ). A atriz que interpreta a imperatriz, a Qin Lan (秦岚), também dá voz a uma versão bem suave de 雪落下的声音. *-*
Riquíssima série, 延禧攻略 certamente se manterá amplamente memorável não apenas no que concerne meu aprendizado da língua chinesa (中文学习), mas principalmente no que consiste a grandeza e profundidade da cultura chinesa antiga (中国古代文化). Guardarei comigo as lições que aprendi com Wei Yingluo que não apenas me ensinou sobre como ser atento e direto, mas principalmente a não ter medo de falar, a falar com liberdade, estando certo de que pagarei pelas minhas palavras, mas ainda mais pela ausência delas. Wei Yingluo foi o tipo de heroína que nos ensina a nos exprimir, a buscar justiça e a lutar por algo melhor na vida. Exemplo de amor próprio (爱自己), de autocontrole e de liberdade, Wei Yingluo me ensinou a me valorizar mais e que se for para sentir algo, que eu sinta, pois é certo que nada é eterno, tudo passa. Mas que eu entenda que se eu não receber em troca o sentimento que estou disposto a dar/dividir, então, que me não faça perder tempo nem vida em troca de algo sem futuro. Acho que nem preciso dizer que recomendo. >< Obrigado por ler!!! ^^
Sobrenatural (10ª Temporada)
4.1 421 Assista Agora30/12/2019: E esse final???? Não poderia estar mais passado!!! Amei o episódio das meninas do teatro encenando os livros do Chuck! Amei ter uma bruxa, Rowena, como personagem, mais ou menos, regular. Inclusive, tô aguardando a referência com A Feiticeira, a série de TV. Não vejo a hora de Dean (que é cheio das referências) chamá-la de Endora. Hahaha
Senti falta de (mais) episódios de viagem no tempo, mas só de ver o passado do Crowley, a Europa antiga, os tempos desse povo de trocentos anos atrás... fico... *-* Muito interessante esse remontar ao passado que a série faz seja no começo dos episódios seja para a compreensão de um evento-chave pra narrativa do episódio. Muito triste pela Charlie. Eu gostava muito dela. =\
Outra coisa que amo muito em Supernatural é como a narrativa possui histórias múltiplas, mas, principalmente, duas histórias regulares, paralelas em que uma afeta/dialoga com a outra. Sempre há a história dos casos que Sam e Dean resolvem, mas também há a própria história deles, seus problemas pessoais, seus sentimentos e como isso é refletido naquilo que investigam. Não é à toa que é minha série favorita.
E agora, eu estou simplesmente, de mãos atadas. Eu ia só ver da 11ª a 15ª quando saísse a 15ª em francês (tenho usado minhas séries favoritas pra esse fim: treinar/aprender o francês ^^). Mas com um final desses... Como me aguentar? E agora, José? ><
The Disguiser
5.0 1Mais uma grande produção chinesa de peso. A China também costuma ser conhecida por seus dramas históricos e tradicionais, mas com The Disguiser, ela aposta na história sobre a ocupação japonesa por volta da Segunda Guerra Mundial, aproximadamente.
Além de deixar o tradicional de lado, a série mostra um belíssimo trabalho de inteligência de como as força anti-japonesas trabalharam em conjunto para causar a ruína dos japoneses em território chinês.
Apesar de fantasiosa a série (uma vez que um amigo chinês me disse que não tinha nada de inteligência nas ações da China durante a guerra rs), há um investimento grandioso tanto no fator nacionalista, que se faz muito presente na China atual, bem como às relações familiares no durante-guerra. De um lado, o serviço à pátria unindo e/ou separando compatriotas em prol do bem maior - a ruína do domínio japonês na China; ao passo que, do outro lado, as determinações políticas nas relações de sangue (ou mesmo na falta dele).
O Disfarçador, em tradução literal, é um espião treinado para enfrentar o comando Japonês em Xangai e região. Cada disfarce e atitude são amplamente pensadas com inteligência e isso dá um ar incrível à série, ampliando o patamar das capacidades humanas mediante o treinamento para um propósito X.
Apesar das grandes determinações por trás de suas ações serem para um bem maior, o modo como certas ordens são dadas é terrivelmente perturbador não apenas porque se trata de ceifar vidas por causa de uma extensão de terra, mas também porque são seres humanos, munidos de sentimentos, matando e sendo mortos por algo que pouco se importa se vivem ou morrem, e podem entender esse algo como o território, mas também podem incluir aí o governo chinês (e não só ele, como bem sabemos)...
E sim, eu amei a série, apesar de certas lacunas que ficaram, a meu ver. Permaneço inconformado com parte do final, mas sigo já que nada posso fazer para mudá-lo. =\ E foi uma grande experiência tê-la visto com dupla legenda, em inglês e chinês, no áudio original. Fica aqui o registro: se você está aprendendo línguas e tiver acesso a mais de uma legenda (ao mesmo tempo), experimente! É uma grande estratégia e uma experiência incrível! *-*