Um monologo feminino que lançou o diretor Pedro Almodóvar no cenario mundial, Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios nos mostra a estoria de uma atriz que após o termino de um namoro se ve metida em diversas confusões ao ajudar uma amiga fugitiva da policia, conhecer o filho de seu amante e sua enojada noiva e aturar a furia lunatica da mãe do jovem. Original como todo filme do diretor, o filme começa num estilo simples, mostrando a vida de Pepa e como ela lida com o termino do namoro, e atingindo o auge da dramaticidade exagerada com toques unicos de humor quando apos diversas sequencias de encontros e desencontros todos os personagens começam a ocupar seu apartamento por diversas razões, confundindo-se historias, criando outras e impossibilitando ao espectador descobrir como tudo aquilo vai terminar. O titulo do filme remete a todas as personagens femininas do filme, que por razões bem particulares, estão na beira de um ataque de nervos e onde cada 'ataque' gera consequencias hilariantes. Almodóvar é um diretor familia, parecido com Woody Allen, que insiste em manter a boa quimica que tem com seus bons atores que participam em diversos de seus trabalhos como Carmen Moura e Antonio Bandeirase rendem bons resultados. Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios é um marco do cinema espanhol dos anos 80, especialmente para o proprio diretor que viria a trazer referencias deste filme em outros trabalhos como Kika e especialmente em sua mais recente produção Los Abrazos Rotos, tanto no uso dramatico dos closes e enquadramentos, quanto da musica forte, tons de cores berrantes, em especial o vermelho, cenarios, temas relacionados a filmes e atores, sequencias de conversas e aleatorias, como os tomates e o foco no andar de salto alto de Pepa, criando um certo proprio plagio delicioso de ser revisto, mas não tão delicioso quanto acompanhar as confusões originais do apartamento de Pepa neste filme.
Um refresco no gênero de melodrama familiar, que graças a capacidade do diretor de Jonathan Dayton e Valerie Faris, conseguem estrair boas atuações de um bom elenco, sobre uma familia confinada em um só espaço durante um longo periodo, dando margem a diversos sentimentos se aflorarem e transformando a união familiar desgastante por um periodo e depois renovando-a para uma sensasão prazerosa, que ja nasceram nas mãos do premiado roteirista Michael Arndt, e tornam tantas singularidades em uma historia possivel na vida real. Cada membro dessa familia é excentricamente unico: uma garota que sonha em participar de um concurso de beleza, mesmo que seja o oposto de beleza dos dias atuais (Abigail Breslin magnifica em seu papel de estreia), um pai fracassado, mas otimista em contraste com uma mãe que ja não sabe como sanar as loucuras de tanta gente confusa ao seu redor (Greg Kinnear e fabulosa Toni Collette, em um papel previa para a sua bem sucedida serie United States of Tara), um tio suicida que se encontra em seu pior momento profissional e pessoal (Steve Carrel que embora dando margem a dramaticidade, é muito cômico), um irmão adolescente que usa o silencio como forma de protesto contra as maluquices dos pais e si proprias (Paul Dano) e um avô viciado em heroine que parece ser o unico a atender sobre afeto, devido a sua relação com a neta (Alan Arkin em um papel digno de um oscar). Tantos defeitos em conjunto numa viagem exaustiva levam a um filme divertido, repleto de bons momentos que dificilmente se veem no cinema convencional e que dá espaço a produções independentes dignas.
Ainda que um pouco apelativo, que muda constantemente de extremos para recobrar nossa atenção, Rabbit Hole é um filme que surpreende por uma boa mistura de varios elementos. Uma especie de crônica sobre que lugar a morte deve ocupar na vida e de como reagir a isso e retomar a vida, o filme conta a estoria de Becca e Howie que passados oito meses desde a morte acidental de seu filho de quatro anos tentam lidar com seus sentimentos e de fato recomeçar. Ainda que o diretor tente criar a perspectiva e que ja se passou a fase mais dolorosa dor e focar em como o codidiano não os deixa superar o acontecimento, ele se perde, ainda que pegando as sismas iniciais da para servir de material contra as atitudes de outros personagens e dos proprios protagonistas. Becca é o grande triunfo do filme. Nicole Kidman, com mais mobilidade facial alem de rejuvenecer e em varios momentos do filme relembrar antigos trabalhos devivo ao jogo de câmera e aparencia, nos dá finalmente uma atuação digna de toda sua fama, apos um longo periodo de filmes e interpretações mediocres. Sua personagem se agarra no sofrimento, achando que qualquer alegria que venha sentir ser considerada uma traição ao filho, e toda essa tristeza e incapacidade de lidar com a situação levam Becca a perder a paciencia em diversos momentos que marcam o filme, como quando critica uma das mães do grupo que frequentava, sua eterna raiva da gravidez da irmã e dos comentarios da mãe, que mesmo passando por uma situação semelhante não sabe ajudar a filha a principio. Becca acaba procurando consolo na compania do jovem que acidentalmente atropelou seu filho, e embora não o culpe pelo ato, se sente responsavel por tentar livrar o jovem da culpa que sente e acabando que por transferir seu carinho materno ainda muito presente para ele, ja que não há compatibilidade com seu marido, Aaron Eckhart numa atuação apatica, somente boa nos momentos de explosão sentimental. A vulnerabilidade de ambos é que da Rabbit Hole o seu charme e guardango a explicação do titulo do filme em uma sequencia interessante sobre realidades alternativas que nos remete ao diferente poster com diversas versões de Becca, mas que ao contrario do que ela espera não fogem de seu sofrimento, o que justamente cansa um pouco o filme.
Após uma serie de filmes odiosos que destruiram todo o respeito e dignidade dos quadrinhos da Marvel, ela surge com essa aceitavel versão de Thor. Tentando não ser corrido, o filme da bastante espaço entre as dois locais onde se passam o filme, no brilhante e computadorizado reino de Asgard e no modesto e tão irreal mundo humano, comum da editora para contar a historia de um deus que apesar de poderoso e proximo na linhagem dos reis é expluso por seu pai devido a seus comportamentos infantis e fadado a aprender a ser digno de reinar (aquela tipica filosofia que vai dar força ao personagem principal durante o filme). Chris Hemsworth faz uma atuação digna e envolvente do orgulhoso deus do trovão nordico, parecendo muito com o original e Natalie Portman resurge das cinzas para fazer um bom par romantico, já Anthony Hopkins que faz o rei e pai Odin parece a cada ano que passa fadado a bicos ruins em filmes ruins, se tornando a mesma preseça velha e cansativa em todos. Com bons efeitos especiais, cenas de lutas interessantes e dinamica o filme so peca em alguns exageros e personagens, mas nada muito inedito nas adaptações cinematograficas dos quadrinhos.
O primeiro filme em inglês de Polanski e tambem o primeiro da trilogia do apartamento, que elevou seu status de diretor para que alcançasse o cenario mundial e pudesse produzir filmes de maior orçamento e divulgação. Unicamente disconcertante, Repulsion conta a estoria de Carol, uma jovem e inocente manicure que vive com a irmã em um pequeno apartamento em Londres. Apesar de ser bonita e consantemente cortejada, Carol, devido ao convivio com o inescrupuloso namorado da irmã e a forte dependencia dela, possuiu uma repulsa aos homens e constantemente se isola em seu apartamento. Quando sua irmã a deixa sozinha para fazer uma viagem, todas as aflições e inseguranças de Carol se manifestam de maneira impressionante. Polanski soube dosar os elementos do filme para intensificar a transformação da personagem. A primeira parte do filme é lenta, mostrando o dia a dia de cada personagem, não revelando nada de mais, em um cenario que apesar de expressionista, possui toques da Nouvelle Vague. A segunda parte do grupo, marcada pelo isolamento de Carol é marcado pela presença forte de efeitos especiais para expressar sua loucura; a trilha sonora funciona perfeitamente, é alegre, quase um jazz nas cenas externas e predominantemente silenciosa para almentar a intensidade das cenas do interior do apto. de Carol, em especial nas supostas cenas de estupro que afligem o espectador. Catherine Deneouve, como sempre, esta fabulosa; ela soube ir aos dois extremos da personagem, de inocente e fragil à obessesiva e violenta. Assim como Rosemary's Baby e The Tenant, Repulsion é um pesadelo subjetivo, com um jogo de câmera de cria angulos com focos e closes que ajudam na perspeciva claustrofobica e pessoal da mente dos protagonistas, nesse caso fazendo com que a loucura de Carol tome forma nas estranhas visões em seu apto. fazendo com que o seu medo virginal do sexo a leve à violencia e insanidade e chocando a todos com suas consequencias.
Um classico cult autêntico. Harold and Maude é recheado de um humor sutil que demostra uma contra cultura em choque com a sociedade padrão do final dos anos 60 e começo dos 70 que foca a inesperada amizade entre o rico Harold de 20 ano com a espirituosa Maude de 79. Ambos se conhecem em um funeral, algo que ambos tem costume de frequentar que serve como uma forma de terapia pessoal. Harold tem uma obsessão com a morte, adorando chamar a atenção de sua negligente mãe com hilarias tentativas falsas de suicidio, mas que não atende so a esse significado; Harold tem medo de crescer de encarar a vida, então se prende na morte. Maude por outro lado, ve a vida e morte da maneira mais natural possivel, dedicando seus dias a se divertir e a apoiar suas causas diferenciadas, de forma bem impulsiva, feliz e hilaria, não temendo em nenhum momento a morte, revelando ate espera-la, com maturidade e naturalidade que surpreende. Quando ambos se conhecem, geram então uma relação unica repleta de momentos memoraveis como Maude seduzindo jovens guardas, raptos de arvores, passeios no parque, brigas ensaiadas e confissões emocionantes. O charme do filme, alem da magnifica performace de Ruth Gordon, que deveria ter sido agraciada com os mais diversos premios, esta nessa ligação entre os dois personagens. Alem de uma profunda amizade e puro amor, há uma leve ligação sexual que rende diversas sequencias que exploram o preconceito contra essa união e tambem há uma genialidade de Hak Ashby em não transformar essa relação em um cliche caso de um personagem velho e sabio que ensina o despreparado jovem, mas sim em como os dois se completam para atingirem a mais pura liberdade de expressão e de vida que so é trabalhada durante toda a trama e compreedida após seu climax, vazendo com que a morte traga significado à vida e ensinando quem assiste a viver.
Uma excelente mistura de comedia, supense e thriller, ambientada nos belos anos 60. Stanley Donen segue a inicio um estilo semelhante ao de Alfred Hitchcook na forma como apresentar a trama e seus protagonistas vividos pelos magnificos Cary Grant e Audrey Hepburn. Apesar da notavel diferença de idade, o casal consegue contruir uma quimica natural que une os dois de forma a prender o espectador em todas as suas ações. O grande truque do filme, alem da estoria, dos personagens e da otima trilha sonora é a mistura de generos, onde a comedia pode ser vista nos dialogos receados de ironias, sarcasmo e piadas que os protagonistas trocam ao logo da trama mas quanto ao jogo de reviravoltas, envolvendo assassinatos, conflitos, troca de identidades e revelações e isso acaba abrindo caminho para que a parte thriller noir da trama entre em ação, tudo ambientado na glamurosa Paris em plena epoca da contra cultura dos anos 60.
Uma representação perfeita do turbulento periodo da grande depressão americana, They Shoot Horses, Don't They? vai a fundo na ideologia da epoca e na mente das pessoas daquela epoca. Com uma abertura aparentemente desconexa como o enredo e jus ao titulo, mas que adquire um significado elaborado e fantastico na sequencia final dos protagonistas, o filme mostra uma maratona inumana, no qual diversos casais, cada um com seu motivo pessoal, mas todos envolvendo o desespero por dinheiro e comida em uma epoca insana, competem por 1500 dolares, que sera premiado ao casal que conseguir resistir por mais tempo na pista de dança. A maratona leva dias, semanas e é ate ironico ver todo o otimismo e desejo de cada personagem, junto a suas aparências sadias e ate contentes expressões mudar completamente a medida que eles se desgastam fisca e mentalmente a medida, dançando por horas e dias seguidos, com pouco tempos de descanço, o que tambem vai revelando um pouco da personalidade de cada concorrente. Jane Fonda fez por merecer mais uma indicação ao oscar pela sua interpretação da desbocada e irritadiça Gloria Beatty que por mais que se mantenha distante de seu inocente e irritante parceiro e de todo o resto começa a abandonar não so a disposição para competir mas para viver em um mundo onde pessoas se divertem com o esforço sofrivel de pessoas que lutam para sobreviver de alguma forma, em uma crise que pegou os americanos de surpresa, abalando suas estruturas. Gig Young mereceu seu oscar pela interpretação do cruel apresentador da maratona que apesar de não se conformar com a situação, se adapta à realidade. O filme é no geral, uma critica que expõe o comportamento de uma geração, ate onde as pessoas menos sucedidas iam na decada de 30, demostrado a todo instante e intensificado em cenas angustiantes como a mudança de comportamento de Alice e a rendição e ultima corrida de Gloria e a morte de alguns personagens.
Por mais que seja considerado um dos percursores sobre o tema no cinema, The Haunting esta longe de ser um de seus melhores titulos. Mesmo com um prologo atraente, com uma trilha sonora angustiane e narração chamativa, o restante do filme não segue muito bem toda a atmosfera que aparentemente iria apresentar. The Haunting poderia ser melhor considerado e apreciado como um filme de terror psicologico, ja que ele deixa aberto a discusão tudo o que ocorreu durante a estadia do dr. Markway e seu seleto grupo de 'pesquisadores' na Mansão Hill. Julie Harris é o triunfo do filme, interpretando a neurotica Elenor com muita vivacidade, assim como Claire Bloom como a independente e aparentemente (pelos padrões da epoca) lesbica. Apesar de uma fotografia interessante que tende a levar o espectador ao clima tenso do casarão e com uma trilha sonora intensa, mas que chega a ser irritante, ele não convence como filme de terror, deixando o filme fiel ao livro em que foi baseado, nos levando a duvidar se os personagens realmente vivenciaram efeitos sobrenaturais ou se é tudo obra da loucura de Eleanor, ja que todos os acontecimentos ocorrem em sincronia às suas alfições e experiencias.
Um dos mais bem sucedidos percursores do gênero, The Innocentes é um classico da setima arte, assim como sua sinopse descreve. Contando a estoria de uma jovem que viaja ao interior da Inglaterra para ser governanta de duas crianças em uma enorme propriedade no interior da Inglaterra. Ainda que anciosa e incerta se consiguira atendar as altas expectativas e exigencias de seu empregador, Mrs. Giddens arrisca viver isolada na mansão para cuidas das adoraveis e solitarias crianças. Apesar de toda a sua boa intenção, ela não consegue se afastar da ideia de que muitos segredos lhe são escondidos atras do aparentemente bondoso comportamento das crianças e do misterio que os outros empregados fazem sobre os acontecimentos do local. Em meio a tomadas que envolvem estranhos barulhos e aparições, a verdade sobre o que esta acontecendo é aos poucos reveladas à governanta e ao publico, fazendo com que fiquemos a par de seus sentimentos e nos mantendo presos ao filme. Deborah Kerr nos da uma performace fascinante de uma mulher tomada pelo medo do desconhecido mundo sobrenatural mas com firmeza para lutar pela segurança de suas adoradas crianças, que tambem são outro ponto forte do filme, sabendo transgredir com eficiencia as personalidades infantis e possuida de seus protagonistas. Produzido em um cenario que se alia perfeitamente á atmosfera tensa do filme e aliado a uma trilha sonora e efeitos de câmera que transformam todas as sequencias sobrenaturais em momentos de grandes sustos, The Innocents é um filme imortal do gênero que viria a influenciar diversos outros, ate mesmo em um dos poucos remakes dignos, mas não se comparando a sua originalidade.
Super anos 60, Viva Las Vegas é um divertido e classico musical. Ainda que possa soar ser um filme musical do cantor Elvis, não se pode ignorar a divertida e bela participação de Ann-Margret que brilha em todos os momentos que aparece, especialmente nas divertidas sequencias de dança e em seus poucos numeros musicais, criando uma quimica natural com o astro do rock. Mesmo que uma leve a um final previsivel, Viva Las Vegas nos prende não apenas em seus numeros musicais, mas em todas as situações divertidas durante a construção da relação dos protagonistas envolvendo muitas frases engraçadas que levam a uma inocente e animada viagem pelo mundo pop e colorido da cultura dos anos 60, e se tornando um classico nescessario a todos que apreciam o gênero musical, romance e comedia.
Uma historia comovente, anternando maravilhosamente bem de momentos de ternura e beleza, para momentos sofridos e angustiantes. Hotaru no Haka é um dos primeiros trabalhos do celebre estudio Ghibli e mostra a precisão e competencia de seu co-fundador Isao Takahata ao retratar a dura historia de dois irmãs tentando sobreviver em um Japão desamparado em plena segunda guerra. Isao mostra a sua visão critica, tambem compartilhada pelo seu colega que ajudou a produzir o filme, Hayao Miyazaki, sobre o que uma guerra pode causar, sem mostrar nenhuma cena de violencia fisica, mas sim os reflexos do que ela causa na vida das pessoas. Setsuko e Seita formam o par mais terno de irmãos, que geram momentos unicos, muitos deles tão emocionantes que se torna dificil de conter as lagrimas. Hotaru no Haka é um tesouro da animação não so dos estudios Ghibli ou Japão, mas do mundo que merece ser apreciado por todas as gerações.
Tentando seguir da melhor forma o estilo do diretor, Machete é um filme que mistura ação e comedia de forma satisfatoria, mas não tão interessante quanto ao ultimo trabalho de Robert, Planeta Terror. Rober Rodriguez, ainda que na intensão de explorar sua visão (muito semelhante ao de seu amigo Quentin Tarantino) acaba falhando ao exagerar em algumas sequencias de ação, numero de personagens e piadas que não tem graça. Quanto as personagens, Danny Trejo é satisfatorio como o violento ex-policial e invencivel (assim como todos os protagonistas de todos os filmes de ação) Machete e Robert DeNiro como sempre competente como o xenofobico senador. Jessica Alba eMichelle Rodriguez, ainda que interpretem personagens importantes para a trama, não conseguem convencer muito e se tornam cansativas e apagaveis e Lindsay Lohan, cuja propaganda sugere uma participação interessante, faz uma personagem totalmente desperdiçavel e Steven Seagal é irritante e não convincente como o grande vilão, provamente tendo conseguido esse papel pela sua fama e não pela competencia de atuação. Alem de tentar manter um pouco do humor sadico de Grindhouse, Rodriguez tenta tocar em um assunto polemico sobre imigrantes, mas que não recebe atenção devido a mistura estranha de gêneros do filme. Machete não corresponde muito às espectativas, mas ainda sim é um filme assistivel.
Por mais que eu seja um fã dos antigos desenhos 2d da Disney, devo reconhecer que Tangled utiliza-se muito bem do toque, as vezes, irritantes de animação moderna e resgata otimos elementos classicos do estudio em uma bela produção. Como todos os grandes filmes da Disney, Tangled faz uma divertida, interessante e boa releitura do classico infatil Rapunzel. Seguindo uma triste tendencia de atrair tanto garotas quanto garotos (atuais) o filme tenta focar na aventura do ladrão carismatico Flynn com a inocente e espirituosa Rapunzel para tentar se afastar do status de contos de fada. Algo ja interessante nessa releitura é o motivo do rapto da jovem princesa: Uma mulher desesperada em manter a juventude eterna sequestra o bebe que possui nos cabelos os mesmos poderes que sua flor magica e a mantem escondida. Gothel, alem de uma personagem divertida e ironicamente semelhante a cantora Cher, é alem da vilã, uma satira ao desespero de se manter a juventude e felicidade, que ironicamente afasta de Rapunzel. Contando com otimas canções como When Will My Life Begin?, Mother Knows Best e I See The Light, que misturam o 'espirito disney' e 'modernidade', dublagens otimas que se encaixam perfeitamente em cada personagem, uma animação muito trabalhosa, especialmente nos longos 21 metros de cabelo de Rapunzel, Tangled é um dos novos filmes da Disney que merece espaço entre os bons titulos.
Uma overdose do agitado e colorido cenario underground dos anos 80!. Apesar de possuir uma historia relativamente divertida, Desperately Seeking Susan consegue se afundar em muitos aspectos. Um elenco não muito bom, salvando alguns momentos da protagonista vivida por Rosanna Arquette, personagens, sem excessão, irritantes que vão surgindo aos montes na tela, e se misturando ao berrante estilo de roupa da epoca e causando uma grande dor de cabeça. Madonna esta bem no filme, mas não como atriz, como ela mesma e ainda sim forçada em certos momentos; ela provavelmente aproveitou o filme para distribuir sua imagem que comaça a entrar em ascensão naquela epoca. Mas enfim, o filme não agrada muito, salvando apenas em algumas cenas, ironicamente de Madonna e algumas musicas.
Lars von Trier nunca deixa de impressionar e angustiar em seus filmes. Dogville, Anticristo, Manderlay e Dançando No Escuro, sendo este o seu mais emocionante trabalho. Situado em um Estados Unidos construido no meio da Inglaterra, ja que o diretor se recusa a andar de avião, mas compensa, reconstruindo o espirito do pais e da pesonalidade do seu povo com perfeição, o filme conta a historia da doce e inocente Selma, que sofre com uma doença que vai lhe deixando cega e que por ser hereditaria, logo começara a afetar seu amado filho Gene. Apesar de estar na condição de imigrante, trabalhar com dificuldade em uma fabrica, viver em um pequeno trailer de favor nas propriedades de um casal e ter que lutar para guardar dinheiro para pagar uma operação para o filho, a qual se recusa a revelar, mesmo em momentos tensos do filme, Selma continua sempre com seu espirito leve e absurdamente bondoso e sonhador durante todo o filme, sem se tornar uma personagem boba ou irrante, mas incrivelmente emocionante. Apos cometer se intenção um crime, Selma vê tudo aquilo pelo que batalhou escapar de seu controle, mas ainda sim, insiste em seu objetivo de ajudar seu filho e em seu comportamento bondoso para não prejudicar ninguem. Apos o acontecimento climax, todas as sequencias se tornam angustiantes e depressivas, nos colocando lado a lado com as dores da personagem e causando indignação, revolta e absoluta tristeza em especial na cena do crime e na sequencia final. Os poucos, mas cruciais momentos musicas, são muito semelhantes aos trabalhos de Björk, num clima um tanto quanto surreal, que se passam na mente de Selma, e agem como uma forma de escapismo contra a dura realidade que enfrenta. As atuações são outro grande destaque para o filme. Björk surpeende por uma interpetação intensa e comovente em todos os segundos do filme, que infelizmente não foi agraciada com um globo de ouro, Catherine Deneuve tambem como a eterna melhor amiga que esta sempre a disposição para ajudar Selma e todos os diversos personagens, como o timido e apaixonado Jeff, e o casal Houston, todos encantam com interpretações simples, mas profundas, em um filme igualmente profundo, simples e fantastico.
É triste ver o quanto um belo filme como Central do Brasil é massacrado com criticas negativas. Entendo que muitos supervalorizam o filme 'apenas' por ele ter sido um dos unicos a ser indicado ao oscar, assim como Fernanda Montenegro, e não pelo filme em si, o que é um grande erro. Mostrando a realidade da vida dos personagens de forma bem crua, mas sensivel, o filme mostra a tragetoria de Dora, uma mulher amargurada e egoista que se ve forçada a fugir pelo país para ajudar o orfão Josué a encontrar o seu pai, apos a tragica morte da mãe. Uma especie de Road Movie brasileiro, que sim, conta com algumas atuações desejaveis de alguns coadjuvantes, mas que não é muito relevante devido ao talento dos protagonistas que lideram e prendem a atenção do espectador desde o inicio da trama, e por mais que o filme pareça longo e parado, é um detalhe crucial para que a relação de Dora e Josué possa ser desenvolvida da maneira certa e chegar ate seu climax numa emocionante sequencia final. Sem querer defende-la apenas por ser brasileira e entrar num sentimento hipocrita, mas Fernanda Montenegro fez por mereçer não apenas uma indicação, mas uma vitoria ao oscar de 99 (que foi injustamente para as mãos da sem graça Gwyneth Paltrow), pois seu personagem é o triunfo do filme: uma professora mau sucedida na vida amorosa e amargurada que encontra diversão em ridicularizar as cartas que escreve para os analfabetos e alfinetar os outros pensando primeiro em si. Por sorte, a convivencia com Josué, mais o seu sentimento de culpa que remete à sua propria infancia, Dora vai quebrando barreiras dentro dela mesma e embarca de forma supreendentemente dedicada à ajuda-lo, divertindo com jeito preocupado mas grosseiro e sendo tambem uma especie de foco cultural num meio de um Brasil pobre, que mesmo com a direção segura e fotografia bela, não se ameniza, apenas nos momentos onde entramos em um contato direto com as emoções destes personagens como a sequencia de 'transe' e a leitura da carta final. Central do Brasil colocou o cinema brasileiro em evidencia após uma decada ruim, foi uma pena que seu exemplo não tenha sido seguido da forma como devia, mas pelo menos esta indo.
Fernando Meirelles, assim como outros 'privilegiados' diretores brasileiros, mostram que os cineastas daqui podem ir muito alem de novelas de uma hora e meia de duração e se aventurar com sucesso no cenario mundial. Ainda que aparentando ser mais um filme que se passa numa Africa desolada por problemas e agindo como uma critica, o filme dá mais espaço aos dramas sofridos pelos seus protagonistas como forma de prender o espectador e misturar temas. Ralph Fiennes é o respeitado e gentil diplomata britanico que inicia um ironicamente obvio romance com a feroz ativista vivida por Rachel Weisz, em uma de suas melhores atuações e digna da vitoria do oscar de melhor atriz coadjuvante. Apesar de aparentar ser a tipica ativista revoltada no inicio do filme, Tessa (Rachel) nos revela uma personagem inteligente e insistente que canaliza suas frustrações pessoais em uma eterna batalha contra as más condições e abusos que vivenciou durante seu trabalho no Quênia, mesmo que seja impossivel para agir sozinha, o que acaba levando-a a sua morte, que é um elemento chave do filme e um gancho para que Justin (Ralph) possa se tornar o coadjuvante do filme e liderar a trama, em uma busca para respostas para suas duvidas sobre tudo o que ocorreu com sua esposa. A dedicação misturada ao sofrimento da perda, movem os protogonistas e transformam o ingenuo Justin em uma versão masculina de Tessa, que se pode ser evidenciado com o estilo de filmagem: com diversos cortes (uma marca do diretor para se fazer um jogo de sugestões e mexer com a cabeça do espectador) e os tons de iluminação para diferenciar os momentos alegres e tensos do filme, em diversas sequencias muito interessantes. O titulo do filme remete à personalidade de Justin, que apesar de entrar em uma luta que não é sua, ele manten-se fiel a seus sentimentos.
Finalmente parando de insistir em milhões de continuações para Ice Age, Carlos Saldanha dá espaço à divertida animação Rio. Como uma especie de homenagem á sua cidade natal, Carlos faz uma releitura da cidade onde se passa a trama, reasgatando toda a imagem discontraida e festeira e muito conhecida do brasileiro durante a epoca do carnaval para coloca-la como plano de fundo para a historia da arara Blu, nativo brasileiro, mas criado e acostumado ás mordomias de sua carinhosa dona e que não sabe voar, que tem que voltar ao Brasil para acasalar com a ultima fêmea de sua especie (tudo isso feito de maneira bem sutil rs) Jade, uma esquentada e encantadora ave. Durante as fugas, correrias e confusões que os protagonistas se envolvem, eles se deparam com outros diversos personagens, alguns cansativos, outros engraçados que vão ajudando a dar um pouco de cor e musica à trama um pouco sem sal. É engraçado pensar que é um filme americano, devido a naturalidade (ate certo ponto) de como a cultura brasileira é apresentada a todo momento, em especial nas musicas, tudo graças ao diretor, mas ainda sim soa mais como uma visão muito particular, mas que ainda não deixa de agradar e ate emocionar em alguns momentos.
Practical Magic não é um filme muito rico em significados e intensidade nem um filme otimo se comparado a alguns classicos do cinema ou outros filmes das protagonistas, mas ainda sim é um filme que pela leveza e beleza é uma divertida e bonita historia de duas irmãs fadadas a uma maldição de gerações de sua familia que se voltam uma na outra como forma de encontrar paz. Nicole Kidman ainda começando a receber papeis mais importantes e de destaque, é Gillian a irmã aventureira e desesperada que leva ate a vida de sua calma e madura irmã Sally, vivida por Sandra Bullock e a suposta atriz mais famosa do filme, uma parte dos problemas que marcam o filme. Apesar do nome e do conteudo, o filme não foca em feitiçeiras de historias, com poções e feitições (ainda que de espaço para o sobrenatural de forma forte em alguns momentos do filme) e sim no interior da familia Owens, e na busca das protagonistas de se encaixarem na sociedade, sem serem vitimas de preconceitos e assim finalmente encontrar paz e amor. O filme tambem mostra, mesmo com uma dupla meio discordante, uma relação doce entre duas irmãs, com uma boa dosagem de romance, comedia e drama e não deve ser analisado tão friamente como um filme tão pobre e sim como um filme simples e confortavel de se ver.
Com uma ideia interessante e relativamente boa para a fase menos inspirada de Woody Allen, que consegue entreter ate certo ponto. Com um elenco não muito interessante, as atenções se voltam para Radha Mitchell que soube divertir ao interpretar as versões de comedia e drama da mesma personagem e vivenciar suas historias com intensidade, de acordo com as criações dos escritores, ao longo do filme. Com elementos tipicos do diretor, como a casualidade, a comedia com um tom mais existencialista e indo de um extremo ao outro, relembrando o classico comico Rosa Purpura do Cairo e o dramatico Interiores, mas ainda sem o tom de novidade, sendo mais uma reciclagem de antigas boas ideias do diretor e não sendo muito interessante de se prestar atenção depois de meia hora de filme.
tenho certeza de que muitos, assim como eu, foram assistir a No Strings Attached, esperando encontrar uma Natalie Portmam em uma atuação digna, ja que ficamos maravilhados com sua anterior e perfeita atuação em Black Swam e nas primeiras cenas nos chocamos. Com uma historia absurdamente boba e sem graça, sobre duas pessoas que se encontram apenas para se satisfazerem no sexo. O filme dá a impressão que quer inovar ao criar um personagem masculino aparentemente perfeito (rico, bonito e atencioso) que procura o amor, enquanto a personagem feminina o rejeita com um medo ilogico e sem explicação de relacionamentos serios. Natalie decepciona por aceitar um papel tão ruim, mas talvez seja um truque para mostrar que é capaz de ir nos extremos, enquanto Ashton Kutcher nunca sair do seu esteriotipo de eterno rapaz bonito, e não satisfazendo como ator, como nunca fez e nunca o fara. Assim como tantos outros filmes do genero, No Stings Attached é aquela avalanche de cliches, em especial para os tipicos coadjuvantes irritantes e inuteis, as situaçõe engraçadinhas que unem os protagonistas e ao draminha pre final, que supostamente deixa o espectador em duvida, mas que é sempre o esperado e ainda consegue ser ruim.
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraBem decepcionante.
A animação dá de mil
A Hora do Amor
3.4 16Decepção...
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraUm monologo feminino que lançou o diretor Pedro Almodóvar no cenario mundial, Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios nos mostra a estoria de uma atriz que após o termino de um namoro se ve metida em diversas confusões ao ajudar uma amiga fugitiva da policia, conhecer o filho de seu amante e sua enojada noiva e aturar a furia lunatica da mãe do jovem. Original como todo filme do diretor, o filme começa num estilo simples, mostrando a vida de Pepa e como ela lida com o termino do namoro, e atingindo o auge da dramaticidade exagerada com toques unicos de humor quando apos diversas sequencias de encontros e desencontros todos os personagens começam a ocupar seu apartamento por diversas razões, confundindo-se historias, criando outras e impossibilitando ao espectador descobrir como tudo aquilo vai terminar. O titulo do filme remete a todas as personagens femininas do filme, que por razões bem particulares, estão na beira de um ataque de nervos e onde cada 'ataque' gera consequencias hilariantes. Almodóvar é um diretor familia, parecido com Woody Allen, que insiste em manter a boa quimica que tem com seus bons atores que participam em diversos de seus trabalhos como Carmen Moura e Antonio Bandeirase rendem bons resultados. Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios é um marco do cinema espanhol dos anos 80, especialmente para o proprio diretor que viria a trazer referencias deste filme em outros trabalhos como Kika e especialmente em sua mais recente produção Los Abrazos Rotos, tanto no uso dramatico dos closes e enquadramentos, quanto da musica forte, tons de cores berrantes, em especial o vermelho, cenarios, temas relacionados a filmes e atores, sequencias de conversas e aleatorias, como os tomates e o foco no andar de salto alto de Pepa, criando um certo proprio plagio delicioso de ser revisto, mas não tão delicioso quanto acompanhar as confusões originais do apartamento de Pepa neste filme.
Pequena Miss Sunshine
4.1 2,8K Assista AgoraUm refresco no gênero de melodrama familiar, que graças a capacidade do diretor de Jonathan Dayton e Valerie Faris, conseguem estrair boas atuações de um bom elenco, sobre uma familia confinada em um só espaço durante um longo periodo, dando margem a diversos sentimentos se aflorarem e transformando a união familiar desgastante por um periodo e depois renovando-a para uma sensasão prazerosa, que ja nasceram nas mãos do premiado roteirista Michael Arndt, e tornam tantas singularidades em uma historia possivel na vida real. Cada membro dessa familia é excentricamente unico: uma garota que sonha em participar de um concurso de beleza, mesmo que seja o oposto de beleza dos dias atuais (Abigail Breslin magnifica em seu papel de estreia), um pai fracassado, mas otimista em contraste com uma mãe que ja não sabe como sanar as loucuras de tanta gente confusa ao seu redor (Greg Kinnear e fabulosa Toni Collette, em um papel previa para a sua bem sucedida serie United States of Tara), um tio suicida que se encontra em seu pior momento profissional e pessoal (Steve Carrel que embora dando margem a dramaticidade, é muito cômico), um irmão adolescente que usa o silencio como forma de protesto contra as maluquices dos pais e si proprias (Paul Dano) e um avô viciado em heroine que parece ser o unico a atender sobre afeto, devido a sua relação com a neta (Alan Arkin em um papel digno de um oscar). Tantos defeitos em conjunto numa viagem exaustiva levam a um filme divertido, repleto de bons momentos que dificilmente se veem no cinema convencional e que dá espaço a produções independentes dignas.
Reencontrando a Felicidade
3.5 622Ainda que um pouco apelativo, que muda constantemente de extremos para recobrar nossa atenção, Rabbit Hole é um filme que surpreende por uma boa mistura de varios elementos. Uma especie de crônica sobre que lugar a morte deve ocupar na vida e de como reagir a isso e retomar a vida, o filme conta a estoria de Becca e Howie que passados oito meses desde a morte acidental de seu filho de quatro anos tentam lidar com seus sentimentos e de fato recomeçar. Ainda que o diretor tente criar a perspectiva e que ja se passou a fase mais dolorosa dor e focar em como o codidiano não os deixa superar o acontecimento, ele se perde, ainda que pegando as sismas iniciais da para servir de material contra as atitudes de outros personagens e dos proprios protagonistas. Becca é o grande triunfo do filme. Nicole Kidman, com mais mobilidade facial alem de rejuvenecer e em varios momentos do filme relembrar antigos trabalhos devivo ao jogo de câmera e aparencia, nos dá finalmente uma atuação digna de toda sua fama, apos um longo periodo de filmes e interpretações mediocres. Sua personagem se agarra no sofrimento, achando que qualquer alegria que venha sentir ser considerada uma traição ao filho, e toda essa tristeza e incapacidade de lidar com a situação levam Becca a perder a paciencia em diversos momentos que marcam o filme, como quando critica uma das mães do grupo que frequentava, sua eterna raiva da gravidez da irmã e dos comentarios da mãe, que mesmo passando por uma situação semelhante não sabe ajudar a filha a principio. Becca acaba procurando consolo na compania do jovem que acidentalmente atropelou seu filho, e embora não o culpe pelo ato, se sente responsavel por tentar livrar o jovem da culpa que sente e acabando que por transferir seu carinho materno ainda muito presente para ele, ja que não há compatibilidade com seu marido, Aaron Eckhart numa atuação apatica, somente boa nos momentos de explosão sentimental. A vulnerabilidade de ambos é que da Rabbit Hole o seu charme e guardango a explicação do titulo do filme em uma sequencia interessante sobre realidades alternativas que nos remete ao diferente poster com diversas versões de Becca, mas que ao contrario do que ela espera não fogem de seu sofrimento, o que justamente cansa um pouco o filme.
Thor
3.3 3,1K Assista AgoraApós uma serie de filmes odiosos que destruiram todo o respeito e dignidade dos quadrinhos da Marvel, ela surge com essa aceitavel versão de Thor. Tentando não ser corrido, o filme da bastante espaço entre as dois locais onde se passam o filme, no brilhante e computadorizado reino de Asgard e no modesto e tão irreal mundo humano, comum da editora para contar a historia de um deus que apesar de poderoso e proximo na linhagem dos reis é expluso por seu pai devido a seus comportamentos infantis e fadado a aprender a ser digno de reinar (aquela tipica filosofia que vai dar força ao personagem principal durante o filme). Chris Hemsworth faz uma atuação digna e envolvente do orgulhoso deus do trovão nordico, parecendo muito com o original e Natalie Portman resurge das cinzas para fazer um bom par romantico, já Anthony Hopkins que faz o rei e pai Odin parece a cada ano que passa fadado a bicos ruins em filmes ruins, se tornando a mesma preseça velha e cansativa em todos. Com bons efeitos especiais, cenas de lutas interessantes e dinamica o filme so peca em alguns exageros e personagens, mas nada muito inedito nas adaptações cinematograficas dos quadrinhos.
Repulsa ao Sexo
4.0 462 Assista AgoraO primeiro filme em inglês de Polanski e tambem o primeiro da trilogia do apartamento, que elevou seu status de diretor para que alcançasse o cenario mundial e pudesse produzir filmes de maior orçamento e divulgação. Unicamente disconcertante, Repulsion conta a estoria de Carol, uma jovem e inocente manicure que vive com a irmã em um pequeno apartamento em Londres. Apesar de ser bonita e consantemente cortejada, Carol, devido ao convivio com o inescrupuloso namorado da irmã e a forte dependencia dela, possuiu uma repulsa aos homens e constantemente se isola em seu apartamento. Quando sua irmã a deixa sozinha para fazer uma viagem, todas as aflições e inseguranças de Carol se manifestam de maneira impressionante. Polanski soube dosar os elementos do filme para intensificar a transformação da personagem. A primeira parte do filme é lenta, mostrando o dia a dia de cada personagem, não revelando nada de mais, em um cenario que apesar de expressionista, possui toques da Nouvelle Vague. A segunda parte do grupo, marcada pelo isolamento de Carol é marcado pela presença forte de efeitos especiais para expressar sua loucura; a trilha sonora funciona perfeitamente, é alegre, quase um jazz nas cenas externas e predominantemente silenciosa para almentar a intensidade das cenas do interior do apto. de Carol, em especial nas supostas cenas de estupro que afligem o espectador. Catherine Deneouve, como sempre, esta fabulosa; ela soube ir aos dois extremos da personagem, de inocente e fragil à obessesiva e violenta. Assim como Rosemary's Baby e The Tenant, Repulsion é um pesadelo subjetivo, com um jogo de câmera de cria angulos com focos e closes que ajudam na perspeciva claustrofobica e pessoal da mente dos protagonistas, nesse caso fazendo com que a loucura de Carol tome forma nas estranhas visões em seu apto. fazendo com que o seu medo virginal do sexo a leve à violencia e insanidade e chocando a todos com suas consequencias.
Ensina-me a Viver
4.3 874 Assista AgoraUm classico cult autêntico. Harold and Maude é recheado de um humor sutil que demostra uma contra cultura em choque com a sociedade padrão do final dos anos 60 e começo dos 70 que foca a inesperada amizade entre o rico Harold de 20 ano com a espirituosa Maude de 79. Ambos se conhecem em um funeral, algo que ambos tem costume de frequentar que serve como uma forma de terapia pessoal. Harold tem uma obsessão com a morte, adorando chamar a atenção de sua negligente mãe com hilarias tentativas falsas de suicidio, mas que não atende so a esse significado; Harold tem medo de crescer de encarar a vida, então se prende na morte. Maude por outro lado, ve a vida e morte da maneira mais natural possivel, dedicando seus dias a se divertir e a apoiar suas causas diferenciadas, de forma bem impulsiva, feliz e hilaria, não temendo em nenhum momento a morte, revelando ate espera-la, com maturidade e naturalidade que surpreende. Quando ambos se conhecem, geram então uma relação unica repleta de momentos memoraveis como Maude seduzindo jovens guardas, raptos de arvores, passeios no parque, brigas ensaiadas e confissões emocionantes.
O charme do filme, alem da magnifica performace de Ruth Gordon, que deveria ter sido agraciada com os mais diversos premios, esta nessa ligação entre os dois personagens. Alem de uma profunda amizade e puro amor, há uma leve ligação sexual que rende diversas sequencias que exploram o preconceito contra essa união e tambem há uma genialidade de Hak Ashby em não transformar essa relação em um cliche caso de um personagem velho e sabio que ensina o despreparado jovem, mas sim em como os dois se completam para atingirem a mais pura liberdade de expressão e de vida que so é trabalhada durante toda a trama e compreedida após seu climax, vazendo com que a morte traga significado à vida e ensinando quem assiste a viver.
Charada
4.1 297 Assista AgoraUma excelente mistura de comedia, supense e thriller, ambientada nos belos anos 60. Stanley Donen segue a inicio um estilo semelhante ao de Alfred Hitchcook na forma como apresentar a trama e seus protagonistas vividos pelos magnificos Cary Grant e Audrey Hepburn. Apesar da notavel diferença de idade, o casal consegue contruir uma quimica natural que une os dois de forma a prender o espectador em todas as suas ações. O grande truque do filme, alem da estoria, dos personagens e da otima trilha sonora é a mistura de generos, onde a comedia pode ser vista nos dialogos receados de ironias, sarcasmo e piadas que os protagonistas trocam ao logo da trama mas quanto ao jogo de reviravoltas, envolvendo assassinatos, conflitos, troca de identidades e revelações e isso acaba abrindo caminho para que a parte thriller noir da trama entre em ação, tudo ambientado na glamurosa Paris em plena epoca da contra cultura dos anos 60.
A Noite dos Desesperados
4.2 112 Assista AgoraUma representação perfeita do turbulento periodo da grande depressão americana, They Shoot Horses, Don't They? vai a fundo na ideologia da epoca e na mente das pessoas daquela epoca. Com uma abertura aparentemente desconexa como o enredo e jus ao titulo, mas que adquire um significado elaborado e fantastico na sequencia final dos protagonistas, o filme mostra uma maratona inumana, no qual diversos casais, cada um com seu motivo pessoal, mas todos envolvendo o desespero por dinheiro e comida em uma epoca insana, competem por 1500 dolares, que sera premiado ao casal que conseguir resistir por mais tempo na pista de dança. A maratona leva dias, semanas e é ate ironico ver todo o otimismo e desejo de cada personagem, junto a suas aparências sadias e ate contentes expressões mudar completamente a medida que eles se desgastam fisca e mentalmente a medida, dançando por horas e dias seguidos, com pouco tempos de descanço, o que tambem vai revelando um pouco da personalidade de cada concorrente. Jane Fonda fez por merecer mais uma indicação ao oscar pela sua interpretação da desbocada e irritadiça Gloria Beatty que por mais que se mantenha distante de seu inocente e irritante parceiro e de todo o resto começa a abandonar não so a disposição para competir mas para viver em um mundo onde pessoas se divertem com o esforço sofrivel de pessoas que lutam para sobreviver de alguma forma, em uma crise que pegou os americanos de surpresa, abalando suas estruturas. Gig Young mereceu seu oscar pela interpretação do cruel apresentador da maratona que apesar de não se conformar com a situação, se adapta à realidade. O filme é no geral, uma critica que expõe o comportamento de uma geração, ate onde as pessoas menos sucedidas iam na decada de 30, demostrado a todo instante e intensificado em cenas angustiantes como a mudança de comportamento de Alice e a rendição e ultima corrida de Gloria e a morte de alguns personagens.
Desafio do Além
3.7 138 Assista AgoraPor mais que seja considerado um dos percursores sobre o tema no cinema, The Haunting esta longe de ser um de seus melhores titulos. Mesmo com um prologo atraente, com uma trilha sonora angustiane e narração chamativa, o restante do filme não segue muito bem toda a atmosfera que aparentemente iria apresentar. The Haunting poderia ser melhor considerado e apreciado como um filme de terror psicologico, ja que ele deixa aberto a discusão tudo o que ocorreu durante a estadia do dr. Markway e seu seleto grupo de 'pesquisadores' na Mansão Hill. Julie Harris é o triunfo do filme, interpretando a neurotica Elenor com muita vivacidade, assim como Claire Bloom como a independente e aparentemente (pelos padrões da epoca) lesbica. Apesar de uma fotografia interessante que tende a levar o espectador ao clima tenso do casarão e com uma trilha sonora intensa, mas que chega a ser irritante, ele não convence como filme de terror, deixando o filme fiel ao livro em que foi baseado, nos levando a duvidar se os personagens realmente vivenciaram efeitos sobrenaturais ou se é tudo obra da loucura de Eleanor, ja que todos os acontecimentos ocorrem em sincronia às suas alfições e experiencias.
Os Inocentes
4.1 396Um dos mais bem sucedidos percursores do gênero, The Innocentes é um classico da setima arte, assim como sua sinopse descreve. Contando a estoria de uma jovem que viaja ao interior da Inglaterra para ser governanta de duas crianças em uma enorme propriedade no interior da Inglaterra. Ainda que anciosa e incerta se consiguira atendar as altas expectativas e exigencias de seu empregador, Mrs. Giddens arrisca viver isolada na mansão para cuidas das adoraveis e solitarias crianças. Apesar de toda a sua boa intenção, ela não consegue se afastar da ideia de que muitos segredos lhe são escondidos atras do aparentemente bondoso comportamento das crianças e do misterio que os outros empregados fazem sobre os acontecimentos do local. Em meio a tomadas que envolvem estranhos barulhos e aparições, a verdade sobre o que esta acontecendo é aos poucos reveladas à governanta e ao publico, fazendo com que fiquemos a par de seus sentimentos e nos mantendo presos ao filme. Deborah Kerr nos da uma performace fascinante de uma mulher tomada pelo medo do desconhecido mundo sobrenatural mas com firmeza para lutar pela segurança de suas adoradas crianças, que tambem são outro ponto forte do filme, sabendo transgredir com eficiencia as personalidades infantis e possuida de seus protagonistas. Produzido em um cenario que se alia perfeitamente á atmosfera tensa do filme e aliado a uma trilha sonora e efeitos de câmera que transformam todas as sequencias sobrenaturais em momentos de grandes sustos, The Innocents é um filme imortal do gênero que viria a influenciar diversos outros, ate mesmo em um dos poucos remakes dignos, mas não se comparando a sua originalidade.
Amor a Toda Velocidade
3.4 48 Assista AgoraSuper anos 60, Viva Las Vegas é um divertido e classico musical. Ainda que possa soar ser um filme musical do cantor Elvis, não se pode ignorar a divertida e bela participação de Ann-Margret que brilha em todos os momentos que aparece, especialmente nas divertidas sequencias de dança e em seus poucos numeros musicais, criando uma quimica natural com o astro do rock. Mesmo que uma leve a um final previsivel, Viva Las Vegas nos prende não apenas em seus numeros musicais, mas em todas as situações divertidas durante a construção da relação dos protagonistas envolvendo muitas frases engraçadas que levam a uma inocente e animada viagem pelo mundo pop e colorido da cultura dos anos 60, e se tornando um classico nescessario a todos que apreciam o gênero musical, romance e comedia.
Túmulo dos Vagalumes
4.6 2,2KUma historia comovente, anternando maravilhosamente bem de momentos de ternura e beleza, para momentos sofridos e angustiantes. Hotaru no Haka é um dos primeiros trabalhos do celebre estudio Ghibli e mostra a precisão e competencia de seu co-fundador Isao Takahata ao retratar a dura historia de dois irmãs tentando sobreviver em um Japão desamparado em plena segunda guerra. Isao mostra a sua visão critica, tambem compartilhada pelo seu colega que ajudou a produzir o filme, Hayao Miyazaki, sobre o que uma guerra pode causar, sem mostrar nenhuma cena de violencia fisica, mas sim os reflexos do que ela causa na vida das pessoas. Setsuko e Seita formam o par mais terno de irmãos, que geram momentos unicos, muitos deles tão emocionantes que se torna dificil de conter as lagrimas. Hotaru no Haka é um tesouro da animação não so dos estudios Ghibli ou Japão, mas do mundo que merece ser apreciado por todas as gerações.
Machete
3.6 1,5K Assista AgoraTentando seguir da melhor forma o estilo do diretor, Machete é um filme que mistura ação e comedia de forma satisfatoria, mas não tão interessante quanto ao ultimo trabalho de Robert, Planeta Terror. Rober Rodriguez, ainda que na intensão de explorar sua visão (muito semelhante ao de seu amigo Quentin Tarantino) acaba falhando ao exagerar em algumas sequencias de ação, numero de personagens e piadas que não tem graça. Quanto as personagens, Danny Trejo é satisfatorio como o violento ex-policial e invencivel (assim como todos os protagonistas de todos os filmes de ação) Machete e Robert DeNiro como sempre competente como o xenofobico senador. Jessica Alba eMichelle Rodriguez, ainda que interpretem personagens importantes para a trama, não conseguem convencer muito e se tornam cansativas e apagaveis e Lindsay Lohan, cuja propaganda sugere uma participação interessante, faz uma personagem totalmente desperdiçavel e Steven Seagal é irritante e não convincente como o grande vilão, provamente tendo conseguido esse papel pela sua fama e não pela competencia de atuação. Alem de tentar manter um pouco do humor sadico de Grindhouse, Rodriguez tenta tocar em um assunto polemico sobre imigrantes, mas que não recebe atenção devido a mistura estranha de gêneros do filme. Machete não corresponde muito às espectativas, mas ainda sim é um filme assistivel.
Enrolados
3.8 2,8K Assista AgoraPor mais que eu seja um fã dos antigos desenhos 2d da Disney, devo reconhecer que Tangled utiliza-se muito bem do toque, as vezes, irritantes de animação moderna e resgata otimos elementos classicos do estudio em uma bela produção. Como todos os grandes filmes da Disney, Tangled faz uma divertida, interessante e boa releitura do classico infatil Rapunzel. Seguindo uma triste tendencia de atrair tanto garotas quanto garotos (atuais) o filme tenta focar na aventura do ladrão carismatico Flynn com a inocente e espirituosa Rapunzel para tentar se afastar do status de contos de fada. Algo ja interessante nessa releitura é o motivo do rapto da jovem princesa: Uma mulher desesperada em manter a juventude eterna sequestra o bebe que possui nos cabelos os mesmos poderes que sua flor magica e a mantem escondida. Gothel, alem de uma personagem divertida e ironicamente semelhante a cantora Cher, é alem da vilã, uma satira ao desespero de se manter a juventude e felicidade, que ironicamente afasta de Rapunzel. Contando com otimas canções como When Will My Life Begin?, Mother Knows Best e I See The Light, que misturam o 'espirito disney' e 'modernidade', dublagens otimas que se encaixam perfeitamente em cada personagem, uma animação muito trabalhosa, especialmente nos longos 21 metros de cabelo de Rapunzel, Tangled é um dos novos filmes da Disney que merece espaço entre os bons titulos.
Procura-se Susan Desesperadamente
3.2 172 Assista AgoraUma overdose do agitado e colorido cenario underground dos anos 80!. Apesar de possuir uma historia relativamente divertida, Desperately Seeking Susan consegue se afundar em muitos aspectos. Um elenco não muito bom, salvando alguns momentos da protagonista vivida por Rosanna Arquette, personagens, sem excessão, irritantes que vão surgindo aos montes na tela, e se misturando ao berrante estilo de roupa da epoca e causando uma grande dor de cabeça. Madonna esta bem no filme, mas não como atriz, como ela mesma e ainda sim forçada em certos momentos; ela provavelmente aproveitou o filme para distribuir sua imagem que comaça a entrar em ascensão naquela epoca. Mas enfim, o filme não agrada muito, salvando apenas em algumas cenas, ironicamente de Madonna e algumas musicas.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraLars von Trier nunca deixa de impressionar e angustiar em seus filmes. Dogville, Anticristo, Manderlay e Dançando No Escuro, sendo este o seu mais emocionante trabalho. Situado em um Estados Unidos construido no meio da Inglaterra, ja que o diretor se recusa a andar de avião, mas compensa, reconstruindo o espirito do pais e da pesonalidade do seu povo com perfeição, o filme conta a historia da doce e inocente Selma, que sofre com uma doença que vai lhe deixando cega e que por ser hereditaria, logo começara a afetar seu amado filho Gene. Apesar de estar na condição de imigrante, trabalhar com dificuldade em uma fabrica, viver em um pequeno trailer de favor nas propriedades de um casal e ter que lutar para guardar dinheiro para pagar uma operação para o filho, a qual se recusa a revelar, mesmo em momentos tensos do filme, Selma continua sempre com seu espirito leve e absurdamente bondoso e sonhador durante todo o filme, sem se tornar uma personagem boba ou irrante, mas incrivelmente emocionante. Apos cometer se intenção um crime, Selma vê tudo aquilo pelo que batalhou escapar de seu controle, mas ainda sim, insiste em seu objetivo de ajudar seu filho e em seu comportamento bondoso para não prejudicar ninguem. Apos o acontecimento climax, todas as sequencias se tornam angustiantes e depressivas, nos colocando lado a lado com as dores da personagem e causando indignação, revolta e absoluta tristeza em especial na cena do crime e na sequencia final. Os poucos, mas cruciais momentos musicas, são muito semelhantes aos trabalhos de Björk, num clima um tanto quanto surreal, que se passam na mente de Selma, e agem como uma forma de escapismo contra a dura realidade que enfrenta. As atuações são outro grande destaque para o filme. Björk surpeende por uma interpetação intensa e comovente em todos os segundos do filme, que infelizmente não foi agraciada com um globo de ouro, Catherine Deneuve tambem como a eterna melhor amiga que esta sempre a disposição para ajudar Selma e todos os diversos personagens, como o timido e apaixonado Jeff, e o casal Houston, todos encantam com interpretações simples, mas profundas, em um filme igualmente profundo, simples e fantastico.
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraÉ triste ver o quanto um belo filme como Central do Brasil é massacrado com criticas negativas. Entendo que muitos supervalorizam o filme 'apenas' por ele ter sido um dos unicos a ser indicado ao oscar, assim como Fernanda Montenegro, e não pelo filme em si, o que é um grande erro. Mostrando a realidade da vida dos personagens de forma bem crua, mas sensivel, o filme mostra a tragetoria de Dora, uma mulher amargurada e egoista que se ve forçada a fugir pelo país para ajudar o orfão Josué a encontrar o seu pai, apos a tragica morte da mãe. Uma especie de Road Movie brasileiro, que sim, conta com algumas atuações desejaveis de alguns coadjuvantes, mas que não é muito relevante devido ao talento dos protagonistas que lideram e prendem a atenção do espectador desde o inicio da trama, e por mais que o filme pareça longo e parado, é um detalhe crucial para que a relação de Dora e Josué possa ser desenvolvida da maneira certa e chegar ate seu climax numa emocionante sequencia final. Sem querer defende-la apenas por ser brasileira e entrar num sentimento hipocrita, mas Fernanda Montenegro fez por mereçer não apenas uma indicação, mas uma vitoria ao oscar de 99 (que foi injustamente para as mãos da sem graça Gwyneth Paltrow), pois seu personagem é o triunfo do filme: uma professora mau sucedida na vida amorosa e amargurada que encontra diversão em ridicularizar as cartas que escreve para os analfabetos e alfinetar os outros pensando primeiro em si. Por sorte, a convivencia com Josué, mais o seu sentimento de culpa que remete à sua propria infancia, Dora vai quebrando barreiras dentro dela mesma e embarca de forma supreendentemente dedicada à ajuda-lo, divertindo com jeito preocupado mas grosseiro e sendo tambem uma especie de foco cultural num meio de um Brasil pobre, que mesmo com a direção segura e fotografia bela, não se ameniza, apenas nos momentos onde entramos em um contato direto com as emoções destes personagens como a sequencia de 'transe' e a leitura da carta final. Central do Brasil colocou o cinema brasileiro em evidencia após uma decada ruim, foi uma pena que seu exemplo não tenha sido seguido da forma como devia, mas pelo menos esta indo.
O Jardineiro Fiel
3.9 574 Assista AgoraFernando Meirelles, assim como outros 'privilegiados' diretores brasileiros, mostram que os cineastas daqui podem ir muito alem de novelas de uma hora e meia de duração e se aventurar com sucesso no cenario mundial. Ainda que aparentando ser mais um filme que se passa numa Africa desolada por problemas e agindo como uma critica, o filme dá mais espaço aos dramas sofridos pelos seus protagonistas como forma de prender o espectador e misturar temas. Ralph Fiennes é o respeitado e gentil diplomata britanico que inicia um ironicamente obvio romance com a feroz ativista vivida por Rachel Weisz, em uma de suas melhores atuações e digna da vitoria do oscar de melhor atriz coadjuvante. Apesar de aparentar ser a tipica ativista revoltada no inicio do filme, Tessa (Rachel) nos revela uma personagem inteligente e insistente que canaliza suas frustrações pessoais em uma eterna batalha contra as más condições e abusos que vivenciou durante seu trabalho no Quênia, mesmo que seja impossivel para agir sozinha, o que acaba levando-a a sua morte, que é um elemento chave do filme e um gancho para que Justin (Ralph) possa se tornar o coadjuvante do filme e liderar a trama, em uma busca para respostas para suas duvidas sobre tudo o que ocorreu com sua esposa. A dedicação misturada ao sofrimento da perda, movem os protogonistas e transformam o ingenuo Justin em uma versão masculina de Tessa, que se pode ser evidenciado com o estilo de filmagem: com diversos cortes (uma marca do diretor para se fazer um jogo de sugestões e mexer com a cabeça do espectador) e os tons de iluminação para diferenciar os momentos alegres e tensos do filme, em diversas sequencias muito interessantes. O titulo do filme remete à personalidade de Justin, que apesar de entrar em uma luta que não é sua, ele manten-se fiel a seus sentimentos.
Rio
3.6 2,7K Assista AgoraFinalmente parando de insistir em milhões de continuações para Ice Age, Carlos Saldanha dá espaço à divertida animação Rio. Como uma especie de homenagem á sua cidade natal, Carlos faz uma releitura da cidade onde se passa a trama, reasgatando toda a imagem discontraida e festeira e muito conhecida do brasileiro durante a epoca do carnaval para coloca-la como plano de fundo para a historia da arara Blu, nativo brasileiro, mas criado e acostumado ás mordomias de sua carinhosa dona e que não sabe voar, que tem que voltar ao Brasil para acasalar com a ultima fêmea de sua especie (tudo isso feito de maneira bem sutil rs) Jade, uma esquentada e encantadora ave. Durante as fugas, correrias e confusões que os protagonistas se envolvem, eles se deparam com outros diversos personagens, alguns cansativos, outros engraçados que vão ajudando a dar um pouco de cor e musica à trama um pouco sem sal. É engraçado pensar que é um filme americano, devido a naturalidade (ate certo ponto) de como a cultura brasileira é apresentada a todo momento, em especial nas musicas, tudo graças ao diretor, mas ainda sim soa mais como uma visão muito particular, mas que ainda não deixa de agradar e ate emocionar em alguns momentos.
Da Magia à Sedução
3.6 719 Assista AgoraPractical Magic não é um filme muito rico em significados e intensidade nem um filme otimo se comparado a alguns classicos do cinema ou outros filmes das protagonistas, mas ainda sim é um filme que pela leveza e beleza é uma divertida e bonita historia de duas irmãs fadadas a uma maldição de gerações de sua familia que se voltam uma na outra como forma de encontrar paz. Nicole Kidman ainda começando a receber papeis mais importantes e de destaque, é Gillian a irmã aventureira e desesperada que leva ate a vida de sua calma e madura irmã Sally, vivida por Sandra Bullock e a suposta atriz mais famosa do filme, uma parte dos problemas que marcam o filme. Apesar do nome e do conteudo, o filme não foca em feitiçeiras de historias, com poções e feitições (ainda que de espaço para o sobrenatural de forma forte em alguns momentos do filme) e sim no interior da familia Owens, e na busca das protagonistas de se encaixarem na sociedade, sem serem vitimas de preconceitos e assim finalmente encontrar paz e amor. O filme tambem mostra, mesmo com uma dupla meio discordante, uma relação doce entre duas irmãs, com uma boa dosagem de romance, comedia e drama e não deve ser analisado tão friamente como um filme tão pobre e sim como um filme simples e confortavel de se ver.
Melinda e Melinda
3.5 229 Assista AgoraCom uma ideia interessante e relativamente boa para a fase menos inspirada de Woody Allen, que consegue entreter ate certo ponto. Com um elenco não muito interessante, as atenções se voltam para Radha Mitchell que soube divertir ao interpretar as versões de comedia e drama da mesma personagem e vivenciar suas historias com intensidade, de acordo com as criações dos escritores, ao longo do filme. Com elementos tipicos do diretor, como a casualidade, a comedia com um tom mais existencialista e indo de um extremo ao outro, relembrando o classico comico Rosa Purpura do Cairo e o dramatico Interiores, mas ainda sem o tom de novidade, sendo mais uma reciclagem de antigas boas ideias do diretor e não sendo muito interessante de se prestar atenção depois de meia hora de filme.
Sexo Sem Compromisso
3.3 2,2K Assista Agoratenho certeza de que muitos, assim como eu, foram assistir a No Strings Attached, esperando encontrar uma Natalie Portmam em uma atuação digna, ja que ficamos maravilhados com sua anterior e perfeita atuação em Black Swam e nas primeiras cenas nos chocamos. Com uma historia absurdamente boba e sem graça, sobre duas pessoas que se encontram apenas para se satisfazerem no sexo. O filme dá a impressão que quer inovar ao criar um personagem masculino aparentemente perfeito (rico, bonito e atencioso) que procura o amor, enquanto a personagem feminina o rejeita com um medo ilogico e sem explicação de relacionamentos serios. Natalie decepciona por aceitar um papel tão ruim, mas talvez seja um truque para mostrar que é capaz de ir nos extremos, enquanto Ashton Kutcher nunca sair do seu esteriotipo de eterno rapaz bonito, e não satisfazendo como ator, como nunca fez e nunca o fara. Assim como tantos outros filmes do genero, No Stings Attached é aquela avalanche de cliches, em especial para os tipicos coadjuvantes irritantes e inuteis, as situaçõe engraçadinhas que unem os protagonistas e ao draminha pre final, que supostamente deixa o espectador em duvida, mas que é sempre o esperado e ainda consegue ser ruim.