O diretor capta a amizade. Um outro lado de homens marginalizados. Ninguém de perto é normal, todos erramos.. temos altos e baixos. Assim o filme inspira a compaixão, e a treina na medida em que olhamos de perto a vida de simples homens com sonhos e medos, longe das pessoas que os amam.
Esse filme de 62 dá de dez a zero em muito filme de 2019. Não só por sua técnica cinematográfica, mas pela sua exaltação cultural da umbanda. Uma grande demonstração da capacidade de Glauber Rocha, que tinha um talento incrível. A fotografia, o roteiro. Cenas muito bem filmadas e um cenário que acolhe suas ideias, uma paisagem praieira, que é a cara do nordeste: uma atmosfera que inspira serenidade. Ao mesmo tempo que invoca as forças tradição, também mostra o processo de transição, que é marca de uma cultura ainda em desenvolvimento e híbrida, cada vez mais híbrida. Isso se vê na preocupação de um dos personagens em mostrar o fogo da fogueira que os moradores do local só viam a sombra. Basta saber se ele realmente via o fogo, ou se era apenas mais sombra.
Que filme bom! Me apeguei a personagem, coisa fácil de acontecer, não por mim, mas pela universalidade do seu deslocamento social. Acredito que ele seja mais latente em pessoas que como Persépolis, e tantas outras em sua posição, se vêem corrompidas, no sentido de transformadas por uma cultura e acabam se tornando mais humanas, pois cada cultura tem um pouco da humanidade, algumas, é claro, são mais humanas por sua forma de liberdade mais ou menos ampla do que outras, cuja liberdade é mais limitada e menos livre. Isso além de ser engraçado, pessoalmente, ri.
Um filme de fato muito comovente, com um desfecho que é uma ode às revoluções, pois toda revolução luta por certa dose de liberdade. Tecnicamente é muito bem produzido e dirigido, em minha humilde opinião. Nunca me decepciono com os filmes dirigidos por Mel Gibson. São super produções com temas de grande relevância cultural. Apesar das controvérsias que cercam seu lado pessoal, seus filmes são verdadeiras obras de arte carregadas de mensagens ou recapitulações da sétima arte de momentos reais. Não falo muito de sua originalidade, mas sobretudo de sua intenção, de sua mensagem.
Se você tivesse ao decorrer do tempo "apenas" algumas poucas oportunidades de dirigir filmes, quais temas escolheria?
Será que tal qual Cesar, o macaco do filme mira a cidade querendo conquistá-la ao final? ou apenas sente a dor impressa por um lugar que lhe foi tão hostil? Há muitas interpretações, só é difícil concluir qualquer coisa. Em uma analogia com o mundo em que animais não são um Cesar, é mais fácil que ele sofra só de olhar, mas a julgar pela sua postura ao olhar, pretende vingar-se de uma maneira mais romana ou cinematográfica
Tim Burton dirigiu uma comédia a moda antiga, que também é uma animação a moda antiga. Com toques de musical, essa película encanta não tanto pela originalidade do tema, mas sim pela nova roupagem: o mundo dos mortes pode ser um lugar tão elétrico quanto o mundo real. Isso ajuda a suavizar o tema da morte, mas também é inevitável a associar essa visão a perspectivas e doutrinas que tratam do além-da-vida. Digo elétrico, mas poderia dizer alegre, ou até vivo. Esse stop Motion que é misturado com computação gráfica demorou mais de 10 anos para ser executado, isso deu tempo para o talento de Tim Burton aperfeiçoa-lo. Característica evidente tendo em vista todos os detalhes as vezes imperceptíveis no filme. Quem ainda não viu essa construção toda, merece assistir. Não tanto pela parafernálha técnica, mas pelo ponto de vista da morte, assunto universal.
E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?
3.9 371 Assista AgoraO diretor capta a amizade. Um outro lado de homens marginalizados. Ninguém de perto é normal, todos erramos.. temos altos e baixos. Assim o filme inspira a compaixão, e a treina na medida em que olhamos de perto a vida de simples homens com sonhos e medos, longe das pessoas que os amam.
Barravento
3.9 70Esse filme de 62 dá de dez a zero em muito filme de 2019. Não só por sua técnica cinematográfica, mas pela sua exaltação cultural da umbanda. Uma grande demonstração da capacidade de Glauber Rocha, que tinha um talento incrível. A fotografia, o roteiro. Cenas muito bem filmadas e um cenário que acolhe suas ideias, uma paisagem praieira, que é a cara do nordeste: uma atmosfera que inspira serenidade. Ao mesmo tempo que invoca as forças tradição, também mostra o processo de transição, que é marca de uma cultura ainda em desenvolvimento e híbrida, cada vez mais híbrida. Isso se vê na preocupação de um dos personagens em mostrar o fogo da fogueira que os moradores do local só viam a sombra. Basta saber se ele realmente via o fogo, ou se era apenas mais sombra.
Persépolis
4.5 754Que filme bom! Me apeguei a personagem, coisa fácil de acontecer, não por mim, mas pela universalidade do seu deslocamento social. Acredito que ele seja mais latente em pessoas que como Persépolis, e tantas outras em sua posição, se vêem corrompidas, no sentido de transformadas por uma cultura e acabam se tornando mais humanas, pois cada cultura tem um pouco da humanidade, algumas, é claro, são mais humanas por sua forma de liberdade mais ou menos ampla do que outras, cuja liberdade é mais limitada e menos livre.
Isso além de ser engraçado, pessoalmente, ri.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KOs minions pira
Coração Valente
4.1 1,3K Assista AgoraUm filme de fato muito comovente, com um desfecho que é uma ode às revoluções, pois toda revolução luta por certa dose de liberdade.
Tecnicamente é muito bem produzido e dirigido, em minha humilde opinião. Nunca me decepciono com os filmes dirigidos por Mel Gibson. São super produções com temas de grande relevância cultural. Apesar das controvérsias que cercam seu lado pessoal, seus filmes são verdadeiras obras de arte carregadas de mensagens ou recapitulações da sétima arte de momentos reais.
Não falo muito de sua originalidade, mas sobretudo de sua intenção, de sua mensagem.
Se você tivesse ao decorrer do tempo "apenas" algumas poucas oportunidades de dirigir filmes, quais temas escolheria?
Vidas Secas
3.9 278O sertão está no filme, que pega fogo junto com o sol dentro dele.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraSerá que tal qual Cesar, o macaco do filme mira a cidade querendo conquistá-la ao final? ou apenas sente a dor impressa por um lugar que lhe foi tão hostil? Há muitas interpretações, só é difícil concluir qualquer coisa. Em uma analogia com o mundo em que animais não são um Cesar, é mais fácil que ele sofra só de olhar, mas a julgar pela sua postura ao olhar, pretende vingar-se de uma maneira mais romana ou cinematográfica
A Noiva Cadáver
3.8 1,4K Assista AgoraTim Burton dirigiu uma comédia a moda antiga, que também é uma animação a moda antiga. Com toques de musical, essa película encanta não tanto pela originalidade do tema, mas sim pela nova roupagem: o mundo dos mortes pode ser um lugar tão elétrico quanto o mundo real. Isso ajuda a suavizar o tema da morte, mas também é inevitável a associar essa visão a perspectivas e doutrinas que tratam do além-da-vida. Digo elétrico, mas poderia dizer alegre, ou até vivo. Esse stop Motion que é misturado com computação gráfica demorou mais de 10 anos para ser executado, isso deu tempo para o talento de Tim Burton aperfeiçoa-lo. Característica evidente tendo em vista todos os detalhes as vezes imperceptíveis no filme. Quem ainda não viu essa construção toda, merece assistir. Não tanto pela parafernálha técnica, mas pelo ponto de vista da morte, assunto universal.