De onde Tarantino tirou base, inspiração, forma e estética pra fazer Kill Bill, até mesmo as trilhas sonoras são similares. Não tinha como um filme com uma vilã chamada Kitahama Okono ser ruim. Os aspectos da violência gráfica são totalmente estilizados o que pode fazer com que os chatos do "realismo" não gostem, eu particularmente adorei.
Difícil não fazer uma comparação com o ótimo "A Primeira Profecia" quando ambos foram lançados no mesmo ano e tem temas quase iguais. A diferença é que em "A Primeira Profecia" tudo é mais articulado. Aqui em "Imaculada" tudo segue uma linha menos profunda, não existe uso de elementos básicos do horror, tudo é descartado, não é sobrenatural, não é psicológico, facilmente seria um thriller comum feito pela netflix sobre um cientista mau caráter onde vai ter bastante sangue. Vale salientar a fotografia genérica com tons opacos e escurecidos na tentativa frustrada de criar uma atmosfera de tensão. Sydney Sweeney mostra o talento de sempre nesse filme em que os coadjuvante também são totalmente esqueciveis. O final diz por sí só que essa história não tem mais nada pra entregar.
Fantástico, filme corajoso pra um diretor consagrado, tem que ser muito p*ca pra dizer que ia fazer isso aqui nos anos 80. E Al Pacino só reforça que é um dos maiores de todos tempos. O filme trm um final ambíguo com margens pra diversas interpretações, li que foi proposital mas devido a um resultado de cortes que o longa sofreu devido a censura, uma pena.
Cronenberg cria seu mundo evoluído, pra fazer diversas provocações ao seu estilo sobre o consumo de arte. O diretor que é conhecido por obras excêntricas e obssesivas pela expressão corporal manda a real aqui, a arte sem o corpo, sem o sexo, e sem sentimento não é arte. A busca constante por algo que precisa ser "sentido" faz um retrato dos tempos atuais, onde filmes "eventos" (quase sempre efêmeros) não expressam nada, não tem tesão, não tem sensibilidade "tátil" projetada. Cronenberg faz tudo isso com referências a outras obras suas, como o marcante (pra mim) controle dos jogos do seu inesquecível "ExistenZ", e a atração sexual parafilica de "Crash". Não assista, sinta "Crimes do Futuro".
Cheio de referências a Hitchcock e a "Cidade dos Sonhos" de David Lynch, na verdade da pra dizer que ele é uma versão descontraída de Cidade dos Sonhos. Segue uma linha que não pretende se levar a sério, e exige que você também não fique questionando muito até que ponto tudo precise ser linear. Pra ver de coração aberto e se propor dar umas risadas em meio a um mistério.
Um triste filme põe razões reais. Mesmo em todo caos Moonee e sua Mãe encontram maneiras de serem felizes. O filme faz você refletir o quanto a vida adulta é dura, e como o sistema é perverso com quem tem pouco.
O QUE FOI ISSO DAQUI? Kiyoshi Kurosawa conhecido por seus filmes de j-horror faz um drama familiar no estilo Koreeda. O patriarcado como instrumento de destruição de uma família, a covardia masculina resultando na desestabilização de 04 personagens. É impressionante o desenvolvimento de cada um deles, e o quanto o diretor não economiza em expor a hipocrisia. Destaque pra todo núcleo de atuação que da um show a parte, a trilha sonora, a fotografia e a os planos belíssimos.
Um filme extremamente metafórico. Kurosawa esconde no meio de uma história de detetive que não a nada de errado com a natureza e sim com a ação humana. A árvore central como ser de Obsessão dos personagens e seus diferentes pontos de vistam servem como uma alegoria para as complexidades humanas e as diferenças ideológicas. A bióloga obcecada em proteger toda uma floresta culpando a sua perda de vitalidade na árvore central, um guarda florestal que que protege a árvore e a cultua como um Deus, os contrabandistas que enxergam a árvore como apenas um objeto de colecionador, e por fim o policial que tenta manter sua moral e ética e se vê confuso em meio a esse caos. Filme difícil, pras poucos.
A narrativa de um filme não é somente baseada em textos e em diálogos, a ação, tensão e a violência também são estruturas para se conduzir uma história. Aqui a diretora inspirada em filmes do gênero faz uma contraproposta sob a ótica feminina do que é uma história de caça e caçador. Achei na medida, alguns vão reclamar do exagero, mas esse é um longa que não tem medo de ser o que é.
Adaptado do livro "Almoço Nu" de William S. Burroughs uma das forças do movimento beat, era considerada uma obra inadaptável mas existe Cronenberg pra quebrar isso. A história louca, alucinada de Burroughs é um encaixe perfeito pra criatividade bizarra de Cronenberg. O diretor faz constantes quebras de expectativas pois não irá em nenhum momento explicar nada ao espectador, mas sim, em alguns momentos nos dará takes que nos direcionam. "Escrever é perigoso" fala o personagem principal, e William pontuava que "A maior verdade de um escritor é a que ela escreve". Esse é o tipo de obra que exige conhecimento prévio ou pesquisa para apreciá-la melhor. Além da complexidade linguística e narrativa, existem muitas camadas sobre a sexualidade humana, crítica sociais, liberdade, vícios, tudo isso de forma ampla e autoral.
Em busca de auto redenção pelos erros do passado a protagonista mergulha num fanatismo religioso sem precedentes. Sem a capacidade de discernir seus traumas ela constrói pra sí muros altíssimos isolando-se em seu mundinho, o resultado disso é um final impactante e visceral. Amo como a diretora consegue trabalhar tantos temas de uma maneira não superficial e sem deixar de criar sua marca própria, o surrealismo presente aqui e em seu recente novo filme mostram isso, e como o corpo é trabalhado e usado como uma expressão desse horror que dá o tom ao filme.
Eu amo como os filmes do Kyoshi são bem ambientados, isso mostra como ele precisa de muito pouco pra criar uma atmosfera de medo, suspense mas extremamente prazerosa. O filme vai além do terror convencional e mescla a entrada da Internet na vida das pessoas no início dos anos 2000 com fantasmas, tudo isso pra trazer uma reflexão sobre solidão e os padrões que a sociedade contemporânea decidiu seguir pra sua vida.
Divertido, caótico, exagerado e caricato, tudo isso propositadamente para uma crítica social sobre a influência norte-americana sob a Coreia do Sul e o resultado de "planetas cobaias" do imperialismo.
Um dos melhores filmes do De Palma disparado. Inclusive achei melhor que Scarface. A história de redenção de um homem, sobre como nossas escolhas no início podem ficar marcadas pra toda nossa história, e como nossas regras de vida podem trazer consequências devastadoras. Al Pacino mesmo vivendo um homem duro, tem uma atuação tão leve, tem ali um brilho no olhar que esse personagem pede, aquela ternura de quem busca uma vida justa e correta depois de anos de crime. Grande filme.
O amor entre duas mulheres em alta voltagem, com surrealismo e acompanhado de uma violência proveniente dessa paixão amor visceral. Kristen "Funcking" Stewart, quem ainda quer ficar com crepúsculo na memória, só lamento. Katy O'Brian em otima atuação, e Ed Harris sempre mostrando porque é grandão. Mais um pro meu top de 2024.
Um drama psicológico bem profundo e cheio de camadas. Bev é Elliot, e Elliot é Bev, gemeos que vivem um laço consanguíneo e sentimental dependência desde a gestação, onde partilham tudo desde o início da vida, o útero, as roupas, os quartos, na fase adulta a profissão, pacientes, mulheres e corpos. Quando acontece a inserção de Claire na vida dos gêmeos e consequentemente Bev se apaixona, é onde começa a ruir essa espécie cordão invisível que os une (como siameses), a pergunta que fica é, é possível Bev existir sem Elliot e Elliot sem Bev quando ambos são um só?. Grande atuação monstruosa de Jemery Irons no papel dos gêmeos, e mais um trabalho bizarro do Mestre Cronenberg.
Roteiro interessante, igual um carretel emaranhado onde são tantas voltas que tudo vai se entrelaçando e a trajetória dos personagens são questionadas constantemente, não da mais pra voltar pro início, e as escolhas entram em cheque. Bom filme no geral, a câmera trêmula apesar de proposital me irrita, recurso quase sempre usado em thrillers de desconforto.
Sou um fã do trabalho do Alex Garland, e provavelmente aqui não temos o melhor filme dele, mas temos muitos elementos que ele ama usar. "Guerra Civil" me soa como uma espécie de Apocalypse Now, nada aqui é explicado, nem os "quem?" nem os "porquês?", e considero proposital, o filme pede ao expectador que observe o "agora" fazendo uma reverência ao fotojornalismo que busca percorrer um caminho sem saber onde ele vai dar. E porque "Apocalypse Now"? Bem, aqui todo o caos inexplicável, não precisa de explicação quando o resultado é o nada, como toda e qualquer guerra, nenhuma é boa, nenhuma tem sentido, é apenas uma sequência de ceifar vidas e destruição.
"Rivais" é um dos melhores filmes de 2024 até agora. Com esse mix de esporte e sexo. "É tudo sobre tênis" como diz a personagem da grandona Zendaya, mas ao mesmo tempo os diálogos servem pra emular o erotismo que dilata a cada segundo de tela. A trilha sonora do filme dita o ritmo cheio de adrenalina com um eletrônico progressivo que vai nos tirando da cadeira a cada momento que vai aproximando do final, e que final. Importante mencionar aula de filmagem e enquadramentos que se faz aqui durante os duelos dos tenistas. Se me permitem que TESÃO de filme.
O "background" da protagonista abre precedentes pra o espectador torcer por ela, seria uma mulher em sofrimento sendo perseguida? Em contrapartida temos trabalhadores explorados a vida toda sendo descartados como lixo em uma máquina capitalista de moer pretos e pobres. A riqueza do filme é intensificada nesse contexto onde a aflição nos atinge por meio de uma dualidade moral, acompanhada de uma crua violência onde os meios que justificam os fins.
Lady Snowblood: Vingança na Neve
4.1 127De onde Tarantino tirou base, inspiração, forma e estética pra fazer Kill Bill, até mesmo as trilhas sonoras são similares. Não tinha como um filme com uma vilã chamada Kitahama Okono ser ruim. Os aspectos da violência gráfica são totalmente estilizados o que pode fazer com que os chatos do "realismo" não gostem, eu particularmente adorei.
Instinto Materno
3.4 76 Assista AgoraTodos concordam que seria um "Supercine classic". Uma Jessica Chastain calibradissima em um filme que cumpre seu dever sem ser mais nada além disso.
Imaculada
3.1 193Difícil não fazer uma comparação com o ótimo "A Primeira Profecia" quando ambos foram lançados no mesmo ano e tem temas quase iguais. A diferença é que em "A Primeira Profecia" tudo é mais articulado. Aqui em "Imaculada" tudo segue uma linha menos profunda, não existe uso de elementos básicos do horror, tudo é descartado, não é sobrenatural, não é psicológico, facilmente seria um thriller comum feito pela netflix sobre um cientista mau caráter onde vai ter bastante sangue. Vale salientar a fotografia genérica com tons opacos e escurecidos na tentativa frustrada de criar uma atmosfera de tensão. Sydney Sweeney mostra o talento de sempre nesse filme em que os coadjuvante também são totalmente esqueciveis. O final diz por sí só que essa história não tem mais nada pra entregar.
Parceiros da Noite
3.5 186 Assista AgoraFantástico, filme corajoso pra um diretor consagrado, tem que ser muito p*ca pra dizer que ia fazer isso aqui nos anos 80. E Al Pacino só reforça que é um dos maiores de todos tempos. O filme trm um final ambíguo com margens pra diversas interpretações, li que foi proposital mas devido a um resultado de cortes que o longa sofreu devido a censura, uma pena.
Crimes do Futuro
3.2 265 Assista AgoraCronenberg cria seu mundo evoluído, pra fazer diversas provocações ao seu estilo sobre o consumo de arte. O diretor que é conhecido por obras excêntricas e obssesivas pela expressão corporal manda a real aqui, a arte sem o corpo, sem o sexo, e sem sentimento não é arte. A busca constante por algo que precisa ser "sentido" faz um retrato dos tempos atuais, onde filmes "eventos" (quase sempre efêmeros) não expressam nada, não tem tesão, não tem sensibilidade "tátil" projetada. Cronenberg faz tudo isso com referências a outras obras suas, como o marcante (pra mim) controle dos jogos do seu inesquecível "ExistenZ", e a atração sexual parafilica de "Crash". Não assista, sinta "Crimes do Futuro".
O Mistério de Silver Lake
3.0 291 Assista AgoraCheio de referências a Hitchcock e a "Cidade dos Sonhos" de David Lynch, na verdade da pra dizer que ele é uma versão descontraída de Cidade dos Sonhos. Segue uma linha que não pretende se levar a sério, e exige que você também não fique questionando muito até que ponto tudo precise ser linear. Pra ver de coração aberto e se propor dar umas risadas em meio a um mistério.
Projeto Flórida
4.1 1,0KUm triste filme põe razões reais. Mesmo em todo caos Moonee e sua Mãe encontram maneiras de serem felizes. O filme faz você refletir o quanto a vida adulta é dura, e como o sistema é perverso com quem tem pouco.
Sonata de Tóquio
4.1 61 Assista AgoraO QUE FOI ISSO DAQUI? Kiyoshi Kurosawa conhecido por seus filmes de j-horror faz um drama familiar no estilo Koreeda. O patriarcado como instrumento de destruição de uma família, a covardia masculina resultando na desestabilização de 04 personagens. É impressionante o desenvolvimento de cada um deles, e o quanto o diretor não economiza em expor a hipocrisia. Destaque pra todo núcleo de atuação que da um show a parte, a trilha sonora, a fotografia e a os planos belíssimos.
Charisma
3.6 9Um filme extremamente metafórico. Kurosawa esconde no meio de uma história de detetive que não a nada de errado com a natureza e sim com a ação humana. A árvore central como ser de Obsessão dos personagens e seus diferentes pontos de vistam servem como uma alegoria para as complexidades humanas e as diferenças ideológicas. A bióloga obcecada em proteger toda uma floresta culpando a sua perda de vitalidade na árvore central, um guarda florestal que que protege a árvore e a cultua como um Deus, os contrabandistas que enxergam a árvore como apenas um objeto de colecionador, e por fim o policial que tenta manter sua moral e ética e se vê confuso em meio a esse caos. Filme difícil, pras poucos.
Vingança
3.2 582 Assista AgoraA narrativa de um filme não é somente baseada em textos e em diálogos, a ação, tensão e a violência também são estruturas para se conduzir uma história. Aqui a diretora inspirada em filmes do gênero faz uma contraproposta sob a ótica feminina do que é uma história de caça e caçador. Achei na medida, alguns vão reclamar do exagero, mas esse é um longa que não tem medo de ser o que é.
Mistérios e Paixões
3.8 312Adaptado do livro "Almoço Nu" de William S. Burroughs uma das forças do movimento beat, era considerada uma obra inadaptável mas existe Cronenberg pra quebrar isso. A história louca, alucinada de Burroughs é um encaixe perfeito pra criatividade bizarra de Cronenberg. O diretor faz constantes quebras de expectativas pois não irá em nenhum momento explicar nada ao espectador, mas sim, em alguns momentos nos dará takes que nos direcionam. "Escrever é perigoso" fala o personagem principal, e William pontuava que "A maior verdade de um escritor é a que ela escreve". Esse é o tipo de obra que exige conhecimento prévio ou pesquisa para apreciá-la melhor. Além da complexidade linguística e narrativa, existem muitas camadas sobre a sexualidade humana, crítica sociais, liberdade, vícios, tudo isso de forma ampla e autoral.
Creepy
3.1 70 Assista AgoraMontanha russa de sentimentos. Um dos suspenses mais densos que já vi, desde Drive My Car sou apaixonado no Hidetoshi.
Saint Maud
3.5 336 Assista AgoraEm busca de auto redenção pelos erros do passado a protagonista mergulha num fanatismo religioso sem precedentes. Sem a capacidade de discernir seus traumas ela constrói pra sí muros altíssimos isolando-se em seu mundinho, o resultado disso é um final impactante e visceral. Amo como a diretora consegue trabalhar tantos temas de uma maneira não superficial e sem deixar de criar sua marca própria, o surrealismo presente aqui e em seu recente novo filme mostram isso, e como o corpo é trabalhado e usado como uma expressão desse horror que dá o tom ao filme.
Síndrome de Caim
3.3 65 Assista AgoraDe Palma no seu ótimo style Hitchcockiano.
Kairo
3.4 165Eu amo como os filmes do Kyoshi são bem ambientados, isso mostra como ele precisa de muito pouco pra criar uma atmosfera de medo, suspense mas extremamente prazerosa. O filme vai além do terror convencional e mescla a entrada da Internet na vida das pessoas no início dos anos 2000 com fantasmas, tudo isso pra trazer uma reflexão sobre solidão e os padrões que a sociedade contemporânea decidiu seguir pra sua vida.
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraDivertido, caótico, exagerado e caricato, tudo isso propositadamente para uma crítica social sobre a influência norte-americana sob a Coreia do Sul e o resultado de "planetas cobaias" do imperialismo.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista AgoraUm dos melhores filmes do De Palma disparado. Inclusive achei melhor que Scarface. A história de redenção de um homem, sobre como nossas escolhas no início podem ficar marcadas pra toda nossa história, e como nossas regras de vida podem trazer consequências devastadoras. Al Pacino mesmo vivendo um homem duro, tem uma atuação tão leve, tem ali um brilho no olhar que esse personagem pede, aquela ternura de quem busca uma vida justa e correta depois de anos de crime. Grande filme.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista Agora"You are so beautiful to me, can't you see?"
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 140O amor entre duas mulheres em alta voltagem, com surrealismo e acompanhado de uma violência proveniente dessa paixão amor visceral. Kristen "Funcking" Stewart, quem ainda quer ficar com crepúsculo na memória, só lamento. Katy O'Brian em otima atuação, e Ed Harris sempre mostrando porque é grandão. Mais um pro meu top de 2024.
Gêmeos: Mórbida Semelhança
3.7 193Um drama psicológico bem profundo e cheio de camadas. Bev é Elliot, e Elliot é Bev, gemeos que vivem um laço consanguíneo e sentimental dependência desde a gestação, onde partilham tudo desde o início da vida, o útero, as roupas, os quartos, na fase adulta a profissão, pacientes, mulheres e corpos. Quando acontece a inserção de Claire na vida dos gêmeos e consequentemente Bev se apaixona, é onde começa a ruir essa espécie cordão invisível que os une (como siameses), a pergunta que fica é, é possível Bev existir sem Elliot e Elliot sem Bev quando ambos são um só?. Grande atuação monstruosa de Jemery Irons no papel dos gêmeos, e mais um trabalho bizarro do Mestre Cronenberg.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraRoteiro interessante, igual um carretel emaranhado onde são tantas voltas que tudo vai se entrelaçando e a trajetória dos personagens são questionadas constantemente, não da mais pra voltar pro início, e as escolhas entram em cheque. Bom filme no geral, a câmera trêmula apesar de proposital me irrita, recurso quase sempre usado em thrillers de desconforto.
Guerra Civil
3.7 299Sou um fã do trabalho do Alex Garland, e provavelmente aqui não temos o melhor filme dele, mas temos muitos elementos que ele ama usar. "Guerra Civil" me soa como uma espécie de Apocalypse Now, nada aqui é explicado, nem os "quem?" nem os "porquês?", e considero proposital, o filme pede ao expectador que observe o "agora" fazendo uma reverência ao fotojornalismo que busca percorrer um caminho sem saber onde ele vai dar. E porque "Apocalypse Now"? Bem, aqui todo o caos inexplicável, não precisa de explicação quando o resultado é o nada, como toda e qualquer guerra, nenhuma é boa, nenhuma tem sentido, é apenas uma sequência de ceifar vidas e destruição.
Rivais
3.8 258"Rivais" é um dos melhores filmes de 2024 até agora. Com esse mix de esporte e sexo. "É tudo sobre tênis" como diz a personagem da grandona Zendaya, mas ao mesmo tempo os diálogos servem pra emular o erotismo que dilata a cada segundo de tela. A trilha sonora do filme dita o ritmo cheio de adrenalina com um eletrônico progressivo que vai nos tirando da cadeira a cada momento que vai aproximando do final, e que final. Importante mencionar aula de filmagem e enquadramentos que se faz aqui durante os duelos dos tenistas. Se me permitem que TESÃO de filme.
Propriedade
3.7 85 Assista AgoraO "background" da protagonista abre precedentes pra o espectador torcer por ela, seria uma mulher em sofrimento sendo perseguida? Em contrapartida temos trabalhadores explorados a vida toda sendo descartados como lixo em uma máquina capitalista de moer pretos e pobres. A riqueza do filme é intensificada nesse contexto onde a aflição nos atinge por meio de uma dualidade moral, acompanhada de uma crua violência onde os meios que justificam os fins.