Ninguém Tá Olhando S01: Eu tinha assistido a alguns minutos do primeiro EP e não curti. Abandonei. Poucos dias depois, descobri que a atriz Wallie Ruy atuou na série e aí fiz questão de assistir até o fim só para acompanhar o trabalho dela. Quantas e quantas vezes eu e Wallie, há uns bons anos, conversamos a respeito dos vídeos da Kéfera e, olha como o mundo é louco, as duas ainda tiveram uma pequena cena juntas agora. Eu achei fantástico. E aliás, como eu não acompanho a Kéfera com regularidade, demorei muitos episódios pra sacar que era ela na série. Saquei só quando botei reparo na abertura ou nos créditos em algum momento. Acabei curtindo a história porque o argumento parte de uma questão filosófica que me envolve. É muito triste quando eu vejo produções brasileiras na Netflix que eu considero ruins. Felizmente, esse não é o caso.
The Rain (S02): Curti a primeira, mas essa segunda temporada achei um fracasso. Há uma tentativa de não se deixar tanta coisa no ar como na primeira, mas as resoluções são puros clichês. Resolveram atirar para todos os lados e a história fica parecendo um queijo suíço. Achei bem problemática essa condução do enredo porque sem assumir o que realmente gostariam, a história fica morna, os personagens ficam sem consistência e dá desânimo de acompanhar.
Tem momentos e personagens nessa temporada que são totalmente dispensáveis. Aquele casal loiro, por exemplo, contribuiu com O QUE? Não tiveram relevância alguma e toda vez que eles apareciam eu já sabia que não iam fazer a menor diferença. Não foi surpresa quando resolveram que a única contribuição que a Lea poderia oferecer pra história era
simplesmente morrer. O namorado deveria ter se matado junto tb.
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Torci para que fizessem essa segunda temporada, fiquei feliz que ela tenha ocorrido, mas fiquei decepcionado com o andamento. Do jeito que foi, é muito improvável que o roteiro melhore caso consigam a terceira.
The Rain (S01): Eu adoro esses temas pós apocalípticos (contaminação, isolamento etc), mas tô começando a perceber um certo excesso de produções da Netflix que investem nesse tema e que deixam a desejar. O tema por si só não garante a qualidade da história. Eu até curti essa primeira temporada. Terminei de ver a segunda há pouco e achei uma lástima. Não sei o que é pior; ficar deixando tudo no ar, sem esclarecimentos como na primeira temporada, ou ir definindo a situação de um modo tão clichê quanto na segunda.
Mas como aqui é o comentário da primeira temporada; se você curte ficção científica, ainda não se cansou de tramas que envolvem confinamento, bunkers, contaminação por vírus e tem certo desapego pela coerência nas histórias, talvez curta The Rain.
O Mecanismo (S02): Eu juro que tentei assistir, mas abandonei no quarto episódio. Já tinha sido difícil assistir a primeira temporada, mais por questões técnicas do que pela 'ficcionalização'. Cito alguns problemas; A voz do Selton Mello tá tão baixa, grave e acelerada que chega a irritar. Em certos momentos, passei sem sequer conseguir compreender. Assim como na primeira temporada, achei hercúleo o esforço que tive de fazer pra conseguir compreender certas referências; eu ouço a menção a uma figura ou a um partido e tenho que ficar forçando na memória o que (ou quem) estão tentando referenciar. Alguns são fáceis e outros nem tanto. Esse esforço me causa exaustão porque sem sacar a referência, não consigo entender claramente. Sem falar que em alguns momentos, a série me gera a dúvida se determinado trecho é uma criação exclusivamente autoral (inventada), se é uma referência a um fato que eu não lembro, ou se é referência a um fato que eu nem tomei conhecimento. Quando me vi no Google pra ler/reler reportagens e poder situar um trecho isolado da série, percebi que eu não teria disposição pra assistir até concluir.
Outra Vida (S01): A história é bastante genérica, chega a ser um insulto. Muitas produções da Netflix saem por encomenda porque é possível detectar o que as pessoas querem assistir. As chances de atrair a atenção de quem gosta do gênero (Ficção-alienígena-nave-espacial) são bem altas. Não fosse essa ambientação, eu jamais teria assistido porque a história é reles pretexto. Se você procurar algum caminho sensato para seguir no roteiro vai achar estranho uma série de coisas, como os envolvimentos afetivos e sexuais entre as personagens. Eu também teria abandonado a série se eu não tivesse visto ela com essa consciência de que se trata de uma colcha de retalhos com os clichês que podem atrair público. E assistindo assim, ela até que não é ruim. Diverte.
Dark SE01: Assisti a essa série no ano passado e fui até fim quase que arrastado porque não me agradou. Fiquei até surpreso em ver, atualmente, tanta gente elogiando a segunda temporada. Achei que nem chegaria lá. Li que vai ter uma terceira (jesus!). Nem sei se vou me animar entrar na segunda porque saturei da primeira. Achei muito pretensioso. Uma obsessão vazia que se esforça em deixar tudo no suspense. Aquela fórmula batida e, muitas vezes, mal elaborada que trata a narrativa por lapsos temporais. Um tom depressivo que dá um desalento em assistir. Enfim... Respeito demais quem tem a obra como favorita, mas ela não me pegou.
Chernobyl: Num geral, gostei da série. É muito fácil de assistir e aborda informações e detalhes que só quem já se dedicou ao assunto teria conhecimento. Notei alguns erros de continuidade, mas o que mais me incomodou foi o idioma. Chega a ser constrangedor o momento em que se menciona a relação entre os EUA e a antiga União Soviética, sendo que os diálogos da série são em inglês. Me deu um sentimento de exploração e sequestro de narrativa. Já li, em mais de uma oportunidade, que o público de idioma inglês tem grande rejeição por legendas e idiomas não-inglês. Então, eu já sei que o objetivo da obra era vender o produto, em grande medida, para esse público. O que eu acho uma lástima porque eu adoro assistir filmes e séries nos quais, sem as legendas, não consigo entender patavinas.
GOT SE08 - Tinham que concluir de alguma forma, né? Essa temporada dá uma sensação de atropelamento nos acontecimentos. O andamento destoou bastante das demais temporadas. Mesmo assim, fiquei feliz com o fato da obra se concluir antes de haver alguma ocorrência inesperada em relação ao elenco. Com os anos avançando, a HBO teria uma crescente dificuldade pra manter o elenco original.
Nightflyers: Nossa, que série esquisita. Roteiro esquisito. Uma mistura morna de matrix com alien. A história é cheia de buracos. Fiquei perdido várias vezes e não vale a pena rever pra aprofundar. Eu curto a temática e por isso vi até o fim, mas foi uma experiência bem torta. Infelizmente, não se conclui a contento.
Me Chama de Bruna 2T: Eu comecei a assistir porque tenho uma amiga no elenco. (A atriz Wallace Ruy, que interpreta a Michele nessa segunda temporada) (OBS: Ela não está como integrante do elenco aqui no filmow e seria legal incluir.) Assisti muito tempo depois da estreia, só para acompanhar o trabalho de quem já admiro, mas me apaixonei pela série (desde a primeira temporada). Poucas obras são tão gostosas de assistir como essa. Fiquei muito feliz em ver a distância que tomou do filme e do cuidado minucioso com o roteiro, as filmagens e os ganchos. Me viciei na trilha também (o que me levou a ouvir muitas outras músicas da Simone Mazzer).
NARCOS: Comecei assistindo com muita preguiça, afinal, minhas primeiras impressões vieram de reportagens comentando sobre a obra. Muitas, com um tom um pouco negativo. A partir do terceiro episódio não consegui mais parar de assistir. Eu adorei. A questão da pronúncia de Wagner Moura (parece que para alguns, opinar sobre a obra se resume nisso) não foi algo que me fez desistir ou desgostar da 1ª temporada. É um fato perceptível, sem dúvida, mas poxa, tem tanta coisa maravilhosa. Penso em algumas;
Se os brasileyros não estivessem envolvido com a obra MUITO provavelmente eu sequer teria assistido. Falar sobre um fato exclusivo da América do Sul também é outro ponto que me fascina, afinal de contas não é difícil encontrarmos pessoas que sequer sabem quais países são vizinhos do brazyl. Penso que qualquer obra que ajude a população brazyleira a conhecer e reconhecer melhor a(s) história(s) da América do Sul tem minha simpatia.
Misturar ficção com realidade me deixou curioso e eu gostei. Essa estranheza de estar num documentário narrado e numa ficção é, no mínimo, interessante. Por mais que a narração tenha um olhar 'norte-americano', ainda não dá pra saber o que ocorrerá (Eu, ao menos, não sei). A questão do tráfico de drogas é atual e bastante próxima da nossa realidade aqui no Brasil.
OITNB - Comecei assistindo com aquela cara de que eu não iria gostar. Eu começo a assistir series sempre com o nariz torto pra depois eu quebrar a cara por um bom motivo. Foi o caso. Por mais que alguns pontos da trama me pareçam chatos, sei que eles não serão levados adiante por muito tempo. Esse recurso de fragmentar os assuntos alimenta a paciência de passar por trechos não muito atraentes. Em particular, também acho interessante, atual e urgente incentivar obras que tentem retirar o olhar machista e misógino tão recorrentes nos meios e obras audiovisuais. Posso não ser a pessoa mais indicada para afirmar que OITNB consegue ir além do senso comum neste sentido, mas a série me agrada. Em tempo; a abertura com You've Got Time de Regina Spektor é ótima e me ajudou a nunca querer pulá-la.
Que delícia. Minhas amig@s já estavam me infernizando com assuntos relacionados à este reality. Eu comecei a ver já sabendo que seria algo interessante. É repetitivo, a maioria das personalidades conseguem irritar, mas é dinâmico, divertido e me conquistou. Comecei direto nesta temporada e, como ela fez um flashback com as ganhadoras, fiquei sem desejo de ver as anteriores. Me tornei fã, mas tenho dúvidas sobre o quanto este reality consegue (ou não) lutar contra a generalização e marginalização das pessoas LGBT's. Li o quanto o uso das palavras Shemail (Shemale), Tranny e Ladyboy são ofensivas e lamentei. Esta temporada teve a participação de uma mulher trans e a possibilidade de aprofundar nos assuntos que envolvem pessoas transexuais para dirimir confusões e transfobias foi praticamente desconsiderada. Apesar da posterior retratação do programa, em função do uso dos nomes ofensivos, acho que deve ser um sonho ter um produto de entretenimento que tenha interesse em contribuir com a inteligência de suas/seus espectadorxs.
Não gosto muito do estilo da animação de Thornberrys. Ela é muito forte e há outras obras que também me causam a mesma aversão; Jumanji, Rugrats e Rocket Power. Ao que me parece, todas estas são de uma produtora chamada Klasky-Csupo. Mas mesmo assim, gosto das personagens. Os pais de Eliza são muito divertidos. O fato dela falar com os animais também é muito bom. O enredo bem feito torna essa estética forte da animação menos estranha.
Recebi uma indicação tão apaixonada desta série que me frustrei. Não fui fisgado porque considerei as tramas muito rasas. Eu também não consegui ter simpatia por nenhuma das personagens. Talvez, pelo fato de não ter encontrado nenhuma personalidade similar ao meu repertório. Não acho que isso seja um motivo justo para desgostar da obra, mas ela realmente não me pegou.
Vi esta série antes de Mateus Solano fazer personagens mais evidentes nas novelas da Globo. Fiquei encantado com a série por causa da interpretação dele. A série tem muitos problemas em função do caráter independente e também do formato pretendido, mas os episódios são muito gostosos. Os prêmios de melhor ator que Solano recebeu pela novela "Amor à Vida" já eram merecidos desde interpretações como nesta obra aqui. Infelizmente, é preciso uma mega exposição para que os prêmios vejam os profissionais.
Quando eu era criança, o CDZ foi transmitido pelos canais abertos e vi alguns episódios esporádicos. Nunca fui fã e eu não sabia determinar bem o motivo. Muitos amigos meus adoram CDZ e eu carreguei, por muito tempo, uma espécie de culpa por não ter me dedicado o suficiente para acompanhar a série quando ela foi exibida. Eu pensava que era pelo fato d'eu não ter visto muitos episódios que acabei não me afeiçoando à obra. Ainda acredito nisso, na verdade. Penso que se não nos forçarmos a acompanhar uma série por alguns episódios, ela não terá condições de se mostrar plenamente e nos conquistar enquanto espectadores.
Por isso, no ano passado, me dediquei a rever a série agora no meu tempo e sem perder episódios. Fiquei feliz por constatar que eu, realmente, não gosto de CDZ. Agora posso dizer isso sem culpa. Isso não quer dizer que a obra não tenha qualidades, mas que há coisas nela que me desagradam e me impedem de ser um fã. O problema principal, a meu ver, é a repetição. Os enfrentamentos ocorrem sempre por conflitos muito parecidos. A impressão que tenho é que para as batalhas ocorrerem bastava colocar como motivo uma história qualquer, pois não seriam tão importantes. O excesso de dramatização para pseudo fracassos também é uma fórmula usada à exaustão.
Acompanhar a série num ritmo acelerado deixa a obra muito pobre porque ela foi criada para o formato televisivo. A ideia era que o espectador assistisse, em grande medida, a um episódio por dia. Isso obrigava o criador a sempre repetir diálogos, mostrar o tempo todo as justificativas das ações de cada personagem e esticar resoluções. Isso, hoje em dia, é bem maçante. Você assiste já sabendo que foi colocado num banho-maria.
É claro que isso é uma ocorrência externa à obra e eu não deveria culpá-la, nem deixar de gostar dela em função disso. Mas já não é possível. Cheguei atrasado na aula de CDZ e, agora, ela não me atinge tanto. Mesmo assim, agora posso compartilhar do saudosismo sem culpa porque conheço a obra e, querendo ou não, ela é uma referência da minha infância.
Eu, particularmente, não sou muito simpático às linhas de animação de Jumanji. Ela é muito peculiar e há outras obras que também me causam o mesmo; Thornberrys, Rugrats e Rocket Power. Ao que me parece, todas estas são de uma produtora chamada Klasky-Csupo (posso estar equivocado). Mas o que me fascina em Jumanji é o enredo. Acho criativo, instigante e divertido. Ele dá muitas possibilidades para a criação. As personagens também são cativantes.
Me sinto extremamente vendido ao dizer que sou fã de Lost. Mas sou e fui muito feliz enquanto espectador. As ações do enredo, ao partir de uma ilha 'deserta' misteriosa, me cativaram. A relação com o suspense fantástico, aliada às locações impecáveis, me arrebataram. Ainda procuro novas (ou antigas) obras que me agradem tanto quanto Lost.
Efetivamente, a série quis aproveitar o suce$$o e arrastou, com crueldade, diversos pontos da história, comprometendo o próprio desenvolvimento da trama. Algumas ações se desenrolam tão insolúveis que passam a ser ignoradas face à planos mais urgentes e evidentes. Reconheço a potência da antecipação, onde coisas que precisam ser resolvidas atraem minha atenção para eu continue assistindo, mas Lost abusava deste recurso e me causava cansaço. Em certo momento, perdi a esperança de ver as coisas se esclarecerem. Cultivei uma frustração por aguardar temporadas que, ao invés de se reerguerem do zero, só adicionavam mais incertezas no saldo exorbitante de histórias mal resolvidas e ignoradas. Apesar disso, não deixo de ser fã.
Gosto de Hilda Furacão porque os temas abordados me agradam. Além disso, a obra construiu um mito. O fato dela romper com o seu padrão de vida e tornar-se prostituta é muito interessante. A relação profana com o padre também é magnífica. O contexto histórico também é citado de forma apreciável. Em alguns momentos a trama fica arrastada, dando voltas, mas as interpretações compensam. A direção visava a exibição televisiva e considerou a distância entre uma exibição e outra. Assistir no ritmo do DVD dá um cansaço em função das repetições, especialmente das trilhas. De qualquer modo, é uma das melhores séries globais que já vi.
Comecei a ver a obra com uma sensação de que eu não fazia parte do público para o qual ela foi criada, e isso mudou ao longo da maratona. Não sei até que ponto eu não estava muito receptivo e ,também, até que ponto a própria criação, de repente, não passou por esse problema de foco de público. Mas obviamente, na metade do anime eu já não teria condições de afirmar que um público pré-adolescente receberia a obra tão bem. Digo isso porque há questões complexas que, talvez, pouco interessam aos que vivem nesta fase da vida. Além disso, a obra também 'complexifica' muitas coisas. É um anime bem intenso e é preciso se deixar levar pelos primeiros 15 episódios para que a trama, aparentemente infantil, ganhe traços bem mais profundos.
Chegou um momento em que as relações entre as personagens fica tão suspeita e gelatinosa, que eu, enquanto espectador, fiquei perdido. E olhe que vi o anime em ritmo maratona, para que os pontos ficassem bem claros. Mas é difícil. O recurso de antecipação foi usado de forma descontrolada. A cada instante surgiam tantas vírgulas, tantas possíveis revelações para causar surpresa que, no fim, eu já estava anestesiado. Já não ficaria espantado caso revelassem que tudo foi um delírio.
Fiz a estúpida opção de ver o anime dublado. Não recomendo a versão dublada a ninguém. A voz de Rodrigo Andreatto como Alphonse Elric está horrível. Não só porque a idade e sutileza da personagem não foram alcançados, mas principalmente porque o efeito metalizado ficou muito mal trabalhado.
Houve dois momentos em que precisei dar uma pausa, tamanho o impacto que o anime me causou. Um deles, óbvio e esperado, foi o da transmutação entre Nina e Alexander. O segundo, foi o da morte da quimera "Martel", dentro do escudo de Alphonse. Quimera, aliás, é um nome fantástico para se referir àquelas criações. É incrível que os momentos mais dramáticos, ao menos para mim, sejam com 'quimeras'. Muito poético.
A semelhança entre a problemática da alquimia descrita pelo anime é muito próxima da que conhecemos em relação aos sacrifícios de magia negra. Lembro-me de uma vizinha que assassinou duas crianças num ritual e o quanto aquele fato me abalou. Esse aspecto social, apesar de ter sido levantado pelo anime, se perde no meio do turbilhão de revelações que precisam ser feitas para o anime se concluir.
Apesar dessa dificuldade causada pelo excesso de mistério, gostei bastante da conclusão. Ela não é óbvia, nem deslocada. E amei o diálogo em que, no mundo onde não há alquimia, a magia é mencionada. Foi a cereja do bolo.
Enfim, fiquei feliz pela indicação que recebi para ver este anime. O conteúdo dele é uma questão que atravessa a humanidade, está sempre em movimento e, talvez, jamais terá uma resolução definitiva. Enquanto isso, será sempre um prazer ver obras tão criativas quanto esta.
Fico contente em saber que esta produção foi veiculada aqui no Brasil na rede aberta de TV. Sinto orgulho de ter podido acompanhá-la através da TV Cultura, que aliás, parece ter sido a única emissora que pensava na qualidade da programação infantil. Uma pena que a vasta maioria da população não se preocupe com isso. Os canais mais populares se interessam apenas com o aspecto comercial. Qualidade artística e informação é apenas um detalhe desprezível. O importante é que a obra veiculada gere marketing suficiente para criação de bonecos, cadernos e uma infinidade de produto$.
Mas voltando ao Pingu; é uma animação maravilhosa. A estética está impecável. A relação com o branco da neve dá um destaque especial para tudo; personagens, objetos, cenários. Já surpreendi algumas pessoas quando falei que Pingu era feito com Stop Motion de 'massinha'.
E os diálogos então? Que perfeição teatral! Usar o Gramelô como idioma foi magnífico.
Poxa, falar dessa obra com críticas negativas é uma tarefa difícil. Principalmente porque a vasta maioria que a conhece é apaixonada por ela. A problemática peculiar com o encerramento ainda foi capaz de contribuir em peso para que esta obra se tornasse um ícone. Isso é fantástico. Caverna do Dragão é uma animação muito avançada para a época de sua criação e, principalmente, para o público que ela atingiu. O clima sombrio, a caracterização das criaturas e o tema denso chegavam a amedrontar e provocar recusa em algumas pessoas. Hoje em dia há uma vigilância forte contra inúmeros itens para produtos audiovisuais destinados às crianças. Uma obra como essa dificilmente será difundida para este público atualmente.
Nesta temporada comecei a sentir a obra mais arrastada. Eu estava tão feliz por ter encontrado uma série que me arrebatou tal como Lost e vi o problema do estica e puxa mais uma vez. Causa extrema irritação pegar um conflito e estendê-lo até não poder mais, só para segurar o público. Lost, que eu adoro, pecou muito por este problema. Antecipações criadas lá no início e que vão se delongando até tornarem-se uma pedra no sapato. Apesar do desconforto, continuei firme.
Ninguém Tá Olhando (1ª Temporada)
3.9 174 Assista AgoraNinguém Tá Olhando S01: Eu tinha assistido a alguns minutos do primeiro EP e não curti. Abandonei. Poucos dias depois, descobri que a atriz Wallie Ruy atuou na série e aí fiz questão de assistir até o fim só para acompanhar o trabalho dela. Quantas e quantas vezes eu e Wallie, há uns bons anos, conversamos a respeito dos vídeos da Kéfera e, olha como o mundo é louco, as duas ainda tiveram uma pequena cena juntas agora. Eu achei fantástico. E aliás, como eu não acompanho a Kéfera com regularidade, demorei muitos episódios pra sacar que era ela na série. Saquei só quando botei reparo na abertura ou nos créditos em algum momento. Acabei curtindo a história porque o argumento parte de uma questão filosófica que me envolve. É muito triste quando eu vejo produções brasileiras na Netflix que eu considero ruins. Felizmente, esse não é o caso.
The Rain (2ª Temporada)
3.2 134The Rain (S02): Curti a primeira, mas essa segunda temporada achei um fracasso. Há uma tentativa de não se deixar tanta coisa no ar como na primeira, mas as resoluções são puros clichês. Resolveram atirar para todos os lados e a história fica parecendo um queijo suíço. Achei bem problemática essa condução do enredo porque sem assumir o que realmente gostariam, a história fica morna, os personagens ficam sem consistência e dá desânimo de acompanhar.
Tem momentos e personagens nessa temporada que são totalmente dispensáveis. Aquele casal loiro, por exemplo, contribuiu com O QUE? Não tiveram relevância alguma e toda vez que eles apareciam eu já sabia que não iam fazer a menor diferença. Não foi surpresa quando resolveram que a única contribuição que a Lea poderia oferecer pra história era
simplesmente morrer. O namorado deveria ter se matado junto tb.
Torci para que fizessem essa segunda temporada, fiquei feliz que ela tenha ocorrido, mas fiquei decepcionado com o andamento. Do jeito que foi, é muito improvável que o roteiro melhore caso consigam a terceira.
The Rain (1ª Temporada)
3.3 314 Assista AgoraThe Rain (S01): Eu adoro esses temas pós apocalípticos (contaminação, isolamento etc), mas tô começando a perceber um certo excesso de produções da Netflix que investem nesse tema e que deixam a desejar. O tema por si só não garante a qualidade da história. Eu até curti essa primeira temporada. Terminei de ver a segunda há pouco e achei uma lástima. Não sei o que é pior; ficar deixando tudo no ar, sem esclarecimentos como na primeira temporada, ou ir definindo a situação de um modo tão clichê quanto na segunda.
Mas como aqui é o comentário da primeira temporada; se você curte ficção científica, ainda não se cansou de tramas que envolvem confinamento, bunkers, contaminação por vírus e tem certo desapego pela coerência nas histórias, talvez curta The Rain.
O Mecanismo (2ª Temporada)
3.5 101O Mecanismo (S02): Eu juro que tentei assistir, mas abandonei no quarto episódio. Já tinha sido difícil assistir a primeira temporada, mais por questões técnicas do que pela 'ficcionalização'. Cito alguns problemas; A voz do Selton Mello tá tão baixa, grave e acelerada que chega a irritar. Em certos momentos, passei sem sequer conseguir compreender. Assim como na primeira temporada, achei hercúleo o esforço que tive de fazer pra conseguir compreender certas referências; eu ouço a menção a uma figura ou a um partido e tenho que ficar forçando na memória o que (ou quem) estão tentando referenciar. Alguns são fáceis e outros nem tanto. Esse esforço me causa exaustão porque sem sacar a referência, não consigo entender claramente. Sem falar que em alguns momentos, a série me gera a dúvida se determinado trecho é uma criação exclusivamente autoral (inventada), se é uma referência a um fato que eu não lembro, ou se é referência a um fato que eu nem tomei conhecimento. Quando me vi no Google pra ler/reler reportagens e poder situar um trecho isolado da série, percebi que eu não teria disposição pra assistir até concluir.
Outra Vida (1ª Temporada)
2.8 122 Assista AgoraOutra Vida (S01): A história é bastante genérica, chega a ser um insulto. Muitas produções da Netflix saem por encomenda porque é possível detectar o que as pessoas querem assistir. As chances de atrair a atenção de quem gosta do gênero (Ficção-alienígena-nave-espacial) são bem altas. Não fosse essa ambientação, eu jamais teria assistido porque a história é reles pretexto. Se você procurar algum caminho sensato para seguir no roteiro vai achar estranho uma série de coisas, como os envolvimentos afetivos e sexuais entre as personagens. Eu também teria abandonado a série se eu não tivesse visto ela com essa consciência de que se trata de uma colcha de retalhos com os clichês que podem atrair público. E assistindo assim, ela até que não é ruim. Diverte.
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KDark SE01: Assisti a essa série no ano passado e fui até fim quase que arrastado porque não me agradou. Fiquei até surpreso em ver, atualmente, tanta gente elogiando a segunda temporada. Achei que nem chegaria lá. Li que vai ter uma terceira (jesus!). Nem sei se vou me animar entrar na segunda porque saturei da primeira. Achei muito pretensioso. Uma obsessão vazia que se esforça em deixar tudo no suspense. Aquela fórmula batida e, muitas vezes, mal elaborada que trata a narrativa por lapsos temporais. Um tom depressivo que dá um desalento em assistir. Enfim... Respeito demais quem tem a obra como favorita, mas ela não me pegou.
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraChernobyl: Num geral, gostei da série. É muito fácil de assistir e aborda informações e detalhes que só quem já se dedicou ao assunto teria conhecimento. Notei alguns erros de continuidade, mas o que mais me incomodou foi o idioma. Chega a ser constrangedor o momento em que se menciona a relação entre os EUA e a antiga União Soviética, sendo que os diálogos da série são em inglês. Me deu um sentimento de exploração e sequestro de narrativa. Já li, em mais de uma oportunidade, que o público de idioma inglês tem grande rejeição por legendas e idiomas não-inglês. Então, eu já sei que o objetivo da obra era vender o produto, em grande medida, para esse público. O que eu acho uma lástima porque eu adoro assistir filmes e séries nos quais, sem as legendas, não consigo entender patavinas.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraGOT SE08 - Tinham que concluir de alguma forma, né? Essa temporada dá uma sensação de atropelamento nos acontecimentos. O andamento destoou bastante das demais temporadas. Mesmo assim, fiquei feliz com o fato da obra se concluir antes de haver alguma ocorrência inesperada em relação ao elenco. Com os anos avançando, a HBO teria uma crescente dificuldade pra manter o elenco original.
Nightflyers (1ª Temporada)
2.9 46Nightflyers: Nossa, que série esquisita. Roteiro esquisito. Uma mistura morna de matrix com alien. A história é cheia de buracos. Fiquei perdido várias vezes e não vale a pena rever pra aprofundar. Eu curto a temática e por isso vi até o fim, mas foi uma experiência bem torta. Infelizmente, não se conclui a contento.
Me Chama de Bruna (2ª Temporada)
3.6 31 Assista AgoraMe Chama de Bruna 2T: Eu comecei a assistir porque tenho uma amiga no elenco. (A atriz Wallace Ruy, que interpreta a Michele nessa segunda temporada) (OBS: Ela não está como integrante do elenco aqui no filmow e seria legal incluir.) Assisti muito tempo depois da estreia, só para acompanhar o trabalho de quem já admiro, mas me apaixonei pela série (desde a primeira temporada). Poucas obras são tão gostosas de assistir como essa. Fiquei muito feliz em ver a distância que tomou do filme e do cuidado minucioso com o roteiro, as filmagens e os ganchos. Me viciei na trilha também (o que me levou a ouvir muitas outras músicas da Simone Mazzer).
Narcos (1ª Temporada)
4.4 898 Assista AgoraNARCOS: Comecei assistindo com muita preguiça, afinal, minhas primeiras impressões vieram de reportagens comentando sobre a obra. Muitas, com um tom um pouco negativo. A partir do terceiro episódio não consegui mais parar de assistir. Eu adorei. A questão da pronúncia de Wagner Moura (parece que para alguns, opinar sobre a obra se resume nisso) não foi algo que me fez desistir ou desgostar da 1ª temporada. É um fato perceptível, sem dúvida, mas poxa, tem tanta coisa maravilhosa. Penso em algumas;
Se os brasileyros não estivessem envolvido com a obra MUITO provavelmente eu sequer teria assistido. Falar sobre um fato exclusivo da América do Sul também é outro ponto que me fascina, afinal de contas não é difícil encontrarmos pessoas que sequer sabem quais países são vizinhos do brazyl. Penso que qualquer obra que ajude a população brazyleira a conhecer e reconhecer melhor a(s) história(s) da América do Sul tem minha simpatia.
Misturar ficção com realidade me deixou curioso e eu gostei. Essa estranheza de estar num documentário narrado e numa ficção é, no mínimo, interessante. Por mais que a narração tenha um olhar 'norte-americano', ainda não dá pra saber o que ocorrerá (Eu, ao menos, não sei). A questão do tráfico de drogas é atual e bastante próxima da nossa realidade aqui no Brasil.
Enfim, curti demais.
Orange Is the New Black (1ª Temporada)
4.3 1,2K Assista AgoraOITNB - Comecei assistindo com aquela cara de que eu não iria gostar. Eu começo a assistir series sempre com o nariz torto pra depois eu quebrar a cara por um bom motivo. Foi o caso. Por mais que alguns pontos da trama me pareçam chatos, sei que eles não serão levados adiante por muito tempo. Esse recurso de fragmentar os assuntos alimenta a paciência de passar por trechos não muito atraentes. Em particular, também acho interessante, atual e urgente incentivar obras que tentem retirar o olhar machista e misógino tão recorrentes nos meios e obras audiovisuais. Posso não ser a pessoa mais indicada para afirmar que OITNB consegue ir além do senso comum neste sentido, mas a série me agrada. Em tempo; a abertura com You've Got Time de Regina Spektor é ótima e me ajudou a nunca querer pulá-la.
RuPaul's Drag Race (5ª Temporada)
4.4 309Que delícia. Minhas amig@s já estavam me infernizando com assuntos relacionados à este reality. Eu comecei a ver já sabendo que seria algo interessante. É repetitivo, a maioria das personalidades conseguem irritar, mas é dinâmico, divertido e me conquistou. Comecei direto nesta temporada e, como ela fez um flashback com as ganhadoras, fiquei sem desejo de ver as anteriores. Me tornei fã, mas tenho dúvidas sobre o quanto este reality consegue (ou não) lutar contra a generalização e marginalização das pessoas LGBT's. Li o quanto o uso das palavras Shemail (Shemale), Tranny e Ladyboy são ofensivas e lamentei. Esta temporada teve a participação de uma mulher trans e a possibilidade de aprofundar nos assuntos que envolvem pessoas transexuais para dirimir confusões e transfobias foi praticamente desconsiderada. Apesar da posterior retratação do programa, em função do uso dos nomes ofensivos, acho que deve ser um sonho ter um produto de entretenimento que tenha interesse em contribuir com a inteligência de suas/seus espectadorxs.
Os Thornberrys (1ª Temporada)
3.6 21Não gosto muito do estilo da animação de Thornberrys. Ela é muito forte e há outras obras que também me causam a mesma aversão; Jumanji, Rugrats e Rocket Power. Ao que me parece, todas estas são de uma produtora chamada Klasky-Csupo. Mas mesmo assim, gosto das personagens. Os pais de Eliza são muito divertidos. O fato dela falar com os animais também é muito bom. O enredo bem feito torna essa estética forte da animação menos estranha.
Queer as Folk (1ª Temporada)
4.5 198Recebi uma indicação tão apaixonada desta série que me frustrei. Não fui fisgado porque considerei as tramas muito rasas. Eu também não consegui ter simpatia por nenhuma das personagens. Talvez, pelo fato de não ter encontrado nenhuma personalidade similar ao meu repertório. Não acho que isso seja um motivo justo para desgostar da obra, mas ela realmente não me pegou.
Mateus, O Balconista
3.6 55Vi esta série antes de Mateus Solano fazer personagens mais evidentes nas novelas da Globo. Fiquei encantado com a série por causa da interpretação dele. A série tem muitos problemas em função do caráter independente e também do formato pretendido, mas os episódios são muito gostosos. Os prêmios de melhor ator que Solano recebeu pela novela "Amor à Vida" já eram merecidos desde interpretações como nesta obra aqui. Infelizmente, é preciso uma mega exposição para que os prêmios vejam os profissionais.
Os Cavaleiros do Zodíaco (Saga 1: Santuário)
4.4 271 Assista AgoraQuando eu era criança, o CDZ foi transmitido pelos canais abertos e vi alguns episódios esporádicos. Nunca fui fã e eu não sabia determinar bem o motivo. Muitos amigos meus adoram CDZ e eu carreguei, por muito tempo, uma espécie de culpa por não ter me dedicado o suficiente para acompanhar a série quando ela foi exibida. Eu pensava que era pelo fato d'eu não ter visto muitos episódios que acabei não me afeiçoando à obra. Ainda acredito nisso, na verdade. Penso que se não nos forçarmos a acompanhar uma série por alguns episódios, ela não terá condições de se mostrar plenamente e nos conquistar enquanto espectadores.
Por isso, no ano passado, me dediquei a rever a série agora no meu tempo e sem perder episódios. Fiquei feliz por constatar que eu, realmente, não gosto de CDZ. Agora posso dizer isso sem culpa. Isso não quer dizer que a obra não tenha qualidades, mas que há coisas nela que me desagradam e me impedem de ser um fã. O problema principal, a meu ver, é a repetição. Os enfrentamentos ocorrem sempre por conflitos muito parecidos. A impressão que tenho é que para as batalhas ocorrerem bastava colocar como motivo uma história qualquer, pois não seriam tão importantes. O excesso de dramatização para pseudo fracassos também é uma fórmula usada à exaustão.
Acompanhar a série num ritmo acelerado deixa a obra muito pobre porque ela foi criada para o formato televisivo. A ideia era que o espectador assistisse, em grande medida, a um episódio por dia. Isso obrigava o criador a sempre repetir diálogos, mostrar o tempo todo as justificativas das ações de cada personagem e esticar resoluções. Isso, hoje em dia, é bem maçante. Você assiste já sabendo que foi colocado num banho-maria.
É claro que isso é uma ocorrência externa à obra e eu não deveria culpá-la, nem deixar de gostar dela em função disso. Mas já não é possível. Cheguei atrasado na aula de CDZ e, agora, ela não me atinge tanto. Mesmo assim, agora posso compartilhar do saudosismo sem culpa porque conheço a obra e, querendo ou não, ela é uma referência da minha infância.
Jumanji (1ª Temporada)
3.6 10Eu, particularmente, não sou muito simpático às linhas de animação de Jumanji. Ela é muito peculiar e há outras obras que também me causam o mesmo; Thornberrys, Rugrats e Rocket Power. Ao que me parece, todas estas são de uma produtora chamada Klasky-Csupo (posso estar equivocado). Mas o que me fascina em Jumanji é o enredo. Acho criativo, instigante e divertido. Ele dá muitas possibilidades para a criação. As personagens também são cativantes.
Lost (1ª Temporada)
4.5 773 Assista AgoraMe sinto extremamente vendido ao dizer que sou fã de Lost. Mas sou e fui muito feliz enquanto espectador. As ações do enredo, ao partir de uma ilha 'deserta' misteriosa, me cativaram. A relação com o suspense fantástico, aliada às locações impecáveis, me arrebataram. Ainda procuro novas (ou antigas) obras que me agradem tanto quanto Lost.
Efetivamente, a série quis aproveitar o suce$$o e arrastou, com crueldade, diversos pontos da história, comprometendo o próprio desenvolvimento da trama. Algumas ações se desenrolam tão insolúveis que passam a ser ignoradas face à planos mais urgentes e evidentes. Reconheço a potência da antecipação, onde coisas que precisam ser resolvidas atraem minha atenção para eu continue assistindo, mas Lost abusava deste recurso e me causava cansaço. Em certo momento, perdi a esperança de ver as coisas se esclarecerem. Cultivei uma frustração por aguardar temporadas que, ao invés de se reerguerem do zero, só adicionavam mais incertezas no saldo exorbitante de histórias mal resolvidas e ignoradas. Apesar disso, não deixo de ser fã.
Hilda Furacão
4.0 82Gosto de Hilda Furacão porque os temas abordados me agradam. Além disso, a obra construiu um mito. O fato dela romper com o seu padrão de vida e tornar-se prostituta é muito interessante. A relação profana com o padre também é magnífica. O contexto histórico também é citado de forma apreciável. Em alguns momentos a trama fica arrastada, dando voltas, mas as interpretações compensam. A direção visava a exibição televisiva e considerou a distância entre uma exibição e outra. Assistir no ritmo do DVD dá um cansaço em função das repetições, especialmente das trilhas. De qualquer modo, é uma das melhores séries globais que já vi.
Fullmetal Alchemist
4.4 150 Assista AgoraComecei a ver a obra com uma sensação de que eu não fazia parte do público para o qual ela foi criada, e isso mudou ao longo da maratona. Não sei até que ponto eu não estava muito receptivo e ,também, até que ponto a própria criação, de repente, não passou por esse problema de foco de público. Mas obviamente, na metade do anime eu já não teria condições de afirmar que um público pré-adolescente receberia a obra tão bem. Digo isso porque há questões complexas que, talvez, pouco interessam aos que vivem nesta fase da vida. Além disso, a obra também 'complexifica' muitas coisas. É um anime bem intenso e é preciso se deixar levar pelos primeiros 15 episódios para que a trama, aparentemente infantil, ganhe traços bem mais profundos.
Chegou um momento em que as relações entre as personagens fica tão suspeita e gelatinosa, que eu, enquanto espectador, fiquei perdido. E olhe que vi o anime em ritmo maratona, para que os pontos ficassem bem claros. Mas é difícil. O recurso de antecipação foi usado de forma descontrolada. A cada instante surgiam tantas vírgulas, tantas possíveis revelações para causar surpresa que, no fim, eu já estava anestesiado. Já não ficaria espantado caso revelassem que tudo foi um delírio.
Fiz a estúpida opção de ver o anime dublado. Não recomendo a versão dublada a ninguém. A voz de Rodrigo Andreatto como Alphonse Elric está horrível. Não só porque a idade e sutileza da personagem não foram alcançados, mas principalmente porque o efeito metalizado ficou muito mal trabalhado.
Houve dois momentos em que precisei dar uma pausa, tamanho o impacto que o anime me causou. Um deles, óbvio e esperado, foi o da transmutação entre Nina e Alexander. O segundo, foi o da morte da quimera "Martel", dentro do escudo de Alphonse. Quimera, aliás, é um nome fantástico para se referir àquelas criações. É incrível que os momentos mais dramáticos, ao menos para mim, sejam com 'quimeras'. Muito poético.
A semelhança entre a problemática da alquimia descrita pelo anime é muito próxima da que conhecemos em relação aos sacrifícios de magia negra. Lembro-me de uma vizinha que assassinou duas crianças num ritual e o quanto aquele fato me abalou. Esse aspecto social, apesar de ter sido levantado pelo anime, se perde no meio do turbilhão de revelações que precisam ser feitas para o anime se concluir.
Apesar dessa dificuldade causada pelo excesso de mistério, gostei bastante da conclusão. Ela não é óbvia, nem deslocada. E amei o diálogo em que, no mundo onde não há alquimia, a magia é mencionada. Foi a cereja do bolo.
Enfim, fiquei feliz pela indicação que recebi para ver este anime. O conteúdo dele é uma questão que atravessa a humanidade, está sempre em movimento e, talvez, jamais terá uma resolução definitiva. Enquanto isso, será sempre um prazer ver obras tão criativas quanto esta.
Pingu
4.0 151Fico contente em saber que esta produção foi veiculada aqui no Brasil na rede aberta de TV. Sinto orgulho de ter podido acompanhá-la através da TV Cultura, que aliás, parece ter sido a única emissora que pensava na qualidade da programação infantil. Uma pena que a vasta maioria da população não se preocupe com isso. Os canais mais populares se interessam apenas com o aspecto comercial. Qualidade artística e informação é apenas um detalhe desprezível. O importante é que a obra veiculada gere marketing suficiente para criação de bonecos, cadernos e uma infinidade de produto$.
Mas voltando ao Pingu; é uma animação maravilhosa. A estética está impecável. A relação com o branco da neve dá um destaque especial para tudo; personagens, objetos, cenários. Já surpreendi algumas pessoas quando falei que Pingu era feito com Stop Motion de 'massinha'.
E os diálogos então? Que perfeição teatral! Usar o Gramelô como idioma foi magnífico.
Caverna do Dragão (1ª Temporada)
4.3 401Poxa, falar dessa obra com críticas negativas é uma tarefa difícil. Principalmente porque a vasta maioria que a conhece é apaixonada por ela. A problemática peculiar com o encerramento ainda foi capaz de contribuir em peso para que esta obra se tornasse um ícone. Isso é fantástico. Caverna do Dragão é uma animação muito avançada para a época de sua criação e, principalmente, para o público que ela atingiu. O clima sombrio, a caracterização das criaturas e o tema denso chegavam a amedrontar e provocar recusa em algumas pessoas. Hoje em dia há uma vigilância forte contra inúmeros itens para produtos audiovisuais destinados às crianças. Uma obra como essa dificilmente será difundida para este público atualmente.
Game of Thrones (3ª Temporada)
4.6 1,8K Assista AgoraNesta temporada comecei a sentir a obra mais arrastada. Eu estava tão feliz por ter encontrado uma série que me arrebatou tal como Lost e vi o problema do estica e puxa mais uma vez. Causa extrema irritação pegar um conflito e estendê-lo até não poder mais, só para segurar o público. Lost, que eu adoro, pecou muito por este problema. Antecipações criadas lá no início e que vão se delongando até tornarem-se uma pedra no sapato. Apesar do desconforto, continuei firme.