"M3GAN" deixa bastante clara qual a sua crítica, que é a todo um sistema de tecnologia e modernização que em muitas vezes mais aliena o indivíduo do que o auxilia. Sem perceber, acabamos reféns de uma rede social, das "curtidas" e do número de seguidores, das diversas "trends" que temos que participar para continuarmos com alguma relevância. Todo esse universo vai ocupando um espaço em nossa subjetividade ao ponto de afetar nossos sentimentos e convivências fora de uma tela.
Nos esquecemos de uma realidade material, aquela da qual não podemos fugir das dores e tristezas, aquela na qual precisamos encarar o problema. É interessante apontar como esse filme trabalha essas questões de delegar tarefas: transferimos responsabilidades para máquinas, sistemas e todos os seus aplicativos para que nos lembrem do horário de uma reunião, da data de aniversário de um amigo, ou até mesmo... para beber água. O que tudo bem, pois na correria do cotidiano pode acontecer de esquecermos muitas coisas, não questiono pessoas que usam aplicativos para tudo. O problema real começa quando você se deixa ser tomado por todos esses mecanismos, e assim a sua individualidade vai sendo engolida aos poucos. O que facilita hoje, pode ser um problema amanhã.
E dentro desse aspecto de "delegar responsabilidades", creio que "M3GAN" acerta na crítica aos pais que não têm um controle sobre o acesso dos seus filhos à internet, redes sociais e etc. É verdade que muitos pais podem, ainda, desconhecer os métodos de controle parental, mas muitos outros simplesmente não se importam com o que seus filhos veem. Assim, somos levados a outros problemas, com crianças e adolescentes tendo acesso a conteúdos que não são para sua faixa etária. A criança precisa de um ambiente seguro, onde possa expressar seus sentimentos e se sentir acolhida por pessoas reais. Dizer "toma aqui o tablet e me deixa em paz" não ajudará na formação dela. Mas, se por um lado podemos ter pais que querem se livrar da responsabilidade, por outro estamos vivendo um fenômeno em que casais fazem uma conta numa rede social para o feto. O registro, antes algo intimo, agora "precisa" ser compartilhado com o mundo.
Ignoro os claros problemas de roteiro. Há muitos facilitadores aqui, e a parte final é bastante duvidosa. Têm algumas cenas de humor somente "ok". As cenas mais assustadoras foram todas apresentadas no trailer. Mas ao final, o objetivo do filme não é te assustar, mas talvez te alertar, te convidar a uma reflexão sobre todo esse impacto tecnológico e de como as relações podem ser superficiais na internet.
Nos últimos tempos, muito tem se debatido sobre separar artista da obra. Afinal, como posso continuar gostando de algo quando a pessoa que a criou possui determinados tipos de pensamentos e ações que não casam com quem sou? Ao consumir o produto, estou auxiliando na manutenção de idéias que me ferem. Para muitos, esse é um conflito ético e moral, enquanto outros se importam somente com a obra em si e sua contribuição real. Em "Tár", filme de drama musical protagonizado pela Cate Blanchett, podemos ver muito desses (e outros) questionamentos.
Blanchett interpreta uma mulher lésbica, regente de uma orquestra. Ela é extremamente conhecida, respeitada e ovacionada em sua posição. Porém, ela possui comportamentos erráticos, é egoísta e usa as outras pessoas como peças para seu ganho pessoal e profissional. Ela é uma personagem que necessita ter o controle e estar no poder de qualquer situação, ao ponto de ameaçar uma garotinha que estava importunando sua filha. E sim, ela é genial quando se trata de música, mas um péssimo ser humano fora desse campo de conforto.
A protagonista reúne em si todo o egocentrismo profissional, e por ter um nome e uma posição privilegiada, ela pode acabar com carreiras inteiras. Sua fala, dentro desse lugar de influência que ela criou junto com seus pares, é algo que todos nós conhecemos: a de uma autoridade que pode decidir o seu destino caso você não faça determinadas atividades que a beneficiem.
Talvez ela tenha criado uma casca para resistir e se destacar em seu meio, sendo mulher e LGBTQIAP+. Mas o problema é que o velho sentimento de amor pela música e seus significados foi dando lugar a um cinismo que beira ao doentio, a um intelectualismo frio e uma subjetividade vazia.
E em todos esses caminhos, Cate Blanchett brilha de uma forma única, e por diversos momentos esqueci que aquela era uma personagem. Sou suspeito para falar pois amo essa atriz, mas ela é capaz de desperta um brilho suave e desconfortável ao mesmo tempo. Tár é uma personagem que transita entre vários aspectos da personalidade humana, e Blanchet carrega tudo isso de uma forma que faz parecer sem esforço.
Essa obra vai te fazer pensar sobre muitos aspectos culturais atuais, e achei bastante pertinente as temáticas que ele trabalha. Não é um roteiro que responde suas próprias inquietações, mas joga para que o público possa refletir sobre esses todos esses aspectos.
Triângulo da Tristeza é uma experiência que une o caos e o vazio humano, num texto que expõe a podridão de alguns poucos privilegiados que se veem no topo da cadeia social, em uma sociedade de pura espetacularização. A escatologia da obra nos leva a enxergar personagens sem objetivo, sozinhos em suas próprias cascas e acobertados por superficialidade.
É um filme que possui algumas sequências no mínimo desconcertantes, mas magistralmente bem dirigidas. E isso fica evidente na parte referente ao jantar, em que considero ser o ponto em que o roteiro muda a posição desses personagens e os retira de qualquer zona de conforto ao humilhá-los de todas as formas, reduzindo-os a seres frágeis e medrosos em um contexto de extremo mal-estar... Como costumam fazer com pessoas pobres.
Essa crítica sobre a desigualdade entre classes é feita de uma maneira bastante expositiva, deixando claro que esse é sim um dos objetivos da narrativa. Em alguns pontos, aparece a frase "somos todos iguais", mas nós sabemos muito bem que "alguns são mais iguais que outros".
Outra questão a ser observada é no momento da sobrevivência em uma ilha desconhecida. Um deles fala sobre trabalhar em grupo e até cita Karl Marx, mas o detalhe é que esse mesmo personagem estava fazendo piadas com o comunismo/marxismo algumas cenas antes, e exaltando a liberdade dos EUA. Esse cinismo barato é algo muito presente durante todo o longa, o que caracteriza a contradição desses personagens pois fica claro que quando os ricos realmente precisam, não recorrem a velha individualidade e à ideia de merecimento que normalmente pregam.
Os ricos não respeitam corpos vivos ou mortos. Não respeitam os trabalhadores, e quando um se impõe (como no caso da Abigail, que no iate era a gerente dos toaletes), recebem com estranheza pois aquele, definitivamente, não é o universo deles. Aliás, a Abigail é um exemplo de como essa inversão nos papeis é bem feita dentro do roteiro, e de como essa crítica é bem construída.
"Triângulo da Tristeza" expõe o quão triste é a perda da civilização e a desconexão de si mesmo dentro de uma realidade, quando nos entregamos a um mundo de aparências e espetáculos em que o dinheiro é o principal motor. Há uma insegurança constante em todos os personagens, e elas se chocam em meio ao caos e a um sistema que, no fundo, também desconhecem.
"Meu filho tombou na guerra. Onde está a honra disso?"
Guerras são injustificáveis. A história humana nos mostra que o saldo final são as milhares de vidas ceifadas, países destruídos e sobreviventes que carregam traumas pelo resto de suas vidas. As guerras não possuem outro objetivo se não afagar o ego dos homens poderosos que não estão na linha de frente, de garantir o ganho econômico de "senhores" que estão bem protegidos em seus gabinetes enquanto jovens caminham nas poças de sangue de seus amigos. A guerra nada mais é do que mais um negócio para aqueles que têm poder.
É muito interessante como a obra expõe, logo no seu começo, essa idealização que alguns jovens tinham no passado com relação à servir ao país. E como isso tudo muda no primeiro cenário real de conflito, pois aqueles rapazes não esperavam que a guerra fosse aquilo. E aqui entra o material de propaganda, que espalhava o quanto que servir ao seu país em tempos de conflito era algo heroico e corajoso, que expressava a maior honra possível, e que todos iriam se orgulhar de seus feitos. Quantas jovens mentes, ao longo da história da humanidade (em especial durante o conturbado século XX), já foram enganadas por essas imagens?
A guerra não produz heróis. Ela não dá coragem. Ela não serve ao povo. É algo arquitetado para que os ditos mais fracos lutem e se matem em nome de um sistema capitalista assassino. E o filme sabe tocar muito bem nesses pontos, quando sai das cenas do campo de batalha para um outro ambiente em que os chefes se reúnem: na primeira, sujeira e morte, enquanto que no outro ambiente vemos homens bem vestidos e comendo o que quiserem... afinal, eles podem. Esses cortes bastante secos deixaram o filme ainda mais crítico e detalhista, o que claramente gostei muito.
Por fim, "Nada de novo no Front" trata a guerra da forma mais crua possível. As situações e seus personagens não são romantizados, não há nada aqui para olhar e dizer "nossa, essa atitude foi emocionante" (como muitos outros filmes sobre guerra já fizeram). A proposta é de fato mostrar o horror de batalhas sem objetivo, de mortes que poderiam ser evitadas, de situações desesperadoras e de como o ser humano pode ser completamente miserável.
Tem um roteiro com uma base mais crua e intimista, mas não feitos de forma boa o suficiente. Acaba caindo em vários lugares comuns e o drama é bastante raso. Logo, não dá para se conectar o suficiente com seus personagens.
Para mim, funciona enquanto crítica a todas as pessoas que trataram a pandemia como uma "brincadeira". É um bom filme, que entende quando deve terminar e não trabalha as cenas e tramas batidas do slasher de forma excessiva.
Um elenco de peso e ótimas tramas, mas que são apresentadas de forma solta e muitas não são bem desenvolvidas. Uma pena, pois poderia ter sido um filme bem maior e melhor.
Filme primoroso. Achei incrível como o Steven Spielberg utilizou suas memórias (as mais divertidas e as mais tristes) para compor algo que também funcionasse como uma homenagem ao cinema, e de uma forma que conseguimos nos relacionar com seus dramas.
A parte que achei mais interessante desse filme foi o momento em que ele desco
bre a traição da mãe, que de acordo com o próprio Spielberg foi daquela forma que aconteceu (ele descobriu quando estava editando um filme caseiro). Isso muda a cara do filme, e partindo desse ponto parece que estamos vendo outra obra.
Dá um salto enorme na história, mostra o olhar profundo e a postura mais madura que o Spielberg já tinha naquela idade. E nessa dinâmica familiar, destaco o trio maravilhoso feito por Paul Dano, Michelle Williams e Gabriel LaBelle. Os três estavam em uma sintonia absurda.
Tecnicamente, é um filme lindo. Não há o que reclamar. O final
do pai me deixou um gosto amargo, por saber que ele de fato carregou a culpa pelo divórcio por amar tanto a ex-mulher. Ao final, ele nunca seria o suficiente para ela, mesmo sendo bondoso em todos aspectos... mas, também não se trata só disso. E também não há como culpa-la.
Na vida real, não há um diretor dizendo onde você deve se posicionar. A trajetória do Sam passa muito por entender o que está e o que não está em seu controle.
É triste ver que uma obra tão boa (no mangá e no anime) não ganhou uma adaptação digna em live action. Dos três filmes, o melhorzinho é o segundo, e isso não significa muito também. Esse terceiro peca por querer condensar em duas horas de filme uma história longa e complexa que é a reta final de Fullmetal, que para chegar e entende-la melhor é preciso prestar atenção desde o começo da série.
E o filme não funciona enquanto filme - roteiro mal organizado, atores ruins, cenas anticlimáticas e efeitos visuais péssimos - e nem enquanto adaptação. Tudo aqui é apressado. Personagem x aparece num lugar e logo é transportado para outro, apresentam vários plots e não encerram de fato nenhum deles - ao menos não de forma satisfatória. Enredos, relações e personagens importantes não são aprofundados e fica aquela sensação de que tá faltando algo. Por já ter lido o mangá e visto as duas versões do anime, eu entendo o que um personagem a ou b quer, e quem viu o anime de 2009 ou leu o mangá sabe que
o Ganância e o Inveja são bem trabalhados emocionalmente, o Ira e o Orgulho também tem um enorme espaço. E os quatro são importantes para as motivações dos irmãos Elric.
Mas aqui eles pareceram meros coadjuvantes. Mostraram a superfície de algumas poucas histórias, e pra quem conheceu a franquia pelos filmes, pode ficar perdido porque os conceitos também não são bem explicados.
Fullmetal tem uma história cheia de detalhes, então era de esperar que três filmes não dessem conta. Pegaram vários enredos e personagens e simplesmente os jogaram na tela de qualquer forma. Sabe aquela salada mal feita, que ninguém quer comer? É essa série de filmes. E Fullmetal merecia coisa melhor.
Nos primeiros dez minutos, pensei "como essa temática de amizade pode ser trabalhada ao ponto de me prender por duas horas?" E ao final do filme, sai positivamente surpreso e um pouco chocado com tudo o que vi, pois foi uma abordagem bem diferente sobre relações humanas, em um texto repleto de momentos tanto cômicos quanto dramáticos.
O que consegui interpretar desse filme é a solidão que os personagens sentem naquele lugar e naquele contexto de insegurança durante uma guerra. E o medo das mudanças, das transformações que as pessoas podem fazer, dos afastamentos de pessoas queridas para nós. Acho que todos nós já tivemos um amigo(a) ou familiar que, de repente, resolveu se afastar, simplesmente não apareceu mais. E isso dói, especialmente se for uma pessoa que realmente amamos. "O que a fez desaparecer da minha vida? O que eu fiz? Devo ter feito algo. Mas não sei o quê. Porque ela simplesmente não fala mais comigo?". Assim como o Pádraic, nos questionamos se fizemos algo errado. E as vezes, a questão não é conosco. As vezes, é o outro que precisa de um novo espaço, que acorda um dia e vê que sua vida foi tomada por um rotina insuportável e precisa respirar algo diferente antes que seja tarde demais.
Pádraic se torna um homem solitário e até um pouco "amargo" após o afastamento de seu amigo Colm, que por sua vez deseja deixar uma contribuição verdadeira para o mundo uma vez que o relógio bate em sua porta diariamente e não lhe resta mais muito tempo. É possível se identificar com ambos, em algum nível. Mas o certo é que o peso das mudanças chega para ambos, e respinga em todos que estão ali próximos deles.
As vezes, ficamos tão entorpecidos com essa rotina que acreditamos que ela é tudo o que existe e existirá até o fim dos dias. Então, aqui, é possível compreender o Colm. Mas ao mesmo passo, seus métodos são drásticos, quase como se o personagem tivesse uma real vontade de sumir daquela realidade. Já Pádraic simplesmente tem dificuldades em aceitar que essa amizade acabou, que as coisas mudam, que as pessoas mudam. E nós não temos controle em relação a isso.
É um filme incrível, com um viés intimista poderoso. Consegui entender todos esses lados, pois me parece muito real nas dinâmicas de relações.
Deixo como aviso: a experiência da obra melhora se você NÃO assistir o trailer.
Esse filme me deixou bastante inquieto em seus primeiros trinta minutos. Acho que ele provoca até um pouco de claustrofobia, pois toda a ambientação da obra é muito fechada. Mas é, principalmente, bem feita. A calmaria, o requinte daquele espaço, os olhares entre os personagens... o roteiro é muito detalhista. O suspense é bem conduzido, e há várias críticas sobre aquela classe social mais abastada, aquele 1% que tem acesso a esse tipo de comida. E não conseguem aprecia-la. Essa crítica não é tão escancarada, mas é algo que podemos interpretar pelas falas do chef. É como se ele estivesse cansado de todo o egoísmo que aquelas pessoas trazem consigo. E nesse ponto, o enredo mostra alguém que perdeu o prazer por algo que fazia. Se tornou uma doença, uma necessidade de controle, uma verdadeira obsessão pela perfeição impossível. O filme é eficiente ao trabalhar esse chef, uma figura narcisista e infeliz.
A Anya Taylor-Joy é meu amor e nunca vou ser capaz de critica-la. rsrsr. Adorei a interação dela com o Ralph Fiennes.
odo mundo morrendo ao redor dele e o cara comendo de boas. Mas aqui a gente vê a construção da idolatria, que acredito ter sido bem produzida.
O roteiro estava, desde o começo, dando indícios de que todos aqueles personagens possuíam morais duvidosas, tinham feito algo errado e que seriam punidos. Algumas cenas, quando descobrimos os porquês do chefe, puxam para o lado cômico e provocam até um pouco de vergonha alheia.
Ri bastante quando ele falou do filme que estragou o domingo dele, e quando apareceu aquele cara e a arma falsa. Funcionou como uma forma de "rir" da cara daquelas pessoas, que achavam que tudo não passava de teatro. Seres fúteis sendo tratados de formas fúteis.
Me diverti bastante com esse filme. Para mim, teria sido melhor não ter visto o trailer, mas ainda assim não estragou nada a experiência. Achei que muitos elementos não foram explicados
Se isso aqui era para ser uma comédia, falhou miseravelmente. Senti vergonha pela falta de personalidade desse filme. Claro que não dá para esperar muito, mas tinha o David Harbour... daí pensei que sairia algo minimamente "bom". Nem ele funciona aqui. As mortes trash foram bem feitas, mas todo o resto é mal conduzido até para o nível de um filme "b".
Estava esperando outra abordagem, porém não fiquei decepcionado. A realidade da Aisha, de ir em busca do "sonho de vida americano" e assim talvez melhorar a vida de seu filho, é algo que se conecta com a vida de muitas mães ao redor do mundo (e ainda se submetendo a "velha família rica que se passa de humilde mas que na verdade são um lixo").
O roteiro é bastante real ao explorar os medos da personagem, mas ainda mostrando-a como uma protagonista forte e com um objetivo definido. É nessa maneira de explorar a personagem que aparece lados de uma cultura e de um misticismo que desconhecemos. Acho que se o filme tivesse apostado em uma proposta totalmente puxada para esse lado cultural e dramático e abandonado os toques de "terror" teria funcionado bem mais para mim. Mas no geral, gostei.
Não estava psicologicamente preparado. Achei lindo, do começo ao fim. Uma abordagem bastante madura sobre a finitude da vida. Me deixou bastante emocionado.
A animação pode causar estranheza no começo, mas me acostumei fácil. Gostei como o filme conseguiu pegar pontos de DB e DBZ e, de sua forma, homenagear a sua história.
Piccolo, mais uma vez, sendo um pai melhor do que Goku jamais conseguiu ser. E agora, um avó melhor também. Que baita personagem!
Perturbador porque é extremamente real. Aqui no Brasil, nós vimos muito desse tipo de discurso ganhando mais força nos últimos quatro anos. As pessoas parecem ter se sentido a vontade para cometerem esses crimes, em nome de uma "liberdade de expressão" distorcida ou de um falso patriotismo. Procuram justificar o seu ódio de todas as formas possíveis, e são incapazes de reconhecer o quão historicamente privilegiadas elas são. Se pautam numa ideologia que matou milhares de pessoas, num tipo de pensamento que ainda é infelizmente presente nos dias atuais.
Quantas vezes já não vimos vídeos em que pessoas negras são maltratadas? Ou mesmo presenciamos? Quantas vezes não ouvimos as ditas "piadas" direcionadas aos povos asiáticos? E lembrando ainda que estamos vivendo em um dos países que mais mata LGBTs e também tem uma alta taxa de feminicídio. Mas são os brancos que continuam sofrendo, afinal é muito difícil ver políticas sendo implementadas para as minorias. É muito difícil não se ver no papel de exclusivo e protagonista, não é? Nossa, que peso enorme! (doses elevadas de ironia).
Achei bom. O modo não linear de contar a história foi bem utilizado, mesmo os personagens tomando atitudes que ninguém em sua sã consciência tomaria na realidade. Mas deixando isso completamente de lado, é um terror fácil que consegue te prender bem por 1h40m. Tá ótimo.
, acho que até mesmo para servir como explicação para mais filmes no futuro. Faz sentido.
O problema desse tipo de filme que é explicitamente feito para chocar com um banho de sangue (e está conseguindo, pois está sendo bem falado por aí) é quando tenta colocar uma historinha no meio... não funciona. Só atrapalha, na real. Os atores aqui são péssimos, seus personagens são igualmente ruins. Mas o que serviu foi aquela parada do
M3gan
3.0 799 Assista AgoraBoneca da Xuxa, temos visitas...
"M3GAN" deixa bastante clara qual a sua crítica, que é a todo um sistema de tecnologia e modernização que em muitas vezes mais aliena o indivíduo do que o auxilia. Sem perceber, acabamos reféns de uma rede social, das "curtidas" e do número de seguidores, das diversas "trends" que temos que participar para continuarmos com alguma relevância. Todo esse universo vai ocupando um espaço em nossa subjetividade ao ponto de afetar nossos sentimentos e convivências fora de uma tela.
Nos esquecemos de uma realidade material, aquela da qual não podemos fugir das dores e tristezas, aquela na qual precisamos encarar o problema. É interessante apontar como esse filme trabalha essas questões de delegar tarefas: transferimos responsabilidades para máquinas, sistemas e todos os seus aplicativos para que nos lembrem do horário de uma reunião, da data de aniversário de um amigo, ou até mesmo... para beber água. O que tudo bem, pois na correria do cotidiano pode acontecer de esquecermos muitas coisas, não questiono pessoas que usam aplicativos para tudo. O problema real começa quando você se deixa ser tomado por todos esses mecanismos, e assim a sua individualidade vai sendo engolida aos poucos. O que facilita hoje, pode ser um problema amanhã.
E dentro desse aspecto de "delegar responsabilidades", creio que "M3GAN" acerta na crítica aos pais que não têm um controle sobre o acesso dos seus filhos à internet, redes sociais e etc. É verdade que muitos pais podem, ainda, desconhecer os métodos de controle parental, mas muitos outros simplesmente não se importam com o que seus filhos veem. Assim, somos levados a outros problemas, com crianças e adolescentes tendo acesso a conteúdos que não são para sua faixa etária. A criança precisa de um ambiente seguro, onde possa expressar seus sentimentos e se sentir acolhida por pessoas reais. Dizer "toma aqui o tablet e me deixa em paz" não ajudará na formação dela. Mas, se por um lado podemos ter pais que querem se livrar da responsabilidade, por outro estamos vivendo um fenômeno em que casais fazem uma conta numa rede social para o feto. O registro, antes algo intimo, agora "precisa" ser compartilhado com o mundo.
Ignoro os claros problemas de roteiro. Há muitos facilitadores aqui, e a parte final é bastante duvidosa. Têm algumas cenas de humor somente "ok". As cenas mais assustadoras foram todas apresentadas no trailer. Mas ao final, o objetivo do filme não é te assustar, mas talvez te alertar, te convidar a uma reflexão sobre todo esse impacto tecnológico e de como as relações podem ser superficiais na internet.
Tár
3.7 395 Assista AgoraNos últimos tempos, muito tem se debatido sobre separar artista da obra. Afinal, como posso continuar gostando de algo quando a pessoa que a criou possui determinados tipos de pensamentos e ações que não casam com quem sou? Ao consumir o produto, estou auxiliando na manutenção de idéias que me ferem. Para muitos, esse é um conflito ético e moral, enquanto outros se importam somente com a obra em si e sua contribuição real. Em "Tár", filme de drama musical protagonizado pela Cate Blanchett, podemos ver muito desses (e outros) questionamentos.
Blanchett interpreta uma mulher lésbica, regente de uma orquestra. Ela é extremamente conhecida, respeitada e ovacionada em sua posição. Porém, ela possui comportamentos erráticos, é egoísta e usa as outras pessoas como peças para seu ganho pessoal e profissional. Ela é uma personagem que necessita ter o controle e estar no poder de qualquer situação, ao ponto de ameaçar uma garotinha que estava importunando sua filha. E sim, ela é genial quando se trata de música, mas um péssimo ser humano fora desse campo de conforto.
A protagonista reúne em si todo o egocentrismo profissional, e por ter um nome e uma posição privilegiada, ela pode acabar com carreiras inteiras. Sua fala, dentro desse lugar de influência que ela criou junto com seus pares, é algo que todos nós conhecemos: a de uma autoridade que pode decidir o seu destino caso você não faça determinadas atividades que a beneficiem.
Talvez ela tenha criado uma casca para resistir e se destacar em seu meio, sendo mulher e LGBTQIAP+. Mas o problema é que o velho sentimento de amor pela música e seus significados foi dando lugar a um cinismo que beira ao doentio, a um intelectualismo frio e uma subjetividade vazia.
E em todos esses caminhos, Cate Blanchett brilha de uma forma única, e por diversos momentos esqueci que aquela era uma personagem. Sou suspeito para falar pois amo essa atriz, mas ela é capaz de desperta um brilho suave e desconfortável ao mesmo tempo. Tár é uma personagem que transita entre vários aspectos da personalidade humana, e Blanchet carrega tudo isso de uma forma que faz parecer sem esforço.
Essa obra vai te fazer pensar sobre muitos aspectos culturais atuais, e achei bastante pertinente as temáticas que ele trabalha. Não é um roteiro que responde suas próprias inquietações, mas joga para que o público possa refletir sobre esses todos esses aspectos.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraTriângulo da Tristeza é uma experiência que une o caos e o vazio humano, num texto que expõe a podridão de alguns poucos privilegiados que se veem no topo da cadeia social, em uma sociedade de pura espetacularização. A escatologia da obra nos leva a enxergar personagens sem objetivo, sozinhos em suas próprias cascas e acobertados por superficialidade.
É um filme que possui algumas sequências no mínimo desconcertantes, mas magistralmente bem dirigidas. E isso fica evidente na parte referente ao jantar, em que considero ser o ponto em que o roteiro muda a posição desses personagens e os retira de qualquer zona de conforto ao humilhá-los de todas as formas, reduzindo-os a seres frágeis e medrosos em um contexto de extremo mal-estar... Como costumam fazer com pessoas pobres.
Essa crítica sobre a desigualdade entre classes é feita de uma maneira bastante expositiva, deixando claro que esse é sim um dos objetivos da narrativa. Em alguns pontos, aparece a frase "somos todos iguais", mas nós sabemos muito bem que "alguns são mais iguais que outros".
Outra questão a ser observada é no momento da sobrevivência em uma ilha desconhecida. Um deles fala sobre trabalhar em grupo e até cita Karl Marx, mas o detalhe é que esse mesmo personagem estava fazendo piadas com o comunismo/marxismo algumas cenas antes, e exaltando a liberdade dos EUA. Esse cinismo barato é algo muito presente durante todo o longa, o que caracteriza a contradição desses personagens pois fica claro que quando os ricos realmente precisam, não recorrem a velha individualidade e à ideia de merecimento que normalmente pregam.
Os ricos não respeitam corpos vivos ou mortos. Não respeitam os trabalhadores, e quando um se impõe (como no caso da Abigail, que no iate era a gerente dos toaletes), recebem com estranheza pois aquele, definitivamente, não é o universo deles. Aliás, a Abigail é um exemplo de como essa inversão nos papeis é bem feita dentro do roteiro, e de como essa crítica é bem construída.
"Triângulo da Tristeza" expõe o quão triste é a perda da civilização e a desconexão de si mesmo dentro de uma realidade, quando nos entregamos a um mundo de aparências e espetáculos em que o dinheiro é o principal motor. Há uma insegurança constante em todos os personagens, e elas se chocam em meio ao caos e a um sistema que, no fundo, também desconhecem.
O Cântico dos Nomes
3.4 34 Assista AgoraUm bom filme, com uma forma respeitosa de tratar a História, mas com um final... agridoce. Mas compreensível de acordo com os caminhos do personagem.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista Agora"Meu filho tombou na guerra. Onde está a honra disso?"
Guerras são injustificáveis. A história humana nos mostra que o saldo final são as milhares de vidas ceifadas, países destruídos e sobreviventes que carregam traumas pelo resto de suas vidas. As guerras não possuem outro objetivo se não afagar o ego dos homens poderosos que não estão na linha de frente, de garantir o ganho econômico de "senhores" que estão bem protegidos em seus gabinetes enquanto jovens caminham nas poças de sangue de seus amigos. A guerra nada mais é do que mais um negócio para aqueles que têm poder.
É muito interessante como a obra expõe, logo no seu começo, essa idealização que alguns jovens tinham no passado com relação à servir ao país. E como isso tudo muda no primeiro cenário real de conflito, pois aqueles rapazes não esperavam que a guerra fosse aquilo. E aqui entra o material de propaganda, que espalhava o quanto que servir ao seu país em tempos de conflito era algo heroico e corajoso, que expressava a maior honra possível, e que todos iriam se orgulhar de seus feitos. Quantas jovens mentes, ao longo da história da humanidade (em especial durante o conturbado século XX), já foram enganadas por essas imagens?
A guerra não produz heróis. Ela não dá coragem. Ela não serve ao povo. É algo arquitetado para que os ditos mais fracos lutem e se matem em nome de um sistema capitalista assassino. E o filme sabe tocar muito bem nesses pontos, quando sai das cenas do campo de batalha para um outro ambiente em que os chefes se reúnem: na primeira, sujeira e morte, enquanto que no outro ambiente vemos homens bem vestidos e comendo o que quiserem... afinal, eles podem. Esses cortes bastante secos deixaram o filme ainda mais crítico e detalhista, o que claramente gostei muito.
Por fim, "Nada de novo no Front" trata a guerra da forma mais crua possível. As situações e seus personagens não são romantizados, não há nada aqui para olhar e dizer "nossa, essa atitude foi emocionante" (como muitos outros filmes sobre guerra já fizeram). A proposta é de fato mostrar o horror de batalhas sem objetivo, de mortes que poderiam ser evitadas, de situações desesperadoras e de como o ser humano pode ser completamente miserável.
O Sentido da Vida
2.5 15 Assista AgoraTem um roteiro com uma base mais crua e intimista, mas não feitos de forma boa o suficiente. Acaba caindo em vários lugares comuns e o drama é bastante raso. Logo, não dá para se conectar o suficiente com seus personagens.
Isolamento Mortal
3.3 195 Assista AgoraPara mim, funciona enquanto crítica a todas as pessoas que trataram a pandemia como uma "brincadeira". É um bom filme, que entende quando deve terminar e não trabalha as cenas e tramas batidas do slasher de forma excessiva.
As Viúvas
3.4 410Um elenco de peso e ótimas tramas, mas que são apresentadas de forma solta e muitas não são bem desenvolvidas. Uma pena, pois poderia ter sido um filme bem maior e melhor.
Os Fabelmans
4.0 388Filme primoroso. Achei incrível como o Steven Spielberg utilizou suas memórias (as mais divertidas e as mais tristes) para compor algo que também funcionasse como uma homenagem ao cinema, e de uma forma que conseguimos nos relacionar com seus dramas.
A parte que achei mais interessante desse filme foi o momento em que ele desco
bre a traição da mãe, que de acordo com o próprio Spielberg foi daquela forma que aconteceu (ele descobriu quando estava editando um filme caseiro). Isso muda a cara do filme, e partindo desse ponto parece que estamos vendo outra obra.
Tecnicamente, é um filme lindo. Não há o que reclamar. O final
do pai me deixou um gosto amargo, por saber que ele de fato carregou a culpa pelo divórcio por amar tanto a ex-mulher. Ao final, ele nunca seria o suficiente para ela, mesmo sendo bondoso em todos aspectos... mas, também não se trata só disso. E também não há como culpa-la.
Grande filme.
Fullmetal Alchemist: A Alquimia Final
2.8 13 Assista AgoraÉ triste ver que uma obra tão boa (no mangá e no anime) não ganhou uma adaptação digna em live action. Dos três filmes, o melhorzinho é o segundo, e isso não significa muito também. Esse terceiro peca por querer condensar em duas horas de filme uma história longa e complexa que é a reta final de Fullmetal, que para chegar e entende-la melhor é preciso prestar atenção desde o começo da série.
E o filme não funciona enquanto filme - roteiro mal organizado, atores ruins, cenas anticlimáticas e efeitos visuais péssimos - e nem enquanto adaptação. Tudo aqui é apressado. Personagem x aparece num lugar e logo é transportado para outro, apresentam vários plots e não encerram de fato nenhum deles - ao menos não de forma satisfatória. Enredos, relações e personagens importantes não são aprofundados e fica aquela sensação de que tá faltando algo. Por já ter lido o mangá e visto as duas versões do anime, eu entendo o que um personagem a ou b quer, e quem viu o anime de 2009 ou leu o mangá sabe que
o Ganância e o Inveja são bem trabalhados emocionalmente, o Ira e o Orgulho também tem um enorme espaço. E os quatro são importantes para as motivações dos irmãos Elric.
Fullmetal tem uma história cheia de detalhes, então era de esperar que três filmes não dessem conta. Pegaram vários enredos e personagens e simplesmente os jogaram na tela de qualquer forma. Sabe aquela salada mal feita, que ninguém quer comer? É essa série de filmes. E Fullmetal merecia coisa melhor.
Os Banshees de Inisherin
3.9 570 Assista AgoraNos primeiros dez minutos, pensei "como essa temática de amizade pode ser trabalhada ao ponto de me prender por duas horas?" E ao final do filme, sai positivamente surpreso e um pouco chocado com tudo o que vi, pois foi uma abordagem bem diferente sobre relações humanas, em um texto repleto de momentos tanto cômicos quanto dramáticos.
O que consegui interpretar desse filme é a solidão que os personagens sentem naquele lugar e naquele contexto de insegurança durante uma guerra. E o medo das mudanças, das transformações que as pessoas podem fazer, dos afastamentos de pessoas queridas para nós. Acho que todos nós já tivemos um amigo(a) ou familiar que, de repente, resolveu se afastar, simplesmente não apareceu mais. E isso dói, especialmente se for uma pessoa que realmente amamos. "O que a fez desaparecer da minha vida? O que eu fiz? Devo ter feito algo. Mas não sei o quê. Porque ela simplesmente não fala mais comigo?". Assim como o Pádraic, nos questionamos se fizemos algo errado. E as vezes, a questão não é conosco. As vezes, é o outro que precisa de um novo espaço, que acorda um dia e vê que sua vida foi tomada por um rotina insuportável e precisa respirar algo diferente antes que seja tarde demais.
Pádraic se torna um homem solitário e até um pouco "amargo" após o afastamento de seu amigo Colm, que por sua vez deseja deixar uma contribuição verdadeira para o mundo uma vez que o relógio bate em sua porta diariamente e não lhe resta mais muito tempo. É possível se identificar com ambos, em algum nível. Mas o certo é que o peso das mudanças chega para ambos, e respinga em todos que estão ali próximos deles.
As vezes, ficamos tão entorpecidos com essa rotina que acreditamos que ela é tudo o que existe e existirá até o fim dos dias. Então, aqui, é possível compreender o Colm. Mas ao mesmo passo, seus métodos são drásticos, quase como se o personagem tivesse uma real vontade de sumir daquela realidade. Já Pádraic simplesmente tem dificuldades em aceitar que essa amizade acabou, que as coisas mudam, que as pessoas mudam. E nós não temos controle em relação a isso.
É um filme incrível, com um viés intimista poderoso. Consegui entender todos esses lados, pois me parece muito real nas dinâmicas de relações.
Raça e Redenção
3.9 59 Assista AgoraQue mulher incrível foi Ann Atwater. Que coração incrível ela possuía.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraDeixo como aviso: a experiência da obra melhora se você NÃO assistir o trailer.
Esse filme me deixou bastante inquieto em seus primeiros trinta minutos. Acho que ele provoca até um pouco de claustrofobia, pois toda a ambientação da obra é muito fechada. Mas é, principalmente, bem feita. A calmaria, o requinte daquele espaço, os olhares entre os personagens... o roteiro é muito detalhista. O suspense é bem conduzido, e há várias críticas sobre aquela classe social mais abastada, aquele 1% que tem acesso a esse tipo de comida. E não conseguem aprecia-la. Essa crítica não é tão escancarada, mas é algo que podemos interpretar pelas falas do chef. É como se ele estivesse cansado de todo o egoísmo que aquelas pessoas trazem consigo. E nesse ponto, o enredo mostra alguém que perdeu o prazer por algo que fazia. Se tornou uma doença, uma necessidade de controle, uma verdadeira obsessão pela perfeição impossível. O filme é eficiente ao trabalhar esse chef, uma figura narcisista e infeliz.
A Anya Taylor-Joy é meu amor e nunca vou ser capaz de critica-la. rsrsr. Adorei a interação dela com o Ralph Fiennes.
Gostei que sua personagem se salvou. É interessante (embora meio clichê), o fato dela ter usado uma memória afetiva para atacar o chef e se salvar.
odo mundo morrendo ao redor dele e o cara comendo de boas. Mas aqui a gente vê a construção da idolatria, que acredito ter sido bem produzida.
Ri bastante quando ele falou do filme que estragou o domingo dele, e quando apareceu aquele cara e a arma falsa. Funcionou como uma forma de "rir" da cara daquelas pessoas, que achavam que tudo não passava de teatro. Seres fúteis sendo tratados de formas fúteis.
Me diverti bastante com esse filme. Para mim, teria sido melhor não ter visto o trailer, mas ainda assim não estragou nada a experiência. Achei que muitos elementos não foram explicados
(como o pessoal que trabalhava para o chefe)
E, aparentemente, um hamburguer salva vidas...
Brian Banks: Um Sonho Interrompido
3.9 36 Assista AgoraAqui eu chorei. História bem contada. Gostei demais.
Noite Infeliz
3.1 160 Assista AgoraSe isso aqui era para ser uma comédia, falhou miseravelmente. Senti vergonha pela falta de personalidade desse filme. Claro que não dá para esperar muito, mas tinha o David Harbour... daí pensei que sairia algo minimamente "bom". Nem ele funciona aqui. As mortes trash foram bem feitas, mas todo o resto é mal conduzido até para o nível de um filme "b".
A Babá
3.0 97 Assista AgoraEstava esperando outra abordagem, porém não fiquei decepcionado. A realidade da Aisha, de ir em busca do "sonho de vida americano" e assim talvez melhorar a vida de seu filho, é algo que se conecta com a vida de muitas mães ao redor do mundo (e ainda se submetendo a "velha família rica que se passa de humilde mas que na verdade são um lixo").
O roteiro é bastante real ao explorar os medos da personagem, mas ainda mostrando-a como uma protagonista forte e com um objetivo definido. É nessa maneira de explorar a personagem que aparece lados de uma cultura e de um misticismo que desconhecemos. Acho que se o filme tivesse apostado em uma proposta totalmente puxada para esse lado cultural e dramático e abandonado os toques de "terror" teria funcionado bem mais para mim. Mas no geral, gostei.
Pinóquio
4.2 542 Assista AgoraNão estava psicologicamente preparado. Achei lindo, do começo ao fim. Uma abordagem bastante madura sobre a finitude da vida. Me deixou bastante emocionado.
A Luz do Demônio
2.4 122as telenovelas do kwaii tem roteiros melhores. e atores também.
Dragon Ball Super: Super-Herói
3.4 82 Assista AgoraA animação pode causar estranheza no começo, mas me acostumei fácil. Gostei como o filme conseguiu pegar pontos de DB e DBZ e, de sua forma, homenagear a sua história.
Piccolo, mais uma vez, sendo um pai melhor do que Goku jamais conseguiu ser. E agora, um avó melhor também. Que baita personagem!
Soft & Quiet
3.5 243Perturbador porque é extremamente real. Aqui no Brasil, nós vimos muito desse tipo de discurso ganhando mais força nos últimos quatro anos. As pessoas parecem ter se sentido a vontade para cometerem esses crimes, em nome de uma "liberdade de expressão" distorcida ou de um falso patriotismo. Procuram justificar o seu ódio de todas as formas possíveis, e são incapazes de reconhecer o quão historicamente privilegiadas elas são. Se pautam numa ideologia que matou milhares de pessoas, num tipo de pensamento que ainda é infelizmente presente nos dias atuais.
Quantas vezes já não vimos vídeos em que pessoas negras são maltratadas? Ou mesmo presenciamos? Quantas vezes não ouvimos as ditas "piadas" direcionadas aos povos asiáticos? E lembrando ainda que estamos vivendo em um dos países que mais mata LGBTs e também tem uma alta taxa de feminicídio. Mas são os brancos que continuam sofrendo, afinal é muito difícil ver políticas sendo implementadas para as minorias. É muito difícil não se ver no papel de exclusivo e protagonista, não é? Nossa, que peso enorme! (doses elevadas de ironia).
Na minha cabeça, o final é aquela personagem que sobreviveu caçando cada uma daquelas neon4zistas fdps e tacando fo** nelas.
Esse sim é o final perfeito.
Guardiões da Galáxia: Especial de Festas
3.5 169 Assista AgoraAh, simples e bonitinho.
Yondu <3
A minha energia dançando é igual a da Mebula.
Velozes e Furiosos 9
2.8 415 Assista AgoraO filme é horroroso, claro. Mas aquele final... aquele final... foi de aquecer o coração.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraAchei bom. O modo não linear de contar a história foi bem utilizado, mesmo os personagens tomando atitudes que ninguém em sua sã consciência tomaria na realidade. Mas deixando isso completamente de lado, é um terror fácil que consegue te prender bem por 1h40m. Tá ótimo.
Aterrorizante 2
2.9 423 Assista AgoraNessa sequência optaram
pelo fator sobrenatural
O problema desse tipo de filme que é explicitamente feito para chocar com um banho de sangue (e está conseguindo, pois está sendo bem falado por aí) é quando tenta colocar uma historinha no meio... não funciona. Só atrapalha, na real. Os atores aqui são péssimos, seus personagens são igualmente ruins. Mas o que serviu foi aquela parada do
pai, dos desenhos que ele fazia, a forma como ele morreu e etc. Numa terceira parte, talvez possa ser algo utilizado.
No mais... ri muito com aquele
final e a espada brilhante. Me lembrei automaticamente dos efeitos de Power Rangers.