Tão bonito. Toca em assuntos complexos e pesados... Mas não é um dramalhão para te fazer chorar três dias e três noites. É bonito, despretensioso como a vida comum... É um filme que... se não te der um empurrão... você precisa de ajuda profissional.
Senti um estranho desconforto em perceber que os humores do filme se anulam. Um romantismo cafona digno dos anos oitenta, personagens com uma excentricidade forçosa, tons trágicos cortados por tons delicados que são cortados por tons de triviais... Toda a ternura do filme foi massacrada por essas instâncias. Li algumas críticas sobre a história ser clichê, mas pra mim não importam muito os fatos, mas sim como eles são contados. Afinal, o extraordinário não paira o cotidiano, ele costuma exibir-se a quem o busca.
Não gosto de fazer críticas pesadas sobre as coisas, mas não consigo criar apreço a um roteiro que pode ser contado com 60 segundos. Já filme vi filmes Iranianos sem nenhum tipo de tecnologia eminente, mas que é cheio de amor na hora de te contar uma história, cheio de vontade de ser grande na sua simplicidade... Aqui a fotografia é linda, atuações fortes, figurino impecável e a coisa simplesmente não passa uma mensagem, não tem sutileza... Não desenvolve um ponto específico para que se crie uma compreensão mais profunda... Imagina o leque de possibilidades que o roteiro poderia apresentar sobre o homem peixe? Fora que achei o mundo meio moderno para 1963... Sei lá... Terceiro filme que não gostei dos indicados.
As produções atuais estão cheias de mensagens ou aquela "moral da história" típico das fábulas literárias. Em alguns casos recentes como em Mãe, do diretor Darren Aronofsky, percebe-se uma linguagem mais aberta a diálogos, e analogias quase infinitas. O filme A Chegada questiona a importância da comunicação, entre outros casos. Agora... Lady Bird tem uma característica que era atípica outrora. Via-se somente em alguns filmes alternativos esquisitos e que hoje parece estar na moda: Recorte de vida, "gormetização" do suspense e do terror, uma quebra no muro do cinema mais artístico e do filme de Sessão da Tarde e por fim, posicionamento politico exposto a qualquer custo. Isso enfraquece o roteiro porque trabalhar com a simplicidade requer muito mais atenção. Para transformar o simples em belo, tem que se entender o conceito do que é sublime. Ter vivido o arrebatamento do amor e da perda e vagar sob o silêncio angustiante do que é a vida. Definitivamente não dá pra odiar o filme, mas favoritar esse filme sob qualquer aspecto pode sinalizar um repertório mais escasso no que diz respeito a tradição cinematográfica e artística no geral.
Wikipédia: Billy Wilder declarou que sua primeira opção para a personagem Irma La Douce era Elizabeth Taylor... Marilyn Monroe chegou a ser cogitada para interpretar Irma La Douce, mas morreu antes de as filmagens iniciarem. Shirley MacLaine assinou o contrato para atuar em Irma La Douce sem ler o roteiro do filme, por confiar em Billy Wilder e em Jack Lemmon. Billy Sabe o que faz... Escreve certo por linhas tortas. <3
Nas cenas finais tem uma trilha tão legal que as vezes fico me perguntando pq filmes antigos economizam tanto nessa área. Principalmente em filmes como esse, em que uma trilha distribuída traria uma ambientação bem mais cativante. (Se alguém que estuda história do cinema puder me explicar eu agradeço) Apesar de já ser um remake, adoraria ver um nos dias atuais... Com atores de hoje uma fotografia monstra e um desenvolvimento mais fluido!! Mas a história é dez!!!
Eu vi o filme "conta comigo" depois de velho... Obviamente fiquei emocionado ao lembrar como era ser criança em uma outra década. Vendo esse e relacionando as diferenças, acho que daqui 20 anos Boyhood vai passar a fazer sentido pra muita gente, pois ele é o retrato de uma geração. Exatamente isso que deve ser levado em conta: Não é sobre a família de um menininho melancólico, é sobre o tempo.
Se a intenção do filme era mostrar como a vida de uma pessoa pode ser afetada pela ausência familiar e a cadeia de conflitos, carências, implosões que isso gera, é sim um grande filme. A ultima imagem do filme reafirma isso com maestria, levando o expectador ao lugar onde todas as nossas angústias se materializam...
O que mais gostei é o foco na mudança de alimentação e na saúde. Nada de "reis do camarote da academia". Nada dessas apologias marombeiras que a gente vê somente como um cabotinismo muscular e obcecado. Muito joia o documentário!
Apesar de dizer muito sobre a vida, o movimento e a homogenia parece ser o que o autor mais quis mostrar. A vida como uma corrente contínua que se faz e se desfaz por todo o tempo. O excesso de imagens serve justamente para colocar o espectador em conversa com suas próprias percepções da natureza. Toda hora eu tentava me lembrar desse trecho de a hora da estrela de Clarice Lispector enquanto via o filme: Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o que, mas sei que o universo jamais começou.
Minha Vida Sem Mim
4.0 807 Assista AgoraTão bonito. Toca em assuntos complexos e pesados... Mas não é um dramalhão para te fazer chorar três dias e três noites. É bonito, despretensioso como a vida comum... É um filme que... se não te der um empurrão... você precisa de ajuda profissional.
Uma Beleza Fantástica
3.7 289 Assista AgoraSenti um estranho desconforto em perceber que os humores do filme se anulam. Um romantismo cafona digno dos anos oitenta, personagens com uma excentricidade forçosa, tons trágicos cortados por tons delicados que são cortados por tons de triviais... Toda a ternura do filme foi massacrada por essas instâncias. Li algumas críticas sobre a história ser clichê, mas pra mim não importam muito os fatos, mas sim como eles são contados. Afinal, o extraordinário não paira o cotidiano, ele costuma exibir-se a quem o busca.
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraNesta história o romance me atraiu mais que o humor. Aliás o romance é o sorriso dos mal-aventurados... Belíssimo encerramento.
Vanilla Sky
3.8 2,0K Assista AgoraNossa... Cada frase melhor que a outra.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraMinha regra nº1 ao tecer críticas a filmes: Chorou? Esquece tudo que você sabe, a arte desempenhou o seu papel primordial e definitivo.
A Forma da Água
3.9 2,7KNão gosto de fazer críticas pesadas sobre as coisas, mas não consigo criar apreço a um roteiro que pode ser contado com 60 segundos. Já filme vi filmes Iranianos sem nenhum tipo de tecnologia eminente, mas que é cheio de amor na hora de te contar uma história, cheio de vontade de ser grande na sua simplicidade... Aqui a fotografia é linda, atuações fortes, figurino impecável e a coisa simplesmente não passa uma mensagem, não tem sutileza... Não desenvolve um ponto específico para que se crie uma compreensão mais profunda... Imagina o leque de possibilidades que o roteiro poderia apresentar sobre o homem peixe? Fora que achei o mundo meio moderno para 1963... Sei lá... Terceiro filme que não gostei dos indicados.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraAs produções atuais estão cheias de mensagens ou aquela "moral da história" típico das fábulas literárias. Em alguns casos recentes como em Mãe, do diretor Darren Aronofsky, percebe-se uma linguagem mais aberta a diálogos, e analogias quase infinitas. O filme A Chegada questiona a importância da comunicação, entre outros casos. Agora... Lady Bird tem uma característica que era atípica outrora. Via-se somente em alguns filmes alternativos esquisitos e que hoje parece estar na moda: Recorte de vida, "gormetização" do suspense e do terror, uma quebra no muro do cinema mais artístico e do filme de Sessão da Tarde e por fim, posicionamento politico exposto a qualquer custo. Isso enfraquece o roteiro porque trabalhar com a simplicidade requer muito mais atenção. Para transformar o simples em belo, tem que se entender o conceito do que é sublime. Ter vivido o arrebatamento do amor e da perda e vagar sob o silêncio angustiante do que é a vida. Definitivamente não dá pra odiar o filme, mas favoritar esse filme sob qualquer aspecto pode sinalizar um repertório mais escasso no que diz respeito a tradição cinematográfica e artística no geral.
Irma La Douce
4.0 76Wikipédia:
Billy Wilder declarou que sua primeira opção para a personagem Irma La Douce era Elizabeth Taylor... Marilyn Monroe chegou a ser cogitada para interpretar Irma La Douce, mas morreu antes de as filmagens iniciarem.
Shirley MacLaine assinou o contrato para atuar em Irma La Douce sem ler o roteiro do filme, por confiar em Billy Wilder e em Jack Lemmon.
Billy Sabe o que faz... Escreve certo por linhas tortas. <3
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraO amor é um anjo mal-aventurado fascinado pela tragédia.
Almas Perversas
4.2 76 Assista AgoraNas cenas finais tem uma trilha tão legal que as vezes fico me perguntando pq filmes antigos economizam tanto nessa área. Principalmente em filmes como esse, em que uma trilha distribuída traria uma ambientação bem mais cativante. (Se alguém que estuda história do cinema puder me explicar eu agradeço) Apesar de já ser um remake, adoraria ver um nos dias atuais... Com atores de hoje uma fotografia monstra e um desenvolvimento mais fluido!! Mas a história é dez!!!
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraEu vi o filme "conta comigo" depois de velho... Obviamente fiquei emocionado ao lembrar como era ser criança em uma outra década. Vendo esse e relacionando as diferenças, acho que daqui 20 anos Boyhood vai passar a fazer sentido pra muita gente, pois ele é o retrato de uma geração. Exatamente isso que deve ser levado em conta:
Não é sobre a família de um menininho melancólico, é sobre o tempo.
O Colecionador
4.1 113Só assisti pq um frame desse filme está na capa de What difference does it make? dos Smiths! Adorei.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraSe a intenção do filme era mostrar como a vida de uma pessoa pode ser afetada pela ausência familiar e a cadeia de conflitos, carências, implosões que isso gera, é sim um grande filme. A ultima imagem do filme reafirma isso com maestria, levando o expectador ao lugar onde todas as nossas angústias se materializam...
Frank
3.7 599 Assista AgoraUm filme sobre ser, pertencer e estar... Para todos os desajustados!!
Trama Diabólica
4.2 79"A jumped-up pantry boy
Who never knew his place"
Deus da Carnificina
3.8 1,4KTem o mesmo estilo de "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" só que não tão bom.
Vivendo Com Um Dólar
4.0 72 Assista AgoraNão é ruim não... Mas fiquei esperando a propaganda do Bradesco no final.
A Marca da Maldade
4.1 221 Assista AgoraConcordo com tudo que foi dito positivamente sobre o filme. Marlene Dietrich consegue se justapor mesmo estando em segundo plano. Incrível...
Testemunha de Acusação
4.5 355 Assista AgoraSir Wilfrid Robarts é o personagem mais rude, excêntrico e cativante que eu já vi. Atuação muito fera!
Gordo, Doente e Quase Morto
3.9 36O que mais gostei é o foco na mudança de alimentação e na saúde. Nada de "reis do camarote da academia". Nada dessas apologias marombeiras que a gente vê somente como um cabotinismo muscular e obcecado. Muito joia o documentário!
O Expresso de Xangai
3.7 54"amor, como a religião, vale muito pouco sem fé"
Pow, amei esse filme, essa atriz e essa personagem. ♥
Confidências à Meia-Noite
3.9 116 Assista AgoraFilmes antigos de comédia romântica são inspiradores!! E esse está na lista dos melhores!!
Ernest e Célestine
4.4 319Uma ratinha artista, um urso musico e a dificuldade e sonho de viver sendo criador de coisas belas. Lindo filme!
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraApesar de dizer muito sobre a vida, o movimento e a homogenia parece ser o que o autor mais quis mostrar. A vida como uma corrente contínua que se faz e se desfaz por todo o tempo. O excesso de imagens serve justamente para colocar o espectador em conversa com suas próprias percepções da natureza.
Toda hora eu tentava me lembrar desse trecho de a hora da estrela de Clarice Lispector enquanto via o filme:
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida.
Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o que, mas sei que o universo jamais começou.